Cidades

SEMANA DOS PEQUENOS

Crianças no pós pandemia precisam brincar, socializar e se atentar à saúde

Pediatra explica que pais precisam reintroduzir brincadeiras e hábitos alimentares saudáveis após reclusão pandêmica

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Após meses de reclusão da pandemia, com o avanço da vacinação a vida foi voltando aos eixos e, nesta semana da criança, é importante lembrar aos pais que os pequenos precisam retomar hábitos saudáveis. 

Conforme o pediatra, Dr. Alberto Jorge Félix Costa, com a chegada das festividades que encerram o ano, além dos mais diversos feriados, é importante que os pais ofereçam atividades saudáveis para os pequenos, para que eles possam brincar e também interagir com outras crianças. 

"As crianças ficaram mais restritas, dentro de casa, confinadas. Com isso, acabou que elas passaram a comer mais, pela falta de diversidade das atividades. Isso teve reflexo de sobrepeso em grande parte das crianças", explica o médico da Unimed Campo Grande. 

Ele ressalta que o confinamento restringiu as atividades fora de casa, em praças, ruas e clubes, o que levou grande parte das crianças para um comportamento sedentário. 

"E diminuiu o contato entre as crianças. Com isso, houve um prejuízo na socialização delas, pois ficaram restritas e com uma sociabilidade menor", diz ele.

Para o dr. Alberto, esse considerável período de reclusão foi suficiente para colocar novos hábitos na vida dos pequenos, que precisam ser desconstruídos e as crianças voltarem às brincadeiras ao ar livre. 

"Correr; pular; andar de bicicleta; pular corda, amarelinha; interagir com outras crianças... até para ficarem mais dispersas e ativas, gastando mais calorias e, com certeza, com issso melhorando sua qualidade de vida, interação com outras, melhorando a saúde e o prognóstico mental desses pequenos a médio e longo prazo", expõe. 

Distante cerca de dois meses para o Natal, época em que a comilança é liberada, o pediatra destaca que é preciso maneirar no consumo de coisas muito calóricas. 

Criança saudável

Pensando no bem-estar dos pequenos, a Unimed Campo Grande preparou, neste domingo (16), o Dia da Criança Saudável, aberto para todas as idades. 

Gratuito e aberto a toda a comunidade, a programação incluirá atividades recreativas, música, pintura facial, câmera 360º e a Provinha Kids, com pedalada para a criançada. 

Fabiana Perin é coordenadora de Comunicação e Marketing da Unimed Campo Grande, e destaca a importância desta ação, a segunda após dois anos de pandemia. 

"Desta vez, voltado principalmente para as crianças, porque entendemos que os bons hábitos começam desde a infância, e por isso precisam ser incentivados desde cedo. O evento vem também para reforçar ainda mais o movimento Mude1Hábito, que visa estimular pequenas mudanças, sempre para hábitos mais saudáveis, que promovam saúde e qualidade de vida das pessoas”, argumenta ela. 

Ainda, o Dr. Alberto lembra que é importante que os pais percebam que as crianças, justamente, precisam ser crianças. 

"De uma maneira leve, saudável. A interação social é importante, os hábitos saudáveis também; atividades físicas; movimentação com atividades aeróbicas. A criança fica um ser mais leve, produtivo, fácil de compreender as coisas e realmente mais maleável, a percepção para as coisas podendo aumentar e aumentar o leque de entendimento", finaliza ele. 

 

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CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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