Cidades

Previdência

Diretor da Ageprev diz que deficit
da Previdência é "insustentável"

Jorge Martins comenta medidas para tentar reduzir gastos

MILENA CRESTANI

12/03/2017 - 03h00
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As contas não fecham. Mês a mês, as despesas com aposentados e pensionistas aumentam e a receita não acompanha esse ritmo. O resultado é o deficit que tem se tornado insustentável, tanto no regime geral, no País, como a nível estadual. Tentar equacionar esse problema histórico, no que concerne à Previdência de Mato Grosso do Sul, é o desafio de Jorge Martins, diretor-presidente da Ageprev. Ele conta com a experiência de ter passado por várias secretarias estaduais e municipais, durante diferentes gestões, e já definiu sérioe de medidas administrativas para conter gastos, com mais rigor nas concessões. Nesta entrevista, ele comenta ainda dos impactos da reforma da Previdência, em discussão no Congresso.  

CORREIO PERGUNTA -  Qual deficit atual da previdência do Estado? Quanto, em média, aumenta a cada ano? 
JORGE MARTINS - O deficit previdenciário não é de hoje. É de muito tempo e vem crescendo. Temos receita bem menor que a despesa. Tomando por base dezembro, a folha foi de R$ 192 milhões. Desse total, o servidor contribuiu com R$ 30 milhões e o patronal, o Governo e os outros poderes, com R$ 162 milhões. Essa é a nossa realidade, como de todos os Regimes Próprios de Previdência Social do País. A contribuição do servidor é 11% e o que faltar o governo tem que colocar, ou seja, 89%. Então, o deficit cresce a cada ano porque a receita continua praticamente a mesma. Diminuem os ativos e  aumentam inativos. Para ter ideia, o deficit em 2015 foi de R$ 696 milhões. Em 2016, foi de R$ 916 milhões.

Há algo que justifique essa diferença considerável? 
Por causa da procura, aposentadorias que aumentaram. Esse número contempla não só o Executivo, mas todos os poderes. Teve aumento considerável. A Assembleia, por exemplo, fez aquele Programa de Aposentadoria Incentivada (PAI) e teve número significativo. Mas são todos os poderes, como Judiciário, Ministério Público, Defensoria Tribunal de Contas. Ainda assim, o que pesa mais é Poder Executivo, com 92% dos aposentados.

Como é o histórico desse deficit? Quando os problemas começaram? 
Faz muito tempo. O Estado tinha a agência de previdência (Previsul). O servidor, segurado, contribuía para ter essa reserva incluindo aposentadoria, pensão, assistência médica e odontológica. Em 2000, com extinção do Previsul, a previdência ficou com MS Prev e assistência para Cassems. A reserva matemática não foi suficiente para dar cobertura às aposentadorias e pensões existentes e iminentes. Essa situação não é de hoje. E  a exclusividade não é nosso estado, é situação de País.  São três regimes no País: geral, próprio e complementar. Todos os estados têm próprio e todos têm problemas, inclusive muitos em situação pior que a nossa. Somente 14 tem o Certificado de Regularidade Previdenciária e Mato Grosso do Sul tem o seu, renovado a cada seis meses. É preciso estar regular, horando seus compromissos com dificuldades. Sem o certificado, a vida do Estado fica complicada, inscrito no Cadin, o que implica em não receber vários auxílios da União. 

Ouvimos falar muito em deficit da Previdência. Por que a conta não fecha?
O próprio sistema de previdência do País contribuiu para isso. Vivemos em um País que adota soluções imediatistas. A legislação muda mais que circo. Tudo vem do governo federal. Os estados, por exemplo, não podem fazer reforma da previdência. Só se acontecer reforma no regime geral. Vai ter implicação no regime do estado? Poderá ter. Temos que aguardar. Vamos verificar o que implica no regime próprio. Aí vamos tratar da nossa reforma, com base no que for aprovado no Congresso. Então, isso não é novo. Por causa do sistema, por causa dos diversos tipos de concessão, paternalismo, má gestão. Não gosto de culpar gestões anteriores, porque não é problema de governo, é problema de Estado. A gestão atual não tem culpa de nada. Hoje o Governo está pagando, tanto servidor como patronal, por tudo que se fez e não se fez nesses anos trás. Diversos fatores contribuíram e contribuem. É matemática, não tem o que esconder. Servidor contribui com 11%. Quem paga o resto? Poder Público. Isso vai ficando insustentável. Tanto no regime próprio como no geral. Valores aumentam a cada mês porque aumentam aposentados. A parte do governo vai aumentar sempre.

Como está a proposta para aumentar a contribuição do servidor de 11% para 14%?
Estamos estudando. De 11% até 14%. Pode ser 12%, 13%. Isso acontecendo, vai aumentar alíquota de contribuição do servidor. Se fosse 14%, a do governo iria de 22% para 28%. Ainda não resolve, mas ajuda. Diminui o deficit financeiro.
 
Seria a única alternativa?
Na Previdência, a única forma de ter dinheiro novo é aumentando a alíquota. Mas, estamos tomando medidas para conter gastos, com rigor das concessões de aposentadoria, auxílios invalidez, isenções imposto de renda retido na fonte, levantamento de proventos vedados  pela previdência que continuam sendo pagos. O que temos de ter é juízo e repensar previdência como todo. Não tem como inventar a roda. A receita é aquela. Temos que organizar formas para diminuir deficit. Assim, estamos iniciando série de medidas administrativas: revisão da legislação; estudos para equacionamento do déficit financeiro; procedimentos que imponham mais rigor nas concessões de aposentadorias, pensões, auxílio invalidez, isenção do  imposto de renda e auditoria nos benefícios continuados para monitorar e eliminar pagamentos em desacordo com as bases contributivas e a legislação; incorporação ao cadastro geral de segurados e beneficiários do MSPREV dos resultados do  censo previdenciário de 2016; institucionalização da previdência complementar, conforme previsto no § 14 do art. 40 da Constituição Federal, que será compulsória a partir da aprovação da emenda constitucional da reforma, porque permitirá reduzir o déficit financeiro e restringir a transferência de recursos Tesouro Estadual, a título de aporte, para custeio do MSPREV. 

Está sendo feita revisão das concessões questionáveis?
Estamos fazendo e adotando medidas em relação a alguns proventos pagos. Fizemos Censo ano passado e chegamos a economia de R$ 8 milhões no ano.  Cerca de 100 aposentados e pensionistas não apareceram. Prazo venceu agora em março. Tinham seis meses para comparecer desde que terminou o Censo. Agora, para conseguir o provento terá de entrar com ação.

Não teria como ter mais controle para evitar esses casos? Cruzando dados, por exemplo...
Infelizmente, não. Se tivesse sistema integrado onde cruzasse tudo não precisaria fazer Censo. A legislação exige censo a cada cinco anos. Advogo que fosse de dois em dois anos. E para ser mais rigorosos, vamos fazer anual, onde aposentado e pensionista terá de se apresentar no banco no mês do aniversário. Você só vai provar que está vivo.

Quantos aposentados e pensionistas são vinculados à Ageprev hoje?
São 22.077 aposentados e 4.357 pensionistas. Para ter ideia do crescimento de despesa na folha do inativo, desde quando foi criada a Ageprev, em 2008, a folha passou de R$ 697,9 milhões para R$ 2,1 bilhões, no ano passado.

Como a reforma no regime geral da previdência deve afetar o regime próprio do governo estadual?
O envio da proposta de reforma da Previdência ao Congresso criou expectativa no País inteiro. O que vai descer para nós? O Estado pode fazer a revisão da legislação, para algumas adequações, mas nada que fere a lei maior. É uma PEC e altera a Constituição. Evidentemente, vai alterar nossa legislação previdenciária. O Governo tem comitê, formado por técnicos, para acompanhar essas discussões, inclusive em relação às outras reformas tramitando.

Então essa proposta de alteração da alíquota terá de esperar a votação?
Estamos realizando estudos. Vai aumentar ou não? Isso será decisão ainda a ser tomada. Nada será feito sem conversar com quem tem que conversar, com o segurado, que é quem contribui. Nada será enviado para assembleia sem tratar com servidor.  Nenhuma alteração será  feita sem conversar com segurado

Qual o risco caso a alteração não seja feita?
É insustentável o deficit da Previdência. Temos diversas crises no País, financeira, institucional, política e Mato Grosso do Sul está sofrendo neste contexto. Essa situação toda gera problema na receita. Não aumenta aquilo que desejaríamos que aumentasse. Vamos ficar numa situação insustentável, em que vamos arrecadar para pagar a folha. O Governo não existe só para pagar folha do servidor, aposentado e pensionista. Tem duodécimo dos poderes, ICMS distribuído municípios, então a receita corrente líquida, tem que sobrar para ter investimento e melhorar na saúde, educação. Tem percentuais a serem cumpridos. O que sobra? Nada quase para investir. Hoje estamos ainda em gestão privilegiada de governador ponderado, meticuloso e que está honrando seus compromissos. Há situações em outros estados onde não se consegue pagar a folha. Não podemos chegar numa situação dessa. 

Gostaria de uma avaliação sua sobre a reforma da Previdência Nacional, onde também há problema do deficit. O contrassenso ocorre, porém, porque há grandes empresas, muitas ainda ativas, devendo INSS.
Meu ponto de vista está na gestão. Tem que cobrar.  Precisa de atitude. A partir do momento em que se assume um governo é preciso elaborar diagnóstico do que encontrou e o que pretende fazer de imediato, a curto e médio prazo. Nesse diagnóstico, vamos encontrar as doenças todas. Temos deficit na previdência, como vamos diminuir isso? Imagine isso no País. Estava falando deficit da Previdência e  aparecem empresas que se pagassem ia suprir isso. Por que, então, jogar isso para trabalhador ou patronal? Você recolhe todo mês e seu patrão. Você sobre a base, seu patrão sobre o total. Que culpa ele tem? Está obedecendo regras do regime. Aí vem gestão, politicagem, protecionismo, paternalismo e corrupção. Diversos fatores contribuem para essa situação.

O senhor já foi vereador e secretário municipal ou estadual diversas vezes. Como essas experiências vem ajudando hoje a frente da Ageprev?
Tenho uma vida toda dedicada ao serviço público. Vereador fui por acaso. Nem cumpri segundo mandato fui ser secretário da gestão de Nelsinho Trad (ex-prefeito de Campo Grande). Sempre meus olhos foram voltados ao Executivo, não tenho perfil para Legislativo. Fui secretário sete vezes. Estado investiu muito em mim. Não tenho pretensão política nenhuma. Governador deu-me missão de ajustar a Previdência do Estado tenho que cumpri-la. É difícil fazer em dois anos o que não foi feito  em quase 40. 

Cidades

Padronização para horário de entrada e saída de hotéis começa a valer

Portaria do Ministério do Turismo deu 90 dias para estabelecimentos se ajustarem a novas regras para check-in e check-out

16/12/2025 14h00

Foto: Álvaro Rezende / Arquivo

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Começaram a valer nesta terça-feira (16) as novas regras para entrada e saída (check-in e check-out) de hóspedes em hotéis brasileiros. A mudança, promovida pelo Ministério do Turismo (MTur), define que a diária cobre 24 horas, dentro das quais os hotéis têm três horas para a arrumação dos quartos.

A regra permite que os hotéis definam seus próprios horários de check-in e check-out dentro desses critérios, e essas informações devem ser comunicadas ao hóspede de forma clara e prévia, tanto pelos hotéis como pelas agências de turismo e as plataformas digitais intermediárias de reservas.

A medida foi modificada por meio de uma portaria do MTur publicada em setembro, com prazo de 90 dias para vigorar.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Manoel Linhares, a prática já era adotada pelas redes de hotéis usualmente, mas havia um pedido do setor para que o assunto fosse regulamentado e incluído nas últimas mudanças promovidas na Lei Geral do Turismo.

“São três horas de intervalo entre as saídas e entradas dos hóspedes, para que nossos colaboradores tenham tempo de preparar a hospedagem e para que a gente possa receber melhor. Isso no Brasil já era de praxe, mas, com a regulamentação exata, serve para tirar qualquer dúvida”, explica.

Além das três horas de intervalo para limpeza da hospedagem, a regulamentação também flexibiliza a cobrança de tarifas diferenciadas para entrada antecipada ou saída postergada e detalha a comunicação sobre horários e frequência dos serviços de arrumação, higiene e limpeza da unidade habitacional.

Por meio de nota, a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), que reúne agências de viagens e operadoras, avaliou de forma positiva a regulamentação do tema.

“A definição objetiva do período de hospedagem ajuda a alinhar expectativas do viajante no momento da compra e reduz ruídos na comercialização de pacotes turísticos, trazendo mais segurança para toda a cadeia”, destaca.

Além de maior transparência, a flexibilização quanto às tarifas diferenciadas permite ajustes conforme a disponibilidade de cada meio de hospedagem informa a nota da Abav.

“Embora a adaptação possa exigir ajustes, especialmente para pequenos empreendimentos, a entidade entende que a medida acompanha práticas já adotadas internacionalmente e contribui para a modernização e competitividade do turismo brasileiro”, conclui.

Registro de Hóspedes

As mudanças promovidas pelo MTur incluem ainda a adoção do novo modelo digital da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes (FNRH), em substituição ao modelo de papel. A portaria que trata do assunto foi publicada em novembro, com prazo de 90 dias para começar a valer em 13 de fevereiro.

Com a adoção da nova ferramenta, os estabelecimentos terão um QR Code, com link para a página de pré-check-in, que poderão ser preenchidas pelos hóspedes. No momento de entrada, o estabelecimento só precisará conferir os dados com os documentos apresentados.

“Fica o check-in mais tranquilo, tanto para a hotelaria como para o hóspede que, na sua chegada, já vem de um voo cansativo e, às vezes, pega um grupo e fica em uma fila esperando para preencher uma ficha, aquela coisa toda”, afirma Manoel Linhares.

A versão digital da ficha ficará também disponível na Plataforma FNRH Digital, com outras funcionalidades, como elaboração de relatórios analíticos, módulo de reservas e módulo de consulta para os hóspedes.

Demandas

De acordo com Manoel Linhares, as mudanças são regulamentações importantes para o setor, mas ainda há demandas a serem incluídas nas leis que tratam do turismo no país, como a regulamentação de aplicativos de hospedagem, como os que alugam imóveis por temporada.

“Nós, hoteleiros, geramos emprego e temos uma carga tributária muito alta, como é do conhecimento de todos. Nós temos a responsabilidade de dar o melhor aos nossos hóspedes, desde o check-in ao check-out. E o que acontece? Esses aplicativos não ficam nem no Brasil, então a operação é desigual”, avalia.

A demanda é antiga, mas com o surgimento de diferentes plataformas e o impacto sentido pelo setor, a avaliação da ABIH é de urgência.

“Só em Fortaleza, do ano passado para cá, fecharam seis hotéis. Se nós não tivermos essa demanda, vão fechar muitos hotéis, como já estão fechando no Brasil todo”, conclui Linhares.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do MTur sobre a regulamentação das plataformas para locação de imóveis por temporada. Até a publicação, não houve resposta. O espaço permanece aberto.

CAMPO GRANDE

Em crise, prefeitura concede reajuste de 10,19% para construtora

Apesar do acréscimo de R$1,5 milhão ao contrato, a Capital está longe de um aparente equilíbrio financeiro, com greve do transporte coletivo, de dentistas e cenário de corte de gastos

16/12/2025 13h01

Prazo de execução previsto seria de 540 dias, levando asfalto e drenagem para bairros como Parque do Sol e Dom Antônio. 

Prazo de execução previsto seria de 540 dias, levando asfalto e drenagem para bairros como Parque do Sol e Dom Antônio.  Reprodução/Segov/alvaro-rezende

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Enquanto a Cidade Morena vive dias de crise que, entre outros pontos, estende-se desde a suspensão de atendimentos odontológicos em postos de saúde até uma greve dos trabalhadores do transporte coletivo, o Executivo de Campo Grande concedeu um reajuste de  10,19% para a construtora responsável por obras no Complexo Lageado na Capital. 

Conforme o extrato do contrato firmado entre a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e a Empresa Sagres Engenharia Ltda., o valor inicial dessa contratação era de exatos R$15,3 milhões. 

Agora, com acréscimo de R$1.560.277,28, o valor da contratação sobe para R$16.860.277,28, que corresponde a um aumento de 10,19% e, em tese, seriam empenhados para execução de obras de infraestrutura urbana para serviços de pavimentação asfáltica e a chamada drenagem de águas pluviais. 

Para além disso, o prazo de execução previsto seria de 540 dias, ou seja, aproximadamente um ano e meio a contar a partir do recebimento da ordem de serviços, levando asfalto e drenagem para bairros como Parque do Sol e Dom Antônio. 

Caos na Capital

Entretanto, apesar do reajuste concedido a essa construtora, o cenário em Campo Grande está longe de ser de aparente equilíbrio financeiro, com a greve do transporte coletivo na Cidade Morena, por exemplo, entrando em seu segundo dia nesta terça-feira (16) e já sendo é a maior das últimas três décadas, desde que os ônibus ficaram parados por três dias em 1994.

No caso da paralisação dos ônibus, por exemplo, a classe trabalhadora do transporte coletivo de Campo Grande reivindica: 

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

Por outro lado, o caos em Campo Grande e reflexo de um suposto desequilíbrio financeiro não se restringem ao transporte coletivo, com os dentistas suspendendo atendimentos em 44 postos de saúde da Capital, após decisão de forma unânime por uma greve de pelo menos 30 dias.

A novela fiscal de Campo Grande em 2025, porém, começou com cortes radicais nos gastos e nomeações ainda no início de março, por decreto da chefe do Executivo após ser pressionada por servidores que há três anos não eram contemplados por reajustes.

Inicialmente a medida previa uma espécie de moratória válida até o fim de junho, uma dilatação de prazo que afasta a possibilidade de conceder reposição salarial ao funcionalismo, cuja data-base é maio. 

Junto disso foi decretado corte de pelo menos 25% em gastos com água, luz, combustíveis, impressões e demais serviços de terceiros prestados por pessoa física e/ou jurídica, em uma ação que a prefeita classificou à época como "coisas caminhando como devem acontecer". 

em junho - e longe da meta - Adriane renovou esse decreto para corte de gastos, prorrogando a medida de arrocho por mais três meses. 

Toda essa movimentação impediu reajuste salarial linear aos servidores municipais, sendo que nesse primeiro prazo de três meses a prefeitura conseguiu economizar R$19 milhões na folha de pagamentos, apesar do aumento da ordem 27% no próprio salário, que beneficiou em torno de 500 integrantes da elite do funcionalismo municipal. 

Desde abril, o salário da prefeita, que serve como teto para o serviço público municipal, passou de R$21,2 mil para R$26,9 mil. Em fevereiro de 2026 sobe para R$31,9 e um ano depois, para R$35,4 mil.

Enquanto isso, porém, a base do funcionalismo está há três anos sem reajuste e, com a renovação de decreto, a possibilidade de pôr fim ao congelamento acaba de vez. 

Além da redução dos R$19 milhões na folha de pagamento, a administração municipal também reduziu em quase um milhão de reais os gastos com locação de imóveis, conforme afirmou a Prefeita em 18 de junho.

De acordo com ela, “mais de cinco imóveis” teriam sido devolvidos nestes três meses de vigência do decreto de arrocho de gastos. 

 

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