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Evasão escolar no Ensino Médio voltou a crescer no Estado em 2021

Conforme a Secretaria de Estado de Educação, em todo o ano passado, 518 alunos deixaram de forma permanente a Rede Estadual de Ensino; em 2020, foram 417 estudantes que interromperam os estudos

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Dados da Secretaria de Estado de Educação (SED) mostram que a taxa de evasão escolar no Ensino Médio da rede pública de Mato Grosso do Sul voltou a crescer em 2021.

O porcentual de estudantes que abandonaram as instituições da Rede Estadual de Ensino (REE) quase dobrou em três anos, passando de 0,12% em 2019, o equivalente a 289 pessoas, para 0,27% no ano passado, referente a 518 alunos.

Em 2020, no primeiro ano de pandemia de Covid-19, a taxa de evasão escolar na REE foi de 0,19%, o equivalente à perda de 417 estudantes na rede pública estadual.

Ao Correio do Estado, o superintendente de Políticas Educacionais da SED, Hélio Daher, explicou que a evasão escolar ocorre quando o aluno sai da escola e não retorna mais para o sistema de ensino.

“Normalmente, esse aluno só vai retornar anos depois, por meio do Ensino de Jovens e Adultos [EJA]. São casos em que o estudante fica anos fora do sistema educacional, diferentemente do abandono escolar, em que no ano seguinte conseguimos trazer esse aluno de volta para a rede”, salientou. 

Daher destacou que a necessidade de complementar a renda familiar é um dos principais fatores que contribuem para o aumento da evasão escolar no Ensino Médio. 

“No período em que estávamos em aula remota, muitos dos nossos estudantes entraram no mercado de trabalho, pois precisavam compor a renda e minimizar os impactos [da pandemia] na família”, disse. 

BUSCA ATIVA

O superintendente pontuou que o primeiro passo para reverter o quadro de evasão escolar é por meio da busca ativa dos estudantes. 

Segundo a SED, trata-se de uma estratégia de identificação de crianças e adolescentes que não frequentam ou que em algum momento perderam o vínculo com a escola durante a etapa de formação. 

Além disso, a iniciativa visa monitorar e atuar preventivamente no caso de estudantes em risco de abandono ou descontinuidade do processo de escolarização, promovendo acolhimento, cuidado e promoção pedagógica a esses estudantes.

A iniciativa consiste em uma série de ações com o objetivo de trazer o estudante para o ambiente escolar a fim de que não abandone os estudos. O trabalho da busca ativa escolar prevê a notificação imediata aos conselhos tutelares no caso de faltas escolares que ultrapassarem a marca de 30%, porcentual permitido pela legislação em vigor.

“Não adianta só ir atrás desses estudantes, se a gente não mostrar algo que seja atrativo para eles. Começamos, então, a inserir vários cursos de qualificação profissional desde o ano passado, integrados ao Ensino Médio, para o aluno concluir os estudos com um ponto de interesse e já com um certificado profissional”, frisou Daher. 

Para reverter o quadro de evasão escolar, a SED conta ainda com o Sistema Integrado de Informações e Notificação de Busca Ativa Escolar, para o fortalecimento da articulação da rede de proteção integral e a garantia do direito à educação.

NOVO CURRÍCULO

O superintendente da SED salientou que o novo formato do Ensino Médio pode ser um aliado na reintegração dos alunos que abandonaram as escolas. 

Com o foco em uma grade curricular menos engessada, o estudante poderá optar por se aprofundar em cinco áreas de conhecimento, também chamadas de itinerários formativos: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas/Sociais e Formação Técnica/Profissional.

“Aquele aluno que precisa trabalhar já poderá, inclusive, optar por se aprofundar no ensino técnico em uma área em que já atua, por exemplo”, pontuou Daher. 

Aprovado no fim de 2018 pelo Conselho Nacional de Educação e, posteriormente, homologado pelo Ministério da Educação (MEC), o novo modelo do Ensino Médio é semelhante ao já praticado em países como Finlândia, Estados Unidos e Coreia do Sul.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) faz parte de 60% das matérias estudadas em sala de aula desde o início deste ano. Na prática, isso significa que o estudante terá flexibilidade para fortalecer o seu projeto de vida. 

Em Mato Grosso do Sul, todas as escolas estaduais que ofertam o Ensino Médio já trabalham com o novo modelo de, no mínimo, 1.000 horas anuais de ensino e com o aluno como protagonista de seu conhecimento.

“Colocamos uma disciplina chamada projeto de vida, em que o aluno começa a desenvolver esse processo de escolha, de entendimento dele enquanto cidadão. Inserimos, ainda, os cursos de qualificação profissional para aquele estudante que tem muito interesse em entrar no mercado de trabalho de forma mais imediata”, disse Daher. 

BASE FORTALECIDA

Mais de 129 mil crianças de Mato Grosso do Sul foram atendidas no primeiro ano do Programa MS Alfabetiza – Todos pela Alfabetização da Criança. 

O objetivo, segundo a SED, é dar condições aos estudantes da pré-escola ao 2º ano do Ensino Fundamental matriculados nas redes públicas do Estado de ter o domínio da leitura e da escrita adequado à sua idade e ao seu nível de escolarização.

Estruturado em 2020, o projeto foi fundamental no período pós-pandemia da Covid-19, que trouxe prejuízos ao aprendizado nas escolas.

Na prática, por meio do regime de colaboração, os 79 municípios de MS recebem o programa do governo do Estado, que disponibiliza o material didático complementar para alunos do 1º e 2º ano e para os professores. 

O Estado também promove a formação continuada dos professores que atuam no projeto, realizada pelos profissionais da Coordenadoria de Formação Continuada da SED. 

O material foi distribuído para mais de 81 mil alunos dos dois primeiros anos do Ensino Fundamental. Já as crianças da pré-escola receberam o programa por meio da capacitação dos professores. 

 

Economia

ONS recomenda retorno do horário de verão no Brasil

Decisão final deve ser anunciada nos próximos dias

19/09/2024 22h00

Arquivo/ Agência Brasil

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O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) recomendou nesta quinta-feira (19) a volta do horário de verão no país, segundo o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia).

A medida, indicou Silveira, foi comunicada ao Ministério de Minas e Energia em reunião extraordinária do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) no Rio de Janeiro.
Segundo o ministro, o colegiado referendou um "indicativo" para o retorno do horário de verão. Agora, a recomendação deve ser debatida com outros órgãos do governo. Silveira disse que é possível ter uma definição em dez dias.

A medida buscaria aliviar a pressão sobre o setor elétrico em meio à seca de proporções históricas que atinge o Brasil, especialmente entre o final do dia e o começo da noite, quando a energia solar para de gerar eletricidade. Silveira, contudo, negou que haja risco de crise energética no país.
"Hoje não temos problema de geração de energia graças a um planejamento bem feito", disse.

Durante a reunião desta quinta, o ONS apresentou ao Ministério de Minas e Energia um plano de contingência para o setor -o trabalho havia sido solicitado pela pasta.
A reunião também contou com uma apresentação do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) sobre o cenário climático para o Brasil nos próximos meses.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve adiar para pelo menos depois das eleições municipais de outubro a implementação do horário de verão, que adianta os relógios em uma hora com o intuito de economizar energia elétrica.

A posição foi manifestada após pedido da presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia, que manifestou preocupação com a operacionalização das eleições. A informação foi publicada inicialmente por O Globo e confirmada pela reportagem.
Lula informou à ministra, por meio de interlocutores, que só não adiará essa decisão para após as eleições se o Brasil enfrentar uma crise energética grave em um futuro próximo, o que não está previsto por especialistas do setor.

O debate ocorre em meio a uma forte estiagem no país, que também sofre com uma série de queimadas. A possível volta do horário de verão é uma das alternativas na mesa do governo, que também já ampliou autorizações para o funcionamento de usinas termelétricas a gás.

A seca já causou o aumento da bandeira da conta de luz. Também ameaça elevar os preços finais de parte dos alimentos.A adoção do horário de verão divide opiniões entre setores da economia. Bares e restaurantes veem na medida uma possibilidade de estímulo aos negócios, enquanto companhias aéreas temem dificuldade logística com a reprogramação de voos, principalmente internacionais.ONS recomenda retorno do horário de verão no Brasil. 

 

*Informações da Folhapress 

Cotidiano

Oferta inadequada de aviões compromete ajuda internacional ao Brasil

Uruguai e México sinalizaram que poderiam disponibilizar aeronaves, mas Ministério de Meio Ambiente diz que elas não dispõem de sistema necessário para combate às queimadas.

19/09/2024 20h00

Brigadistas devem intensificar ainda mais o alerta aos incêndios no Pantanal, na próxima semana.

Brigadistas devem intensificar ainda mais o alerta aos incêndios no Pantanal, na próxima semana. Foto: Luiz Mendes (IHP)

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Pedidos feitos pelo Brasil por ajuda internacional para o combate à onda de incêndios no país esbarraram até o momento na oferta de aeronaves sem sistema de lançamento de água, e portanto consideradas inadequadas pelo Ministério do Meio Ambiente. A pasta diz precisar de aviões com esse equipamento e de helicópteros para o transporte de brigadistas.

Por outro lado, o governo brasileiro recebeu recentemente um pedido de auxílio do Paraguai, mas respondeu que enfrenta sua própria crise e que todos os recursos disponíveis do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) estão sendo empregados no país.

Por solicitação do ministério comandado por Marina Silva, o Itamaraty consultou Uruguai, México, Chile, Peru, Colômbia, Estados Unidos, Canadá e Paraguai sobre a possibilidade de envio de apoio no combate ao fogo na Amazônia.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, "foi solicitado, especificamente, apoio de aeronaves para o lançamento de água e/ou transporte de brigadistas e equipamentos nas operações de combate a focos de incêndios."

"As ofertas de cooperação recebidas estão sendo objeto de análise técnica dos órgãos competentes", afirmou o Itamaraty.

Ao menos Uruguai, México, Canadá e Chile sinalizaram que poderiam disponibilizar aviões e outros equipamentos.

Em 10 de setembro, o governo uruguaio colocou à disposição do Brasil uma aeronave modelo CASA C-212 Aviocar e 40 mil litros de líquido extintor de incêndio. O avião poderia ser empregado para ações de evacuação médica e transporte de carga e passageiros.

Para efetuar a cessão dos equipamentos, Montevidéu pediu que o Brasil informasse em qual localidade a aeronave ficaria baseada e onde a carga dos extintores poderia ser entregue.

A oferta foi reforçada pelo ministro da Defesa do Uruguai, Armando Castaingdebat, no dia 12, de acordo com registro oficial feito pelo Itamaraty visto pela Folha.

No caso do México, um representante da AMEXCID (Agência Mexicana de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento) informou a embaixada brasileira no país que, antes de considerar se seria possível ceder uma aeronave tipo C-105A, algumas informações eram necessárias: o local de atuação do avião no Brasil e o tempo estimado da operação.

Os mexicanos também perguntaram se Brasília assumiria os custos de combustível da aeronave nos deslocamentos internos no Brasil --as despesas da viagem de ida e volta do México seriam arcadas pelos donos do equipamento.

Questionado sobre as negociações tanto com o Uruguai quanto com o México, o Ministério do Meio Ambiente respondeu que o governo brasileiro perguntou a esses países se "haveria disponibilidade de aeronaves para lançamento de água, além de helicópteros para transporte de brigadistas em áreas de difícil acesso".

"Os modelos mencionados, C-212 e C-105, são aviões (e não helicópteros) que não dispõem de sistema para lançamento de água, necessário para combater incêndios", respondeu a pasta.
O ministério também informou que o Chile comunicou que poderia enviar um helicóptero. "As condições de operação estão em análise".

O Canadá, por sua vez, disse ao Brasil que poderia emprestar dois aviões Cessana Caravan para apoiar no combate aos incêndios. Também sem tecnologia de dispersão de água, essas aeronaves poderiam ser empregadas para o transporte de brigadistas e de equipamentos.

Um dos países aos quais o Brasil recorreu por ajuda, o Paraguai enfrenta sua própria onda de queimadas.

Só na primeira semana de setembro, o país vizinho registrou mais de 6,8 mil focos de incêndio.

O país vizinho chegou a consultar a embaixada brasileira em Assunção sobre a possibilidade de envio de um avião com capacidade de despejar água para o Paraguai.

Autoridades do governo Lula (PT) responderam que o Brasil enfrenta situação semelhante com as queimadas --e que todos os meios disponíveis estão sendo empregados no combate a focos de incêndio no país.

 

*Informações da Folhapress 

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