Cidades

VERIFICAÇÃO

Em sabatina do Correio do Estado, Giselle Marques fez 2 afirmações enganosas e 2 falsas

Durante o mês de setembro, o Correio do Estado faz entrevistas com os candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul

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No dia 8 de setembro, o Correio do Estado deu início à série de entrevistas com os candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul, como ocorre tradicionalmente em todos os anos eleitorais. Confira, agora, um resumo sobre afirmações que poderiam ser falsas, enganosas ou verdadeiras, realizadas por Giselle Marques, a terceira entrevistada.

As entrevistas são realizadas pela jornalista Laureane Schmidt, com duração de 25 minutos para o candidato responder às questões realizadas, com transmissão ao vivo pelas mídias sociais Facebook (Correio do Estado), Instagram (@correioestado) e YouTube (www.youtube.com/CorreioEstado).

 As perguntas são realizadas de forma democrática para todos os candidatos, distribuídas da seguinte forma:

  • 1 pergunta para o candidato se apresentar;  
  • 4 perguntas de temas livres com base em reportagens já publicadas pelo Correio do Estado;  
  • 2 perguntas que serão iguais para todos os candidatos;  
  • 2 perguntas relacionadas ao plano de governo;  
  • 4 perguntas que são sorteadas, ao vivo, pelo próprio candidato.  

Separamos, a seguir, tópicos a partir de afirmações realizadas pelo candidato ao longo da entrevista, as quais foram verificadas com base em informações oficiais.

 “Casa da mulher Brasileira foi instituída pelo PT”?: verdadeiro

  • Giselle Marques: "aqui no caso de Mato Grosso do Sul a Dilma implantou a Casa da Mulher Brasileira né? "

De acordo com o site do Senado Federal, a primeira Casa da Mulher Brasileira foi inaugurada pela ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em seu segundo mandato, no ano de 2015.

"Criamos o Che Roga Mi - Entregamos 40 mil unidades habitacionais em todo Estado": falso

  • Giselle Marques: "Quando nós do PT governamos o Mato Grosso do Sul nós criamos o programa Che Roga Mi - que em Guarani quer dizer minha casa -, entregamos 40 mil unidades habitacionais em todo o Estado.

Procurada para esclarecer o assunto, a Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab) afirma que esse número é bem menor do que o apontado pela candidata e, durante o governo do Zeca do PT, houveram dois programas habitacionais:  

Conforme a Agehab, o "Che Roga Mi" se estendeu de 1999 até 2002, sendo substituído - no período entre 2003 e 2006 - pelo "Novo Habitar".  

"Somando-se estes 02 programas, foram construídas 26.562 unidades habitacionais no Estado de Mato Grosso do Sul", confirma a agência de habitação.

"MS tem 266 mil pessoas passando fome"?: verdadeiro

  • Giselle Marques: nós temos hoje no Mato Grosso do Sul, duzentos e sessenta e seis mil pessoas passando fome" 

O 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado pela Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), publicado em 2022, aponta que no estado de Mato Grosso do Sul, 20,5% da população está em situação considerada moderada, no que diz respeito ao mapa da fome, ou seja, quando há pouca quantidade de comida na mesa. Ainda conforme o inquérito, 9,4% dos moradores do estado estão em circunstâncias graves por falta de alimentação.

A publicação aponta que 35,0% sofrem com a insegurança alimentar leve, cenário em que a família enfrenta incerteza quanto ao acesso de alimentação adequada, com toda a carga nutricional necessária.

"Nós temos atualmente no Mato Grosso do Sul 91 mil desempregados": falso

Dados do primeiro trimestre do ano, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) - feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, apontam que, Mato Grosso do Sul aparecia com índice de desemprego em 6,4%, o que corresponde a 92 mil desempregados. 

Mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados depois de junho, destacam que MS tinha a terceira menor taxa de desemprego nacional (5,2%), o que corresponde a 75 mil desocupadas. 

“Em 2021 - 4.3 mil hectares foram desmatados no Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica": enganoso

 Conforme informações do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil de 2021 (RAD), o bioma do Pantanal teve 28.671 de hectares desmatados. Já o Cerrado, perdeu cerca de 500.537 de hectares em desmatamento; a Mata Atlântica teve cerca de 30.155 de hectares desmatados. Ao todo, os três biomas somam cerca de 559.363 hectares desmatados.

“Ex-ministro (Ricardo Salles) foi flagrado falando: ‘vamos aproveitar a pandemia para passar a boiada e acabar com a regulamentação de proteção ambiental’”: verdadeiro

Neste vídeo, há um trecho da reunião ministerial de 22 de abril de 2020, a qual foi divulgada pelo STF, em que o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirma que o foco da imprensa na crise do coronavírus era oportunidade para mudar regras no setor e a partir de 01:38 ele menciona a polêmica frase de ‘ir passando a boiada’. 

“Existem 88 mil famílias inscritas na Agehab. Então o déficit deve ser maior”: verdadeiro

Conforme consta no documento dos Indicadores Habitacionais de Mato Grosso do Sul de 2014, um estudo realizado pela Fundação João Pinheiro para os anos de 2011 e 2012, em nota técnica, apontou estimativas preliminares no que diz respeito ao déficit habitacional no Brasil e nos Estados. A pesquisa indicou que o estado de Mato Grosso do Sul apresentava um déficit habitacional absoluto de cerca de 84.366 habitantes.

“Entregamos 4,2 milhões de unidades habitacionais (PAC e outros programas)”: enganoso

 De acordo com o site oficial do atual candidato à presidência, Lula, “desde o lançamento do programa até 2016, foram contratadas 4,2 milhões de casas. Entretanto, vale ressaltar que, desse total, foram entregues apenas 2,7 milhões, beneficiando cerca de 10 milhões de pessoas em 96% dos municípios brasileiros”.

Saiba mais 

Os pontos destacados acima são os que classificamos como mais passíveis de dúvidas para a população. A entrevista completa pode ser assistida clicando neste link aqui, do canal do youtube do Correio do Estado. 

Entrevistas  

A ordem das entrevistas foi definida em sorteio, e o primeiro a participar foi o candidato do Psol, Adonis Marcos, no dia 8. 

No dia 13 de setembro, o entrevistado foi Capitão Contar (PRTB). A candidata do PT, Giselle Marques, foi a entrevistada do dia 15 de setembro. No dia 16 foi a vez de André Puccinelli (MDB).

Em 20 de setembro, Rose Modesto (União Brasil) será a entrevistada. Marquinhos Trad (PSD) será o entrevistado do dia 21 de setembro, e Eduardo Riedel (PSDB) fecha a série de entrevistas no dia 22 de setembro.

As perguntas são elaboradas por nossa equipe de jornalistas e também por representantes da sociedade civil, como entidades representativas de classe.  

Saiba mais sobre o Correio Verifica 

O Correio Verifica já publicou a explicação do perfil do candidato Adonis Marcos, Capitão Contar e Eduardo Riedel. Entre algumas checagens que já realizamos estão: PSDB-MS não apoia Simone Tebet, ao contrário do que ela afirmou em entrevista ao Jornal Nacional; e agência de Iara Contar não recebeu R$90 milhões em propagandas políticas, ao contrário do que afirma vídeo

 

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Investigação

Corpo de jovem é encontrado boiando no rio Aquidauana

De acordo com a polícia, o marido da mulher tem registro policial por lesão corporal contra a vítima e foi questionado sobre o sumiço. O caso será investigado pela Polícia Civil

15/09/2024 12h03

Delegacia de Polícia Civil de Rochedo

Delegacia de Polícia Civil de Rochedo Foto: Divulgação/Veja Folha

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Na tarde deste sábado (14), o corpo de uma mulher foi encontrado boiando no rio Aquidauana, próximo ao Distrito de Rochedo, a 83 quilômetros de Campo Grande. De acordo com a polícia, a vítima foi identificada como Larissa Fernanda dos Anjos Portilho, de 28 anos, que estava desaparecida há alguns dias, segundo o marido da jovem.

Conforme informações do boletim de ocorrência, o corpo da vítima foi encontrado próximo à orla, e o marido da mulher suspeitava que era o dela, mas não tinha certeza devido ao estado de decomposição do corpo.

Equipes da Polícia Civil e da perícia técnica foram acionadas no local. 

Segundo informações de uma testemunha, ela relatou aos policiais que viu o corpo descendo boiando pelo rio e parando próximo à sua casa. A testemunha também afirmou ter visto o marido da vítima, Ary Alberto Torres Dourado, chegando à residência no mesmo momento.

Aos policiais, Ary disse que a estava desaparecida há semanas. Em checagem no sistema, os policiais identificaram que o homem havia sido preso por lesão corporal contra Larissa e que o registro policial foi registrado em Corguinho. 

Ao ser questionado, o rapaz reafirmou que eles estavam juntos novamente após esse episódio e que o sumiço da mulher não teria relação com nenhuma discussão. No entanto, afirmou que a esposa tinha problemas com bebida alcoólica e drogas.

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e retiraram o corpo de Larissa do rio. 

O caso foi registrado como morte à esclarecer na Delegacia de Rochedo, que iniciou investigação sobre o caso. 

 

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Procupante

Mesmo com chuva no Pantanal, incêndios persistem, afirma meteorologista

As chuvas, que estão mais concentradas em Ponta Porã e Corumbá, devem cessar na terça-feira, e o calor retornará com temperaturas acima dos 37ºC na região do Pantanal.

15/09/2024 11h31

União deverá mandar o maior contingente possível de agentes para combater incêndios no Pantanal e Amazônia

União deverá mandar o maior contingente possível de agentes para combater incêndios no Pantanal e Amazônia Foto: Vitor Vasconcelos / Secom

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Alguns municípios de Mato Grosso do Sul amanheceram neste domingo (15) com chuva e um clima mais agradável, após mais uma onda de calor que deixou os termômetros acima dos 40ºC em todas as regiões do estado. Apesar do tempo mais ameno, a chuva em Ponta Porã e Corumbá não deve ser suficiente para umedecer o solo como necessário, e os incêndios florestais não devem amenizar, com o calor retornando na próxima semana, segundo dados meteorológicos.

Ao Correio do Estado, o meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Olívio Bahia, informou que a onda de calor foi embora com a chegada da frente fria, mas o calor deve retornar a partir de terça-feira (17), com temperaturas acima dos 37ºC, principalmente no Pantanal sul-mato-grossense. Esse calor deve contribuir para a continuidade dos incêndios florestais.

“Segundo dados norte-americanos, essa chuva que cai na Amazônia, no Peru, Bolívia, Paraguai, e nas regiões sul e Pantanal de Mato Grosso do Sul não deve umedecer o solo como seria necessário. Espera-se que a chuva seja mais torrencial, mas, até o momento, ela apenas aliviou o clima e não deve amenizar os incêndios florestais”, relatou.

Ainda segundo dados meteorológicos, nos próximos finais de semana, as chuvas em Mato Grosso do Sul devem ser mais isoladas. Isso pode ajudar na dissipação da fumaça, mas também pode causar problemas em algumas cidades.

“As chuvas em Ponta Porã, Corumbá, e nas regiões da Bolívia, Paraguai e norte da Amazônia devem retornar no próximo final de semana em pouca quantidade e de forma isolada, o que deve ajudar na umidade do ar. O grande problema é que a fumaça pode se deslocar para outras regiões que não receberão chuva, como Campo Grande, e deve permanecer por mais tempo em algumas cidades”, afirmou

“O motivo pelo qual afirmo que infelizmente teremos que conviver com a fumaça é que os ventos vêm do norte do país está em direção ao Oceano Atlântico. O que acontece é que esses ventos mudam de direção nas montanhas do Tocantins, descem para Brasília, Cuiabá, Campo Grande e seguem rumo ao Paraguai. A fumaça concentrada em Campo Grande deve amenizar se não houver novos focos de incêndio. No entanto, se os incêndios continuarem, a tendência é piorar ainda mais, pois até o final do mês não há previsão de chuva para Campo Grande. A chuva deve se concentrar mais nas fronteiras com o Paraguai e Bolívia, sentido norte do país”, afirmou em tom de preocupação.

Questionado sobre o que devemos fazer para proteção contra a fumaça, que pode ser prejudicial à saúde, o meteorologista Olívio Bahia é taxativo: usar baldes de água e toalhas molhadas pode ajudar a aumentar a umidade do ar dentro de casa. 

“Os dias devem continuar preocupantes com o retorno das altas temperaturas nos próximos dias. A fumaça deve diminuir, mas pode permanecer e, dependendo do vento, voltar a aumentar. Aqueles truques antigos, como usar baldes de água e toalhas pela casa, ajudam a umidificar o ar”, disse.

Quase 1 mil casos de incêndios em vegetação

Com a fumaça fazendo parte do cenário campo-grandense com longo período de seca e queimadas urbanas que encobrem a atmosfera de Campo Grande com fumaça, a capital de Mato Grosso do Sul  já registrou quase 1 mil casos de incêndios em vegetação neste ano.

Os dados do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul (CBMMS), informam que até o dia 13 de setembro foram atendidos em ocorrências, 895 casos de queimada em vegetação em Campo Grande, em comparativo mensal, na Capital, o mês julho teve o maior registro com 185 atendimentos realizados.

Apesar do alto número de ocorrências, em comparativo com o mesmo período, nos anos anteriores, é possível perceber uma diminuição no número de casos em Campo Grande.

De 2021 a 2023, houve uma tendência de redução no número de ocorrências de incêndios em Campo Grande, sendo que de janeiro a setembro de 2021, houve 1.951 ocorrências, que reduziram para 1.627 em 2022 e para 1.226 em 2023.

O total anual de queimadas em vegetação também mostra essa redução, de 2.117 em 2021 para 1.909 em 2022 e 1.549 em 2023. 

Em 2023, até setembro, houve 1.226 ocorrências segundo o Corpo de Bomeiros. Em 2024, até o dia 13 de setembro, foram registradas 895, uma redução de 26% no número de casos. 

Tendo em vista o problema das queimadas urbanas, a Prefeitura de Campo Grande em alusão ao Agosto Alaranjado, realizou no mês de agosto a campanha “Mude seu hábito, não o clima!” da Defesa Cívil, visando conscientizar os munícipes para a questão do perigo das queimadas urbanas.

Mas, afinal, o que estamos respirando?
 

Conforme o IQAir, a qualidade do ar que os campo-grandenses estão respirando foi apontada como insalubre, com a presença de substâncias que podem causar câncer de pulmão e outras doenças.

Isso se deve à presença do Material Particulado (PM2.5), considerado pela Organização Pan-Americana da Saúde como um dos principais poluentes que podem agravar quadros de doenças respiratórias e, em altos níveis de exposição causar câncer de pulmão.

“A concentração de PM2,5 em Campo Grande é atualmente 13,1 vezes o valor anual de referência para a qualidade do ar da OMS”, diz o site da IQAir. 

A Organização Mundial da Saúde estabeleceu como parâmetro seguro para PM2.5 o nível de 5 µg/m³. Com a métrica apresentada pela plataforma que realiza a medição via satélite, a diferença em relação ao recomendado excedeu 26,1 microgramas por metro cúbico.


Apesar do nível apresentado pelo IQAir, é preciso entender que a medição realizada pela empresa é feita via satélite, calculando a concentração de fumaça. Ou seja, ela não possui uma estação no local para estimar com precisão o quantitativo do poluente na fumaça das queimadas que pairam sob o céu de Campo Grande.


Impacto na Gravidez

  • Exposição de 5 microgramas por metro cúbico deste poluente durante a gravidez aumenta em 4% a chance de o bebê nascer com baixo peso.
  • Efeitos na Saúde dos Adultos

Exposição a 5 microgramas por metro cúbico por ano:

  • Eleva em 13% o risco de ataques cardíacos e mortes relacionadas a doenças cardiovasculares.
  • Aumenta em 4% a chance de desenvolver câncer de pulmão.
  • Mais que dobra o risco de desenvolver Alzheimer.
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