Cidades

Estradas

Com rodovias perigosas, MS contabiliza mais de 170 acidentes fatais nas estradas em 2025

Somente no mês de maio, foram contabilizados 97 acidentes e 14 mortes nas rodovias estaduais.

Continue lendo...

Segundo levantamentos, em 2024, 182 pessoas morreram e 1.940 ficaram feridas em acidentes registrados nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul. De janeiro a dezembro de 2024, foram 1.803 acidentes. 

Em 2025, já foram contados 114 óbitos de vítimas de acidentes em ruas e rodovias no estado.

No período do mês de maio, 30 pessoas perderam a vida em acidentes nas ruas e rodovias de Mato Grosso do Sul, maior número de vítimas fatais para o período desde 2022. Para comparação, foram 21 mortes em 2020, 29 em 2021, 39 em 2022 (o maior número no período), 24 em 2023 e 25 em 2024. 

Neste período, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 97 acidentes e 14 mortes nas rodovias de MS. 

Em 2025, em operações especiais da Polícia Rodoviária Federal, já foram contabilizados, pelo menos, 173 acidentes nas estradas sul-mato-grossenses. 

Na operação de Páscoa, conforme apurado pelo Correio do Estado, a PRF contabilizou 27 acidentes e uma morte. No Carnaval, foram 29 acidentes, sendo 11 graves e 1 morte. As contabilizações no ano novo foram de 20 acidentes e 2 mortes. No mês de junho, já foram registrados 6 acidentes com mortes. 

De acordo com a PRF, a maioria dos acidentes é causado por falhas humanas. Os principais fatores que contribuem para a ocorrência dos acidentes e óbitos incluem as ultrapassagens perigosas, a não utilização do cinto de segurança, uso do celular ao volante e a condução do veículo sob efeito de álcool ou entorpecentes. 

Rodovias perigosas

Duas rodovias que passam por Mato Grosso do Sul estão entre as 10 mais perigosas do país, segundo estudo baseado nos dados do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes). A BR-163 (em 6º lugar no ranking) e a BR-262 (em 9º lugar) registraram, juntas, em 2024, mais de 4,3 mil acidentes e 392 óbitos. 

A mais perigosa é a BR-101, segunda estrada federal mais longa do País, que liga as regiões nordeste e sul, cortando 12 estados. 

Ranking das 10 rodovias mais perigosas do Brasil

Acidentes

A intercorrência mais recente foi registrada neste domingo (15) na BR-262, no trecho entre Miranda e Corumbá, onde um ônibus da viação Andorinha colidiu lateralmente com um caminhão que vinha em sentido contrário. Com o impacto, uma peça de ferro se soltou do caminhão e atravessou o vidro de proteção do ônibus, acertando três passageiros. 

Duas pessoas morreram no local, entre elas uma médica de 27 anos identificada como Andrezza Felski. A causa da morte foi dada como “empalhamento”, já que a barra de ferro atravessou o tórax das vítimas. 

Uma criança de seis anos foi encaminhada para a Santa Casa de Corumbá em estado grave após a barra ter perfurado sua região inguinal, que fica próximo à coxa. 

Além destes, uma mulher sofreu fratura exposta dos ossos da perna e foi encaminhada à uma unidade de saúde. O motorista do ônibus sofreu escoriações leves. 

Um caso semelhante aconteceu no início do mês, também na BR-262 em Três Lagoas, quando Hemerçon Bruno Pazini de Oliveira, de 26 anos, morreu ao ser atingido por uma peça que se desprendeu de um caminhão, atravessou o pára-brisa e o acertou. 

O jovem, natural do município de Água Clara, conduzia um VW Gol preto e estava acompanhado da esposa e da mãe, quando a campana do freio se soltou da carreta e o atingiu na cabeça. 

O Serviço de Atendimento Móvel (SAMU) foi acionado, mas a vítima já tinha morrido no local. A mãe e a esposa do Hemerçon foram encaminhadas ao hospital sem ferimentos, mas em estado de choque. 

O trecho da BR é alvo de discussão pela necessidade de duplicação. 


 

Cidadania

Mutirão de DNA gratuito auxilia no reconhecimento de paternidade em MS

A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul vai realizar, no dia 16 de agosto, o projeto "Meu Pai Tem Nome", que ajuda no reconhecimento parental de crianças, adolescentes e adultos

16/07/2025 17h22

Crédito: Agência Gov

Continue Lendo...

Em mais uma edição do projeto nacional “Meu Pai Tem Nome”, que ocorre no dia 16 de agosto, a população que procurar o serviço receberá ajuda para o reconhecimento dos vínculos parentais, garantindo o direito à cidadania.

Em outras localidades, o serviço será oferecido de forma virtual. Sobre a importância da ação, o defensor público Marcelo Marinho explicou que a ideia é reconhecer os vínculos parentais.

“O objetivo é promover o reconhecimento de paternidade e maternidade, ampliando o acesso à cidadania e aos direitos fundamentais de crianças, adolescentes e adultos que ainda não possuem o nome de um dos pais em seus registros”, pontuou.

Atendimento


A iniciativa é organizada pelo Núcleo, em parceria com o Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege), e promoverá a ação presencial nos seguintes municípios:

  • Campo Grande
  • Dourados
  • Três Lagoas
  • Corumbá

Em outras cidades do interior do Estado, a ação será realizada de forma virtual.

Em Campo Grande, a previsão é de que a população seja atendida na sede do Núcleo de Direito de Família e Sucessões (Nufam), localizado na Rua Arthur Jorge, 779, Centro.

Nos demais municípios com atendimento presencial, os serviços serão ofertados nas unidades participantes da Defensoria Pública em cada comarca.

Durante o atendimento, serão oferecidos gratuitamente os seguintes serviços:

  • Reconhecimento de paternidade ou maternidade (inclusive socioafetiva e homoafetiva);
  • Investigação de vínculo parental;
  • Coleta para exames de DNA, quando necessário.

Parceria


Esta edição contará com o apoio do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF), da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, para a realização dos exames de DNA, que serão totalmente gratuitos para quem procurar atendimento.

Para o coordenador-geral de Perícias da Polícia Científica, José de Anchiêta Souza Silva, a parceria reforça o compromisso com a cidadania:

“É uma satisfação para a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul contribuir com essa importante iniciativa da Defensoria Pública. Por meio da ciência forense, buscamos garantir que o exame pericial seja um instrumento de cidadania e justiça, promovendo o reconhecimento de direitos e ajudando a construir histórias familiares com segurança e responsabilidade.”

O Instituto de Análises Laboratoriais Forenses é uma das unidades que integram a estrutura da Polícia Científica de MS, responsável por exames laboratoriais e perícias em apoio à investigação criminal.

Como participar?


Os interessados em participar do projeto “Meu Pai Tem Nome” devem se inscrever por meio do formulário online, clicando aqui.

Serviço

 

  • Mutirão "Meu Pai Tem Nome"
  • Data: 16 de agosto
  • Horário: Das 8h às 12h

Locais

  • Rua Arthur Jorge, 779, Centro, Campo Grande
  • Rua Alfredo Justino, 1108, Praça Justiça, Três Lagoas
  • Rua Luís Feitosa Rodrigues, 2094, Nossa Senhora de Fátima, Corumbá

Assine o Correio do Estado

Investigação

Entenda por que Donald Trump quer investigar 'prática desleal' do Pix

Governo estadunidense decidiu abrir uma investigação contra o Brasil por supostas práticas comerciais desleais

16/07/2025 17h00

Governo estadunidense decidiu abrir uma investigação contra o Brasil por supostas práticas comerciais desleais

Governo estadunidense decidiu abrir uma investigação contra o Brasil por supostas práticas comerciais desleais Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O sistema de transferências instantâneas brasileiro, o Pix, entrou no radar do governo dos Estados Unidos, que decidiu abrir uma investigação contra o Brasil por supostas práticas comerciais desleais. O anúncio foi feito na noite desta terça-feira (15) pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR sigla em inglês), a pedido do presidente norte-americano Donald Trump.

“Por orientação do presidente Trump, estou iniciando uma investigação com base na Seção 301 sobre os ataques do Brasil contra empresas americanas de mídia social, bem como outras práticas comerciais desleais que prejudicam empresas, trabalhadores, agricultores e inovadores tecnológicos dos EUA”, declarou o representante comercial Jamieson Greer.

Apesar das alegações, o documento divulgado pelo USTR não apresenta evidências específicas que sustentem as acusações contra o Pix ou outras políticas brasileiras. Segundo o órgão, o Brasil vem impondo restrições ao acesso de exportadores norte-americanos ao mercado local há décadas. As investigações têm como base  a seção 301 da legislação comercial norte-americana, que prevê a adoção de medidas retaliações comerciais como instrumento unilateral de pressão para a abertura de mercados às exportações e aos investimentos externos norte- americanos.

O que é a Seção 301?

A Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA de 1974 permite que o governo norte-americano investigue e adote medidas unilaterais — como tarifas e barreiras comerciais — contra países cujas práticas sejam consideradas:

  • Injustificadas, irrazoáveis ou discriminatórias;
  • Violadoras de acordos internacionais;
  • Restritivas ao comércio com os Estados Unidos.

Caso negociações bilaterais falhem, os EUA podem adotar sanções, desde que autorizadas ou não contestadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Já houve sanção?

A Seção 301 já foi utilizada em disputas comerciais com a China durante o governo Trump, principalmente por alegações de roubo de propriedade intelectual e subsídios industriais. Também foi aplicada contra a União Europeia, em casos envolvendo agricultura e aviação.

O Brasil já enfrentou investigações semelhantes no passado, em temas como propriedade intelectual, etanol e agricultura, mas esta é a primeira vez que o Pix entra no foco de uma ação comercial desse tipo.

O que pode estar em jogo?

Ainda que o governo americano não tenha detalhado os motivos específicos, possíveis alvos de investigação incluem:

  • Barreiras ao investimento de empresas de tecnologia dos EUA;
  • Regras que limitem o acesso a serviços digitais estrangeiros;
  • Políticas industriais consideradas discriminatórias;
  • Restrições a empresas de redes sociais americanas;
  • Alegações de que o Pix pode favorecer o ecossistema nacional em detrimento de plataformas de pagamento estrangeiras.

A investigação marca mais um episódio da política comercial agressiva defendida por Trump, que voltou a adotar medidas protecionistas diante do avanço de soluções digitais desenvolvidas fora dos EUA.

Quais países que já sofreram sanções dos Estados Unidos?

1. Japão

Motivo: Nos anos 1980, a Seção 301 foi usada para pressionar o Japão a abrir seus mercados para mais produtos americanos. Na época, os EUA estavam preocupados com as barreiras comerciais e com o desequilíbrio no comércio bilateral.

Ação: Isso levou a negociações e à implementação de algumas reformas no Japão para aumentar o acesso ao seu mercado para produtos dos EUA.

2. União Europeia (UE)

Motivo: Em 2004, os Estados Unidos usaram a Seção 301 contra a União Europeia devido a subsídios que a UE concedia à Airbus, que os EUA consideravam como práticas comerciais desleais. Os EUA alegaram que esses subsídios prejudicavam as empresas americanas, como a Boeing.

Ação: Como resposta, os EUA impuseram tarifas sobre produtos da UE. A disputa foi resolvida, em parte, através da Organização Mundial do Comércio (OMC).

3. Índia

Motivo: Em 2018, os Estados Unidos usaram a Seção 301 para investigar as práticas comerciais da Índia, incluindo as barreiras ao comércio de produtos de TI e medicamentos, além de exigências de licenciamento forçado de software.

Ação: Os EUA estavam preocupados com as políticas da Índia que supostamente prejudicavam os direitos de propriedade intelectual de empresas americanas. No entanto, a disputa não resultou em uma ação tão agressiva como as tomadas contra a China.

4. China

Motivo: Em 2018, a Seção 301 foi usada contra a China devido a alegações de que o país estava praticando roubo de propriedade intelectual e forçando empresas americanas a transferir tecnologia como uma condição para fazer negócios na China. As preocupações também incluíam práticas de subsídios governamentais que distorciam o comércio e favoreciam as empresas chinesas.

Ação: O governo dos EUA impôs tarifas sobre centenas de bilhões de dólares em produtos chineses, o que resultou em uma guerra comercial. A China retaliou com tarifas sobre produtos dos EUA.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).