Cidades

Aral Moreira

Presidente do Sindicato Rural está entre presos no caso Nísio Gomes

Presidente do Sindicato Rural está entre presos no caso Nísio Gomes

Taryne Zottino

04/07/2012 - 08h25
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Um dos presos da "Operação Ñemomano", da Polícia Federal, é Osvin Mittank, presidente do Sindicato Rural de Aral Moreira. Ele é acusado de envolvimento na morte do cacique Nísio Gomes.

A Polícia Federal concluiu que o cacique Nísio Gomes, desaparecido desde novembro do ano passado, foi assassinado por seguranças de fazendeiros. Cinco pessoas já foram presas e outros três mandados de prisão deverão ser cumpridos durante a “Operação Ñemomano”, deflagrada às 5h de hoje (04), em Ponta Porã (MS).

Foram expedidos oito mandados contra seis fazendeiros, um advogado e um funcionário público. Anteriormente, nove pessoas já haviam sido presas, entre elas o empresário e ex-policial militar Aurelino Arce. Os suspeitos presos nesta quarta-feira estão na Delegacia de Polícia Federal de Ponta Porã.

Os presos segundo o delegado da PF, Jorge Andre Figueredo, informou que poderão responder pelo crime de formação de quadrilha, homicidio e ocultação de corpo.

(Com informações de Fábio Dorta)

Atualizada às 14h30min para acréscimo de informações

CAMPO GRANDE

Após denúncias, Capital troca empresa de gestão de semáforos

Licitação milionária viveu verdadeira "novela de abre e fecha", com suspensão após troca de comando da Agetran e interferências do Tribunal de Contas

11/09/2024 12h52

Contrato do Consórcio CAM, de 2018 a 2023, foi acrescido em 63,01% e chegou a render R$ 51,8 milhões por ano

Contrato do Consórcio CAM, de 2018 a 2023, foi acrescido em 63,01% e chegou a render R$ 51,8 milhões por ano Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Através do Diário Oficial de Campo Grande desta quarta-feira (11), o Executivo Municipal pôs fim à novela envolvendo a milionária licitação dos semáforos da Cidade Morena, passando após seis anos a gestão dos serviços técnicos de manutenção da sinalização das mãos do Consórcio CAM para a Empresa ARC. 

Conforme o texto oficial do Diogrande de hoje (11), a ARC Comércio Construção e Administração de Serviços saiu vencedora do pregão, pelo valor total de R$ 23.200.359,81, cerca de R$ 1,2 milhão mais barata que o previsto. 

Solicitado por parte da Agência Municipal de Trânsporte e Trânsito (Agetran), a contratação busca empresa para: 

"Prestação dos serviços técnicos de manutenção da sinalização semafórica - horizontal, vertical - e dispositivos auxiliares com fornecimento de materiais, equipamentos, software de controle de tráfego, com suporte técnico e fornecimento de equipamentos para a mpliação do Centro de Controle Integrado de Mobilidade Urbana  (CCIMU)". 

Contrato do Consórcio CAM, de 2018 a 2023, foi acrescido em 63,01% e chegou a render R$ 51,8 milhões por ano

Com isso, a ARC "puxa o tapete" do Consórcio que, desde 2018, comandou os serviços com renovações sem licitações, em contrato que chegou a render R$ 51,8 milhões por ano. 

Cabe apontar que, com valores inciais à época registrados em R$ 31,7 milhões, durante o tempo que comandou a gestão dos serviços, o contrato do Consórcio CAM foi acrescido em 63,01% no período de cinco anos. 

Entre as suspeitas, os reajustes segundo contratos deveriam obedecer ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que corresponde a 5,36% no período. 

Cálculo rápido do IPCA-E entre 2018 a 2023 mostra que, considerada somente inflação mais reajuste, o aumento do período deveria ser de R$ 41,69 milhões, diferença de mais de R$ 10 milhões que aparentemente à época não foi justificado. 

Novela do "abre e fecha"

Vale lembrar que essa licitação milionária foi reaberta na semana passada, antes do feriado, ainda em 06 de setembro, após um verdadeiro abre e fecha entre suspensões e reaberturas do processo. 

Isso porque menos de 30 dias após troca no comando da Agetran - de Janine Bruno (que chefiou a pasta por sete anos) pelo ex-dono de autoescola, Paulo Silva -, houve suspensão da licitação de valores que chegavam a R$ 24 milhões. 

Suspensa para "análise de pedido de impugnação", a licitação milionária foi retomada em menos de quarenta e oito horas nessa ocasião, em 16 de maio; para nova suspensão no dia 23 daquele mês em obediência ao Despacho DSP G.MCM 14968/2024", do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul. 

A outra retomada anunciada em 27 de agosto, sendo que, nesse meio tempo houve o período de análises do catálogo e amostras até a continuidade publicada na semana passada, em 05 de setembro e termo de homologação assinado pela atual prefeita, Adriane Lopes, datado de 09 de setembro.  

 

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Cidades

Prefeito de Murtinho, Nelson Cintra tem caso arquivado pelo MPE

Prefeito era investigado por utilizar maquinários e dinheiro público para reformas em sua propriedade particular

11/09/2024 12h10

Nelson Cintra, atual prefeito de Porto Murtinho

Nelson Cintra, atual prefeito de Porto Murtinho Foto: Reprodução

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Em meio a mais um escândalo com dinheiro público, o candidato a prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra Ribeiro, teve seu processo do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPE) arquivado nesta quarta-feira (11). 

Atual prefeito de Porto Murtinho, Cintra era investigado por utilizar maquinários e dinheiro público para reformas em sua propriedade particular. Conforme a denúncia, o candidato teria se aproveitado de restos de materiais destinados a obras públicas, junto dos maquinários para ela destinados. 

No entanto, o MPE informou que não foram encontradas irregularidades na denúncia. Assim, o caso não poderia resultar em uma ação civil contra o candidato.

A apuração constatou que, além de comprovar o pagamento pelos serviços realizados, o uso de resíduos de obras, como o feito por Cintra, é uma prática comum e não configura crime administrativo, sendo considerado um ‘descarte’.

Dessa forma,  por unanimidade, o caso foi arquivado devido a não comprovação de que o prefeito estaria se beneficiando de recursos públicos.

Polêmica

Esta não é a primeira vez que o prefeito se envolve em alguma polêmica na vida política. Ex-presidente da Fundação de Turismo e figura polêmica, Cintra já foi denunciado por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. 

No ano passado, ele foi convocado para prestar um novo depoimento à Polícia Federal em Campo Grande, onde negou qualquer irregularidade. 

Além disso, em 12 de setembro de 2018, Cintra foi alvo da Operação Vostok por emitir R$ 296,6 mil em notas fiscais frias para disfarçar o pagamento de propinas ao governador do Estado.

 Segundo a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, o governador Reinaldo teria recebido R$ 67,791 milhões em propinas, causando um prejuízo de R$ 209,5 milhões aos cofres públicos estaduais entre 2015 e 2016.

No ano anterior, Cintra foi citado nas delações da JBS e envolvido em diversos escândalos na administração pública de seu estado. 

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