Cidades

MIROU NO QUE VIU

Governo rebate críticas e vê normalidade em desmatamentos do Pantanal

Após reunião do Conselho Estadual de Controle Ambiental, Estado informa que 53 mil hectares permitidos por ano são só 2,16%

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Pressionado com a temática do desmatamento em fazendas da região pantaneira, o Conselho Estadual de Controle Ambiental (CECA) reuniu-se na tarde de quinta-feira (03) e, conforme nota do Governo do Estado, em 3 anos e 8 meses foram autorizadas intervenções em 194 mil hectares de vegetação do Pantanal Sul-mato-grossense, que corresponde a 53 mil hectares por ano.

Vale lembrar que, esses dados levantados pelo Governo de Mato Grosso do Sul concordam com o que cita o Ministério Público em inquérito instaurado nesta semana, que apura omissão e permissividade Executivo Estadual e do Instituto de Meio Ambiente de MS (Imasul). 

Segundo inquérito quanto aos desmatamentos autorizados no Pantanal - instaurado pelo promotor Luiz Antônio Freitas de Almeida na última segunda-feira (31 de outubro) -, até antes do Decreto Estadual 14.273, de 8 de outubro de 2015, que permite a supressão de 60% da vegetação nativa nas fazendas, a média dessas permissões pelo Imasul chegava a 29 mil hectares por ano. 

Assim como a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa foi cautelosa quanto a sequer cogitar uma revisão do Decreto, o Governo do Estado também não cita qualquer possibilidade de revisão ou reestruturação para redução desse percentual.

Ainda conforme o inquérito do MPMS, essas autorizações para desmatamentos anuais legalizados saltaram para 54 mil hectares, entre 2016 e 2021. 

Como frisam os dados apresentados pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o Imasul autorizou intervenções em 194 mil hectares de vegetação em propriedades do Pantanal Sul-mato-grossense, entre 15 de agosto de 2019 a 14 de abril de 2023. 

Com 65% do Pantanal localizado em Mato Grosso do Sul, números da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontam para 89.818,95 km² do bioma presente no Estado e, diante disso, o Governo do Estado assume que a área licenciada para desmatamento corresponde a 2,16% permitidos. 

Acertou no que não viu

Importante frisar que essa concordância por parte do Governo, com o apontado pelo Ministério Público em inquérito, se deu de forma involuntária, já que passada a reunião do CECA, diante dos dados, a opção foi por dar foco à área não desmatada. 

Ainda que os dados apresentados pelo governo sejam referentes ao período contado a partir de 2019 até 2023, os percentuais correspondem ao levantamento entre 2016 até 2021 que consta no inquérito. Em resumo, enquanto o MPMS aponta para 54 mil hectares autorizados a serem desmatados, o Estado corrige para 53 mil ha. 

Também, o Governo baseia-se no Relatório Anual do Desmatamento no Brasil publicado pelo projeto MapBiomas Alerta, que cita uma redução de 12% do desmatamento em Mato Grosso do Sul, quando passou de 55.959 mil hectares para 49.162 mil de 2021 para 2022. 

Entretanto, o mesmo levantamento destaca que o único bioma brasileiro que, de fato, apresentou redução nos desmatamentos foi a Mata Atlântica, enquanto o Pantanal manteve a crescente, aumentando os medidores em 4,4% no último ano. 

Também, Mato Grosso do Sul tem um de seus municípios figurando entre as 50 unidades que mais desmatam, sendo a Cidade Branca de Corumbá que aparece no 27º lugar do ranking, com uma variação de 45% entre 2019 e 2022, e uma média de desmatamento de 43 hectares por dia. 

Vale destacar que o Governo cita ações de fiscalização, através do Monitor Aletras de Desmatamento do Imasul, que facilita gerenciamento e acompanhamento de alerta de desmatamento, citando irregulares em um total de 931,44 hectares de área de uso restrito do Pantanal no último ano. 

 

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Prejuízo

Brasil perde R$ 2 bilhões em vacinas vencidas

Ministério da Saúde atribui desperdício à desafios logísticos e rápidas mudanças na composição dos imunizantes

23/11/2024 17h00

Vacina

Vacina Reprodução / Agência Brasil-Tomaz Silva

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O Brasil enfrenta um desafio alarmante na gestão de seu estoque de vacinas contra a Covid-19. Aproximadamente 58 milhões de doses, avaliadas em cerca de R$ 2 bilhões, venceram no estoque federal desde o início da campanha de imunização em 2021. Este número representa apenas as vacinas que não chegaram a ser distribuídas aos estados e municípios.

Perdas Significativas e Discrepâncias nos Dados

O desperdício não se limita ao estoque federal. Há indícios de que as perdas nos estados e municípios podem ser ainda maiores, embora os números exatos sejam incertos devido a divergências nos dados. O Ministério da Saúde aponta uma diferença de mais de 175 milhões de doses entre as distribuídas e as efetivamente aplicadas.

Fatores Contribuintes para o Desperdício:

  • Sistemas não integrados de logística e movimentação de imunobiológicos
  • Atualizações nos modelos de vacinas para combater novas variantes
  • Desafios no armazenamento, especialmente para vacinas que requerem ultrafreezers
  • Resistência à vacinação e disseminação de notícias falsas

Impacto Financeiro e Tentativas de Mitigação

O prejuízo financeiro é substancial, com parte do dano sendo amenizada pela troca de 4,2 milhões de doses da Moderna, avaliadas em aproximadamente R$ 240 milhões. O Tribunal de Contas da União (TCU) estimou em setembro de 2022 que 54,2 milhões de vacinas, no valor de R$ 2,1 bilhões, haviam vencido nos estados e municípios.

Responsabilidade e Ações Futuras

A maior parte das vacinas vencidas no estoque federal foi adquirida durante o governo anterior, principalmente doses da AstraZeneca/Fiocruz. O atual governo enfrenta o desafio de organizar eficientemente a imunização contra a Covid-19, tendo enfrentado críticas por atrasos na compra de imunizantes.

O Ministério da Saúde reconhece a complexidade do problema e cita múltiplos fatores que contribuem para a perda de vacinas, incluindo mudanças rápidas na composição e tecnologia das vacinas, além de desafios logísticos.

*Com informações de Folhapress

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previdência social

Saiba como excluir automaticamente pagamento associativo pelo Meu INSS

Entidades deve ter autorização do segurado para debitar valor fixo

23/11/2024 16h30

INSS em Campo Grande MS

INSS em Campo Grande MS Foto: Gerson Oliveira / Arquivo

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Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que tiverem desconto de mensalidade de associação a entidades e sindicatos no contracheque, podem pedir a exclusão do débito de forma automática pelo aplicativo ou pelo site Meu INSS.

Novos descontos no benefício previdenciário ficarão bloqueados até que o segurado, se quiser, faça o desbloqueio da contribuição associativa. A exclusão já existia, porém, não era de forma automática.

O INSS calcula que dos atuais 7,6 milhões de aposentados e pensionistas associados a sindicatos e outras organizações de classe, 1 milhão reclamaram de descontos indevidos entre janeiro de 2023 a maio de 2024,

E segundo auditoria determinada pelo próprio INSS, todos os débitos nos benefícios que foram autodeclarados como não autorizados foram cancelados.

Saiba como excluir descontos


Os beneficiários devem acessar o Meu INSS com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha do portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br. E seguir o passo a passo abaixo.

·         Na página inicial, o internauta deve selecionar “Novo pedido”.

·         No campo de busca (onde tem a lupa) escrever: “Excluir mensalidade”.

·         Em seguida irão aparecer opções, selecione: “Excluir mensalidade de associação ou sindicato no benefício”.

·         Depois, clicar em “Atualizar” para conferir e, se necessário, atualizar os dados.

·         Selecionar, então, o ícone “Avançar”.

·         Posteriormente, ao ler as instruções, o usuário deve escolher “Avançar” e informar os dados solicitados

·         Então, se necessário, será a hora de anexar os documentos.

·         O aposentado ou pensionista deverá selecionar a agência de relacionamento com o INSS e conferir os dados informados no requerimento.

·         Por fim, deverá declarar que leu e concorda com as informações disponibilizadas acima e clicar em Avançar.

Descontos indevidos
Caso o segurado do INSS queira o estorno de valores de descontos considerados indevidos em seus benefícios realizados por entidades associativas, ele pode entrar em contato direto pelo telefone, que aparece ao lado do nome da entidade no contracheque.

Caso prefira, o beneficiário da previdência social pode enviar e-mail para [email protected], informando o ocorrido. O INSS irá entrar em contato com a entidade autora do desconto em folha, solicitando os documentos que autorizaram o desconto ou a devolução dos valores.

Reclamações e denúncias sobre descontos não autorizados de associações ou entidades podem ser registradas diretamente no Portal Consumidor.Gov  e na Ouvidoria do INSS, por meio da Plataforma Fala BR.

Legislação


O desconto de mensalidade, em valor fixo, diretamente em aposentadorias e pensões por morte, necessita de prévia autorização expressa do titular do benefício previdenciário.

A Instrução Normativa PRES/INSS nº 162, de março deste ano, regulamenta o desconto de mensalidade associativa nos benefícios de aposentados e pensionistas.

Pelas regras, o desconto não poderá ser maior do que 1% do limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e não poderá haver mais de uma dedução de mensalidade associativa por benefício.

O documento estabelece ainda procedimentos para celebração, operacionalização e acompanhamento dos Acordos de Cooperação Técnica (ACT) relativos aos descontos de mensalidades associativas. Atualmente, 37 empresas têm autorização para realizar descontos de mensalidades associativas, desde que aposentados e pensionistas solicitem ou autorizem.

Conforme a norma do INSS, o desconto deve ter autorização prévia do aposentado ou pensionista e não pode ser feita por procurador ou representante legal (curador, guardião ou tutor), exceto por decisão judicial específica que autorize a dedução.  Cabe à entidade provar que a autorização foi obtida legalmente.

Além disso, o desconto tem de ser formalizado por um termo de adesão, que deve ser por meio de assinatura eletrônica avançada e biometria para novos contratos, apresentação de documento de identificação oficial, válido e com foto, e número do CPF.

O desconto de mensalidade associativa não poderá incidir em:

·         benefício por incapacidade temporária;

·         pensão alimentícia;

·         benefício assistencial;

·         acordo internacional para beneficiários residentes no exterior;

·         benefícios pagos por intermédio de empresa convenente ou contratada para complemento de pagamento; e

·         benefícios concedidos por determinação judicial, em caráter provisório.

Os aposentados e pensionistas que têm dúvida sobre desconto de mensalidade associativa no pagamento de seus benefícios, podem consultar a tela inicial do aplicativo/site  Meu INSS, na aba “mensalidade associativa”.

Para saber quais entidades têm acordo com o INSS para realizar descontos de contribuições associativas, o interessado deve acessar o link.

Para mais informações, há também a Central 135.

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