Os corpos do empresário Cláudio Meneghetti, 55, e da mulher dele, Lilian Simioni, 57, foram encontrados neste sábado no meio de um canavial em Piracicaba (a 160 km de São Paulo).
Os dois estavam desaparecidos desde o dia 15 de fevereiro, quando foram levados por criminosos que assaltaram a casa onde viviam, no bairro Vila Rezende, também em Piracicaba.
De acordo com a Polícia Civil, os corpos, em adiantado estado de decomposição, foram encontrados por volta das 9h por homens que fazem a segurança patrimonial na área da usina Costa Pinto.
Os corpos estavam com mãos e pés amarrados e havia sinais de afundamento de crânio e cortes na barriga.
CRIME
A doméstica, Susana Aparecida Parente Felippe, 57, que trabalhava para o casal havia 18 anos, foi encontrada morta por asfixia em um dos cômodos da casa. Ela teve as mãos e os pés amarrados e a cabeça encoberta por dois sacos plásticos. Os criminosos amarraram o pescoço dela com fios de telefone.
Um computador com imagens do circuito interno da casa foi levado na ação.
Os criminosos levaram eletrodomésticos, cartões e dinheiro do casal. Uma camionete S-10 do empresário, usada na fuga, foi encontrada abandonada na rua de trás da residência.
O retrato falado dos dois suspeitos foi feito com a ajuda de três testemunhas. O delegado responsável pela investigação, João Batista Vieira de Camargo, não descartou o envolvimento de mais criminosos.
Um dos homens retratados tem cerca 1,75m de altura, pele branca, em torno de 25 anos e cabelos e olhos castanhos.
O outro suspeito mede cerca de 1,85m, tem a pele parda, em torno de 28 anos e cabelos e olhos castanho-escuros.
O delegado disse que os suspeitos ainda não foram identificados. Segundo Camargo, a polícia tem recebido, em média, entre 12 e 15 denúncias por dia sobre o paradeiro do casal, mas poucas têm ajudado.
A polícia não descarou o envolvimento no crime de um filho da doméstica, que está preso em outra cidade. Ele foi condenado por homicídio.
O irmão de Cláudio, José Reynaldo Meneghetti, 56, disse à Folha na quarta-feira (23) que os suspeitos não fizeram contato.