Cidades

Janeiro Branco

Primeiro mês do ano é dedicado à conscientização acerca dos cuidados com a saúde mental

Somente no ano de 2022, a Rede de Atenção Psicossocial de Campo Grande realizou mais de 339 mil atendimentos

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Instituída em novembro de 2019, a partir do Projeto de Lei 1836/19, a campanha "Janeiro Branco" dá início ao ano, e tem como intuito chamar a atenção da população para os cuidados com a saúde mental.

O Governo Federal possui a Política Nacional de Saúde Mental, coordenada pelo Ministério da Saúde, que tem como atribuições estabelecer estratégias e diretrizes para organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em saúde mental.

Segundo o Ministério da Saúde, são consideradas portadoras de doenças mentais pessoas que possuem depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, dentre outros transtornos, e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras drogas.

A pasta explica que todas as pessoas, de ambos os sexos e das mais variadas faixas etarias, podem ser afetadas por problemas de saúde mental ou dependência química. No entanto, algumas fases podem apresentar "gatilhos" para o início do problema, como a adolescência, a menopausa e envelhecimento, além de alguns acontecimentos, que também podem dar início a problemas de saúde mental, como dificuldades financeiras, divórcio, perda de entes queridos, entre outros. 

Em todo o país, a Saúde oferece atendimento gratuito aos pacientes. No estado do Mato Grosso do Sul, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o acompanhamento de pacientes portadores de doenças mentais é comandado pelos municípios, que devem oferecer a assistência adequada e gratuita a partir do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) oferece atendimento nas unidades da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), por demanda espontânea, 24 horas por dia.

O paciente que for até um dos seis Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da Capital será acolhido e passará por uma escuta qualificada.

Avaliada a necessidade de atendimento naquele momento, quando o paciente está em crise, ele poderá passar tanto por um médico quanto por psicólogo ou assistente social, dependendo de sua necessidade. 

Aqueles pacientes que não estão em crise, são orientados sobre como proceder para atendimento ambulatorial.

Ao Correio do Estado, a Sesau informou que, no ano de 2022, foram realizados 339.247 atendimentos na RAPS. A Secretaria explica que o número não corresponde ao total de pacientes atendidos, mas sim única e exclusivamente ao total de atendimentos realizados, uma vez que um mesmo paciente está contabilizado diversas vezes por passar por consulta com vários profissionais, por diversos procedimentos.

Segundo a pasta, não é possível estimar quantos pacientes realizam tratamento na cidade, já que o número sofre variação constante, já que há momentos, como no início do ano, em que muitos abandonam o tratamento e, outros tantos pacientes entram em crise e iniciam ou retomam seus acompanhamentos.

Os indivíduos em situações de crise podem ser atendidos em qualquer serviço da Rede de Atenção Psicossocial, formada por várias unidades com finalidades distintas, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde.

Além dos atendimentos presenciais, pacientes interessados podem procurar pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), que permite ligação gratuita em todo o país. O canal atende voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email, chat e voip 24 horas todos os dias. 

A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, é gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular. Também é possível acessar para o chat.

Além do tratamento assistido por um proficional, a Saúde recomenda alguns hábitos que podem ajudar a manter a saúde mental em dia, como a prática de atividades físicas, uma alimentação balanceada, e envolvimento social, seja com familiares ou amigos, o ideal é não se isolar.


Confira locais para atendimento psicológico gratuito ou com valor social:


MSAFIM - Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Av. Afonso Pena, 488 - Amambaí - Campo Grande - MS

Telefones: 3211.6072 | 3211.6020 | 3211.6005

Serviço de Atendimento Psicossocial (Saps) - UFMS Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Endereço: Av. Sen. Filinto Müler, 1 - Vila Ipiranga, Campo Grande 

Horário de atendimento: segunda a sexta-feira, das 07 as 17hs

Telefone: (67) 3345-7802

Núcleo de psicologia da Unigran Capital
Telefone: (67) 3389-3362

Clínica-escola de Psicologia da UCDB
Telefone (67) 3312-3710

Clínica Escola do curso de Pedagogia da Uniderp 
Avenida Ricardo Brandão, n° 900, Bairro Miguel Couto

Telefones: 3348-8394 ou 3348-8478.

O horário de funcionamento da Clinica é das 07:30 às 11:30 e das 13:00 às 17h30min.    

As consultas têm valores de tabela social e varia de R$ 5 a R$ 20 a sessão. 

Cruz Vermelha -  Departamento de Apoio Psicossocial
R. Barão de Melgaço, 58 - Centro, Campo Grande - MS

Telefone: 3029-0103

Caps III Aero Rancho
Endereço: Avenida Raquel de Queiroz, s/n Aero Rancho

Telefones: (67) 3314-6415 / (67) 2020-1899 Recepção / (67) (67) 2020-1901 / (67) 2020-1902

Horário de Atendimento: segunda à sexta-feira das 07h às 17h

Caps III "Afrodite Dóris Contis"
Endereço: Rua 7 de Setembro, 1.979 Esquina com Rua Bahia Jardim dos Estados

Telefones: (67) 2020-1897 Recepção / (67) 2020-1898

Horário de Atendimento: segunda à sexta-feira das 07h às 17h

Caps II "Marley Maciel Elias Massulo" Vila Margarida
Endereço: Avenida Manoel da Costa Lima, 3272 Bairro Guanandi

Telefones: (67) 3314-3144 / (67) 2020-1895 Recepção

Horário de atendimento: Atendimento 07:00 hs às 19:00 hs (para acolhimento)

Caps III Vila Almeida
Endereço: Rua Marechal Hermes, 854 Vila Almeida

Telefone: (67) 2020-1714 (67) 2020-1715

Caps Infanto-Juvenil III "Dr. Samuel Chaia Jacob"
Endereço: Avenida Manoel da Costa Lima, 3272 (Antigo CRS Guanandy)

Horário de Atendimento: 24 h

Centro de Apoio Psicossocial Pós Trauma
Endereço: Rua Marechal Hermes, 854 Vila Almeida

Telefones: (67) 2020-7021 / (67) 2020-9963

Horário de Atendimento: 07h às 11h e 13h às 17h

Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III "Fátima M. Medeiros"
Endereço: Rua Teotônio Rosa Pires, 19 São Bento / Esquina com a Rua José Antônio, duas quadras acima da Av. Fernando Correia

Telefone: (67) 3314-3756 / (67) 2020-1903 / (67) 2020-1904

Cidades

Padronização para horário de entrada e saída de hotéis começa a valer

Portaria do Ministério do Turismo deu 90 dias para estabelecimentos se ajustarem a novas regras para check-in e check-out

16/12/2025 14h00

Foto: Álvaro Rezende / Arquivo

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Começaram a valer nesta terça-feira (16) as novas regras para entrada e saída (check-in e check-out) de hóspedes em hotéis brasileiros. A mudança, promovida pelo Ministério do Turismo (MTur), define que a diária cobre 24 horas, dentro das quais os hotéis têm três horas para a arrumação dos quartos.

A regra permite que os hotéis definam seus próprios horários de check-in e check-out dentro desses critérios, e essas informações devem ser comunicadas ao hóspede de forma clara e prévia, tanto pelos hotéis como pelas agências de turismo e as plataformas digitais intermediárias de reservas.

A medida foi modificada por meio de uma portaria do MTur publicada em setembro, com prazo de 90 dias para vigorar.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Manoel Linhares, a prática já era adotada pelas redes de hotéis usualmente, mas havia um pedido do setor para que o assunto fosse regulamentado e incluído nas últimas mudanças promovidas na Lei Geral do Turismo.

“São três horas de intervalo entre as saídas e entradas dos hóspedes, para que nossos colaboradores tenham tempo de preparar a hospedagem e para que a gente possa receber melhor. Isso no Brasil já era de praxe, mas, com a regulamentação exata, serve para tirar qualquer dúvida”, explica.

Além das três horas de intervalo para limpeza da hospedagem, a regulamentação também flexibiliza a cobrança de tarifas diferenciadas para entrada antecipada ou saída postergada e detalha a comunicação sobre horários e frequência dos serviços de arrumação, higiene e limpeza da unidade habitacional.

Por meio de nota, a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), que reúne agências de viagens e operadoras, avaliou de forma positiva a regulamentação do tema.

“A definição objetiva do período de hospedagem ajuda a alinhar expectativas do viajante no momento da compra e reduz ruídos na comercialização de pacotes turísticos, trazendo mais segurança para toda a cadeia”, destaca.

Além de maior transparência, a flexibilização quanto às tarifas diferenciadas permite ajustes conforme a disponibilidade de cada meio de hospedagem informa a nota da Abav.

“Embora a adaptação possa exigir ajustes, especialmente para pequenos empreendimentos, a entidade entende que a medida acompanha práticas já adotadas internacionalmente e contribui para a modernização e competitividade do turismo brasileiro”, conclui.

Registro de Hóspedes

As mudanças promovidas pelo MTur incluem ainda a adoção do novo modelo digital da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes (FNRH), em substituição ao modelo de papel. A portaria que trata do assunto foi publicada em novembro, com prazo de 90 dias para começar a valer em 13 de fevereiro.

Com a adoção da nova ferramenta, os estabelecimentos terão um QR Code, com link para a página de pré-check-in, que poderão ser preenchidas pelos hóspedes. No momento de entrada, o estabelecimento só precisará conferir os dados com os documentos apresentados.

“Fica o check-in mais tranquilo, tanto para a hotelaria como para o hóspede que, na sua chegada, já vem de um voo cansativo e, às vezes, pega um grupo e fica em uma fila esperando para preencher uma ficha, aquela coisa toda”, afirma Manoel Linhares.

A versão digital da ficha ficará também disponível na Plataforma FNRH Digital, com outras funcionalidades, como elaboração de relatórios analíticos, módulo de reservas e módulo de consulta para os hóspedes.

Demandas

De acordo com Manoel Linhares, as mudanças são regulamentações importantes para o setor, mas ainda há demandas a serem incluídas nas leis que tratam do turismo no país, como a regulamentação de aplicativos de hospedagem, como os que alugam imóveis por temporada.

“Nós, hoteleiros, geramos emprego e temos uma carga tributária muito alta, como é do conhecimento de todos. Nós temos a responsabilidade de dar o melhor aos nossos hóspedes, desde o check-in ao check-out. E o que acontece? Esses aplicativos não ficam nem no Brasil, então a operação é desigual”, avalia.

A demanda é antiga, mas com o surgimento de diferentes plataformas e o impacto sentido pelo setor, a avaliação da ABIH é de urgência.

“Só em Fortaleza, do ano passado para cá, fecharam seis hotéis. Se nós não tivermos essa demanda, vão fechar muitos hotéis, como já estão fechando no Brasil todo”, conclui Linhares.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do MTur sobre a regulamentação das plataformas para locação de imóveis por temporada. Até a publicação, não houve resposta. O espaço permanece aberto.

CAMPO GRANDE

Em crise, prefeitura concede reajuste de 10,19% para construtora

Apesar do acréscimo de R$1,5 milhão ao contrato, a Capital está longe de um aparente equilíbrio financeiro, com greve do transporte coletivo, de dentistas e cenário de corte de gastos

16/12/2025 13h01

Prazo de execução previsto seria de 540 dias, levando asfalto e drenagem para bairros como Parque do Sol e Dom Antônio. 

Prazo de execução previsto seria de 540 dias, levando asfalto e drenagem para bairros como Parque do Sol e Dom Antônio.  Reprodução/Segov/alvaro-rezende

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Enquanto a Cidade Morena vive dias de crise que, entre outros pontos, estende-se desde a suspensão de atendimentos odontológicos em postos de saúde até uma greve dos trabalhadores do transporte coletivo, o Executivo de Campo Grande concedeu um reajuste de  10,19% para a construtora responsável por obras no Complexo Lageado na Capital. 

Conforme o extrato do contrato firmado entre a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e a Empresa Sagres Engenharia Ltda., o valor inicial dessa contratação era de exatos R$15,3 milhões. 

Agora, com acréscimo de R$1.560.277,28, o valor da contratação sobe para R$16.860.277,28, que corresponde a um aumento de 10,19% e, em tese, seriam empenhados para execução de obras de infraestrutura urbana para serviços de pavimentação asfáltica e a chamada drenagem de águas pluviais. 

Para além disso, o prazo de execução previsto seria de 540 dias, ou seja, aproximadamente um ano e meio a contar a partir do recebimento da ordem de serviços, levando asfalto e drenagem para bairros como Parque do Sol e Dom Antônio. 

Caos na Capital

Entretanto, apesar do reajuste concedido a essa construtora, o cenário em Campo Grande está longe de ser de aparente equilíbrio financeiro, com a greve do transporte coletivo na Cidade Morena, por exemplo, entrando em seu segundo dia nesta terça-feira (16) e já sendo é a maior das últimas três décadas, desde que os ônibus ficaram parados por três dias em 1994.

No caso da paralisação dos ônibus, por exemplo, a classe trabalhadora do transporte coletivo de Campo Grande reivindica: 

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

Por outro lado, o caos em Campo Grande e reflexo de um suposto desequilíbrio financeiro não se restringem ao transporte coletivo, com os dentistas suspendendo atendimentos em 44 postos de saúde da Capital, após decisão de forma unânime por uma greve de pelo menos 30 dias.

A novela fiscal de Campo Grande em 2025, porém, começou com cortes radicais nos gastos e nomeações ainda no início de março, por decreto da chefe do Executivo após ser pressionada por servidores que há três anos não eram contemplados por reajustes.

Inicialmente a medida previa uma espécie de moratória válida até o fim de junho, uma dilatação de prazo que afasta a possibilidade de conceder reposição salarial ao funcionalismo, cuja data-base é maio. 

Junto disso foi decretado corte de pelo menos 25% em gastos com água, luz, combustíveis, impressões e demais serviços de terceiros prestados por pessoa física e/ou jurídica, em uma ação que a prefeita classificou à época como "coisas caminhando como devem acontecer". 

em junho - e longe da meta - Adriane renovou esse decreto para corte de gastos, prorrogando a medida de arrocho por mais três meses. 

Toda essa movimentação impediu reajuste salarial linear aos servidores municipais, sendo que nesse primeiro prazo de três meses a prefeitura conseguiu economizar R$19 milhões na folha de pagamentos, apesar do aumento da ordem 27% no próprio salário, que beneficiou em torno de 500 integrantes da elite do funcionalismo municipal. 

Desde abril, o salário da prefeita, que serve como teto para o serviço público municipal, passou de R$21,2 mil para R$26,9 mil. Em fevereiro de 2026 sobe para R$31,9 e um ano depois, para R$35,4 mil.

Enquanto isso, porém, a base do funcionalismo está há três anos sem reajuste e, com a renovação de decreto, a possibilidade de pôr fim ao congelamento acaba de vez. 

Além da redução dos R$19 milhões na folha de pagamento, a administração municipal também reduziu em quase um milhão de reais os gastos com locação de imóveis, conforme afirmou a Prefeita em 18 de junho.

De acordo com ela, “mais de cinco imóveis” teriam sido devolvidos nestes três meses de vigência do decreto de arrocho de gastos. 

 

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