Cidades

PONTA PORÃ

Fronteira faz mobilização para reduzir uso do crack

Fronteira faz mobilização para reduzir uso do crack

Edilson José Alves

28/02/2011 - 18h01
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A popularização do crack vem preocupando as autoridades da fronteira Brasil-Paraguai. Nesta segunda-feira, estudantes, professores, comerciantes, entidades de classes e a sociedade de uma forma em geral participaram de uma caminhada para marcar a data de 28 de fevereiro instituído como “Dia de Enfrentamento ao Crack”, conforme Lei Municipal de autoria da vereadora Dulce Manosso (PSDB), aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Flávio Kayatt (PSDB).
Segundo dados do Centro de Atenção Psicossocial de Ponta Porã (CAPS), o número de usuários de crack vem crescendo e, atualmente, é uma grande preocupação tanto para as autoridades brasileiras como paraguaias. Existe uma facilidade em adquirir esse tipo de droga na região. Enquanto nos anos de 2008 e 2009 o Caps atendeu cerca de 300 pessoas usuárias de drogas como crack, maconha, cocaína e também de álcool, somente em dezembro do ano passado foram 216 atendimentos.
“Realizamos inúmeras ações e atividades, para que possamos diagnosticar este quadro, atendendo e acompanhando os usuários. No entanto é fundamental que a sociedade desperte para este grave problema de saúde pública” alertou Carlos Urizar, psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial de Ponta Porã.
Para marcar o 28 de fevereiro como o Dia de Combate às Drogas, nesta segunda-feira pela manhã foi realizada uma passeata, com os manifestantes saindo de frente ao prédio da Prefeitura de Ponta Porã, seguindo pela rua Guia Lopes, avenida Marechal Floriano até a Praça Lício Borralho, na Linha Internacional. A passeata faz parte da estratégia de conscientização da população em favor do combate às drogas, que cada vez mais tem alcançado crianças, jovens e adultos.
Neste mês de março, será realizado o Fórum Municipal, que servirá para a elaboração do Plano Municipal de Enfrentamento ao Crack e outras drogas, que contará com diversos segmentos da sociedade. A autora do Projeto de Lei que instituiu o Dia Municipal de Combate ao Crack, Dulce Manosso, disse que toda a sociedade precisa participar e colaborar para evitar uma proliferação ainda maior do uso de entorpecentes no município fronteiriço.

DESENVOLVIMENTO

Megafabrica de celulose está mais perto do túnel de R$ 8 milhões para hexatrens

Governo do Estado de Mato Grosso do Sul anuncia a vencedora da licitação para contrução da passagem inferior que deve abastar a estrutura da Suzano de eucalipto

26/12/2024 09h30

Suzano usa os chamados hexatrens, carretas, que possuem seis semirreboques acoplados e circulam apenas em estradas secundárias

Suzano usa os chamados hexatrens, carretas, que possuem seis semirreboques acoplados e circulam apenas em estradas secundárias Reprodução/Suzano

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Através da edição "pós-Natal", do Diário Oficial desta quinta-feira (26), o Governo do Mato Grosso do Sul anunciou a vencedora da licitação de R$ 8 milhões, que coloca a Mega fábrica de celulose do interior mais perto de seu túnel para fluxo de hexatrens. 

Apesar dos termos complicados, o fato de que a empresa Vale do Rio Novo Engenharia e Construções Ltda. - empresa construtora de estradas com sede em Avaré (SP) -, é que saiu vencedora da licitação que fazia parte do pacote de R$ 88 milhões lançado três dias após as eleições

Vale lembrar que, esse "pacote" de cinco licitações da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), leva iniciativas para três municípios diferentes de Mato Grosso do Sul: 

  1.  Fátima do Sul
  2.  Dourados
  3.  Ribas do Rio Pardo

Com isso, pelo valor total de R$ 8.772.176,13, fica encarregada pela construção da passagem inferior, um verdadeiro túnel para a travessia dos hexatrens que abastecem a fábrica da Suzano com eucaliptos. 

Entenda

Considerada a a maior fábrica em linha única de celulose do mundo, após meados de 2024, com o final de junho, a unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo botava para funcionar sua capacidade instalada de mais de 2,5 milhões de toneladas anuais de celulose de eucalipto. 

Ainda enquanto estava sendo instalado, o empreendimento movimentou a mão de obra de dez mil pessoas, sendo que pelo menos três mil desses devem integrar um quadro permanente de trabalho. 

Sendo que a Suzano em Mato Grosso do Sul conta ainda com a unidade que fica em Três Lagoas, essas fábricas precisam ser abastecidas com eucalipto, que vem por exemplo dos 600 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul. 

Só do viveiro que fica localizado em Ribas do Rio Pardo, por exemplo - como já abordado pelo Correio do Estado -, são produzidas em torno de 35 milhões de mudas por ano.

Como essas cargas precisam de um transporte único e específico, a Suzano usa os chamados hexatrens, carretas, que possuem seis semirreboques acoplados e circulam apenas em estradas secundárias, devido à baixa velocidade necessária e incompatível com as demais pistas asfaltadas. 

Como a Suzano possui cerca de 16 desses hexatrens em operação - o que se traduz em 50 caminhões a menos trafegando por rodovias estaduais -, é aí que entra a necessidade da construção de um percurso próprio para esse tipo de veículos e finalidade. 

 

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CAMPO GRANDE

Unidades para crianças como Sophia saem do chão em 2025

Focado em proteger pessoas vulneráveis, vítimas de abusos, Centro de Proteção à Criança e ao Adolescente e Fórum da Mulher estão previstos para o ano que vem

26/12/2024 09h00

No centro da imagem, Sérgio Martins, presidente do TJMS, e Eduardo Riedel, governador de MS

No centro da imagem, Sérgio Martins, presidente do TJMS, e Eduardo Riedel, governador de MS Foto: Bruno Rezende / Divulgação

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O Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente e o Fórum da Mulher, Infância, Adolescência e do Idoso em Campo Grande, projetos criados para atender crianças como Sophia Ocampos, que sofrem violência, devem sair do papel no primeiro semestre de 2025.

Ambos os órgãos receberam da União os terrenos para construção das unidades. O Centro Integrado e o Fórum serão construídos nas áreas desocupadas que ficam atrás e na frente da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande.

Para o Correio do Estado, o titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira, explicou como está o andamento dos trâmites das unidades, que vão reforçar a rede de proteção à criança e ao adolescente.

“O Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente terá mil metros quadrados. Essa obra está orçada em mais de R$ 10 milhões e se encontra em fase de atualização de planilha de construção e de detalhes nas alterações de aparelhos”, declarou o secretário.

No local, haverá atendimentos por triagem, apoio psicossocial, registro de ocorrência, exames de corpo de delito, com um aparato interno de um núcleo do Instituto Médico Legal (IML), e encaminhamentos imediatos das vítimas de violência para os órgãos de proteção, quando necessário.

O Centro Integrado tem como objetivo melhorar o atendimento a crianças e adolescentes que sofrem violência em Mato Grosso do Sul, com a implementação de programas e serviços voltados para o público condizentes ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A criação do centro foi um pedido da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), após uma audiência pública que propunha a construção de uma unidade que pudesse atender casos de violência ou de testemunhas de violência contra crianças. Essa audiência foi realizada semanas após a morte da Sophia Ocampos, de dois anos.

Em processo de ajustes na planilha de construção, não há uma data para início das obras do Centro Integrado, já que a obra que será conduzida pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) ainda passará por processo licitatório. Porém, existe uma previsão que as máquinas possam trabalhar no terreno doado no primeiro semestre de 2025, segundo o secretário.

FÓRUM DA INFÂNCIA

A mesma etapa de processo licitatório ainda será realizada no caso do Fórum da Mulher, Infância, Adolescência e do Idoso, que foi destinado para o Poder Judiciário.

Porém, antes de se abrir a licitação, o governo do Estado, por meio da Sejusp, passará via convênio R$ 10 milhões para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) realizar a construção do local, que terá os mesmos moldes do edifício do Fórum de Maracaju, que está em construção.

O termo de cooperação foi assinado na segunda-feira em cerimônia que contou com a presença de Videira, do presidente do TJMS, desembargador Sérgio Martins, e do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB). 

Em maio, o desembargador Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJMS, assinou junto do superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul, Tiago Resende Botelho, e do titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira, a documentação relativa à doação da área que era da União e será destinada à construção do Fórum da Mulher, da Infância, Adolescência e do Idoso. 

O local será construído em um espaço total de 5.440 metros quadrados e deverá abrigar as varas da violência doméstica e familiar contra a mulher de Campo Grande e serviços judiciais da infância e adolescência.

MELHORIAS NA PROTEÇÃO

A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para elencar o que foi feito de melhorias na proteção da criança e do adolescente após a repercussão do caso Sophia, que demonstrou a falta de políticas públicas que garantissem o devido atendimento em casos de violência contra a criança na Capital.

Em resposta, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) informou que “no âmbito da Assistência Social, os investimentos, serviços e atividades são continuados, para o trabalho com a proteção social e a garantia de direitos das crianças e adolescentes dentro da integração de um sistema protetivo e de cuidados, onde todos os atores precisam atender a especificidades da infância”. 

Conforme o informado pela prefeitura, neste ano, a rede de assistência social do município reforçou o atendimento às crianças que sofrem violações de direitos, com a criação do 6º Conselho Tutelar (Anhanduizinho), do 7º Conselho Tutelar (Prosa) e do 8º Conselho Tutelar (Imbirussu).

As unidades contemplam uma média de 360 mil pessoas residentes em um total de 23 bairros, além do Distrito de Anhanduí. Para dar suporte aos Conselhos Tutelares, a SAS implantou o Núcleo de Apoio aos Conselhos Tutelares, que trabalha para agilizar as demandas e realizar a interlocução com os conselheiros tutelares, buscando otimizar as respostas.

Outra ação informada pela prefeitura foi a mudança de prédio da Unidade de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Uaica 3 – Feminino) para um imóvel mais amplo no Bairro Amambaí, oferecendo maior privacidade às adolescentes acolhidas.

O prédio também recebeu o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, que utilizava uma sala na sede da SAS e necessitava ampliar o espaço.

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