Cidades

AGROPECUÁRIA

Preço de entrada na Expogrande 2023 será menor para quem preterir shows musicais

O presidente Guilherme Bumlai fez o lançamento oficial do evento na noite de ontem (08/12) no Parque de Exposições Laucídio Coelho

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A Expogrande, considerada a maior feira agropecuária de Mato Grosso do Sul, terá preço de ingresso menor para quem não quiser assistir aos shows musicais em 2023. A novidade foi anunciada na noite de ontem (08/12) pelo presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Guilherme de Barros Costa Marques Bumlai, durante a cerimônia de lançamento do evento, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande (MS).

“Teremos entrada e valores diferenciados, pois, quem adquirir ingressos para os shows musicais, poderá circular em todo o parque e quem desejar apenas visitar a feira pagará um valor menor”, anunciou Guilherme Bumlai, completando que também estão confirmados os julgamentos de animais, provas equestres, exposição de máquinas e tratores, volta do “Leilão dos Arrependidos”, do “Baile do Fazendeiro”, do parque de diversões, dos cursos, retorno da “Fazendinha” para visitas das escolas e da tradicional da “Barraca de Veterinária”.

Ele reforçou que a nova diretoria da Acrissul está trabalhando para trazer o comércio de volta ao Parque de Exposições e também o público, que ficou meio órfão com a ausência do maior evento do agronegócio de Mato Grosso do Sul. “Os shows musicais estarão de volta e serão realizados até a meia noite. Além disso, teremos os tradicionais leilões de gado, de equinos e de ovinos, bem como circuito de palestras, expositores internacionais, fomento de negócios entre os países da América do Sul, eventos e reuniões sobre a Rota Bioceânica”, informou.

O presidente da Acrissul ainda projetou que a 83ª edição da Expogrande tem previsão de atrair mais de 100 mil pessoas e movimentar R$ 150 milhões nos 11 dias do evento, que será realizado de 13 a 23 de abril de 2023. “Depois de um momento de pandemia, pretendemos fazer uma grande exposição agropecuária para atender as expectativas da população da Capital e do interior”, ressaltou.

Já o diretor-institucional da Acrissul, Kenneth Corrêa, explicou para os convidados o slogan da Expogrande 2023, que é “Viva essa emoção outra vez”. “Na verdade, é um convite de significados múltiplos, pois cada um tem uma lembrança, uma expectativa sobre a Expogrande e, nosso papel, é levar esse sentimento novamente. Correspondê-lo à altura da maior feira agropecuária do Estado. Mais do que nunca, as pessoas querem voltar a se reunir, celebrar, viver e reviver grandes momentos. Por isso, escolhemos a palavra Emoção, que vai comunicar com todos os públicos previstos”, detalhou.

CAR

Representando o governador Reinaldo Azambuja, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Elias Verruck, destacou que a Expogrande tem um apelo cultura e histórico e os sul-mato-grossenses se ressentem da ausência da maior feira agropecuária do Estado. “A retomada da Expogrande é fundamental para que possamos mostrar a qualidade da nossa pecuária e da nossa carne, além de ser um grande atrativo para a nossa população. É muito importante retornar com a feira depois de tanto tempo com problemas com o Ministério Público e também estruturais”, declarou.

Ainda durante o lançamento oficial da feira agropecuária, ele anunciou que a Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) concluiu o software de análise do CAR (Cadastro Ambiental Rural) inserido pelos produtores rurais. “Sem esse software, não conseguiríamos fazer a análise em menos de 10 anos e, com esse sistema de IA (Inteligência Artificial), faremos de forma automatizada toda a apreciação das informações. Esses dados serão enviados aos produtores para que aprovem, estando automaticamente regularizados”, disse, lembrando que são mais de 88 mil propriedades rurais que precisam ter os cadastros ambientais analisados.

Para a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, a retomada da Expogrande fortalece o programa prioritário da sua gestão, que é o desenvolvimento econômico do município. “A volta dessa tradicional feira agropecuária traz a possibilidade de maior geração de emprego e renda, aquecendo a economia de Campo Grande, que a cada ano está mais pujante. Para todo o município, a Expogrande é um ganho imensurável e que estava fazendo falta, principalmente para a nossa população tão ligada ao agronegócio”, assegurou.

O deputado federal Beto Pereira fez questão de destacar o trabalho realizado pelo presidente da Acrissul no curto período à frente do cargo, resgatando a feira agropecuária mais tradicional de Mato Grosso do Sul. “Parabéns presidente Guilherme Bumlai por em tão pouco tempo e já conseguir resgatar um evento que tem mais de 80 anos de história. Lembrei da minha infância e adolescência, quando meu avô me trazia para visitar a Expogrande, infelizmente ele já não está mais entre nós, porém, tenho certeza que meu avô está muito feliz pela retomada dessa feira agropecuária”, declarou.

Já o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, reforçou que a entidade está à disposição para ajudar a fazer com que a Expogrande volte ao status que sempre teve e deveria continuar tendo. “Que as atrações relacionadas ao agronegócio retornem para mostrar às crianças de hoje em dia a pujança da nossa maior feira agropecuária. Quero lembrar também que o setor agropecuário de Mato Grosso do Sul foi criado dentro da Acrissul pelos produtores rurais que trabalharam e fizeram a atividade crescer com sustentabilidade”, finalizou.

Cidades

Padronização para horário de entrada e saída de hotéis começa a valer

Portaria do Ministério do Turismo deu 90 dias para estabelecimentos se ajustarem a novas regras para check-in e check-out

16/12/2025 14h00

Foto: Álvaro Rezende / Arquivo

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Começaram a valer nesta terça-feira (16) as novas regras para entrada e saída (check-in e check-out) de hóspedes em hotéis brasileiros. A mudança, promovida pelo Ministério do Turismo (MTur), define que a diária cobre 24 horas, dentro das quais os hotéis têm três horas para a arrumação dos quartos.

A regra permite que os hotéis definam seus próprios horários de check-in e check-out dentro desses critérios, e essas informações devem ser comunicadas ao hóspede de forma clara e prévia, tanto pelos hotéis como pelas agências de turismo e as plataformas digitais intermediárias de reservas.

A medida foi modificada por meio de uma portaria do MTur publicada em setembro, com prazo de 90 dias para vigorar.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Manoel Linhares, a prática já era adotada pelas redes de hotéis usualmente, mas havia um pedido do setor para que o assunto fosse regulamentado e incluído nas últimas mudanças promovidas na Lei Geral do Turismo.

“São três horas de intervalo entre as saídas e entradas dos hóspedes, para que nossos colaboradores tenham tempo de preparar a hospedagem e para que a gente possa receber melhor. Isso no Brasil já era de praxe, mas, com a regulamentação exata, serve para tirar qualquer dúvida”, explica.

Além das três horas de intervalo para limpeza da hospedagem, a regulamentação também flexibiliza a cobrança de tarifas diferenciadas para entrada antecipada ou saída postergada e detalha a comunicação sobre horários e frequência dos serviços de arrumação, higiene e limpeza da unidade habitacional.

Por meio de nota, a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), que reúne agências de viagens e operadoras, avaliou de forma positiva a regulamentação do tema.

“A definição objetiva do período de hospedagem ajuda a alinhar expectativas do viajante no momento da compra e reduz ruídos na comercialização de pacotes turísticos, trazendo mais segurança para toda a cadeia”, destaca.

Além de maior transparência, a flexibilização quanto às tarifas diferenciadas permite ajustes conforme a disponibilidade de cada meio de hospedagem informa a nota da Abav.

“Embora a adaptação possa exigir ajustes, especialmente para pequenos empreendimentos, a entidade entende que a medida acompanha práticas já adotadas internacionalmente e contribui para a modernização e competitividade do turismo brasileiro”, conclui.

Registro de Hóspedes

As mudanças promovidas pelo MTur incluem ainda a adoção do novo modelo digital da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes (FNRH), em substituição ao modelo de papel. A portaria que trata do assunto foi publicada em novembro, com prazo de 90 dias para começar a valer em 13 de fevereiro.

Com a adoção da nova ferramenta, os estabelecimentos terão um QR Code, com link para a página de pré-check-in, que poderão ser preenchidas pelos hóspedes. No momento de entrada, o estabelecimento só precisará conferir os dados com os documentos apresentados.

“Fica o check-in mais tranquilo, tanto para a hotelaria como para o hóspede que, na sua chegada, já vem de um voo cansativo e, às vezes, pega um grupo e fica em uma fila esperando para preencher uma ficha, aquela coisa toda”, afirma Manoel Linhares.

A versão digital da ficha ficará também disponível na Plataforma FNRH Digital, com outras funcionalidades, como elaboração de relatórios analíticos, módulo de reservas e módulo de consulta para os hóspedes.

Demandas

De acordo com Manoel Linhares, as mudanças são regulamentações importantes para o setor, mas ainda há demandas a serem incluídas nas leis que tratam do turismo no país, como a regulamentação de aplicativos de hospedagem, como os que alugam imóveis por temporada.

“Nós, hoteleiros, geramos emprego e temos uma carga tributária muito alta, como é do conhecimento de todos. Nós temos a responsabilidade de dar o melhor aos nossos hóspedes, desde o check-in ao check-out. E o que acontece? Esses aplicativos não ficam nem no Brasil, então a operação é desigual”, avalia.

A demanda é antiga, mas com o surgimento de diferentes plataformas e o impacto sentido pelo setor, a avaliação da ABIH é de urgência.

“Só em Fortaleza, do ano passado para cá, fecharam seis hotéis. Se nós não tivermos essa demanda, vão fechar muitos hotéis, como já estão fechando no Brasil todo”, conclui Linhares.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do MTur sobre a regulamentação das plataformas para locação de imóveis por temporada. Até a publicação, não houve resposta. O espaço permanece aberto.

CAMPO GRANDE

Em crise, prefeitura concede reajuste de 10,19% para construtora

Apesar do acréscimo de R$1,5 milhão ao contrato, a Capital está longe de um aparente equilíbrio financeiro, com greve do transporte coletivo, de dentistas e cenário de corte de gastos

16/12/2025 13h01

Prazo de execução previsto seria de 540 dias, levando asfalto e drenagem para bairros como Parque do Sol e Dom Antônio. 

Prazo de execução previsto seria de 540 dias, levando asfalto e drenagem para bairros como Parque do Sol e Dom Antônio.  Reprodução/Segov/alvaro-rezende

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Enquanto a Cidade Morena vive dias de crise que, entre outros pontos, estende-se desde a suspensão de atendimentos odontológicos em postos de saúde até uma greve dos trabalhadores do transporte coletivo, o Executivo de Campo Grande concedeu um reajuste de  10,19% para a construtora responsável por obras no Complexo Lageado na Capital. 

Conforme o extrato do contrato firmado entre a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e a Empresa Sagres Engenharia Ltda., o valor inicial dessa contratação era de exatos R$15,3 milhões. 

Agora, com acréscimo de R$1.560.277,28, o valor da contratação sobe para R$16.860.277,28, que corresponde a um aumento de 10,19% e, em tese, seriam empenhados para execução de obras de infraestrutura urbana para serviços de pavimentação asfáltica e a chamada drenagem de águas pluviais. 

Para além disso, o prazo de execução previsto seria de 540 dias, ou seja, aproximadamente um ano e meio a contar a partir do recebimento da ordem de serviços, levando asfalto e drenagem para bairros como Parque do Sol e Dom Antônio. 

Caos na Capital

Entretanto, apesar do reajuste concedido a essa construtora, o cenário em Campo Grande está longe de ser de aparente equilíbrio financeiro, com a greve do transporte coletivo na Cidade Morena, por exemplo, entrando em seu segundo dia nesta terça-feira (16) e já sendo é a maior das últimas três décadas, desde que os ônibus ficaram parados por três dias em 1994.

No caso da paralisação dos ônibus, por exemplo, a classe trabalhadora do transporte coletivo de Campo Grande reivindica: 

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

Por outro lado, o caos em Campo Grande e reflexo de um suposto desequilíbrio financeiro não se restringem ao transporte coletivo, com os dentistas suspendendo atendimentos em 44 postos de saúde da Capital, após decisão de forma unânime por uma greve de pelo menos 30 dias.

A novela fiscal de Campo Grande em 2025, porém, começou com cortes radicais nos gastos e nomeações ainda no início de março, por decreto da chefe do Executivo após ser pressionada por servidores que há três anos não eram contemplados por reajustes.

Inicialmente a medida previa uma espécie de moratória válida até o fim de junho, uma dilatação de prazo que afasta a possibilidade de conceder reposição salarial ao funcionalismo, cuja data-base é maio. 

Junto disso foi decretado corte de pelo menos 25% em gastos com água, luz, combustíveis, impressões e demais serviços de terceiros prestados por pessoa física e/ou jurídica, em uma ação que a prefeita classificou à época como "coisas caminhando como devem acontecer". 

em junho - e longe da meta - Adriane renovou esse decreto para corte de gastos, prorrogando a medida de arrocho por mais três meses. 

Toda essa movimentação impediu reajuste salarial linear aos servidores municipais, sendo que nesse primeiro prazo de três meses a prefeitura conseguiu economizar R$19 milhões na folha de pagamentos, apesar do aumento da ordem 27% no próprio salário, que beneficiou em torno de 500 integrantes da elite do funcionalismo municipal. 

Desde abril, o salário da prefeita, que serve como teto para o serviço público municipal, passou de R$21,2 mil para R$26,9 mil. Em fevereiro de 2026 sobe para R$31,9 e um ano depois, para R$35,4 mil.

Enquanto isso, porém, a base do funcionalismo está há três anos sem reajuste e, com a renovação de decreto, a possibilidade de pôr fim ao congelamento acaba de vez. 

Além da redução dos R$19 milhões na folha de pagamento, a administração municipal também reduziu em quase um milhão de reais os gastos com locação de imóveis, conforme afirmou a Prefeita em 18 de junho.

De acordo com ela, “mais de cinco imóveis” teriam sido devolvidos nestes três meses de vigência do decreto de arrocho de gastos. 

 

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