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Campo Grande vai antecipar cinco feriados e terá semana similar a um lockdown

Devido ao aumento expressivo de casos confirmados e falta de leitos, feriados de abril, junho, agosto e setembro serão antecipados

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Após reunião com autoridades de saúde, e também com representantes do comércio, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), decidiu antecipar cinco feriados deste ano, a partir da próxima semana, na segunda-feira (22). 

Na prática, a cidade ficaria com todas as atividades não essenciais fechadas durante toda a próxima semana, algo similar às medidas restritivas conhecidas como lockdown.

De acordo com o prefeito, dos dias 22 a 26 de março, a partir da próxima segunda-feira, serão antecipados feriados e nestes dias, só poderão funcionar serviços essenciais durante 24 horas. 

“Todas as capitais estão realizando, sem prejuízo ao comércio, e salvando vidas”, afirmou o prefeito Marcos Trad após a reunião.

A antecipação de feriados foi defendida pelo Correio do Estado desde o início da pandemia, em 2020.

Abaixo, as novas datas do feriado, e a data original:

  • 22 de março (21 de abril - Tiradentes)
  • 23 de março (3 de junho - Corpus Christi)
  • 24 de março (26 de agosto - Aniversário de Campo Grande)
  • 25 de março (7 de setembro - Independência do Brasil)
  • 26 de março (15 de novembro - Proclamação da República)

“Não há necessidade de lockdown. Há necessidade de um prazo para a gente evitar esse colapso”, disse o prefeito. Apesar da declaração do prefeito, na noite de quarta-feira (17), 96 pessoas com Covid-19 esperavam por um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) em hospitais da Capital.

A semana em Mato Grosso do Sul teve dois recordes trágicos: 39 mortes em 24 horas, conforme boletim da terça-feira (16) e 42 no balanço do dia seguinte.

Participam da reunião além do Prefeito, os representantes do comércio, os secretários municipal e estadual de Saúde, José Mauro Filho e Geraldo Resende, todo o restante do secretariado municipal, a promotora Filomena Depólito Fluminham e representantes de hospitais particulares da Capital, Defensoria Pública e Procon. 

PROSSEGUIR 

Campo Grande entrou no grau de risco extremo da contaminação por Covid-19, classificado como bandeira cinza, conforme o relatório situacional do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir) divulgado nesta quinta-feira (18).

Em todo o Mato Grosso do Sul, maioria dos municípios está na bandeira vermelha, considerada grau de risco alto. De acordo com o Prosseguir, quando um município atinge o grau extremo, são recomendadas medidas mais rígidas, como o fechamento de atividades consideradas não-essenciais.

Serviços essenciais são aqueles que não podem parar, como coleta de lixo, atividades de saúde, serviços de entrega de alimentos, produtos de higiene e medicamentos, por exemplo.

BOLETIM

Campo Grande já soma 80.320 casos confirmados e 1.631 óbitos, desde o inicio da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram contabilizadas 297 confirmações e 8 mortes, de acordo com dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Campo Grande, Sidrolândia, Dourados, Terenos, São Gabriel do Oeste, Três Lagoas, Ponta Porã, Bonito, Naviraí, Coronel Sapucaia, Inocência, Bandeirantes, Anastácio, Rio Brilhante, Brasilândia, Caarapó e Amambaí são as cidades do Estado que apresentaram mortes nas últimas 24 horas.

A ocupação global de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) na macrorregião de Campo Grande está em 107%; Dourados 98%; Três Lagoas 93% e Corumbá 100%.

Mato Grosso do Sul tem 31 novos óbitos e 1.254 casos nas últimas 24 horas. Com isso, o Estado já contabiliza 198.795 diagnósticos positivos e 3.740 óbitos.

Cidades

Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância, mostra estudo

Mais da metade das crianças no Brasil estão em famílias de baixa renda

23/04/2024 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218).

Esse número, no entanto, poderia ser muito pior (8,1 milhões ou 81%) sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único leva em consideração dados de outubro de 2023 do CadÚnico, sistema que reúne informações das famílias de baixa renda no país (renda mensal per capita de até R$ 660). Na primeira infância, de 0 a 6 anos, são 10 milhões de crianças (55,4%) classificadas nessa categoria.

“Esse estudo demonstra o potencial do Cadastro Único para a identificação de vulnerabilidades na primeira infância, a relevância de seu uso para a elaboração de iniciativas para esse público e a importância do Bolsa Família no combate à pobreza”, diz Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.

O estudo traz outros recortes, como o fato de que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Cerca de três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. A maioria delas é parda e tem idade entre 25 e 34 anos.

Em relação ao perfil das crianças, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.

“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem um enorme potencial de equacionar as desigualdades do país. A criação do Benefício Primeira Infância é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população em geral para a importância dessa fase na vida”, diz Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania (Senarc).

Diferenças regionais

Ao considerar as regiões do país, o levantamento aponta a existência de desigualdades. Segundo o Censo, o Nordeste tem 5,1 milhões de crianças na primeira infância: 3,7 milhões (72%) estão registradas do CadÚnico. No Norte, há 1,9 milhão de crianças na primeira infância: 1,4 milhão (73%) registradas no CadÚnico.

Por outro lado, na Região Sudeste, quase metade do total de crianças entre 0 e 6 anos, estão registradas no programa. São 6,8 milhões de crianças na região, das quais 3,1 milhões estão no CadÚnico.

“A disparidade socioeconômica entre crianças na primeira infância exige ações imediatas e uma política nacional integrada que aborde as necessidades específicas das famílias mais vulnerabilizadas. O Cadastro Único é um importante instrumento para nortear uma política que sirva como alavanca para equidade”, diz Mariana Luz, diretora da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Perfil dos municípios

O estudo faz um recorte municipal, a partir de uma classificação em três grupos. O primeiro inclui cidades onde há mais crianças migrantes, em situação de rua e em domicílio improvisado coletivo. O segundo, onde há maior precariedade habitacional, é primeira infância na área rural e de populações tradicionais e específicas. O terceiro, crianças em situação de trabalho infantil, fora da pré-escola e em precariedade habitacional.

Os dados mostram que 71% dos municípios da região Norte não tem saneamento adequado. No Sudeste, o índice é de 20%. No Nordeste, 9% dos municípios não têm energia elétrica.

Os dados fazem parte da série Caderno de Estudos, do MDS, que desde 2005 busca construir conhecimento científico e gestão de políticas públicas. Na nova edição, o caderno apresenta uma série de publicações voltadas para a primeira infância, como pesquisas sobre o impacto do programa de Cisternas na saúde infantil e os desafios enfrentados por mães no mercado no trabalho após terem o primeiro filho.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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