Cidades

HIPOTERMIA

Em dois dias, três moradores de rua morrem de frio em MS

Nesta quinta-feira (15), homem em situação de rua foi encontrado caído no chão e levado para UPA, mas não resistiu

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Homem em situação de rua, identificado como Nelson, morreu às 14h09min de quinta-feira (15) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leblon, localizada na rua Benjamin Adese, bairro Jardim Leblon, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, o rapaz foi encontrado caído no chão em via pública e apresentava sinais de hipotermia, alcoolismo e acidente vascular encefálico/morte cerebral.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), foi levado para a UPA Leblon pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com sinais vitais instáveis, que evoluiu para parada cardiorrespiratória.

Foram realizados os procedimentos de ressuscitação, mas o homem não resistiu e morreu no local. O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) para verificação da causa da morte.

O caso foi registrado como ‘Morte a Esclarecer’ na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (Depac-Cepol).

Hipotermia é quando a temperatura do corpo se encontra abaixo dos 35°C. A principal e única causa da hipotermia é a longa exposição ao frio intenso.

Os sintomas de hipotermia são tremores, falta de circulação sanguínea, perda da fala e controle dos movimentos do corpo, queda da frequência cardíaca e respiratória e perda dos sentidos.

Esta é a terceira morte por hipotermia em dois dias. Dois homens também foram encontrados mortos, na quarta-feira (14), em Campo Grande e Ponta Porã.

Em Campo Grande, um homem identificado como Sidirlei Carvalho, 57 anos, foi encontrado morto em frente a uma madeireira, no Jardim Monumento, por um funcionário que chegou para trabalhar por volta das 6h.

Ainda conforme a PM, não havia sinais de violência ou ferimentos no corpo da vítima e a principal suspeita é de hipotermia.

Em Ponta Porã, homem, identificado como Brian, foi encontrado morto na linha internacional, próximo a uma empresa ao lado da rodovia MS-164.

Equipes da polícia e socorristas também foram ao local e, em levantamento preliminar, a principal suspeita é de hipotermia.

ACOLHIMENTO

Em dias frios, 11 equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) de Campo Grande acolhem pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social.

As abordagens ocorrem em locais onde as pessoas em situação de rua costumam se abrigar, como região central, viadutos, praças e espaços públicos.

Durante a abordagem, é oferecida acolhida em abrigos. As pessoas que aceitam a ajuda são encaminhadas para os locais de acolhimento: Unidades de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias (UAIFA’s); Casa de Passagem Resgate e Casa de Apoio São Francisco.

Para aqueles que não aceitam o serviço, são oferecidos cobertores. 

Morador de rua em Campo Grande

Na madrugada desta sexta-feira (16), 34 abordagens foram realizadas. Desse número, 18 pessoas recusaram a ajuda e 16 aceitaram. Foram entregues 14 cobertores.  

De acordo com a SAS, de segunda-feira (12) a sexta-feira (16), 437 abordagens foram realizadas, e, desse número, 311 pessoas aceitaram acolhimento.

Quem ver um morador de rua em noites frias, pode acionar a SAS através dos números 156, (67) 99660-6539 ou (67) 99660-1469, a qualquer hora do dia.

Cidades

Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024

05/12/2025 19h00

Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira. Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda esta semana, mas o desfecho dessa análise deve ficar para a semana que vem.

Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A proposta dos bancos, segundo apurou o Estadão, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.

Nesta quinta-feira, 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.

Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

Cidades

Prefeita sanciona lei que dificulta emissão de atestado médico em Campo Grande

Lei pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestado

05/12/2025 18h45

Foto: Reprodução

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A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a o Projeto de Lei que endurece e dificulta o acesso a atestado médico aos pacientes da rede municipal de Saúde em Campo Grande.

O texto foi aprovado em regime de urgência e única discussão instituindo o Programa Atestado Responsável, com a finalidade de endurecer a emissão de atestados, proposta  dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro.

Segundo o texto aprovado, a emissão de atestados deverá ocorrer de forma criteriosa e ética, sendo prerrogativa exclusiva do médico, que decidirá sobre a necessidade e o período de afastamento do paciente.

Quando não houver justificativa médica para afastamento, poderá ser emitida apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença do paciente na unidade de saúde. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica sobre a apresentação deste documento para abonar  a falta no trabalho, ou seja, a empresa não tem a obrigação de pagar o salário do dia.

Conforme a lei, o programa “Atestado Responsável” tem objetivo de promover a emissão de atestados médicos de forma responsável e ética, priorizando as reais necessidades clínicas dos pacientes, contribuir para a redução da sobrecarga de atendimentos nas UPA’s e Postos de Saúde, direcionando os recursos para os casos de maior urgência e gravidade. 

Além disso, pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestados para fins de justificação de ausências sem real necessidade de afastamento laboral, fortalecer a autonomia, a segurança e a responsabilidade do profissional médico na tomada de decisão clínica sobre a necessidade de afastamento do trabalho.

Conforme o texto, o intuito do programa é implementar medidas de controle, registro e transparência na emissão de atestados médicos incluindo o monitoramento da quantidade de documentos emitidos, identificação de padrões de uso e eventuais fraudes, de modo a permitir a avaliação contínua da política pública e seus ajustes futuros.

O que diz as regras da CLT?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica a declaração de comparecimento, exceto em situações específicas, prevista no Artigo 473, em que o trabalhador pode se ausentar sem prejuízo do salário para acompanhar a esposa ou companheira durante a gravidez até dois dias para consultas médicas e exames, ou para acompanhar um filho de até 6 anos em consulta médica, uma vez por ano.

Para outros tipos de consultas e exames, o abono de faltas não é previsto na lei e a aceitação do documento depende da política interna da empresa ou de acordos coletivos.

 

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