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Celular passa a ser proibido nas escolas; regulamentação sai em breve

Em Mato Grosso do Sul, regras para professores e alunos serão divulgadas nos próximos dias

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou nesta segunda-feira (13) a lei aprovada no fim do ano passado que proíbe o uso de telefones celulares nas escolas de todo o Brasil.

Em Mato Grosso do Sul, a Secretaria Estadual de Educação (SED) trabalha para regulamentar a medida desde o ano passado, quando a proposta ainda era um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional.

No fim do ano passado, o secretário de Estado de Educação, Hélio Daher, informou ao Correio do Estado, em primeira mão, que o governo de Mato Grosso do Sul já estava elaborando a regulamentação da lei.

“O que devemos fazer é, já no mês de janeiro, publicar uma resolução para regulamentar a aplicação da lei federal em sala de aula”, afirmou o secretário, que comanda a maior rede de ensino do estado, com 190 mil estudantes dos ensinos Médio e Fundamental.

O Correio do Estado apurou que as regras sobre como será implementada a proibição do uso de telefones celulares em sala de aula serão publicadas antes do início do ano letivo.

A lei, que entrou em vigor nesta segunda-feira, proíbe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas em toda a educação básica. A restrição se aplica aos estudantes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Durante o processo de discussão da lei no Senado Federal, o senador Rogério Marinho tentou excluir os estudantes do Ensino Médio das restrições, mas sua proposta foi rejeitada, inclusive por senadores de direita, como a sul-mato-grossense Tereza Cristina (PP).

Nesta segunda-feira, a senadora comemorou a aprovação da lei:

“A medida busca proteger nossas crianças e jovens, garantindo que aproveitem ao máximo o tempo de estudo e convivência”, declarou em suas redes sociais.

Obrigações

A lei sancionada também estabelece obrigações para as redes de ensino, públicas e privadas, no que diz respeito ao resguardo da saúde mental dos estudantes.

As escolas e as secretarias de Educação estaduais e municipais deverão elaborar planos para alertar os alunos sobre os riscos do uso excessivo de celulares.

Exceções

A lei federal prevê exceções e concede poderes aos professores e coordenadores pedagógicos para autorizar o uso de celulares em situações específicas, desde que inseridas no contexto das aulas.

Entre as exceções estão estudantes com deficiência, para os quais o celular pode ser um instrumento pedagógico essencial, como para alunos com surdez ou cegueira, por exemplo.

Há também exceções relacionadas à saúde dos alunos, como o acesso a uma lista de contatos em casos de emergência ou para garantir direitos constitucionais.

A regulamentação

Um dos pontos que deverão ser regulamentados é o procedimento para guardar os celulares dos estudantes, considerando que se tratam de bens privados com valor agregado. Também será necessário definir o momento apropriado para a devolução dos aparelhos.

A lei federal não prevê cláusulas penais para estudantes que se recusarem a entregar o telefone, mas tais medidas poderão ser incluídas em regulamentos locais.

Respaldo legal

Em dezembro, Hélio Daher explicou ao Correio do Estado que o uso de equipamentos conectados e dispositivos eletrônicos pode ser uma ferramenta valiosa para o ensino, desde que o professor tenha controle sobre o ambiente escolar.

Secretário Hélio Daher/Gerson Oliveira

“O celular tem uma capacidade de integração gigantesca, e isso é muito bom, mas até certo ponto. Quando o limite do bom senso é ultrapassado, o aluno perde o interesse no trato com o professor”, afirmou.

O secretário destacou que a nova lei dá respaldo legal aos professores para proibir o uso de celulares em sala de aula.


“O celular se tornou, além de um equipamento que distrai o estudante, um instrumento de comunicação direta com os pais. Boa parte dos pais, independentemente da classe social, valoriza a segurança”, acrescentou Daher.

A lei permite que o professor retire o celular do aluno e evita questionamentos por parte do estudante ou de seus familiares.

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ENSINO

Aulas voltam em fevereiro em MS com o uso de celulares proibido

Secretaria de Estado de Educação corre contra o tempo para, até este mês, regulamentar lei sancionada pelo presidente Lula

14/01/2025 09h00

Estudantes só poderão mexer nos celulares na chegada ou na saída das escolas, exceto em certos casos estabelecidos pela nova lei

Estudantes só poderão mexer nos celulares na chegada ou na saída das escolas, exceto em certos casos estabelecidos pela nova lei Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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As aulas em Mato Grosso do Sul retornam já no mês que vem, porém, a Secretaria de Estado de Educação (SED) trabalha desde ontem em um texto que regulamente a lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proibindo o uso de celulares nas escolas do Brasil, para que a medida entre em vigor desde o primeiro dia deste ano letivo.

Segundo o titular da SED, Hélio Daher, após o governo federal ter validado a lei, a qual foi aprovada no Congresso Nacional, começa a correria dentro da Pasta, a fim de que as diretrizes de como essa medida vai ser cumprida estejam prontas antes do início das aulas.

“Essa lei agora passa para a sua regulamentação, que deve acontecer no Conselho Nacional de Educação [CNE] e no Conselho Estadual de Educação [CEE-MS]. Para a rede estadual, estamos montando como vai funcionar a aplicação da lei na prática, quais serão as normas para cumprir essa lei federal”, declarou Daher.

Sancionado ontem, o Projeto de Lei nº 4.932/2024 proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais por estudantes de todas as etapas da Educação Básica, seja durante a aula e os intervalos, seja durante o recreio. A justificativa é de “salvaguardar a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes”.

O secretário esclareceu que essa regulamentação é importante para definir os parâmetros de cumprimento da lei – um exemplo disso seria onde o celular de cada aluno ficará guardado enquanto o estudante estiver dentro da escola.

“Vamos definir como vamos fazer para a guarda desse bem, se ele vai ficar na mochila do aluno ou se vai ser guardado em alguma caixinha na sala de aula, se vamos ter que adquirir algum item de segurança. Tem o fato também de como vamos citar no regimento escolar o que pode acontecer com os estudantes que não cumprirem essa regra”, explicou ao Correio do Estado.

De acordo com Daher, na próxima semana deve haver uma reunião com os diretores das escolas estaduais, oportunidade em que a SED vai ouvir as propostas para definir como montar este regramento.

A Pasta espera concluir essa regulamentação até o fim deste mês, uma vez que no dia 3 de fevereiro tem início a formação dos professores da Rede Estadual de Ensino (REE), momento em que eles deverão ser orientados sobre cada ponto da nova lei e de como cumpri-la.

No caso das escolas municipais de Mato Grosso do Sul e das instituições de ensino particulares, a regulamentação necessária será realizada pelo CEE-MS.

LEI

Formulada em 2015, a lei é de autoria do deputado Alceu Moreira (MDB-RS) e define como sala de aula todos os espaços escolares nos quais são desenvolvidas atividades pedagógicas sob a orientação 
de profissionais de educação.

Apesar da proibição, a lei terá exceção em casos em que os alunos necessitem da tecnologia para o desenvolvimento, a inclusão e a evolução pedagógica.

“Será permitido o uso de aparelhos eletrônicos portáteis por estudantes da Educação Básica, dentro ou fora da sala de aula, quando se destine a garantir a acessibilidade, a inclusão e os direitos fundamentais, bem como para atender às condições de saúde dos estudantes”, diz trecho da lei.

Em contrapartida, caberá às instituições de ensino e às escolas elaborarem estratégias para tratar ao que o texto do projeto classificou como “sofrimento psíquico e da saúde mental dos estudantes” e oferecer treinamentos periódicos para a detecção, a prevenção e a abordagem de sinais sugestivos de sofrimento psíquico e mental e de efeitos do uso dos aparelhos celulares de forma indiscriminada por parte dos alunos.

No mesmo sentido, o ambiente escolar será responsável por disponibilizar espaços de escuta e acolhimento para receberem estudantes ou funcionários que estejam em sofrimento psíquico e mental “decorrentes principalmente do uso imoderado de telas” e em função da nomofobia – termo utilizado para designar aqueles que sofrem de ansiedade ou medo pela falta do uso dos celulares.

O projeto aprovado frisa que o uso desregulado de celulares e aparelhos eletrônicos pode estar relacionado a distúrbios de ansiedade, transtornos alimentares e depressão, “especialmente com o uso de redes sociais”.

Conforme o projeto de lei, as restrições devem estimular a produção humana, a criatividade e o pensamento crítico, valorizar a prática esportiva presencial, incentivar a fruição e a participação nas manifestações artísticas e culturais e, sobretudo, abrir oportunidades de convívio e de interação olho no olho, essenciais para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.

“É uma medida necessária. O uso do celular da forma que estava era descontrolado, tira a atenção do aluno e prejudica uma das principais funções da escola: a socialização com coletas e com um grupo heterogêneo”, classificou Daher.

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BRASILÂNDIA

Carro cai em lago e 4 pessoas da mesma família morrem afogadas em MS

Veículo, que ficou totalmente submerso, foi retirado com a ajuda de um trator guindaste

14/01/2025 08h05

Veículo Volksvagen Gol ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lago

Veículo Volksvagen Gol ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lago Crédito: CBMMS

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Alex Genival Soares da Silva, de 32 anos, Monique de Lins Neves, de 32 anos, e seus filhos, de 13 e 10 anoS, morreram afogados após o carro em que estavam cair em uma lagoa, nesta segunda-feira (13), na estrada Cascalho, em Brasilândia, município localizado a 365 quilômetros de Campo Grande.

As quatro pessoas são da mesma família. A suspeita é de que o acidente aconteceu entre a noite de domingo (12) e a madrugada de segunda-feira (13), mas, o carro só foi encontrado submerso na manhã de ontem (13).

Conforme apurado pela reportagem, a família participou de uma confraternização e os pais ingeriram bebida alcoólica na noite de domingo (12).

Veículo Volksvagen Gol ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lagoBombeiros militares retirando os corpos do carro. Foto: CBMMS

Em seguida, saíram da festa por volta das 23 horas e pegaram uma estrada vicinal nas proximidades da BR-158, quando, em determinado momento e por motivos desconhecidos, o carro saiu da pista e caiu dentro de uma lagoa.

A suspeita é de que o motorista tenha perdido o controle da direção, capotado o veículo e caído dentro do lago.

Todos os ocupantes do veículo, presos ao cinto de segurança, morreram afogados. O automóvel, que se tratava de um Volksvagen Gol, ficou totalmente submerso e de ponta cabeça no lago. 

Equipe de mergulho do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) foi acionada e compareceu ao local mas, não havia mais o que fazer, pois todos já estavam mortos há horas.

Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe. Os bombeiros retiraram os corpos de dentro do veículo.

Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Bataguassu para os exames necessários à determinação da causa oficial dos óbitos.

O carro, que ficou totalmente submerso, foi retirado com a ajuda de um trator guindaste. Após retirada, o ficou às margens do lago. As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil de MS.

Confira as fotos do carro submerso:

Em 9 de novembro de 2023, outro caso parecido aconteceu em Mato Grosso do Sul. 

Engenheiro agrônomo, Anderson Rezzadori, de 30 anos, desapareceu no Rio Taquari na madrugada desta quinta-feira (9), em Coxim, município localizado a 253 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o Corpo de Bombeiros (CBMMS), o rapaz conduzia uma Fiat Toro branca, quando se deparou com o rio no fim da rua.

Ele não percebeu que havia um rio à frente e o veículo acabou caindo dentro d’água. Enquanto o carro afundava, chegou a mandar localização e um áudio para os amigos pedindo socorro.

Geralmente, no interior do Estado, muitas ruas finalizam no rio. O condutor acha que é continuação de uma rua, mas, na verdade, é um rio.

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