Polícia

Suspeito

PF cumpre mandados em MS sobre advogado investigado por transportar R$ 100 mil em espécie

Quantia teria sido entregue pro clientes envolvidos com o tráfico de drogas

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Foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (10) mandados de busca e apreensão em Dourados pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Audácia. Durante o cumprimento dos mandados, foram recolhidos celulares, computadores e documentos dos alvos.

A investigação começou em novembro de 2023, quando o advogado Saldivar Cabral foi pego carregando R$ 100 mil, em notas de R$ 100, dentro de sua caminhonete. A apuração constatou ainda uma rede de pessoas com movimentações financeiras incompatíveis, possivelmente ligadas ao investigado.

Entenda o caso

Em 2023, a Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o episódio ocorrido em Ponta Porã, cidade sul-mato-grossense, situada na faixa de fronteira com o Paraguai. Na ocasião, o advogado transportava os R$ 100 mil para Dourados.

Ao ser abordado pela polícia, o advogado afirmou que o dinheiro seria de clientes envolvidos com o tráfico de drogas, mas negou revelar o nome de quem havia entregado a quantia. 

“Em razão do nervosismo incomum apresentado [assim que abordado pelos federais], foi nos termos do narrado, procedidas perguntas tendo o mesmo após revista, sido encontrado na posse de R$ 100.000,00 (cem mil reais) em dinheiro, em notas de cem, e mais inúmeros cheques. Na sequência fixou que seria advogado e teria recebido tais valores, no Brasil (Ponta Porã/MS), de terceiros que não iria identificar por sigilo profissional e também porque tinha medo de morrer já que seriam pagamentos para o mesmo e outros advogados em razão de estar atuando como advogado na operação AKÃ da Polícia Federal, deflagrada na Justiça Estadual em Dourados há poucos meses”, diz trecho do inquérito. 

Para não precisar dar detalhes sobre seus clientes, Saldivar alegou que estaria cumprindo o "sigilo profissional" previsto na advocacia. No entanto, a PF constatou, durante o inquérito, que o advogado estava suspenso pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

“De se fixar que em princípio, necessário a instauração de investigação, eis que tenho que: a) a argumentação fixada, de sigilo profissional de advogado, principalmente em se tratando de advogado suspenso pela OAB, torna inviável a alegação de "sigilo profissional" para apontar origem de numerário, ou mesmo direito a qualquer prerrogativa de advogado enquanto suspenso; b) causa espécie e espanto a informação de que tinha medo de morrer ao identificar quem realizou o pagamento, máxime quando é seu dever, em tempo oportuno, realizar a devida declaração de IR [Imposto de Renda] identificando o responsável pelo pagamento e realizar o recolhimento dos tributos devidos; c) absolutamente incomum o trânsito de valores tão altos em região de fronteira (R$ 100.000,00), mesmo porque acima de U$ 10.000,00 da lei 14.286/21 que revogou expressamente o artigo 65 da Lei 9.069/95, e estabeleceu US$ 10 mil (ou o equivalente em outras moedas) como valor máximo para dispensa de declaração de saída com recursos em espécie”. 

De acordo com a PF, a Akã foi uma operação deflagrada no dia 19 de setembro de 2023 com a finalidade de cumprir três mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Dourados e Douradina. A apuração recaiu sobre uma quadrilha que mandava cargas de drogas para cidades da região Sudeste do País.

A Akã teria começado em janeiro de 2022 com a apreensão, na fronteira, de meia tonelada de cocaína que era transportada em um caminhão frigorífico. 

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Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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