Cidades

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Morte de professor nos EUA gera crítica social no Brasil

Morte de professor nos EUA gera crítica social no Brasil

Redação

12/04/2009 - 17h27
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        Da redação

         A morte do professor Almir Olímpio Alves, enterrado nesta tarde, em Carpina, na zona da mata pernambucana, foi motivo de críticas à sociedade norte-americana, durante homenagens e celebração religiosa no velório realizado pela manhã no hall da reitoria da Universidade de Pernambuco (UPE).
        "É um país que não dá prioridade ao humanismo", desabafou a coordenadora do campus da universidade em Nazaré da Mata, onde atuava o professor, que fazia pós-doutorado na Universidade de Binghamton, Estado de Nova York. "Ele foi estudar em uma grande potência que investiu no conhecimento, mas esqueceu de investir na pessoa humana".
        Na mesma linha, os estudantes do Centro Acadêmico de Matemática daquele campus destacaram, em nota, o caos social e a escalada de violência descontrolada nos Estados Unidos - citando a tragédia de Binghamton, onde 13 pessoas - entre elas o pernambucano - foram mortas pelo vietnamita Jiverly Woong, 41 anos, na American Civic Association, no último dia 3.
        "Situações como essa nos obrigam a desconfiar da destrutiva e nefasta relação entre a indústria armamentista que encontra forte impulso nos Estados Unidos e é alimentada por um forte comércio aberto, apoiado pelo tráfico", afirma a nota. O Centro Acadêmico frisou também que a crise econômica e social iniciada naquele país "conduz a um profundo processo de desagregação social em diversos âmbitos na vida em sociedade nos Estados Unidos".
        Faixas enalteciam a vida dedicada ao estudo e à pesquisa e o espírito lutador de Almir Olímpio Alves, 43 anos. Camisetas com fotos suas foram usadas por colegas e familiares. O corpo do professor chegou na noite de ontem ao Aeroporto Internacional dos Guararapes, mas a liberação se deu cinco horas depois, já na madrugada, devido aos procedimentos burocráticos. O corpo chegou em uma caixa de madeira, como mais uma bagagem, o que chocou os amigos e família que o receberam. Ele levou dois tiros no rosto e foi a única das vítimas a reagir, tentando impedir a matança.
        Em representação da família, seu irmão Adelmi Olímpio Alves, 39 anos, operador de caixa, falou do orgulho e da honra de ter compartilhado a vida com Almir. Toda a comunidade acadêmica e os amigos o enalteceram como um exemplo de superação e de humildade, de determinação e de um homem que sonhava e trabalhava por um mundo melhor e menos desigual.
        O reitor Carlos Calado contou do seu temor de que o professor ficasse no exterior depois do pós-doutorado, mas Almir o tranquilizou: seu comprometimento era com o seu povo. "Ele nunca perdeu a pureza e não traiu suas origens, tanto que escolheu ensinar em Nazaré da Mata", testemunhou a colega de seminários de Geometria e Topologia, Maria Luiza Leite, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde Almir fez os cursos de graduação, mestrado e doutorado.
        Graduado em Matemática no ano passado, em Nazaré da Mata, Alexsander Valença, 29 anos, lembrou com amor do professor rígido, exigente, imparcial, mas que no dia a dia mostrava ser "um menino sonhador". Ele estimulava seus alunos com sua própria história. De família pobre de agricultores, Almir começou a estudar tarde, aos 10 anos, sempre em escola pública. Foi o único dos cinco irmãos a fazer universidade. Era casado com a também professora de Matemática, Márcia, e deixou um filho, Alan, de 16 anos. (informações do Estadão)

Terenos

Polícia prende condenado por estuprar quatro crianças em assentamento

Os casos aconteceram entre 2003 e 2004, no Assentamento Noaras, quando o acusado estuprou dois meninos e duas meninas, com idades entre 1 a 16 anos. Ele foi preso em flagrante e responderá pelos crimes.

04/10/2024 17h30

Delegacia de Polícia Civil de Terenos

Delegacia de Polícia Civil de Terenos Imagens/ Polícia Civil

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Homem, de 59 anos, condenado por 57 anos de prisão por estupro vunerável e atentado violento ao pudor em razão ao estupro de quatro menores de idade, foi preso pela Polícia Civil de Terenos, nesta sexta-feira (4). 

Segundo as investigações, os crimes aconteceram entre 2003 e 2004, no Assentamento Noaras, quando o acusado estuprou dois meninos e duas meninas, com idades entre 1 a 16 anos. 

Diante das informações, a Justiça concedeu o mandado de prisão por sentença condenatória em aberto.

Nesta sexta-feira, os policiais deram cumprimento de ordem judicial ao suspeito. Ele foi encaminhado para a delegacia e depois encaminhado ao presídio onde cumprirá a pena.  

Crimes de estupro 

Segundo dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), foram registrados em Mato Grosso do Sul 1.720 vítimas de estupro no estado. Os mesmos dados informam que 779 vítimas são crianças, enquanto 608 são adolescentes.

No município de Terenos, a Polícia Civil registrou, neste ano, 20 casos. A maior porcentagem de vítimas é de adolescentes, com 10 casos, enquanto 7 vítimas são crianças.

 

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Reversão de Cenário

Polícia Civil entra com recurso para tentar manter greve

"Após a paralisação ter sido interrompida por decisão judicial, o Sinpol-MS entrou com recurso nesta sexta-feira (04) para tentar reverter a situação

04/10/2024 17h00

Arquivo Correio do Estado

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O Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS) entrou com recurso para tentar reverter a decisão judicial e prosseguir com a paralisação. A ação do sindicato visa derrubar a decisão que proibiu a greve.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, no dia 1º de outubro, houve paralisação com pretensão de duração de 3 dias e efetivo reduzido. No entanto, no dia seguinte, uma ordem judicial determinou que os policiais retornassem às suas atividades.

Durante a assembleia, ficou decidido entre a classe, e dessa forma, retornar ao expediente regular.

Nas redes sociais, o presidente do Sindicato Estadual dos Policiais, Alexandre Barbosa da Silva, publicou um vídeo comentando a liminar.

"Fui procurado por um oficial de justiça agora há pouco, onde uma liminar considerou ilegal. Nosso jurídico vai recorrer, pois o documento descreve o movimento como grevista, e nós não estávamos em greve", disse Alexandre, e completou:

“Era mais uma das paralisações de 12 horas. Como é preciso proteger a categoria de sanções administrativas, decidimos suspender a ação de quinta-feira."

Manutenção da greve


Com isso, o sindicato informou que está lutando pelo direito de greve dos policiais civis do Estado, garantindo futuras manifestações. Cabe ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul definir o parecer sobre a paralisação da categoria ou a manutenção da suspensão.

"O movimento tem o objetivo de pressionar o governo estadual a cumprir a promessa de valorização salarial da categoria e a reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis. A paralisação não afeta os serviços essenciais, e os casos mais urgentes são atendidos em respeito à população. Estamos lutando por nossos direitos, que estão sendo negados pelo governo do Estado", afirma o presidente do Sinpol-MS, Alexandre Barbosa.

Paralisação anterior

No dia 19 de setembro, a classe paralisou atividades por 24 horas - como bem acompanhou o Correio do Estado -, com as delegacias de Mato Grosso do Sul operando apenas com 30% do efetivo e atendendo apenas com serviços essenciais. 

Agindo apenas em casos de prisão em flagrante; medidas protetivas e ocorrências em caso de menor vítima, a categoria buscou chamar atenção do Poder Executivo do Estado, que colocou na mesa duas propostas. 

Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul, Alexandre Barbosa, falou sobre o resultado da assembleia híbrida do dia 21 de setembro, ambas foram recusadas pela classe, que comporta 1,6 mil investigadores e escrivães ativos atualmente em MS. 

Uma das propostas incorporava o auxílio-alimentação, com mais um abono de R$ 130 para as classes iniciais, que antes mesmo da assembleia já era tida como "aquém" do esperado. 

Já a segunda consistia em reestruturar a tabela e modificar os valores de referência, que contemplaria apenas 275 agentes de Polícia Judiciária. 

Sendo que a categoria já se via na posição de "não poder ficar doente", com o auxílio saúde concedido apenas para delegados e fiscais de renda em maio, a sensação interna agora é que o governo está "engessado". 

Os policiais que trabalham na ponta, com atendimento ao público; lidando com presos, estariam consequentemente mais expostos a doenças (como tuberculose e covid), sem receber o auxílio de saúde que foi só para os delegados. 

Em maio desse ano, tanto delegados quanto os fiscais de renda receberam o chamado "auxílio saúde", que em valores absolutos acrescenta dois mil reais para esses oficiais, o que não se estendeu para as classes mais baixas. 

Hoje, caso o policial dessa "linha de frente" precise de um atendimento psicossocial, é um custeio que precisa tirar do próprio bolso, categoria essa que no nível I é remunerada atualmente com R$ 5.767,12, distante dos valores entre 10 e 13 mil para a chamada classe especial. 

"E com déficit de 900 policiais em todo o Mato Grosso do Sul; com concurso público prometido desde o começo do ano, que não saiu até agora; muitos estão adoecendo, a saúde mental deles está abalada e tem que tirar do próprio bolso para se tratar", conclui Alexandre.

** Colaborou Leo Ribeiro e Alicia Miyashiro

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