Cidades

CALAMIDADE PÚBLICA

MS envia segunda equipe de bombeiros para resgatar vítimas das chuvas no RS

Equipe substituirá os nove militares que prestam apoio no local desde 3 de maio

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Governo de Mato Grosso do Sul enviou, neste sábado (11), oito militares do Corpo de Bombeiros (CBMMS) para atuar no resgate de vítimas das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul.

A equipe substituirá os nove militares que prestam apoio no local desde 3 de maio. Eles percorrerão cerca de 1,4 mil quilômetros de Campo Grande (MS) a São Leopoldo (RS).

Os homens partiram na manhã deste sábado (11) e devem chegar só na segunda-feira (13) no Estado gaúcho, devido às interdições e bloqueios nas estradas. A previsão é que permaneçam, por no mínimo, 10 dias em solo riograndense.

A equipe é composta por sargento, capitão, tenente, subtenente, cabo e soldado especialistas em mergulho, salvamento terrestre e salvamento em altura.

A equipe de desloca por meio terrestre, em duas viaturas do CBMMS. Além disso, farão parada em Mundo Novo para pegar um jetski e uma embarcação.

Nos próximos dias, quando a água baixar, cães também serão enviados para o serviço de resgate.

Empenho de duas embarcações, duas viaturas, um helicóptero e efetivo de cinco policiais/bombeiros militares, além dos nove que serão substituídos, estão no Rio Grande do Sul atuando no socorro de vítimas das enchentes.

Em uma semana, entre os dias 3 e 10 de maio de 2024, 312 pessoas e 271 animais foram resgatados por policiais e bombeiros militares de Mato Grosso do Sul em solo gaúcho.

O Correio do Estado flagrou o momento em que os militares partiram para o RS. Veja o vídeo:

 

CALAMIDADE

Boletim, divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (10), aponta que as chuvas já resultaram em 126 mortes, 141 desaparecimentos e 756 feridos, em todo o Estado, desde terça-feira (30).

Até o momento, 340 mil pessoas estão desalojadas, desse número, 71,4 mil estão em abrigos. As chuvas atingem 441 dos 497 municípios do RS.

As forças de segurança, com auxílio de voluntários, conseguiram resgatar 70,8 mil pessoas e 9,9 mil animais.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), algumas rodovias estão total ou parcialmente bloqueados, incluindo estradas e pontes.

Algumas foram interditados por quedas de barreiras, desmoronamentos, erosão e acúmulo de água e outros foram realizados de forma preventiva por apresentarem rachadura na pista ou ponte coberta pelas águas dos rios.

Em 1º de maio, o governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em todo o estado por causa das fortes chuvas.

A medida estabelece que os órgãos e entidades da administração pública “prestarão apoio à população nas áreas afetadas” por “eventos climáticos como chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais”, causando “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, como a destruição de moradias, estradas e pontes”, além de comprometer o funcionamento de instituições públicas.

O decreto é válido por 180 dias e não impede que o governo estadual reconheça (homologue) decretos de calamidade pública declarados pelas prefeituras.

O decreto de estado de calamidade pública é o reconhecimento legal, pelo Poder Público, de uma situação anormal, provocada por desastres, e que causa sérios danos à comunidade afetada, inclusive à segurança e/ou à vida das pessoas.

O texto classifica a situação como um desastre do nível III, ou seja, de grande intensidade. O que significa que os danos já são vultosos, embora suportáveis e superáveis caso as comunidades e órgãos e entidades públicas estejam devidamente informadas, preparadas e mobilizadas e haja o necessário aporte de recursos financeiros.

O decreto também permite ao governo adotar medidas administrativas para agilizar o processo de contratação de bens e serviços necessários para socorrer a população e recompor serviços e obras de infraestrutura essenciais.

MAIS CHUVA VEM AÍ

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas fortes no Rio Grande do Sul a partir desta sexta-feira (10). A expectativa é de que se prolongue até o domingo (12) com maior intensidade entre o centro-norte e leste do estado, incluindo o litoral norte e o sul de Santa Catarina.

“Neste período, os volumes de chuva podem passar dos 100 milímetros (mm). Ainda conforme a previsão, os ventos mudarão de direção e soprarão predominantemente de sul. Entre o fim do domingo (12) e a segunda-feira (13), as rajadas variam de oeste a sul e depois de sul, com velocidade acima de 30 km/h. Já na terça-feira (14), os ventos enfraquecem”, informou o instituto.

Ainda segundo o Inmet, a instabilidade, em particular no Rio Grande do Sul neste fim de semana, decorre do recuo de uma frente fria de Santa Catarina para o estado, após uma frente quente, permanecendo então por lá “causando áreas de instabilidade e um gradual ingresso de ar frio”.

Na segunda-feira (13), com o frio ganhando força, poderá ocorrer geadas. A partir da terça-feira (14), a chegada de uma outra frente de ar frio e seco, de origem polar, deverá afastar a instabilidade.

“É importante ressaltar que os volumes de chuva previstos podem causar novos transtornos em áreas já afetadas anteriormente. Por esse motivo, o Inmet alerta e recomenda acompanhar e seguir as orientações da Defesa Civil Nacional”, informou, em nota, o Inmet.

* Com Agência Brasil

LITIGANTE

"Encrenqueiro profissional", Bottura compra carrão na Itália e acaba preso

Advogado, ele tem centenas de ações judiciais em diferentes comarcas de MS e chegou até se lançar para disputar o Governo do Estado em 2014

12/04/2025 09h46

Luiz Eduardo Bottura estava sendo procurado pela Interpol e foi descoberto por sar seu cartão de crédito para comprar Maserati

Luiz Eduardo Bottura estava sendo procurado pela Interpol e foi descoberto por sar seu cartão de crédito para comprar Maserati

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Com uma infinidade de ações judiciais em diferentes comarcas de Mato Grosso do Sul, Estado em que tentou até mesmo ser governador, o litigante profissional Luiz Eduardo Auricchio Bottura, de 49 anos, foi preso no último dia 4 no município de Selvazzano, na região do Vêneto, na Itália.

Ele tinha contra si um mandado de prisão internacional emitido pela Interpol, conforme informação publicada pelo jornal Italiano Il Mattino di Padova. 

Segundo reportagem do site Consultor Jurídico, em novembro do ano passado, a juíza Juliana Trajano de Freitas Barão, da 1ª Vara Criminal de São Paulo, decretou a prisão preventiva de Bottura e da mulher dele, Raquel Fernanda de Oliveira, que no mês seguinte foi presa. 

 Os dois são réus em uma ação penal que trata da prática dos crimes de associação criminosa; inserção de dados falsos em sistema de informações; falsificação de documento público; usurpação de função pública; prevaricação; e violação de sigilo funcional.

De acordo com o Il Mattino, Bottura estava na Itália desde janeiro de 2024. O jornal informou que a polícia italiana chegou até o litigante profissional porque ele adotou em terras europeias um estilo de vida não muito inteligente para um procurado internacional: Bottura usou cartões de crédito em seu nome e pagou mensalidades de uma academia de ginástica. 

Mas, a imprudência das imprudências foi comprar um possante Maserati Gran Cabrio, com o qual desfilava sem perturbações pelas ruas de Selvazzano. Dependendo do modelo, o veículo custa até R$ 1 milhão.

No interior de um automóvel bem menos glamoroso, Bottura foi levado pelas autoridades locais a uma cadeia da pequena cidade, onde aguarda um mandado de extradição para o Brasil, informa o Consultor Jurídico.

QUEM É BOTTURA

Luiz Eduardo Auricchio Bottura é um litigante profissional que aparece como parte em mais de três mil processos.

Condenado cerca de 300 vezes por litigância de má-fé, ele se especializou em constranger desafetos se valendo de diferentes brechas do sistema de Justiça, como a indicação de endereços errados de suas vítimas para provocar falsas revelias. Já nas ações em que é réu, faz uso de estratégia parecida, mas para escapar da lei penal e não ser localizado.

Outra técnica do arsenal do litigante é processar magistrados para forçar que eles se declarem impedidos de julgá-lo. Para inibir quem o contraria, já processou um presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, o presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis). 

Além disso, processou vários advogados das partes que o processaram e chegou a processar o então secretário de Segurança de Mato Grosso do Sul, quando ele foi preso e seu nome e foto apareceram no site do governo.

COMEÇOU EM ANAURILÂNDIA


Em 2009, o Consultor Jurídico mostrou que Bottura havia instalado uma indústria de desafetos em Anaurilândia, cidade de Mato Grosso do Sul na divisa com São Paulo, onde ele havia se instalado depois da separação de um primeiro casamento em São Paulo.

À época, dos 600 processos que tramitavam no Juizado Especial da comarca, um quarto havia sido ajuizado pelo ligitante profissional.

Também naquele ano, ele chegou a ser preso por suspeita de falsificação de documentos, acusação recorrente em outras ações penais contra Bottura. 

Naquele caso, teria apresentado uma petição se passando pelo advogado da ex-mulher, segundo a defesa dela narrou à época, forjando um pedido para que o processo de separação e arrolamento de bens fosse encaminhado à comarca de Anaurilândia. 

A então juíza de Anaurilândia acabou sendo aposentada compulsoriamente porque supostamente teria sido cooptada por Bottura. 

Em 2010, uma nova reportagem da ConJur mostrou que Bottura e as empresas de comércio na internet das quais era sócio respondiam a mais de 700 processos em todo o país e mais de uma dúzia de inquéritos policiais por crimes contra o consumidor.

Ainda à época, segundo investigações do Procon de São Paulo, que já havia aberto mais de 500 processos tratando de reclamações contra os negócios do litigante, Bottura era sócio de empresas acusadas de enviar boletos de cobrança a consumidores que jamais compraram nada com elas.

Em 2014, ele foi pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo PTB. Em vídeo institucional da sigla divulgado à época, defendia que “os ratos fossem retirados do poder”.

Em 2021, Bottura conseguiu de uma vítima uma “doação” de R$ 7 milhões. Em conjunto com sua mãe, a psicóloga Maria Alice Auricchio Bottura, que atendia à vítima havia mais de 18 anos, atuou para que ela transferisse valores referentes à herança de seu marido a contas de empresas estrangeiras, ligadas aos autores dos fatos.

Prenda-me se for capaz

Em 2022, Bottura foi alvo de uma investigação da Polícia Civil de São Paulo, ocasião em que foram apreendidos veículos, celulares e documentos. Também havia sido expedido um mandado de prisão, mas ele não foi encontrado.

Na ocasião, a investigação policial narrava que o procurado deu causa a aproximadamente três mil ações infundadas, com a utilização de documentos falsos e chancelados por agentes públicos dotados de fé pública, alguns induzidos a erro e outros cooptados, utilizando-se do Poder Judiciário de maneira indevida para obter vantagem econômica.


 

SENTENÇA

TJ condena nora que "limpou" conta bancária da sogra com Alzheimer

Em um período de três semanas do ano retrasado, a mulher efetuou seis saques de R$ 900 no cartão da vítima, e foi denunciada pelo esposo

12/04/2025 09h15

TJ-MS condena nora que sacou quase R$ 5,5 mil da conta da sogra, que sofria de Alzheimer

TJ-MS condena nora que sacou quase R$ 5,5 mil da conta da sogra, que sofria de Alzheimer Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

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Um ano e meio depois, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) condenou a nora que "varreu" conta bancária da sogra que sofria de Alzheimer.

O então esposo da golpista, filho da senhora, percebeu o sumiço do cartão da mãe ao ir pagar despesas médicas dela. Ao questionar a esposa acerca do assunto, a moça admitiu estar com o cartão e que havia realizado "apenas" três saques. 

Porém, através de extratos bancários, foi constatado que ela havia realizado mais três, todos no valor de R$ 900, totalizando R$ 5.400,00 de prejuízo à vítima. Diante disso, o homem compareceu na delegacia para denunciá-la.

Sob violação do artigo 102 do Estatuto do Idoso, que determina crime a apropriação de bens rendimentos do idoso para finalidades diversas ou pessoais sem o conhecimento da vítima, o juiz Robson Celeste Candeloro condenou a nora em 1 ano e 9 meses de reclusão, além de 34 dias-multa, que foram substituídas por duas restritivas de direito.

Portanto, a condenada cumprirá a pena em liberdade, com obrigatoriedade de prestar serviços à comunidade - durante 2h diárias ou 10 horas semanais em entidade que será definida pelo juízo da execução da pena -, e pagamento de dois salários mínimos (R$ 3.036,00) de prestação pecuniária, ou seja, "uma compensação pelos danos causados à vítima ou à sociedade".

Durante todo o processo, que foi ser definido nesta sexta-feira (11), mais de 500 dias depois do crime, a sogra da condenada e mãe do rapaz morreu. Mesmo assim, a Justiça determinou o pagamento de R$ 5.400,00 como reparação por danos materiais, que serão recebidos pelos herdeiros da vítima. 

Todas as condenações, segundo o juiz responsável pela ação, foi com base na confissão da ré, os extratos bancários e depoimento do filho, que comprovaram atitude criminosa por parte da mulher.

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