Cidades

PISO SALARIAL

Professores da Reme afirmam não existir abertura para negociação e exigem pagamento do reajuste

Em concentração na prefeitura desde a manhã de hoje, professores fazem indicativo de greve caso a prefeitura não cumpra com a lei

Continue lendo...

Em concentração em frente à prefeitura de Campo Grande, professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) realizam manifestação em luta pelo cumprimento do pagamento de uma correção salarial, já prometida e garantida por Lei.

Os profissionais da educação defendem não existir abertura para negociação, exigindo o pagamento de 10,39% do piso salarial, que precisa ser realizado até o dia 30 deste mês.

Cerca de 8 mil professores aderiram à paralisação na Capital e ocupam o pátio da prefeitura.

Além disso, por um momento, os profissionais fecharam uma das vias da Avenida Afonso Pena, no sentido Bairro/Centro, porém, o bloqueio não durou muito tempo e eles mantiveram a concentração apenas no pátio. 

Mesmo com uma Assembleia marcada para às 14h30 de hoje, a prefeita se reuniu com uma comissão, agora pela manhã, para conversar sobre as exigências da classe.

Ao fim da reunião, não houve nenhum acordo. Desse modo, qualquer decisão será tomada apenas no período da tarde. 

Enquanto isso, professores continuam com a paralisação e as escolas da rede municipal seguem sem aulas. Espera-se que, após a Assembleia de hoje, seja tomada a decisão de uma possível greve ou não. 

Os professores esperam que hoje a prefeitura confirme que realizará o pagamento, cumprindo com o combinado firmado meses atrás.

Entretanto, a classe diz não estar aberta à negociação e, em caso de descumprimento, há indicativo de uma possível greve a partir da semana que vem. 

O presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP-MS), Lucilio Nobre, afirma que 100% das escolas estão sem funcionamento para que a prefeita cumpra com a lei 6796, que dispõe sobre a integralização do valor do piso nacional do magistério por 20 horas em Campo Grande. 

“Os professores estão indignados. Estão todos preparados para poder fazer as mobilizações necessárias para que a lei seja cumprida. E diga-se que não estamos em negociação. Por isso que já teve uma assembleia e já teve a paralisação, porque reuniões e mobilizações de cobrança foram no início do ano”, explicou. 

Até o momento, a prefeitura cumpriu com 4,78%, quantia não suficiente para cobrir os 10,39% para alcançar o piso salarial. 

Lucilio explica que não há desculpas com relação a uma justificativa relacionada ao limite prudencial, pois a prefeitura pode recorrer ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). 

“O Fundeb pode usar 100% de recursos para pagar os professores. Portanto, quem tem que cumprir o dever de casa e a tarefa é a prefeita, e não a categoria. Os professores estão trabalhando, cumprindo a tarefa, cumprindo o dever. Então basta que a prefeita anuncie o cumprimento integral da lei 6796”, enfatizou. 
Segundo o presidente da ACP, o Fundeb tem, atualmente, cerca de R$ 70 milhões, de onde ele afirma que pode ser retirado o recurso para o pagamento dos professores. 

“Então, que use o recurso carimbado da educação para valorizar os professores e cumprir a lei que se arrasta desde 2014, diga-se de passagem. Sempre com esse pretexto da lei de responsabilidade fiscal, a Prefeitura não cumpre a lei”, destacou. 

Umas das professoras que participa da concentração em frente à prefeitura, com 50 anos de idade e 16 anos de sala de aula, não quis ser identificada por medo de represálias. 

Segundo ela, é muito difícil ter que lutar novamente pela garantia do pagamento. 

“Depois de toda a negociação que nós tivemos no começo do ano, chegar no final do ano e ter que passar por esse constrangimento, por essa falta de compromisso, é muito ruim. Assim, na pior das hipóteses, a gente não esperava por isso”, disse a professora. 

Outra professora que esteve no local, que possui 43 anos de idade e 13 anos de sala de aula, destacou que esperam receber pelo reajuste, como já combinado. 

“É uma falta de respeito, é uma falta de organização, de planejamento, porque é lei, nós temos o Fundeb, a Prefeitura recebe a verba e o que nos consta é que não está repassando para a categoria”, disse. 

Ela explica que não se trata sequer de um aumento.

“O nosso acordo é um parcelamento de correção, não é nem aumento salarial, é uma correção do piso nacional. Nós queremos o que é de direito, o que é nosso”, finalizou. 

Saiba mais sobre a reivindicações   

A ACP-MS, que está à frente da paralisação dos professores, exige a aplicação do reajuste de 10,39% referente ao mês de novembro de 2022. 

A correção está prevista na Lei Municipal n. 6.796/2022 referente ao regime de 20h da Reme. O documento enviado pela prefeitura contempla apenas a correção do mês de dezembro em 4,7891%, também previsto na Lei do Piso 20h.

O presidente da ACP, professor Lucilio Nobre, explica que é importante ressaltar que as tratativas do sindicato com o município se arrastam desde 2014.

Além disso, Lucilio destaca que a Lei de Responsabilidade Fiscal é sempre usada como justificativa para o não cumprimento da lei do Piso 20h, algo que provoca grande indignação na categoria, pela desvalorização e falta de reconhecimento. 

"Isso demonstra a falta de compromisso do Executivo Municipal em cumprir com as legislações em vigor", disse o presidente da ACP. 

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande (Sisem), vereador Marcos Tabosa (PDT), explica que a luta pelo reajuste é antiga, em andamento desde a gestão do então prefeito, Marquinhos Trad, sendo responsabilidade da atual prefeita, Adriane Lopes, que era sua vice. 

"Queremos a confirmação dos R$ 468, algo que não está em discussão. Além da negociação salarial, nós temos o pagamento da insalubridade dos agentes com intenção de combate às endemias, que tinha que ser pago desde maio. Nós queremos o pagamento do pró-funcionário dos cursistas", disse. 

"Nós temos a resposta sobre o plano de cargos e carreiras dos administrativos de educação que está parado e que a prefeita Adriane Lopes mandou suspender. Ela quebrou assim um acordo que ela tinha conosco", acrescentou. 

Segundo o vereador, a prefeita já deveria ter mandado o plano de cargos para aprovação da câmara no final de outubro, já pronto para ser votado ainda em novembro. 

Sobretudo, ele destaca a exigência de uma proposta da tabela salarial para os profissionais. 

 

CAMPO GRANDE

Presidente da Santa Casa cita 'escolha de Sofia' entre pagar 13° e deixar paciente morrer

Alir Terra, que assumiu a presidência em 1° de janeiro de 2023, diz que seu primeiro mês no cargo foi encerrado oficiando ao Ministério Público que contrato já não pagava serviço prestado

22/12/2025 12h25

Presidente da Santa Casa diz que têm buscado empréstimos, mas a própria situação atual de desequilíbrio serve de empecilho para angariar novas verbas. 

Presidente da Santa Casa diz que têm buscado empréstimos, mas a própria situação atual de desequilíbrio serve de empecilho para angariar novas verbas.  Marcelo Victor/Correio do Estado

Continue Lendo...

Separadas por mais de mais de 7.000 km e algumas estatuetas do Oscar, a presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, citou durante coletiva sobre a greve no hospital na manhã desta segunda-feira (22) o semelhança que tem com Meryl Streep, já que se vê em uma "Escolha de Sofia" entre pagar o 13° aos funcionários ou deixar pacientes morrerem. 

Durante seu pronunciamento hoje (22), ao lado do responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, Alir - que assumiu a presidência da Santa Casa em 1° de janeiro de 2023 -, diz que seu primeiro mês no cargo foi encerrado com o envio de um ofício para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul. 

"Informando que nós estávamos em tratativa, desde 2022, para o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, porque o serviço que nós estávamos prestando ele [o acordo, em si] não pagava. O MPMS acompanhou tudo, este ano não aguentamos mais e entramos com uma ação na justiça, na qual o juiz já deu a liminar", descreveu. 

Segundo Alir, o próprio MPMS entrou com ação civil pública, em que expressava que o recurso pago para a Santa Casa não era suficiente, e faz questão de reconhecer que o pagamento do 13° salário é obrigação do próprio hospital . 

"Escolha de Sofia"

Porém, nas palavras da presidente da Santa Casa, quando não há equilíbrio econômico e financeiro do contrato também não é possível colocar mensalmente os devidos valores referentes ao popular décimo terceiro, pois, segundo ela, "vai chegar no final do ano sem esse valor". 

Nesse momento ela faz uma citação ao texto adaptado de um best-seller em filme, que data de 1983 e é estrelado por Meryl Streep, obra essa que lhe rendeu inclusive o Oscar de melhor atriz: "A Escolha de Sofia", que narra a trágica história de uma polonesa católica que sobreviveu ao holocausto, que segue porém atormentada por uma culpa do passado. 

O enredo gira entorno do aspirante a escrito "Stingo", que nos anos 40 torna-se amigo de um casal e vê essa mesma relação deteriorar, sendo confidente da personagem Sofia Zawistowska, que ainda em Auschwitz foi obrigada por um soldado nazista a escolher qual de seus dois filhos seria morto.  

"E foi o que aconteceu. Estamos na 'Escolha de Sofia'... ou eu guardava o dinheiro do 13° ou deixava morrer gente na Santa Casa", disse Alir Terra hoje (22), sendo ovacionada em seguida pelos presentes. 

Greve

Segundo repassado pela instituição, durante coletiva de imprensa convocada para a manhã de hoje (22), todos os funcionários celetistas foram prejudicados pela falta do décimo terceiro salário, o que totaliza um montante de aproximadamente R$14 milhões necessários para arcar com essa dívida específica. 

Kristie Lopes é técnica em enfermagem, trabalha na Santa Casa de Campo Grande há pelo menos seis anos, no setor de transplante renal e neurocirurgia, e diz que está esperando o pagamento do 13° integral desde o último dia 20, sem nenhuma resposta até então. 

Ela explica que durante o ano já houveram outros atrasos, o que Kristie classifica como "padrão da Santa Casa", o que enquanto uma funcionária mais antiga na instituição reforça não ter se acostumado, mas cita ter "pegado o ritmo". 

Usando um nariz vermelho, a trabalhadora do setor da enfermagem diz que toda a categoria do hospital se sente "feito de palhaçada". 

"Porque a gente está aqui todos os dias. Seja feriados, natal ou ano novo, sempre estamos disponíveis para poder cuidar com carinho, com atenção e a gente está se sentindo desrespeitada mesmo, porque o 13º não é um favor que eles estão fazendo, é um direito nosso, é um direito do trabalhador", diz.

Além dela, Rafaela Luz, técnica em enfermagem que há 4 anos trabalha no setor de ortopedia da Santa Casa, também frisa essa busca apenas por direitos, que esses trabalhadores e trabalhadoras sequer deveriam estar ali manifestando. 

"A gente está aqui correndo atrás de algo que é garantido por lei, está respaldado, mas eu acho que os próprios gestores, os governantes passam por cima disso. É o que a gente se sente... Palhaço. Língua de frente, humilhados. Sempre quando tem algo do tipo, quem está aqui na frente somos nós, junto com toda a equipe hospitalar.

Hoje, pela primeira vez, os médicos desceram para acompanhar a gente. Mas a maioria das vezes é o pessoal da higienização, é a enfermagem, é os técnicos e o pessoal da copa que está aqui com a gente", cita. 

Sem previsão de pagamento, a presidente da Santa Casa complementa que têm buscado empréstimos, com o intuito de quitar esse 13° salário principalmente, porém a própria situação atual de desequilíbrio serve de empecilho para angariar novas verbas. 

 

Assine o Correio do Estado

13º ATRASADO

Profissionais da Santa Casa paralisam 30% e mantém 70% das atividades

Profissionais recusaram a proposta de parcelar o 13º em três vezes (janeiro, fevereiro e março) e reivindicam que o pagamento seja feito em parcela única e integral

22/12/2025 12h00

Profissionais estão revoltados com a falta de pagamento e fizeram protesto

Profissionais estão revoltados com a falta de pagamento e fizeram protesto MARCELO VICTOR

Continue Lendo...

Profissionais de enfermagem, limpeza e copa paralisaram atividades, a partir desta segunda-feira (22), no Hospital Santa Casa de Campo Grande, por falta de pagamento do 13º salário.

Os atendimentos/serviços estão 30% paralisados e 70% funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Com isso, 1.200 de 4.000 funcionários CLT estão de “braços cruzados”, sem trabalhar, no maior e mais importante hospital de Mato Grosso do Sul.

Os serviços afetados são atendimentos (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc) , lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Os profissionais recusaram a proposta de parcelar o 13º em três vezes (janeiro, fevereiro e março) e reivindicam que o pagamento seja feito em parcela única e integral.

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

Anteriormente, o Governo de Mato Grosso do Sul aportava a 13ª parcela da contratualização (R$ 14 milhões) a todos os hospitais filantrópicos do Estado.

Mas, de acordo com o hospital, neste ano não haverá o repasse integral em dezembro, mas sim parcelado em três vezes nos primeiros meses de 2026.

A própria Santa Casa é responsável pelo pagamento do benefício, a partir de repasses da Prefeitura Municipal de Campo Grande e Governo de Mato Grosso do Sul.

Profissionais estão revoltados com a falta de pagamento e fizeram protestoPresidente do sindicato dos trabalhadores de enfermagem de MS, Lázaro Santana. Foto: Marcelo Victor

O presidente do sindicato dos trabalhadores de enfermagem de MS, Lázaro Santana tenta negociar a possibilidade de antecipar as parcelas do 13º com o secretário de saúde de MS, Maurício Simões.

“Tive uma conversa com o doutor Simões por WhatsApp e falei de toda a problemática da paralisação e tal. Ele me informou que estava viajando porém iria conversar com o governador do Estado para ver a possibilidade de antecipar essas parcelas”, detalhou.

De acordo com o presidente, Lázaro Santana, o ato não se trata de greve, mas sim de paralisação de uma minoria, seguindo os critérios legais da Lei.

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou.

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”

Os profissionais estão revoltados com a falta de pagamento e fizeram protesto, no térreo do hospital, na manhã desta segunda-feira (22).

A paralisação prejudica atendimentos e o maior prejudicado nesta situação é o paciente, que necessita do serviço para sobreviver.

O QUE DIZ O GOVERNO DO ESTADO

O Governo de MS, através da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), afirmou que está em dia com as obrigações financeiras para/com a Santa Casa.

Além disso, esclareceu que não existe pactualização para que a gestão estadual seja a responsável pelo pagamento do 13º salário dos funcionários da Santa Casa de Campo Grande.

Nos últimos anos, em caráter extraordinário, foi realizado o pagamento de uma parcela extra de repasse aos hospitais filantrópicos do Estado, como forma de auxiliá-los no custeio e no cumprimento de suas obrigações.

De acordo com o Governo do Estado, R$ 90.773.147,00 foram repassados de janeiro a outubro de 2025, sendo que na parcela de novembro houve um acréscimo de R$ 516.515,89, elevando o repasse mensal ao hospital para R$ 9.593.830,59.

CRISE FINANCEIRA

A Santa Casa está em crise financeira há anos. Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a Santa Casa gasta por mês R$ 1 milhão a mais do que recebe.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre governo federal, Prefeitura de Campo Grande e governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Porém, o hospital alega que o valor não seria suficiente para suportar a demanda atual da unidade de saúde, além de não sofrer reajuste desde 2023.

Sem a solução com o poder público, a instituição foi à Justiça pedir que, caso a renovação fosse feita, o repasse mensal precisaria ser corrigido para R$ 45,9 milhões (R$ 550,8 milhões por ano), além da recomposição retroativa referente aos últimos dois anos sem aumento.

Segundo documento que o Correio do Estado obteve com exclusividade, o hospital tinha um teto de R$ 46.907.889,12 para ser gasto em 2024 com internações de alta complexidade – serviços e procedimentos que exigem alta tecnologia, alto custo e infraestrutura especializada.

Porém, a entidade ultrapassou em cerca de R$ 2,5 milhões deste montante, o que resultou em um gasto operacional de R$ 49.484.607,38.

No balanço mês a mês, apenas em setembro a Santa Casa conseguiu operar as internações de alta complexidade dentro do teto, com R$ 3.825.922,38, menos de R$ 100 mil abaixo do limite mensal (R$ 3.908.990,76).

Por outro lado, outubro, segundo as informações do hospital, foi o pior mês, com gasto que chegou a R$ 4,6 milhões. Na média mensal, a instituição operou R$ 214,7 mil a mais do que o estipulado pelo teto.

De acordo com relatório anual divulgado pelo hospital em março deste ano, 2024 fechou com prejuízo de R$ 98,3 milhões, bem distinto do apresentado em 2023, quando fechou com superavit de R$ 27,5 milhões.

Ao longo dos anos, o deficit acumulado da Santa Casa soma R$ 514,8 milhões. Outro fator que ajuda a explicar a conta fechando no vermelho são os constantes empréstimos que a instituição faz.

No mesmo relatório é possível constatar que o hospital ainda teria que pagar R$ 256.916.856,00 por causa de empréstimos e financiamentos, desses R$ 16.141.304,00 em circulantes (12 meses, considerado curto prazo no mundo financeiro) e R$ 240.775.552,00 em não circulantes (longo prazo).

Em relação ao repasse financeiro, 56% (R$ 18,3 milhões) é de responsabilidade do Governo Federal. Os outros 44% são oriundos do Estado (R$ 9 milhões) e do Município (R$ 5,2 milhões).

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).