Mães de crianças com deficiência quebraram o protocolo do desfile de aniversário de Campo Grande e chegaram a fechar a rua por alguns instantes, protestando com um cartaz pelo direito das crianças.
Durante o tradicional desfile de aniversário da Capital, as famílias exibiram um cartaz na frente de uma das grades com os dizeres: “E se fosse o seu filho? Nossos filhos existem e têm seus direitos decretados por liminar. Respeite as decisões judiciais!”
Em dado momento, Guardas Civis Metropolitanos formaram uma linha em frente ao ponto de modo que não era possível visualizar o protesto das mães.
Fecharam a via
Deste modo, ocorreu a ‘invasão’ da via, bloqueando o desfile por alguns momentos e gerando um bate-boca entre os GCMs e os manifestantes.
A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), responsável pela organização do evento, interveio, e até o locutor fez uma pausa para solicitar aos populares que não invadissem a pista onde ocorre o desfile.
Após realizarem a manifestação em cobrança ao Executivo Municipal, os manifestantes acataram os pedidos e retornaram para a área do público.
Entenda
A reivindicação das mães com a Prefeitura de Campo Grande vem se estendendo desde junho deste ano, quando foram recebidas em uma audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande, promovida pela Comissão Permanente de Políticas e Direitos das Mulheres, de Cidadania e de Direitos Humanos.
Na ocasião, receberam o convite para participar da sessão no dia seguinte, com a finalidade de viabilizar uma solução célere. Na Câmara Municipa, encontraram a prefeita Adriane Lopes (PP) esteve presente para acompanhar a votação do concurso público na educação, que previa 10,2 mil vagas em Campo Grande.
A chefe do Executivo Municipal alinhou uma reunião na Secretaria Municipal de Saúde, onde foi estabelecido um prazo de 15 dias para atender à demanda, que compreende:
- alimentação especial (leite e complemento);
- fraldas;
- medicação.
Cerca de 45 dias depois, em uma reunião convocada no Centro Especializado Municipal (CEM), a resposta recebida pelas famílias foi de que a alimentação das crianças com baixa mobilidade não seria resolvida antes das eleições deste ano.