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MEIO AMBIENTE

Nível crítico da saúde do rio Miranda preocupa instituições

Volume do curso d'água também está em níveis críticos, com lâmina de água batendo menos de 50 cm em trechos que já registraram mais de 5 metros

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Após ações de monitoramento e expedições, o nível crítico da saúde observada no Rio Miranda preocupa instituições ligadas à preservação ambiental, já que mais de 50 hectares na região de sua bacia foram identificados com necessidade de recuperação. 

Considerado um dos principais tributários do rio Paraguai, que forma o Pantanal, a degradação ambiental tem afetado o Rio Miranda, com cerca de pelo menos 53 hectares de passivos ambientais precisando de recuperação, ao longo de 70 km na região de nascente. 

Ainda no 5º dia deste mês, as degradações foram constatadas em uma Expedição ao Rio Miranda formada, além do Instituto Homem Pantaneiros (IHP) pelas seguintes entidades: 

  • Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Miranda, 
  • Instituto Guarda Mirim Ambiental de Jardim (IGMA),
  • Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), 
  • Ministério Público Estadual – promotoria de Jardim, 
  • Polícia Militar Ambiental, 
  • Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), 
  • Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) campus de Jardim e 
  • Exército Brasileiro (4ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada).

Com relatório detalhado em mãos, o Comitê deve usar esses dados para subsidiar reunião ordinária do colegiado e planejar futuras decisões, comunicando também ao Ministério Público Estadual, além da promotoria de Jardim, para despachos futuros.

Sem proteção

Wener Hugo Moreno é biólogo e acompanhou a expedição pelo IHP, indicando que até mesmo os limites de áreas de preservação ambiental, as populares APP's, sequer contam com as proteções que deveriam demarcar os 50 metros de resguardo delimitado. 

"Com a falta de vegetação, o rio tem uma força natural e ele vai carregando esses sedimentos. Sem a APP, não há a compactação e os sedimentos são carregados.

Isso vai causar falta de navegabilidade, a profundidade do rio é alterada, os barrancos cedem e proprietários perdem área da propriedade, causando prejuízos financeiros.

Tem casos que um proprietário que tinha 11 hectares, já perdeu 4 hectares. Afeta também a presença da biodiversidade”, cita o biólogo. 

Entre os municípios que integram a bacia do Rio Miranda aparecem: 

  • Terenos,
  • São Gabriel do Oeste,
  • Campo Grande,
  • Bandeirantes,
  • Dois Irmãos do Buriti,
  • Aquidauana,
  • Rochedo,
  • Maracaju,
  • Bodoquena,
  • Bonito,
  • Nioaque,
  • Sidrolândia,
  • Corguinho,
  • Jardim,
  • Corumbá,
  • Miranda,
  • Ponta Porã,
  • Rio Negro,
  • Guia Lopes da Laguna,
  • Porto Murtinho e
  • Anastácio.

Com 44.740 km² de abrangência, aproximadamente metade da população sul-mato-grossense reside em municípios que cooperam com a bacia. 

53 hectares de passivos ambientais precisam de recuperação. Reprodução/IHP

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Economia

Alta do dólar e queda da Bolsa: Repercussões dos estímulos fracos na China

Operadores julgaram o pacote de medidas chinês insuficiente para colocar a economia de volta aos trilhos; Vale caiu 3%

08/10/2024 20h00

O dólar fechou em queda de 0,44% nesta sexta-feira (2), aos R$ 5,709.

O dólar fechou em queda de 0,44% nesta sexta-feira (2), aos R$ 5,709. Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

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O dólar fechou em alta firme de 0,84% nesta terça-feira (8), a R$ 5,532, em dia embalado pela decepção dos investidores com os estímulos econômicos da China e pela sabatina de Gabriel Galípolo no Senado Federal.

A moeda se valorizou globalmente, sobretudo em relação a moedas de mercados emergentes. No índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de outras seis divisas fortes, a sessão foi de relativa estabilidade.

Já a Bolsa perdeu 0,38%, aos 131.511 pontos, pressionada pela forte queda da Vale e da Petrobras.

De volta de um feriado de uma semana, a China detalhou algumas medidas de estímulos fiscais nesta terça-feira, parte de um pacote de incentivos que visa colocar a segunda maior economia do mundo de volta aos trilhos.

Em entrevista coletiva, o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, Zheng Shanjie, afirmou que o governo chinês planeja usar 200 bilhões de iuanes (US$ 28,3 bilhões) em gastos orçamentários antecipados e projetos de investimento a partir do próximo ano.

O país também acelerará os gastos fiscais e "todos os lados devem continuar se esforçando mais" para fortalecer as políticas macroeconômicas, acrescentou.
O anúncio foi um banho de água fria para os investidores. "Ficou bem abaixo do esperado. O mercado se decepcionou, e, então, o mal humor se espalhou no exterior, em especial nas commodities", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

Em um esforço para reverter a desaceleração da economia, a China anunciou o pacote de estímulos mais agressivo desde a pandemia. A notícia instalou um frenesi entre os operadores, sobretudo por indicar que a demanda por commodities teria um novo impulso entre os chineses.

Quando anunciadas, antes do feriado de uma semana que fechou os mercados, as medidas levaram à disparada do minério de ferro e do petróleo, e, por consequência, atraíram investidores a mercados exportadores, como o Brasil.

A expectativa de mais apoio fiscal, porém, foi frustrada com as falas de Zheng. "Até agora, a entrevista coletiva da comissão parece não ter dado muitos detalhes com relação às medidas de estímulo. As expectativas foram elevadas, mas a entrega foi decepcionante", disse Christopher Wong, estrategista cambial da OCBC.
Com isso, os contratos do minério de ferro na Bolsa de Dalian perderam 2%. No mercado de câmbio, a queda levou o dólar a ganhar terreno sobre moedas de mercados dependentes do desempenho de commodities, como o real e o peso chileno.
Já na Bolsa brasileira, o reflexo foi no derretimento das ações da Vale (3,03%) e de pares do setor de mineração e siderurgia. Petrobras ainda perdeu 2% com a baixa do petróleo no exterior, ajudando a empurrar o índice para baixo.
Na cena corporativa, o destaque positivo foi a disparada de 7,47% das ações da Azul, em resposta ao acordo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos. A empresa trocou cerca de R$ 3 bilhões em obrigações de dívida por emissão de novas ações.

Também no radar dos investidores, Gabriel Galípolo foi sabatinado no Senado Federal. O atual diretor de Política Monetária do BC (Banco Central) foi aprovado por unanimidade para assumir a presidência da autarquia no fim do ano, no lugar de Roberto Campos Neto.
Aos senadores, Galípolo afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que ele terá liberdade para tomar decisões à frente do cargo, privilegiando o interesse do povo brasileiro.

"Toda vez que me foi concedida a oportunidade de encontrar o presidente Lula, eu escutei de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões, e [escutei] que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro."

Ele também ressaltou aos senadores que, ao longo de sua passagem pelo BC, já subiu, cortou e manteve estável a taxa básica de juros (Selic) e voltou a dizer que em momento algum sofreu pressão de Lula em suas decisões.
Bem recebidos pelo mercado, os comentários de Galípolo contribuíram para a redução das curvas de juros futuros.

Na análise de Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos, Galípolo reforçou "o compromisso com ações técnicas do Banco Central, com a agenda de ancorar a expectativa de inflação".

"Foi um discurso bem protocolar, bem alinhado com a com a conduta esperada de um presidente do Banco Central, sem nenhuma fala polêmica."

Outro fator de relevância para os ativos globais tem sido os conflitos no Oriente Médio.

Desde terça-feira passada (1º), o mundo -e o mercado financeiro- tem estado em alerta para uma possível guerra generalizada na região. O Irã, em retaliação às ofensivas de Tel Aviv contra a Faixa de Gaza e o Líbano, disparou cerca de 200 mísseis contra Israel, que já prometeu uma resposta.

A possibilidade de um ataque ao Irã, um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, tem levantado temores de uma diminuição da oferta da commodity. Na semana passada, a cotação do barril do Brent, referência do mercado externo, disparou, e, na segunda, ultrapassou US$ 80.

Nesta terça, porém, a perspectiva de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah abriu espaço para uma queda firme do petróleo, superior a 4%, o que também foi um fator negativo para o real, já que o Brasil é exportador da commodity.

A semana ainda guarda dados de inflação do Brasil, na quarta-feira, e dos Estados Unidos, na quinta, cruciais para calibrar as expectativas dos investidores sobre as próximas decisões de juros.

 

*Informações da Folhapress 
 

Fumaça

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo Grande

Com o céu tomado de fumaça, a visibilidade no aeroporto foi prejudicada e necessitou da perícia dos pilotos; no entanto, nenhum voo sofreu alteração

08/10/2024 17h45

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo Grande

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo Grande Gerson Oliveira

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Aeronaves estão operando por meio de instrumentos desde a manhã desta terça-feira (08), devido a fumaça que ficou mais intensa em Campo Grande.

Conforme a empresa espanhola, Aena, em média o aeroporto recebe 34 voos, sendo 17 chegadas e 17 partidas da aviação comercial. 

Apesar da baixa visibilidade nenhum voo foi interrompido tanto no aeroporto de Campo Grande, quanto em Corumbá ou em Ponta Porã que são administrados pela empresa espanhola.

 

Veja a nota da empresa:

“Devido às condições meteorológicas, o Aeroporto  de Campo Grande opera por instrumentos na manhã desta terça-feira (8). Todos os pousos e decolagens ocorrem normalmente”.

 

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo GrandeCrédito: Gerson Oliveira

Altas temperaturas

Nesta manhã a Cidade Morena amanheceu encoberta por fumaça e com 30ºC, a partir de 15h, a máxima atingiu  38,3ºC.

Segundo o Instituto de Qualidade do Ar, que mede índices de poluição, a qualidade durante a tarde está registrada como péssima (206).

A estação que monitora o índice de partículas de poluentes do ar, na Capital, está localizada na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), isso ocorre em decorrência das queimadas em outras regiões do país.

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo GrandeCrédito: Gerson Oliveira

Fumaça

Em decorrência de queimadas tanto na Amazônia brasileira, quanto boliviana, assim como incêndios florestais no Pantanal de Mato Grosso e outras regiões do país uma densa fumaça encobriu o céu de Mato Grosso do Sul.

 

Com visibilidade prejudicada, o aeroporto opera por instrumentos em Campo GrandeCrédito: Gerson Oliveira

O que estamos respirando?

Entre as substâncias presentes na fumaça proveniente de queimadas florestais está o  Material Particulado (PM2.5).

O PM2.5 é considerado pela Organização Pan-Americana da Saúde como um dos principais poluentes que podem agravar quadros de doenças respiratórias e, em altos níveis de exposição causar câncer de pulmão.

A plataforma Suiça que faz a medição via satélite da concentração do material particulado indicou a presença de 39,9 microgramas por metro cúbico.

A Organização Mundial da Saúde estabeleceu como parâmetro seguro para PM2.5 o nível de 5 microgramas por metro cúbico.

 

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