Cidades

PESQUISA

Cerca de 16 milhões de identidades falsificadas circulam somente no Brasil, diz estudo

O estudo mostra que cerca de 88% das identidades brasileiras falsificadas são impressas

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Estudo sobre fraude de identidade no Brasil, compartilhado pela plataforma global de verificação de identidade, Sumsub, com dados do Serasa Experian, mostra que há 16 milhões de documentos de identidade falsificados (RG) em circulação somente no Brasil.

Além disso, 7 em cada 10 empresas online viram um aumento significativo de golpes em 2020.

Diantes desse aumento, 84% dos líderes de empresas brasileiras entrevistados estão preocupados com o crescimento das fraudes eletrônicas.

Segundo o estudo, o passaporte é duas vezes mais propenso à fraude do que o RG – 1,2% de todos os passaportes têm sinais de falsificação em comparação com 0,6% de todos os RG).

Já as carteiras de motorista são menos propensas a serem falsificadas – apenas 0,18% das falsificações.

O principal objetivo do estudo é ajudar as empresas locais a se manterem protegidas contra crimes cibernéticos.

Conforme informações do relatório, o Brasil é um dos países que mais contribuem para a fraude online – bem como um dos mais infectados por malware e um dos maiores produtores de spam, vírus trojan e phishing.

Fraude

De acordo com os especialistas da Sumsub, os tipos mais comuns de fraudes de identidade no Brasil incluem: fraudes sintéticos; roubo de dados; falsas notas/boletos bancários; autofraude ou fraude amiga; financiamento com documentos falsos.

Os dados analisados ​​sugerem que 80% das tentativas de fraude de identidade no Brasil ocorrem na etapa de verificação de identidade.

Já a verificação de comprovante de endereço representa quase 15% de todas as fraudes.

Os 5% restantes de fraude referem-se a deep fakes, máscaras e vídeos pré-gravados usados ​​por fraudadores para burlar verificações de prova de vida e selfie.

Essas três são as principais etapas de verificação de identidade no Brasil.

Técnicas de falsificação

O estudo mostra que cerca de 88% das identidades brasileiras falsificadas são impressas, sendo o tipo mais comum de falsificação.

As falsificações de identidade física – adulterações feitas diretamente em documentos existentes – vêm em segundo lugar (7,5%), e as falsificações de identidade digital representam cerca de 5%.

Entretanto, a Sumsub destaca que, na maioria dos casos, é muito fácil reconhecer essas falsificações, pois os fraudadores não as cortam da maneira correta.

Segmentos

O estudo indica que investimentos e pagamentos são os dois segmentos mais propensos a fraudes no Brasil, destaca a pesquisa.

As indústrias de criptomoedas, jogos de azar e comércio também sofrem com fraudes, embora em menor grau.

Saiba mais sobre a pesquisa

A Sumsub é uma empresa de tecnologia sediada no Reino Unido dedicada ao combate à lavagem de dinheiro e fraude online.

A pesquisa ocorreu entre 2021 e 2022 e teve como foco a fraude de identidade e a regulação PLD (prevenção à lavagem de dinheiro) no Brasil.

Para esse relatório, a Sumsub combinou estatísticas anônimas de 4,3 milhões de verificações realizadas no Brasil.

O estudo inclui análise de especialistas jurídicos e antifraude -- que incluem análises de especificidades regulatórias, tipos de fraude e métodos de detecção.

A equipe de análise da Sumsub examinou mais de 50.000 tentativas de fraude em 19 setores.

 

Cidades

Projeto de lei quer converter multas de trânsito em doação de sangue e medula

Infrator que optar pela doação não pagará multa, mas outras sanções podem ser mantidas, como pontos na CNH

19/12/2025 18h00

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula Foto: Arquivo

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Um projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) propõe converter multas aplicadas no trânsito, relativas a infrações de natureza leve, em doação voluntária de sangue ou medula óssea. Como a Casa está em recesso, a matéria tramitará no ano que vem.

Conforme a proposta, de autoria do deputado estadual Junior Mochi, a conversão do pagamento das multas em doação de sangue ou medula teria caráter alternativo e facultativo, não constituindo direito subjetivo do infrator, e deverá ser expressamente requerida pelo interessado, nos termos de posterior regulamentação.

Ainda conforme o projeto, a conversão da multa em doação somente será admitida quando:

  • a infração for de natureza leve, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro;
  • não houver reincidência da mesma infração no período de 12 meses;
  • a multa não decorrer de infração que tenha colocado em risco a segurança viária, a vida ou a integridade física de terceiros;
  • a doação seja realizada em hemocentros públicos ou privados conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), ou em instituições oficialmente reconhecidas;
  • haja aptidão médica do doador, conforme critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Cada doação de sangue corresponderá a conversão de uma multa de trânsito, assim como a inscrição no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Caso o doador seja compatível com alguma pessoa precisando de transplante e faça a doação efetiva da medula óssea, poderá ser convertida até duas multas de trânsito.

A comprovação da doação ou da inscrição no Redome será realizada mediante apresentação de documento oficial emitido pela instituição responsável, observado o prazo e os procedimentos definidos em regulamento

O projeto veda a compensação parcial da multa, bem como a conversão de penalidades acessórias, como suspensão ou cassação do direito de dirigir.

A conversão será apenas relacionada ao pagamento da multa, mas não exime o infrator das demais obrigações legais decorrentes da infração de trânsito, inclusive quanto ao registro de pontos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), quando aplicável.

O Poder Executivo poderá celebrar convênios e parcerias com municípios, hemocentros e instituições de saúde, com vistas à operacionalização da lei, caso seja aprovada e sancionada.

Objetivos

Na justificativa do projeto, o deputado afirma que o objetivo é conciliar o caráter educativo das sanções
administrativas de trânsito com políticas públicas de incentivo à doação voluntária de sangue e de medula óssea, "práticas essenciais à manutenção da vida e à efetividade do Sistema Único de Saúde".

"A proposta não elimina a penalidade, mas a ressignifica, convertendo-a em uma ação de relevante interesse social, capaz de estimular a solidariedade, a cidadania e a responsabilidade coletiva. Trata-se de medida alinhada aos princípios da dignidade da pessoa humana, da função social das sanções administrativas e da eficiência das políticas públicas, diz a justificativa.

Em caso de aprovação e sanção, a adesão pelos municípios será facultativa, preservando o pacto federativo.

"Ressalte-se que a iniciativa respeita a autonomia municipal e o Código de Trânsito Brasileiro, limitando-se às infrações leves e excluindo aquelas que representem risco à segurança viária. A adesão pelos Municípios é facultativa, preservando-se o pacto federativo", conclui o texto.

Campo Grande

Investigada por desvio recebeu R$ 1,7 milhão para iluminar "Cidade do Natal"

Construtora JCL venceu licitação há dois meses e será responsável pela decoração natalina da Capital

19/12/2025 17h50

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Investigada em operação que apura suspeitas de fraudes em licitações e contratos de iluminação pública em Campo Grande, a Construtora JCL Ltda. venceu há dois meses a disputa para iluminar a decoração natalina da Capital neste ano, orçamento de R$ 1,7 milhão.

Conforme o Portal da Transparência, a empresa será responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina na Capital, contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro. 

Conforme o edital, a iluminação abarca trechos da Rua 14 de Julho, Avenida Afonso Pena local de apresentações culturais, gastronomia e lazer. Para a decoração natalina está prevista a instalação de mangueiras luminosas de led branco quente (âmbar), verde e azuis pelas avenidas Afonso Pena, Duque de Caxias e Mato Grosso.

Na 14 de Julho, a decoração possui flâmulas natalinas, bolas metálicas iluminadas, árvores naturais de porte médio, árvores em formato de cone, anjo iluminado e pórticos metálicos.

As luzes foram acesas no dia 1º de dezembro deste ano, com desligamento previsto para o dia 15 de janeiro de 2026, datas que, conforme contrato, podem ser adiadas ou antecipadas.

De acordo com a prefeitura, a iluminação decorativa natalina tem como objetivo "trazer o espírito natalino para as ruas, praças e avenidas da Capital, aliando beleza, lazer e sentimento de pertencimento urbano".

Iluminação natalina

A Praça Ary Coelho também foi decorada com os portais de entrada até o coreto, além de iluminação nas árvores naturais.

Complementam a decoração em outras vias estrelas dos mais variados tamanhos, árvores de arabesco, cometas, botas, bicicletas, pirâmides e pórticos, entre outros.

Além dessas, receberão decoração as rotatórias da Ceará com Joaquim Murtinho; Duque de Caxias com a Entrada da Nova Campo Grande; da João Arinos com Pedrossian; Três Barras com Marques de Lavradio; Consul Assaf Trad com Zulmira Borba; Gury Marques na rotatória da Coca-Cola; Filinto Muller no Lago do Amor; dentre outras. A iluminação compreende ainda o Paço Municipal.

 

Contradição

A assinatura do contrato entre a prefeitura e a construtora contraria uma lei sancionada pelo próprio Executivo em agosto deste ano, que detinha o objetivo reduzir gastos e otimizar recursos públicos.

A Lei 7.464/25, sancionada em 4 de agosto, previa que a iluminação e ornamentação natalina em espaços públicos fosse patrocionada por empresas privadas, sem custos para a Prefeitura.

Conforme a lei, as empresas interessadas em iluminar a "Cidade do Natal" em troca, poderiam divulgar suas marcas nos locais iluminados. O programa "Natal de Luz", inserido na lei, tem vigência anual, entre 1º de novembro e 10 de janeiro. 

*Colaborou João Pedro Flores

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