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CONCESSÃO

Governador negou proposta da União para "suavizar" o projeto da Rota da Celulose

Governo federal queria que MS reduzisse exigências para que empresas se interessassem por rodovias que seriam leiloadas

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O governador Eduardo Riedel (PSDB) teria rejeitado o pedido do governo federal para que o projeto de concessão da Rota da Celulose sofresse alterações que o “suavizassem” e diminuíssem algumas exigências, tornando-o mais atrativo.

Na segunda-feira, o governo do Estado retirou o lote de rodovias em Mato Grosso do Sul que seria leiloado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). O fato ocorreu porque nenhum investidor teria apresentado proposta para participar do leilão, que aconteceria nesta sexta-feira.

O pacote de rodovias é formado por trechos da BR-262 (entre Campo Grande e Três Lagoas) e da BR-267 (entre Nova Alvorada do Sul e Bataguassu), além da MS-040, da MS-338 e da MS-395, e tem a previsão de investimento de R$ 8,8 bilhões em 30 anos de concessão. Ao todo, são 870,4 quilômetros.

Segundo informações repassadas por fontes do Correio do Estado, após nenhum player manifestar interesse nas estradas de Mato Grosso do Sul, o ministro dos Transportes, Renan Filho, teria ligado para o governador Eduardo Riedel e pedido para que ele mudasse o edital de concessão e reduzisse a extensão das duplicações e outros pontos para que o leilão vingasse.

A informação foi passada aos deputados estaduais pelo governador durante reunião na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) na manhã de ontem. 

Conforme apuração do Correio do Estado, o governador teria dito que o projeto de concessão das rodovias seguirá no radar do Estado, porém, as alterações que serão feitas no edital antes de colocá-lo novamente para o mercado terão como objetivo beneficiar os moradores de Mato Grosso do Sul, e não apenas os interesses da União.

Além disso, ele teria afirmado que, se não houver interessados, o governo do Estado deverá cuidar das rodovias e fazer os ajustes que achar necessários com verba própria ou do governo federal.

LEILÃO

Segunda-feira foi o prazo-limite para interessados no projeto da Rota da Celulose enviarem suas propostas. O leilão, porém, só aconteceria nesta sexta-feira, entretanto, a concessão não atraiu o interesse de nenhum investidor.

Matéria publicada nesta terça-feira pelo Correio do Estado mostrou que um dos motivos para o certame ter ficado deserto poderia ser grande número de outros lotes que foram a leilão e que podem ter despertado maior interesse dos investidores. Essa foi também a avaliação manifestada pelo governador na reunião que ocorreu na Alems.

Entre os projetos ofertados está a Rota Verde, entre Rio Verde, Goiânia e Itumbiara, em Goiás, que deverá ir a leilão no dia 12. Na mesma data, tem previsão de ocorrer o leilão das Rodovias Integradas do Paraná, que inclui trechos estaduais e da BR-369.

Já no dia 19 será a vez da Ponte São Borja, sobre o Rio Uruguai, na fronteira entre São Borja, no Brasil, e Santo Tomé, na Argentina, além de mais um bloco das Rodovias Integradas do Paraná, desta vez ligado à BR-163.

Todos esses projetos teriam deixado a concessão de Mato Grosso do Sul como a “menos desejada”, o que pode ter contribuído para a falta de ofertas, já que, segundo matéria do Correio do Estado publicada em setembro deste ano, pelo menos 20 players haviam se interessado pelo projeto durante sua apresentação na B3. 

ASSEMBLEIA

Após a reunião, o presidente da Alems, deputado Gerson Claro (PP), destacou em entrevista que a “iniciativa privada não investe por caridade” e que o projeto da Rota da Celulose deve ser remodelado pelo governo do Estado em 2025.

“Ela [iniciativa privada] vai por dinheiro onde há viabilidade econômica do projeto. O governo vai fazer essa modelagem e, certamente, vai trazer um projeto que seja viável”, falou Claro.

O presidente da Alems disse ainda que, para ele, a falta de interessados no projeto não pode ser considerada como um fracasso.

“Fracasso se tivesse feito uma modelagem malfeita, um contrato malfeito, e não tivesse acontecido. Nós chamamos de fracasso, por exemplo, o contrato feito em 2013 com a CCR. Só vamos duplicar se tiver financeiro, se o mercado aceitar, por aquele valor, fazer a rodovia e cobrar pedágio”, disse o deputado. 

PROJETO

Além de atender a grandes empresas ligadas ao mercado da celulose que estão instaladas nessa região, o pacote também concede quase todos os caminhos de Mato Grosso do Sul para o estado de São Paulo.

Conforme o Escritório de Parcerias Estratégicas de Mato Grosso do Sul (EPE), a outorga mínima no projeto que foi apresentado para o leilão suspenso era de R$ 74 milhões e a previsão de investimento nas rodovias era de R$ 5,8 bilhões em obras de longo prazo, além de R$ 3 bilhões em ações de manutenção pelo período de 30 anos, totalizando R$ 8,8 bilhões.

A concessão das rodovias é um projeto que tem sido discutido desde o ano passado pelo governo do Estado. O primeiro passo foi fazer um estudo de viabilidade técnica para o trecho.

No caso das rodovias federais, as BRs 262 e 267, ainda foi necessário que os trechos de interesse fossem delegados para Mato Grosso do Sul pelo governo federal, o que foi feito no mês passado.

O estudo de viabilidade técnica, concluído em agosto deste ano, apontou que o pedágio nos 870,4 km que devem ser leiloados deverá variar de R$ 4,70 a R$ 15,20, podendo ficar até 20% mais barato.

Conforme matéria do Correio do Estado, dos quase 900 km de rodovias a serem concedidos neste pacote, apenas 116 km serão duplicados. Além disso, deverão ser feitos 457 km de acostamentos, 251 km de terceiras faixas, 12 km de vias marginais e 82 km de dispositivos em nível.

SAIBA - Pedágio nas rodovias

As praças que estiverem em trechos duplicados deverão ter os valores mais altos de pedágio. Em Ribas do Rio Pardo, por exemplo, o valor deverá ser de R$ 15,20. O segundo maior valor será cobrado em Nova Alvorada do Sul, onde a tarifa poderá ser de R$ 15,10. A praça de pedágio mais barata será a de Bataguassu, na BR-267, que custará R$ 4,70. O pedágio, porém, poderá ter redução de 20% no valor previsto. 

*Colaborou Naiara Camargo

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Cidades

Imasul transfere animais de MS para zoológico em São Paulo

Dois filhotes de tuiuiú e três corujas receberão cuidados especiais no novo lar

04/12/2024 18h00

Irmãos filhotes de tuiuiú, Alto e Pantanal

Irmãos filhotes de tuiuiú, Alto e Pantanal Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) realizou na terça-feira (3) a transferência de dois filhotes de tuiuiú (Jabiru mycteria), ave símbolo do Pantanal, e de três corujas para o Zoológico de Itatiba, em São Paulo. Os animais estavam anteriormente alocados no Hospital de Animais Silvestres Ayty, em Campo Grande,

Os filhotes de tuiuiú, carinhosamente nomeados Alto e Pantanal, têm histórias distintas. Um deles foi encontrado sem uma das asas, impossibilitando seu retorno à natureza. O outro, embora saudável, acompanhará o irmão para manter o vínculo e reduzir o estresse do isolamento.

Além dos tuiuiús, foram transferidas duas corujas da espécie jacurutu (Bubo virginianus) e uma coruja-preta (Strix huhula). Todos os animais foram devidamente anilhados para controle e monitoramento.

A transferência faz parte de uma parceria entre o Imasul e o Zoológico de Itatiba, que acolhe animais impossibilitados de retornar à natureza. No novo ambiente, os animais terão acesso a cuidados especializados e instalações adaptadas às suas necessidades.

André Borges, diretor-presidente do Imasul, destacou a importância dessas iniciativas. "A preservação da fauna pantaneira é uma prioridade. Cada ação de resgate e cuidado é uma vitória para o equilíbrio do ecossistema, especialmente em um momento de tantos desafios ambientais".

Resgate

Os filhotes de tuiuiú foram resgatados na região de Miranda após um alerta da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O primeiro foi encontrado no acostamento de uma estrada, incapaz de voar devido à ausência de penas nas asas. A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Miranda foi responsável pela captura da ave.

Após o resgate, os animais foram encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) e posteriormente ao Hospital Ayty, onde receberam cuidados especializados.

Aline Duarte, coordenadora técnica do Hospital Ayty, ressaltou a importância dos cuidados iniciais: "Quando não é possível a reintrodução ao habitat natural, buscamos alternativas que respeitem sua dignidade e bem-estar".

Enquanto Alto e Pantanal seguem para seu novo lar, um terceiro filhote de tuiuiú, chamado Vegas, permanece sob os cuidados do Imasul. Vegas está em processo de reabilitação e será reintroduzido ao Pantanal assim que estiver apto a viver de forma independente em seu habitat natural.

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FIM DE ANO

Comércio ficará aberto até mais tarde a partir do dia 9 de dezembro; Veja horários

Horário será ampliado para atender a demanda de fim de ano, que aumenta devido às compras de Natal e Ano Novo

04/12/2024 17h45

Comércio terá horário ampliado para atender demanda de fim de ano

Comércio terá horário ampliado para atender demanda de fim de ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A partir da próxima segunda-feira, 9 de dezembro, o comércio de Campo Grande ficará aberto até mais tarde para atender a demanda de clientes, que tradicionalmente aumenta no período de fim de ano.

A decisão do horário estendido foi tomada nesta quarta-feira (4), com o fechamento da convenção trabalhista entre o Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande (Sindivarejo CG) e o Sindicato dos Empregados do Trabalhadores do Comércio, estabelecendo, entre outros pontos, o horário especial de funcionamento do comércio.

Conforme a Fecomércio, ficou acordado que o comércio ficará aberto até às 22h de segunda a sábado, com horário diferenciado aos domingos e nas datas festivas.

Confira o horário especial de fim de ano no comércio:

  • Do dia 9 ao dia 23 de dezembro, de segunda a sábado - até às 22h
  • Domingos, dias 15 e 22 de dezembro -  9h às 18h
  • Dia 24/12 - Até as 17h (até as 19h em shoppings e hipercenters). 
  • Dia 31/12 -  Até as 16h (até as 18h em shoppings e hipercenters). 
  • Domingos, dias 15 e 22 de dezembro -  9h às 18h.
  • Dias 25 de dezembro e 1º de janeiro - comércio não abre

A convenção só foi fechada após a definição de reajuste salarial de 8% aos comerciários, sendo 6% para quem ganha acima do piso.

O valor do vale alimentação foi reajustado para R$ 552.

Movimentação financeira

O período de fim de ano deve movimentar R$ 1,27 bilhão em compras para presentes e comemoração no comércio de Mato Grosso do Sul, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF MS) e Sebrae MS. 

Esse valor inclui R$ 837 milhões relacionados ao Natal – sendo R$ 414,8 milhões para presentes e R$ 422,6 milhões para comemorações – e R$ 434 milhões no Ano Novo.

De acordo com a economista do IPF-MS, Regiane Dedé de Oliveira, o cenário é otimista.

“O consumidor sul-mato-grossense está mais propenso a celebrar, e isso reflete diretamente na economia. É o momento oportuno para o comércio se preparar, atender bem e aproveitar o movimento gerado pelas festas de fim de ano", disse.

"O gasto médio com presentes de Natal está em R$ 456, e o das comemorações em R$ 340, valores significativos que impulsionam nossa economia”, acrescentou a economista.

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