Cidades

Mato Grosso do Sul

Estudo revela que negros representam 69% dos presos em MS

A Defensoria relatou que, dos 2.866 casos de audiências de custódia registrados entre 1º de outubro de 2023 e 1º de outubro de 2024, cerca de 1.987 envolveram pessoas negras ou pardas.

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Um estudo realizado pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul revela que, dos 2.866 casos de audiências de custódia registradas entre 1º de outubro de 2023 e 1º de outubro de 2024, cerca de 1.987 envolveram pessoas negras ou pardas, representando aproximadamente 69% do total.

O levantamento foi elaborado e divulgado pelo Núcleo Criminal (Nucrim) e pela Coordenadoria de Estudos e Pesquisas.

Instituído em 10 de novembro de 2021, o Dia da Consciência Negra tornou-se uma celebração relevante por destacar a luta contra o racismo no Brasil. Na semana em que a data é comemorada, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul divulgou dados detalhados sobre as audiências de custódia realizadas no estado.

Segundo o coordenador do Nucrim, defensor público Daniel de Oliveira Falleiros Calemes, a pesquisa apresenta dados detalhados sobre o perfil social e racial das pessoas custodiadas, evidenciando a desproporcionalidade na representação de negros e pardos no sistema de Justiça criminal do estado.

"Entre os dados, o que chama a atenção é que a maioria dos custodiados negros e pardos (641) possui filhas e filhos ainda na primeira infância, ou seja, até 6 anos. Outras 528 possuem filhos entre 6 e 12 anos", detalha o coordenador.

O dado alarmante revelado pelo estudo é que 505 custodiados declararam ser responsáveis pelo sustento da família, enquanto 537 afirmaram cuidar diretamente de seus filhos e filhas.

Principais números e recorte racial

Com base nos números apresentados, o estudo aponta que, além da cor e raça, as condições socioeconômicas das pessoas custodiadas são fatores cruciais para compreender o cenário atual.

 

  • 55% possuem idade entre 18 e 29 anos;
  • 56% possuem escolaridade até o ensino fundamental;
  • 58% estavam desempregados ou em ocupações informais no momento da prisão


De acordo com os dados apresentados pela Defensoria Pública, 42% dos custodiados viviam em situação de instabilidade habitacional, incluindo condições de moradia precária ou ausência de residência fixa.
  
Saúde Familiar 

Outro dado que impacta diretamente a vida dos custodiados é a saúde familiar.

De acordo com o levantamento, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul acordou que 6% das pessoas custodiadas eram gestantes e 4% eram lactantes.

Outro aspecto abordado no levantamento foi a condição de saúde dos custodiados.

Dos entrevistados, 32% relataram sofrer de doenças crônicas, e 27% fazem uso regular de medicação com acompanhamento médico contínuo.

Além disso, cerca de 15% dos entrevistados possuem algum tipo de deficiência física ou intelectual.

 

Audiências de custódias 

Outro aspecto que chamou a atenção da Defensoria Pública foram os estudos detalhados sobre as audiências de custódia, que trazem informações sobre o perfil racial, socioeconômico e familiar das pessoas.

Nos levantamentos anteriores, a instituição já destacou as condições das mães e dos cuidadores, a responsabilidade pelo sustento dos filhos e as situações de vulnerabilidade enfrentadas no sistema de Justiça.

 

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Internet móvel

Starlink tenta justificar cobrança de R$ 20 mil contra fazendeiro em MS

Disputa ocorre em Camapuã, Mato Grosso do Sul; empresa de Elon Musk alega que fazendeiro usufruiu de plano ilimitado e deixou de pagar

19/11/2024 18h30

Starlink é muito utilizada em fazendas

Starlink é muito utilizada em fazendas Arquivo

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A Starlink, empresa do bilionário Elon Musk — futuro integrante da gestão de Donald Trump, nos Estados Unidos —, não desiste da cobrança de R$ 20.976,21, referente à prestação de serviços em um período de quatro meses, em 2023.

A empresa é acusada de cobrança abusiva por um fazendeiro de Camapuã (MS), cidade distante 40 quilômetros da capital, Campo Grande.

O Judiciário atendeu parcialmente o pedido do fazendeiro Gilberto Wilson Ruzzon, 72 anos, suspendendo a cobrança, que entendeu como excedente pela Starlink, e determinou que a empresa de Musk cobre do pecuarista o valor contratado inicialmente, de R$ 280 por mês.

Acontece que a empresa, que fornece conexão à internet por meio de um sistema de satélites em baixa órbita em todo o Planeta Terra, apresentou documentos no processo que mostram que o fazendeiro escolheu deliberadamente o serviço mais caro. Ele chegou a perguntar o motivo de a mensalidade vir maior. A empresa respondeu, e Ruzzon não questionou.

Os advogados da empresa de Elon Musk querem um efeito suspensivo da sentença homologada pelo Juizado Especial de Camapuã e o direito de cobrar pelos serviços prestados: mais de R$ 20 mil do fazendeiro.

A alegação da Starlink, já rejeitada em embargos de declaração e durante o processo, é que o fazendeiro, ao extrapolar sua franquia de dados de 40 gigabytes, pediu a conversão de seu modem/antena para o plano Mobile Priority, mais caro, cuja taxa mensal era, na época, de R$ 1.280, mais os R$ 599,83 de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrados pelo governo de Mato Grosso do Sul, isso no mês de maio de 2023, quando o serviço foi contratado.

Essa primeira fatura foi a menor das questionadas: R$ 2.159,93 por 128 gigabytes baixados pelo cliente, segundo a empresa do bilionário, futuro secretário de Trump.

A Starlink alega que o fazendeiro continuou usando o serviço normalmente e sem pagar por ele até setembro daquele ano. Em agosto, por exemplo, ele teria consumido R$ 8.432,02 em serviços: R$ 6.090,00 referentes aos dados baixados (581 gigabytes), mais o plano contratado, além dos impostos: R$ 2.442,02, sendo a maioria ICMS (apenas R$ 41,86 de PIS, contribuição federal).

A empresa de internet via satélite quer que as provas sejam analisadas em recurso inominado. A juíza leiga Izabela Martins Gonçalves, em embargos de declaração, analisou as provas já apresentadas pela Starlink, mas disse que o cliente da empresa foi “induzido a erro”.

“Parece pouco crível que o consumidor tivesse contratado dados prioritários adicionais se soubesse as circunstâncias da contratação, em especial porque (...) o plano prioritário está voltado a embarcações”, argumentou Izabela.

O magistrado Ronaldo Gonçalves Onofri, “juiz togado”, homologou a sentença da juíza leiga, que agora é alvo de recurso inominado pela Starlink.

O pedido de indenização por danos morais de R$ 30 mil, do fazendeiro, foi rejeitado. 

Entenda o caso

O fazendeiro Gilberto Wilson Ruzzon, 72 anos, ingressou com ação contra a Starlink no início deste ano. Ele alegava cobrança abusiva da empresa de Musk.

O motivo foi a disparada astronômica — sem trocadilho com a rede de satélites de Musk — dos preços cobrados do produtor.

Conforme Ruzzon informou ao juiz da comarca, depois de contratar, em maio de 2023, um plano de R$ 280 mensais para acessar internet de alta velocidade e baixa latência praticamente de qualquer lugar do país, a cobrança do segundo mês após a contratação foi de nada menos que R$ 2.159,93. A terceira, correspondente ao período entre 15 de agosto e 14 de setembro, foi ainda maior: R$ 8.152,02.

Em um período de quatro meses, a empresa do bilionário Elon Musk cobrou nada menos que R$ 20.976,21 de Gilberto Ruzzon.

A defesa do fazendeiro diz que o valor devido no mesmo período seria de R$ 1.120,00, referente a quatro mensalidades do plano, que deveria ser fixo, conforme, inclusive, consta no site da empresa. O valor cobrado indevidamente, conforme a defesa de Gilberto Ruzzon, foi de R$ 19.855,75.

Outra condenação

Esta é a segunda condenação da Starlink pela Justiça de Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, o juiz leigo da 3ª Vara do Juizado Especial Central, Alexandre Bonacul Rodrigues, determinou que a empresa reembolsasse R$ 3,15 mil referentes a um equipamento que, segundo a engenheira civil Gabriela Pecala Rae Oliveira, não funcionava corretamente.

A empresa terá que devolver o valor correspondente à antena e ao modem, que deveriam captar o sinal de internet via satélite da Starlink. A decisão foi confirmada pela juíza de Direito Sandra Regina da Silva Ribeiro Artioli.

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Oportunidade

IFMS abre inscrições para auxílio TCC de R$ 14,3 mil em MS

O benefício é válido tanto para estudantes que estão concluindo cursos técnicos quanto para os da graduação, que têm até o dia 2 de dezembro para fazer a inscrição

19/11/2024 18h15

Arquivo/Correio do Estado

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O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul está com inscrições abertas para auxílio de R$ 14,3 mil para estudantes que estão desenvolvendo Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) para cursos técnicos e de graduação.

No total, serão 22 benefícios em cada semestre para dez campi. Os interessados têm até o dia 2 de dezembro para realizar a inscrição.

Serão contemplados os campi:

  • Aquidauana
  • Campo Grande
  • Corumbá
  • Coxim
  • Dourados
  • Jardim
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Ponta Porã
  • Três Lagoas


O benefício será de R$ 250,00 para estudantes do ensino técnico e de R$ 400,00 para a graduação.

O que é o auxílio TCC?

O benefício contempla estudantes com propostas aprovadas, concedendo auxílio financeiro para que concluam os trabalhos por meio do Programa de Permanência e Êxito dos Cursos Técnicos e de Graduação.

Quem pode participar?

Estudantes matriculados na instituição, com projetos aprovados, que não tenham recebido outro auxílio voltado para a elaboração do trabalho.

Onde se inscrever?

Na página do candidato, que pode ser acessada por meio do link (https://selecao.ifms.edu.br/login), o estudante deve preencher os seguintes dados:

  • Atualização do Questionário Socioeconômico (se necessário);
  • Cópia da última declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), acompanhada do recibo de entrega à Receita Federal do Brasil, de todas as pessoas integrantes do grupo familiar (para estudante com renda per capita de até um salário mínimo e meio);
  • Proposta de TCC (projeto ou pré-projeto, em arquivo com tamanho máximo de 20 MB);
  • Confirmação da coordenação de curso/eixo referente à aprovação pelo professor-orientador (Anexo I);
  • Foto do cartão do banco ou comprovante com os dados bancários.
  • Os estudantes que concorreram nos editais nº 07/2024 ou nº 017/2024 e foram contemplados ou ficaram em lista de espera estão dispensados de apresentar a documentação para comprovação de renda (nesse caso, é necessário apenas o preenchimento do Anexo III).

Seleção

A classificação levará em conta tanto a proposta do TCC quanto a renda dos candidatos, de modo que os que possuírem renda de até um salário mínimo e meio serão prioritários para a concessão do auxílio.

Confira os prazos:

  • Inscrição: Até 2 de dezembro
  • Divulgação preliminar: 10 de dezembro

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