O deputado federal Waldemir Moka (PMDB) contestou as informações do presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento, afastando qualquer possibilidade de o partido punir os correligionários que não acompanharem a decisão do diretório nacional. Ele ainda destacou que a sigla deve seguir caminho oposto ao da cúpula nacional na batalha pela sucessão presidencial. Hoje, a maioria das lideranças estaduais promete acompanhar a definição do governador André Puccinelli (PMDB), que sinaliza com o apoio ao PSDB. Em contrapartida, a direção nacional tende a confirmar aliança com o PT, que tem como pré-candidata a ministra Dilma Rousseff. Segundo Moka, “não existe” qualquer chance de o diretório estadual punir as lideranças que não seguirem a decisão nacional. Ele explicou que a prioridade é garantir a reeleição de Puccinelli, portanto, a direção estadual deve seguir caminho para tentar pavimentar mais um mandato ao atual governador. Daí a aproximação com os tucanos, já que o PT insiste em lançar o ex-governador José Orcírio dos Santos (PT) para enfrentar Puccinelli nas urnas. Por diversas vezes, o governador declarou que não cogita a hipótese de dar um segundo palanque a Dilma, contrariando a tendência nacional, que trabalha com a possibilidade de a petista ter sim dois palanques, nos quais PT e PMDB vão disputar a sucessão estadual. Sem problema No entanto, conforme Moka, a divergência com a direção nacional não será um problema em Mato Grosso do Sul. Ele frisou que as lideranças estaduais têm o compromisso do presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer, de respeitar a decisão estadual em relação à sucessão presidencial. “Garantimos a recondução (como presidente nacional do partido) do Temer em troca da garantia de liberdade para definirmos nosso rumo”, contou Moka, que antecedeu Esacheu na presidência regional do partido. O parlamentar tem confiança total de que a decisão local será respeitada. “Se o PMDB de MS decidir em convenção ficar com o PSDB, ninguém vai impedir”, opinou. “A verticalização acabou e, agora, os estados têm autonomia para decidir o que é melhor”, completou. Para Moka, tudo caminha para o PMDB de Mato Grosso do Sul dar palanque ao PSDB na disputa pela sucessão presidencial. Mas, isso não significa que o partido será uma barreira para impedir a indicação de Michel Temer a vice-presidente na chapa da ministra Dilma. “Só queremos liberdade para definirmos nosso rumo”, finalizou.