Conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), cartão de crédito é o maior vilão dos endividados da Capital
O índice de endividamento das famílias campo-grandenses fechou o mês de janeiro em 64%. O número é 1% menor que o valor apresentado em dezembro de 2024.
A informação foi apresentada na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada nesta segunda-feira (10) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Conforme o levantamento, as dívidas dos campo-grandenses estão divididas entre cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros.
Entre essas famílias, 28,2% indicavam contas em atraso e 11,4% não tinham condições de pagar. Se comparado com o mês anterior, o mesmo estudo apresentou 65% de fechamento, 30,3% com contas atrasadas e 12,5% sem condições de cumprir os compromissos.
Nesse sentido, os índices de inadimplência de 2025 apresentaram um leve recuo. Contudo, este cenário de melhora já era esperado, isso porque muitas famílias utilizaram o 13º salário e as férias de final de ano para o pagamento de dívidas.
É o que explica a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Regiane Dedé de Oliveira.
"As famílias estão mais cautelosas para contrair dívidas, devido às taxas de juros mais elevadas, porém acreditamos que em 2025 mais pessoas vão conseguir administrar as dívidas recorrentes, diminuindo a inadimplência”, explica.
Cartão de crédito é o vilão
Quando questionados sobre as dívidas, 75,9% dos campo-grandenses revelaram que o cartão de crédito é o principal meio de endividamento.
Na sequência, aparecem os carnês, com 20,7%; e os de crédito pessoal e financiamento de casa, com 10,4% e 7,9%, respectivamente.
Assine o Correio do Estado