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OMERTÁ

Operação contra pistolagem terá outras fases, dizem investigadores

Integrantes da força-tarefa afirmam: conteúdo de celulares e pen-drives apreendidos na sexta é farto

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As informações contidas nas dezenas de celulares, pen-drives e discos rígidos apreendidos na sexta-feira (27 de setembro) por policiais do Grupo Armado de Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras) e do Grupo de Atuação Especial na Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) levarão a novas fases da Operação Omertá, informaram fontes ligadas à investigação. Para os integrantes da força-tarefa, que investiga pelo menos três execuções comandadas pelo grupo de extermínio, a riqueza de detalhes do material apreendido formou uma “bola de neve”. “Igual foi com a Lava Jato”, comentou. 

A análise de conversas por meio de aplicativos de mensagens, retiradas de telefones celulares de pessoas envolvidas com a suposta organização criminosa, e também a perícia em documentos digitais apreendidos com os agora ex-guardas municipais Marcelo Rios, Robert Vitor Kopetski e Rafael Antunes Vieira e também do motorista Flávio Narciso de Morais foram essenciais para que os investigadores da força-tarefa tivessem as provas necessárias para fundamentar os mandados de prisão preventiva e temporárias, além dos mandados de busca e apreensão, cumpridos na sexta-feira. 

Na operação da semana passada foram presos preventivamente os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, apontados como os chefes do grupo de extermínio, e ainda outras 17 pessoas, entre funcionários da família, policiais civis e guardas municipais. Só não foram presos na ação policial o ex-guarda municipal guarda municipal José Moreira Freires e o auxiliar Juanil Miranda Lima – apontados como os executores dos assassinatos investigados pela força-tarefa e foragidos desde abril, quando as investigações começaram a avançar –, além do advogado Alexandre Fransolozo, cujo mandado de prisão temporária (suspenso no domingo pelo Tribunal de Justiça) nem chegou a ser cumprido. Ontem, Gaeco e Garras distribuíram cartazes pedindo informações dos foragidos. Até o fim da tarde, a recompensa oferecida era de pelo menos R$ 2 mil (valor que, segundo eles, poderia aumentar).

Nas mídias digitais apreendidas em maio, junto de dezenas de armas (entre elas várias pistolas e seis fuzis AK-47) e milhares de munições em posse do ex-guarda municipal Marcelo Rios, os policiais encontraram imagens do empresário Jamil Name e conversas de aplicativos que faziam menção a ele e ao filho. As imagens teriam sido captadas por um boné com câmera oculta. Também foi por meio da análise das conversas que os policiais descobriram que o empresário Jamil Name Filho determinou a “limpeza” de seu apartamento, logo após a apreensão das armas e a prisão de Marcelo Rios.
Os promotores do Gaeco entenderam que a intenção de esconder provas, que o monitoramento dos investigados captou, foi fundamental para o desencadeamento da operação e para pedir a prisão preventiva dos suspeitos.

NOVAS ANÁLISES

Além do material apreendido na sexta-feira, que inclui dezenas de celulares, pen-drives e discos rígidos, foram encontrados R$ 160 mil em espécie e um taco de beisebol com arame farpado na ponta. Agora, a força-tarefa do Garras e do Gaeco já se prepara para analisar mais três telefones celulares, encontrados com os guardas municipais Robert Vitor Kopetski e Rafael Antunes Vieira e com o motorista Flávio Narciso de Morais.

Conforme nota técnica do Gaeco, foi necessário o apoio da Polícia Civil do Estado do Paraná para decodificar as mensagens trocadas via WhatsApp (que são criptografadas de ponta a ponta) entre os suspeitos. É porque os peritos locais não conseguiram decodificar as mensagens por meio do programa usado por aqui, o YoWhatsApp, e recorreram à corporação paranaense, que utiliza outro software, o MobileMager, para retirar as mensagens armazenadas no aparelho e na nuvem. 

ASSASSINATOS

O monitoramento eletrônico também está deixando os policiais da força-tarefa cada vez mais próximos de elucidarem dois assassinatos, cujas suspeitas recaem sobre o suposto grupo de extermínio, alvo da Operação Omertá. O ex-guarda municipal José Moreira Freires, por exemplo, foi várias vezes às imediações da casa onde morava o estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, assassinado no dia 9 de abril deste ano, antes de o crime ter sido consumado. A constatação só foi possível, porque Freires utilizava tornozeleira eletrônica. O aparelho forneceu as coordenadas para os investigadores. O ex-guarda usava o equipamento desde o ano passado, quando conseguiu recorrer em liberdade da condenação a 18 anos de prisão pelo assassinato do delegado Paulo Magalhães – crime de 2013.

O trabalho de investigação ainda trouxe o envolvimento da dupla em outra execução: a do policial militar e ex-chefe de segurança da Assembleia Legislativa Ilson Martins de Figueiredo, em 11 de junho de 2018, em Campo Grande. As contas de Juanil no Google Drive armazenavam 26 fotografias da execução. Outro assassinato, o de Orlando da Silva Fernandes, o Bomba, ex-segurança de Jorge Rafaat, ocorrido em 28 de outubro do ano passado, também é investigado pela força-tarefa formada por Garras e Gaeco. Em outros depoimentos, uma outra execução, a de Marcel Costa Hernandes Colombo, o Playboy da Mansão, também é creditada por testemunhas a este grupo de extermínio. 

campo grande

Pet shop que prescreve medicamentos e aplica vacinas sem médico veterinário é condenado

Justiça considerou que atividades são típicas e privativas de profissional da área veterinária e determinou a contratação do profissional, além de manter multa

22/03/2025 16h31

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS Arquivo

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Um pet shop de Campo Grande, localizado nas Moreninhas, que faz prescrição de medicamentos e realiza vacinação sem um médico veterinário deverá contrarar um profissional e efetuar o registro do estabelecimento no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS).

A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) confirmou decisão que manteve auto de infração emitido pelo CRMV-MS contra a empresa.

Os magistrados seguiram o previsto na Lei nº 5.517/1968 de que a prática clínica e assistência técnica aos animais são atividades privativas da área veterinária. 

Conforme o processo, durante fiscalização do CRMV, foi constatado que o pet shop não tinha registro no conselho e nem um responsável técnico, mas oferecia os serviços de vacina e prescrição de medicamentos, e foi aplicada multa.

A empresária responsável acionou o Judiciário contestando a infração.

Ela argumentou que atua em um pet shop, no comércio de animais vivos, artigos de embelezamento e alimentos para animais de estimação, o que dispensaria a obrigatoriedade de inscrição no CRMV e a contratação de médico. 

Em primeira instância, a 2ª Vara Federal de Campo Grande julgou o pedido improcedente e manteve as sanções aplicadas pelo conselho. A mulher recorreu ao TRF3.  

Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal relator Souza Ribeiro, considerou comprovantes originários de fiscalização conjunta efetuada no estabelecimento.  

Segundo o magistrado, documentos demonstraram receituários timbrados da empresa com prescrições de remédios para animais diversos, além de medicação injetável em uso, carteiras de vacinação em branco e tabela de preços com a oferta de consultas, exames e vacinas. 

“Embora os atos constitutivos da empresa indiquem como objeto social tão somente a atividade de venda de medicamentos e alimentos para animais de estimação, os documentos apresentados pelo réu, oriundos de fiscalização conjunta do Procon e Decon/MS, demonstram a presença de receituários contendo prescrições de medicamentos para animais diversos com o timbre da empresa, medicamento injetável em uso, juntamente com seringas, carteiras de vacinação em branco”, fundamentou o relator. 

“O auto de infração goza de presunção de legitimidade e veracidade, pois se trata de ato administrativo, subscrito por servidor dotado de fé pública. As alegações apresentadas pela apelante em nada interferem no reconhecimento da legalidade da autuação”, concluiu o magistrado. 

Com esse entendimento, a Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.

Cidades

Militar da Marinha de MS é preso com droga avaliada em R$ 100 mil em MG

Ele saiu de Corumbá e tinha como destino a cidade de Uberaba, mas foi flagrado durante operação da Polícia Militar mineira com carga de supermaconha

22/03/2025 14h30

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro Foto: Divulgação / PMMG

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Um militar da Marinha do Brasil, de 33 anos, lotado no 6º Distrito Naval de Ladário, em Mato Grosso do Sul, foi preso por tráfico de drogas em Frutal (MG), na última quinta-feira (20).

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o flagrante aconteceu por meio do Grupo Tático Rodoviário da Polícia Militar Rodoviária (GTR/BPMRv), durante operação de combate ao tráfico de drogas na cidade de Frutal.

O militar estava em um Honda Civic e quando foi abordado, disse que iria visitar um amigo, mas entrou em contradição e não soube informar qual seria o endereço do suposto amigo, além de demonstrar nervosismo.

Diante da suspeita, os policiais fizeram uma vistoria minuciosa no veículo e encontraram oito pacotes de droga em um compartimento secreto dentro do tanque de combustível.

No total, foram apreendidos 4,3 quilos de skunk, conhecida como supermaconha, por ser de origem da planta cannabis sativa com concentração elevada de tetraidrocanabinol (THC).  A droga está avaliada em R$ 100 mil.

Segundo o site Portal Itatitaia, durante a abordagem, o militar quebrou o próprio celular e precisou ser imobilizado. Ele permaneceu em silêncio durante o flagrante. 

O militar foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Frutal, onde o caso será investigado. O nome do suspeito não foi divulgado.

Em nota, o Comando do 6º Distrito Naval, informou que está acompanhando o caso e irá colaborar com os órgãos competentes na investigação.

O que é skunk?

O skunk, conhecido também como “skank” ou “supermaconha”, é uma droga pertence ao grupo dos canabinóides, mas com efeitos mais potentes e nocivos ao cérebro do que a maconha tradicional.

O skunk é produzido a partir do cruzamento genético e do cultivo hidropônico da planta Cannabis sativa, a mesma que dá origem à maconha.

A droga é criada em laboratório através da manipulação de espécies com engenharia genética e tem uma concentração mais forte de THC (Tetra-hidro-canabidinol), substância psicoativa que age alterando os níveis de serotonina e de dopamina, os hormônios ligados às sensações de prazer e satisfação no cérebro.

Alguns estudos apontam que a concentração de THC do skunk pode ser de sete a dez vezes maior do que a encontrada na maconha, com uma porcentagem de aproximadamente 20% na droga sintética (ou de 40%, dependendo da versão “híbrida”) contra 2,5% na sua forma tradicional.

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