A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), anunciou ontem o pacote de investimentos na área da educação para a Rede Municipal de Ensino (Reme), no valor de R$ 200 milhões, por meio de recursos próprios. Entre as medidas está a implantação de energia fotovoltaica, isto é, a energia solar, em todas as escolas da Capital.
De acordo com o anúncio da prefeitura, que o Correio do Estado antecipou na edição desta segunda-feira, serão construídas 166 novas salas modulares nas escolas de Campo Grande, o que contará com um investimento de
R$ 42 milhões.
Além disso, haverá também a construção de 205 parquinhos em todas as unidades da Reme no valor de R$ 17 milhões; a instalação de ares-condicionados para todas as unidades escolares da Reme, o que significa mais de 4 mil aparelhos ao custo de R$ 2,6 milhões; a renovação de todo o mobiliário das escolas e a compra de novos bebedouros, que custarão outros R$ 27,3 milhões; e a aquisição de 5.189 notebooks para todas as escolas da Reme, 1.095 notebooks para a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e mais 899 estações de trabalho (computadores) no valor de R$ 6 milhões.
Saiba: Além do pacote de obras, a Prefeitura de Campo Grande também investirá R$ 40 milhões por meio do projeto Juntos pela Escola, que fará a reforma de 106 Emeis e 99 escolas municipais.
A prefeitura ainda mudará a matriz energética das escolas para a energia solar. Conforme a gestão, todas as unidades receberão plantas de solo ou telhado para a transformação de energia fotovoltaica. Para esse conjunto de equipamentos, serão desembolsados R$ 34,4 milhões, o que significa que o investimento total será de cerca de R$ 192,7 milhões.
Segundo o anúncio, as plantas de solo terão 2.637,61 quilowatts de potência de pico (kwp), e a estimativa é de que em 25 anos essas placas ajudem a prefeitura a economizar R$ 182 milhões. Já as plantas de telhado terão 3.714,47 kwp, com a previsão de economia de R$ 257 milhões em 25 anos.
“O calor já era intenso, mas as mudanças climáticas impactaram de forma muito difícil. Foram realizados pedidos, e eu entendi o quão difícil é para as crianças avançarem no aprendizado com o ambiente quente. Então, vamos instalar ar-condicionado em todas as salas para termos qualidade na educação”, disse a prefeita, em discurso.
“Estamos investindo recurso próprio para desenvolver a educação do município, executando aquilo que é prioridade para a cidade. Vamos impactar a educação dessa cidade, vamos deixar um legado para a educação”, complementou Adriane Lopes.
No caso da construção das 166 novas salas, isso significará um aumento de 6,6 mil vagas na Reme para o ano letivo de 2024, e para atender esses novos alunos a prefeitura também anunciou que contratará mais de 300 professores.
Entre as ações, a prefeita afirmou que o aumento no número de vagas é uma das principais medidas a serem tomadas.
“Acreditamos que ter mais vagas é o maior impacto, quanto mais crianças nós tivermos matriculadas, estando nas salas de aula, para a gente, isso é resposta, não queremos nenhuma criança fora das salas de aula”, afirmou.
Adriane Lopes ressaltou que o aumento de salas e vagas amenizará o deficit, porém, somente apenas após o encerramento das matrículas será possível mensurar o impacto.
“Para iniciar o ano, serão seis salas de aula até fevereiro, e as demais serão construídas ao longo do ano, para que a gente possa sanar esse deficit que Campo Grande grita há muitos anos”, explicou a prefeita.
“Vamos seguir com mais entregas, porque a educação tem que ser mudada em Campo Grande. A Capital das oportunidades tem que ter educação forte, preparando nossos jovens para o futuro”, completou.
Segundo o secretário de Educação, Lucas Henrique Bitencourt, o principal objetivo da Semed com essas medidas é reduzir a evasão escolar.
“O impacto mais preocupante nosso é termos esses alunos nas escolas, então, realmente, o ar-condicionado é muito importante, a adesão de carros também, porém, nós queremos a atividade-fim, que é ter esse aluno nas escolas, ter esse aluno aprendendo, para que possamos proteger esses alunos em geral”, afirmou.
Ele também frisou que, com as novas vagas, a fila de espera para as Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) deve cair.
“O deficit vai diminuir, é claro que nós temos 12 mil crianças nascendo por ano, então precisamos de um planejamento, porque com novos empreendimentos vai tendo uma nova população, e a nossa missão é acolher esses alunos e garantir para eles essa escolaridade”, concluiu.
(Colaborou Glaucea Vaccari)