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Em MS, 1,3 milhão estão com 1ª dose de reforço contra a Covid-19 em atraso

Dados do Ministério da Saúde ainda mostram que mais de 300 mil sul-mato-grossenses não tomaram a 2ª dose de reforço

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Levantamento da Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS), órgão do Ministério da Saúde, aponta que mais de 1,3 milhão de sul-mato-grossenses ainda não tinham sido vacinados com a primeira dose de reforço contra a Covid-19 até o início deste ano.

O RNDS ainda apontou que mais de 395 mil pessoas não haviam retornado aos postos de vacinação para receber a segunda dose de reforço. 

Os dados enviados pelo Ministério da Saúde são referentes ao dia 3 de janeiro, quando constavam 1.369.748 pessoas a partir de 18 anos sem a primeira dose de reforço contra a doença. 

O Correio do Estado realizou uma nova consulta e, até o fim da tarde de ontem, o número estava em 1.255.438 pessoas, ou seja, em uma semana, 114.310 adultos colocaram a vacinação em dia.

Esse número traz preocupação quanto à proteção vacinal, que tende a diminuir com o passar dos meses. De acordo com o Ministério da Saúde, estudos científicos revelam que a proteção vacinal desenvolvida é mais alta nos primeiros meses, apresentando redução com o passar do tempo.

Com a dose de reforço, a proteção contra a Covid-19 volta a ficar elevada. Por isso, as proteções adicionais são indispensáveis. 

Segundo Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a situação pode afetar principalmente os mais vulneráveis. 

“A vacina vai perdendo a sua proteção ao longo do tempo. Ainda mais nas populações de idosos e imunossuprimidos. E a gente já está observando esse impacto no número elevado de óbitos no Estado”, reforçou. 

A situação atual de Mato Grosso do Sul, em comparação ao início das campanhas de vacinação, diverge e chama atenção pelos números elevados.

“É um absurdo. A gente começou tão bem a campanha de vacinação, liderando o ranking estadual por diversas semanas e meses. Um Estado que estava com a maior cobertura e onde, nos últimos meses, existe uma queda importante da adesão da população”, lamentou Croda.

Para o infectologista, o essencial no momento é que haja uma mobilização para aumentar a busca pelas doses de reforço.

“É importante que, agora, alinhado com o novo governo, que apoia as vacinas, trabalhe-se uma comunicação mais adequada, além de uma comunicação bastante efetiva, do ponto de vista de convencimento dessa população que ainda não foi nas Unidades Básicas de Saúde [UBSs]”, completou.

Com o surgimento das novas subvariantes, como a XBB 1.5, que já está presente em países como os Estados Unidos e a Inglaterra, ou até mesmo a BQ.1, subvariante da Ômicron já identificada no Brasil, Croda reforça a importância de completar o esquema vacinal, pois os números baixos de imunização podem aumentar a transmissão do vírus.

“Como a gente sabe, uma nova subvariante se torna a prevalente, a mais comum porque ela possui mutações, o que leva ao escape de resposta imune, e isso aconteceu com a XBB 1.5 nos Estados Unidos, que já tinha a BQ.1. Assim, o risco de uma nova subvariante é ela ser responsável por maior transmissão e, consequentemente, o aumento de casos, hospitalizações e óbitos. E reforça novamente a importância de a população estar com o sistema vacinal completo, seguindo a recomendação do Ministério da Saúde”, afirmou.

VACINAÇÃO

O Ministério da Saúde já distribuiu mais de 581 milhões de doses das vacinas contra a Covid-19 para todos os estados e o Distrito Federal, de forma proporcional e igualitária. 

Desse total, quase 500 milhões de doses foram aplicadas na população. Até o momento, cerca de 80% dos brasileiros completaram o esquema vacinal primário.

Na Capital, a primeira dose de reforço ou terceira dose, como é conhecida, está disponível para a população acima de 18 anos desde novembro de 2021. Já a segunda dose de reforço ou quarta dose está disponível em todos as UBSs para o público acima de 18 anos desde dezembro de 2022.

CASOS DA SEMANA 

Conforme os dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgado semanalmente, 2.887 pessoas testaram positivo para Covid-19 nos últimos sete dias em Mato Grosso do Sul.

Com isso, em média, foram 412,4 novos casos confirmados por dia. Em relação aos óbitos, foram contabilizados 20 na última semana, totalizando 10.944 mortes em Mato Grosso do Sul desde o início da pandemia de Covid-19.

Para Julio Croda, isso é consequência dos números baixos da vacinação.

“Nós tivemos semanas com um ou dois óbitos. Hoje nós temos 15, 16 óbitos. Quando você observa a população, a maioria é de idosos que não tomaram a quarta dose da vacina ou crianças que não receberam o esquema completo inicial. Esse é o reflexo direto da queda do ritmo de vacinação e das doses de reforço”, concluiu.

Os municípios que mais registraram casos confirmados nesta última semana foram Campo Grande (527), Dourados (436), Três Lagoas (182), Corumbá (142) e Chapadão do Sul (114).

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TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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