Cidades

PANDEMIA

Governo recomenda lockdown, mas prefeitura recusa

Campo Grande foi classificada com a cor preta, cuja medida é o isolamento

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Dados do Programa Prosseguir, criado pelo governo do Estado para avaliar a situação dos municípios de Mato Grosso do Sul em relação à Covid-19, apontaram que Campo Grande está na cor preta, o que indica que a cidade deveria entrar em quarentena. Entretanto, a Capital deve manter as medidas já publicadas na quarta-feira, que estabelecem fechamento apenas nos fins de semana.

Conforme o governo, o somatório de pontos do município o colocou como de “grau extremo”, quando apenas atividades essenciais são permitidas. Além da Capital, outras cinco cidades do Estado estão na mesma situação: Alcinópolis, Corguinho, Maracaju, Nioaque e Sidrolândia.

Nesta fase, o programa prevê uma série de medidas a serem tomadas, como: 

  • transporte público apenas para trabalhadores de serviços essenciais;
  • suspensão de serviços presenciais não-essenciais da administração pública municipal;
  • definição para todos os setores em funcionamento para que façam adesão e implementação de protocolos de biossegurança, entre outras.

DIVERGÊNCIA

Algumas das medidas previstas pelo programa do governo do Estado já vêm sendo cumpridas pela prefeitura, entretanto, as referentes à quarentena ainda não serão aplicadas. Isso porque a administração entende que a cidade ainda está na fase vermelha do programa, diferentemente do divulgado pelo Estado.

“Temos de ver os critérios que foram usados, hoje nossa taxa de ocupação de leitos, por exemplo. Se for levar em consideração o contingenciamento, ficou em mais de 100% de leitos. Semana que vem teremos acréscimo de leitos, então esse porcentual de ocupação vai diminuir. Não acredito que preenchemos os critérios para bandeira preta, ainda estamos na vermelha”, declarou o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), José Mauro de Castro Filho.

O mesmo posicionamento tem o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), que na quarta-feira determinou medidas mais rígidas para o funcionamento de estabelecimentos comerciais, como a restrição de funcionamento das 9h às 17h e fechamento dos serviços não essenciais nos fins de semana.

“A meu ver, essas medidas são bem restritivas. Toque de recolher das 20h até as 5h, são quase 12h de fechamento, então atende grande parte da orientação. E se depois desse período vermos que precisa de medidas mais restritivas ainda, poderemos fazer. Mas essas foram discutidas com todos os secretários, não só com [o secretário de] Saúde. Temos perspectiva de ampliação de leitos, se não tivesse, talvez aí teríamos tomado decisões mais restritivas”, completou Castro.

CRITÉRIO

As informações publicadas pelo governo do Estado, no entanto, levam em conta informações repassadas pelos municípios até sábado (11). Os dados que levaram o governo a classificar a cidade neste bandeiramento não foram divulgados pelo governo, porém, foram encaminhados para as cidades.

Para o médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda, com a implantação deste decreto, e não da quarentena ou lockdown, a situação da cidade pode demorar mais para melhorar.

"Quanto mais medidas de real distanciamento, como o lockdown, mais rápido a gente tem uma redução do número de casos e, portanto, a retomada das atividades não essenciais", afirmou o médico, que também é professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Ele prossegue apontando que o fechamento parcial não é efetivo.

"Se a gente faz um lockdown parcial, vai demorar mais tempo para ter impacto no crescimento do número de casos e redução das internações em leitos de terapia intensiva. E vai levar mais tempo para o Estado ou o município de Campo Grande até [a medida] ter um impacto", explicou.

Segundo Croda, essa situação proposta pela prefeitura ainda não foi experimentada em outros locais. 

“Essa não é a experiência mundial, então vai ter de esperar pelo menos duas, três semanas para ver o impacto dessas medidas. A gente espera que seja positivo e que realmente haja um respeito do decreto, porque isso depende muito da conscientização das pessoas e da fiscalização da prefeitura”.

CASOS

Segundo dados da Sesau, Campo Grande tem 5.497 casos confirmados de Covid-19 e 52 mortes pela doença. Até ontem, 200 pessoas estavam internadas, sendo 110 em leitos clínicos e 90 em UTIs (48 públicas e 42 de entidades privadas). Outras 1.832 se recuperavam da doença em casa, enquanto 3.413 já estavam recuperadas.

Abolição do Estado

Saiba quem são os militares de MS indiciados pela PF por tentativa de golpe

De general da reserva a coronel que compôs tropas dos Black Kids e era "braço direito" do ajudante de ordens Mauro Cid

21/11/2024 18h22

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black Kids

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black Kids Reprodução Redes Sociais

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A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (21) 37 pessoas envolvidas na tentativa de golpe após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.

Entre os indiciados, que irão responder por ebulição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, estão um general da reserva e um coronel que compõe o pelotão conhecido como Black Kids de Goiás.

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black KidsReprodução Redes Sociais

Virgílio

O general da reserva Laércio Virgílio, de 70 anos, conforme a quebra de sigilo telefônico, mantinha contato com uma elite de militares cujo grupo ficou conhecido como “alta patente”.

O relatório da investigação, que foi tornado público, apontou conversas que ele teve com Ailton Gonçalves Moraes Bastos, com quem serviu na Brigada de Paraquedistas no Rio de Janeiro e também no 9º GAC, em Nioaque, no ano de 1999.

Em uma troca de mensagens com Ailton (que também foi indiciado), chegou a dizer abertamente que é “momento de ação”; veja:

"O meu próximo áudio agora, assim, vai te dar o conceito da operação, entendeu? O conceito da operação. Que tem que ser executado. Num... num... num tem mais, assim: não, será, que não será, o que que vai... Foda-se! Agora, entendeu, é ação. Então, esse próximo áudio, também, além do ZERO UNO, aí tem que ser passado pra todo aquele pessoal que você passa sempre, entendeu? Então agora, negão, é... assim... a... Já estamos em guerra, né? Só que agora é a... assim... Temos que executar essas ações. Vou dar o conceito da operação. É... A execução eu não tô mais em condições de fazê-la, senão eu ia até aí pra comandar essa porra aí dessa operação que eu vou falar agora pra você."

  • Entenda: “Zero Uno” é a forma como ambos se referiam ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ailton Gonçalves Moraes Barros, militar reformado com quem o general de Mato Grosso do Sul mantinha um contato estreito, chegou a ser eleito suplente de deputado estadual pelo PL do Rio de Janeiro. Terminou preso pela Polícia Federal, acusado de atuar na inserção no sistema de dados ilegais do cartão de vacina da Covid do ex-presidente. Ele está entre os indiciados.

À esquerda, o general da reserva Laércio Virgílio e, à direita, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, que comandou o 10º R C Mec em Bela Vista e, posteriormente, foi para o pelotão dos Black KidsReprodução Redes Sociais

Corrêa Neto

O coronel Bernardo Romão Corrêa Neto comandou também o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado (10º R C Mec) em Bela Vista e permaneceu no cargo até 12 de janeiro de 2022, quando passou o comando e seguiu para compor os Black Kids em Goiás.

Corrêa Neto atuou na preparação e seleção de militares formados no curso das Forças Especiais (Black Kids) que agiriam durante a tentativa de golpe de Estado.

Bernardo é apontado pela Polícia Federal como homem de confiança do tenente-coronel Mauro Cid, o ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro.

Saiba: Enquanto o general Laércio Virgílio fazia parte do núcleo considerado como "inteligência" que discutia o engendramento do golpe com militares de alta cúpula, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto conduziria a tropa dos Black Kids, considerada elite do exército com formação pelo Curso de Operações Especiais.

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Coxim

Ex-sargento da PM é preso por estuprar a neta há oito anos

O crime aconteceu em 2016, quando o ex-sargento da PM abusou de sua neta quando tinha 10 anos

21/11/2024 17h30

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60ed556e 45ab 4bd5 8e7d 46b2d04365e4 1536x1152 PCMS/ Divulgação

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Ex-sargento da Polícia Militar, de 69 anos, foi preso nesta quinta-feira (21), condenado por estuprar a própria neta há 8 anos, no município de Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande.

Conforme informações da Polícia Civil, o crime aconteceu em 2016, quando a vítima, sua neta, tinha 10 anos de idade e foi estuprada pelo suspeito, que é um 3º Sargento aposentado da Polícia Militar. 

A ação, que contou com o apoio da guarnição do 5º Batalhão da Polícia Militar, também teve o auxílio da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Coxim.

O ex-sargento da policial militar está à disposição da justiça. Ele deve cumprir pena de abuso sexual, crimes de estupro praticado por menos que deve ultrapassar 18 anos de prisão

Como denunciar 

Polícia Miliar - 190: quando a criança está correndo risco imediato
Samu - 192: para pedidos de socorro urgentes
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres
Qualquer delegacia de polícia
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa
 

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