Cidades

Inclusão

Pessoas com deficiência ocupam 1% das vagas de emprego formal no Brasil

Pesquisa RAIS aponta que somente 486 mil profissionais com deficiência entre os 46 milhões de trabalhadores possuem carteira assinada no país

Continue lendo...

Conseguir uma vaga no mercado de trabalho não é uma tarefa fácil no cenário atual do país. Com os índices de desemprego ainda em alta, muitas pessoas enfrentam dificuldades em conseguir uma oportunidade de emprego, principalmente a pessoa com deficiência. 

No Brasil, de acordo com dados do último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há aproximadamente 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, porém, poucos estão inseridos no mercado de trabalho. 

Segundo os dados mais recentes da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) divulgado pelo Ministério da Economia, dos 46 milhões de vínculos de emprego formal, somente 486 mil estavam direcionados às pessoas com deficiência, ou seja, menos de 1%.

Últimas Notícias

Todo indivíduo deve buscar uma ocupação, não somente para suprir suas necessidades, mas também para conviver em sociedade. No entanto, a qualificação profissional, falta de experiência e acessibilidade, são questões que dificultam o acesso das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, ainda que existam legislações específicas de amparo aos seus direitos.

Para a presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência e Acessibilidade (CPDA) da OAB - MS, Rita Luz, a criação de legislações específicas tem a finalidade de propiciar a garantia ao acesso à educação, transporte, saúde e mercado de trabalho, não somente com o propósito assistencialista, mas também tendo notáveis cargos e podendo contribuir com o desenvolvimento de empresas e instituições, para fomentar a melhor aceitação e igualdade de direito. 

“Eu acredito que seja o preconceito existente nas pessoas ainda, pela falta de conhecimento. O preconceito é muito grande ainda contra as pessoas com deficiência, e impede a acessibilidade. Eu acredito que deva existir mais empatia entre as pessoas, e menos capacitismo. A empatia é se colocar no lugar do seu próximo”, disse Rita Luz. 

A advogada pontua que o trabalho é necessário não apenas no sentido econômico, mas deve ser entendido como elemento de construção da identidade pessoal e social. 

“Nós sabemos daquela frase que o trabalho dignifica o ser humano, e definir o valor do trabalho para alguém não é fácil. No sentido geral essa frase traz a importância da ocupação na vida das pessoas, ou seja, o ato da pessoa trabalhar é uma condição fundamental para a realização, é trabalhando que uma pessoa consegue se manter financeiramente, mas, ao mesmo tempo, sua ocupação lhe confere uma sensação de pertencimento, principalmente para pessoa com deficiência”, destacou Rita Luz. 

Em 2006, foi instituído o projeto de lei para a criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência no Brasil, até que nove anos depois em janeiro de 2016, entrou em vigor a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência nº 13.146/2015, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, que trata da acessibilidade e da inclusão em diferentes aspectos da sociedade, sendo um importante amparo para a efetivação de uma sociedade mais inclusiva. 

A importância da ocupação na vida de uma pessoa, ou seja, o ato de um sujeito trabalhar, é uma condição fundamental para a realização pessoal. É também por meio do trabalho que é possível exteriorizar as habilidades e capacidades pessoais, sendo que, a pessoa com deficiência não quer nada diferenciado e sim ser aceita em suas condições.

Assine o Correio do Estado

Conectividade

MS-040 ganha cinco pontos de Wi-Fi gratuito

Distribuídos ao longo dos 244 km da via, os pontos terão cobertura de raio de até 500 metros

01/04/2025 12h00

AGora a MS-040 conta com cinco pontos de conectividade

AGora a MS-040 conta com cinco pontos de conectividade Bruno Rezende / Governo de MS

Continue Lendo...

De forma inédita, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul lançou pontos de internet gratuita ao longo da rodovia MS-040. Distribuída ao longo dos 244 km da rodovia, a rede Wi-Fi funciona por meio de tecnologia de comunicação via satélite de baixa órbita e energia solar.

Ao todo, há cinco pontos que abrangem uma área de raio de até 500 metros. Eles ficam localizados na altura dos quilômetros 59, 90, 121, 153 e 189 da rodovia. No entanto, apesar de já estarem todos posicionados, apenas o ponto do km 59 está conectado à placa de energia solar que garante o seu funcionamento.

Implementação

A iniciativa de instalar a rede na rodovia surgiu a partir de um pedido do deputado estadual Caravina (PSDB) em junho do ano passado. Na ocasião, foi sugerido um estudo de viabilidade para a instalação de antenas de Wi-Fi ao longo da rodovia.

Após a implementaç]ão da rede Wi-Fi, Caravina foi pessoalmente, na última sexta-feira (28), ao ponto conectado para telefonar ao governador Eduardo Riedel para testar a nova tecnologia e agradecer pelo pedido atendido. 

“Essa é uma conquista para todos que utilizam essa importante via do nosso estado. Agora, motoristas e passageiros terão acesso à internet para emergências, comunicação e informações em tempo real. Agradeço ao Governo do Estado por atender essa demanda e garantir mais conectividade para nossa população”, destacou o deputado.

Perrengues passados

Antes da implementação feita pelo Governo do Estado, a comerciante Regiane Alves, dona de um estabelecimento no km 96 da rodovia, adquiriu por iniciativa própria uma antena Starlink para oferecer internet aos clientes que passam pelo seu café.

De acordo com ela, cerca de 50 motoristas paravam diariamente no "Café da Regi" para, além de desfrutarem dos produtos oferecidos, se conectarem à rede Wi-Fi. 

"Antes, não havia conexão por aqui, o que dificultava muito a vida, principalmente dos caminhoneiros. Às vezes, acaba a gasolina e não há como chamar ajuda", comenta.

O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog), Guilherme Alcântara de Carvalho, explica que a demanda por conectividade nas rodovias é cada vez maior, tanto para cobertura telefônica quanto para internet.

"Muitos motoristas dependem de aplicativos de comunicação durante as viagens. A ausência de sinal compromete não apenas a comunicação pessoal, mas também o acesso a serviços essenciais e informações em tempo real", afirma.

O Correio do Estado entrou em contato com a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) para saber quando os demais pontos irão entrar em funcionamento, mas até o momento da publicação, não obtivemos retorno. 

Assine o Correio do Estado

ALERTA

Mesmo com 100% da água tratada, hepatite A dispara em Campo Grande

Até 2023, não havia registro de casos da doença na capital, mas isso mudou a partir do ano passado, quando 103 casos foram confirmados até novembro e mais 25 de dezembro a janeiro de 2025

01/04/2025 11h50

Após quatro anos sem caso, Hepatite A dispara em Campo Grande

Após quatro anos sem caso, Hepatite A dispara em Campo Grande Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

O Ministério Público Estadual (MPE) anunciou a abertura de um processo administrativo para acompanhar medidas de combate e controle da hepatite A em Campo Grande, diante do aumento significativo de casos nos últimos sete meses.

Recentemente, a Águas Guariroba, concessionária responsável pelos serviços de água, coleta e tratamento de esgoto de Campo Grande, divulgou que 100% da população tem acesso a água tratada e 94% da capital tem rede de esgoto, o que colocou a cidade em 2ª no ranking das capitais brasileiras com o melhor saneamento básico.

Porém, segundo o órgão fiscalizador, este trabalho era “bem feito” pela empresa até 2023, quando Campo Grande era uma das únicas capitais a não ter notificações da doença, o que durou por quatro anos. Mas, tudo mudou a partir de setembro do ano passado, do qual foram registrados 103 casos até novembro, atingindo principalmente pessoas de 20 a 49 anos.

Ainda, de dezembro a janeiro de 2025, mais 25 casos foram confirmados, o que chamou a atenção do MPE. Com isso, quatro ações estão incluídas no Processo Administrativo do órgão, sendo elas: 

  • A coleta de informações e dados sobre a situação da hepatite A em Campo Grande; 
  • A notificação das secretarias Estaduais e Municipais de Saúde para prestarem esclarecimentos sobre as medidas adotadas no controle da doença; 
  • A solicitação de informações detalhadas da Sesau sobre a cobertura vacinal no município e os resultados das estratégias adotadas; 
  • Acompanhamento contínuo da situação e dos resultados das ações realizadas.

Há seis meses, a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) ampliou o público-alvo da vacina contra a doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Diante da determinação, pessoas de 11 a 39 anos puderam se vacinar com doses de 0,5 ou 1 ml.

Hepatite A: sintomas, tratamento e prevenção

Segundo o Ministério da Saúde, a hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A (HAV) da hepatite, também conhecida como “hepatite infecciosa”. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno, contudo o curso sintomático e a letalidade aumentam com a idade.

Sua transmissão é fecal-oral, ou seja, através do contato de fezes com a boca, o que está diretamente relacionado com alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal. Mas, também há outras formas de transmissão, como contato pessoal próximo e contato sexual.

Dentre os primeiros sinais, estão fadiga, mal-estar, febre e dores musculares, que podem ser seguidos por sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. Eles começam a se manifestar de 15 a 50 dias depois da infecção e permanecem por até 60 dias.

O diagnóstico é feito através do exame de sangue e não existe tratamento específico para a doença, ou seja, é recomendado apenas o uso de medicamentos (prescritos por médicos) para o alívio das dores e sintomas. Em caso de insuficiência hepática aguda, a hospitalização é indicada.

Por não ter tratamento específico, o Ministério da Saúde traz algumas orientações para prevenção:

  • Lavar as mãos (incluindo após o uso do sanitário, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos);
  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Usar instalações sanitárias;
  • No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tais como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais.

Mesmo com essas recomendações acima, a principal medida de prevenção contra a hepatite A é a vacinação. Atualmente, faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos – 4 anos, 11 meses e 29 dias).

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).