Cidades

Saúde

Promotoria vai à Justiça por obras em clínica psiquiátrica de Campo Grande

Promotoria pede multa diária de R$ 10 mil e indenização por danos morais coletivos caso unidade de saúde não faça as adequações exigidas por lei

Continue lendo...

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) ingressou nesta semana com uma Ação Civil Pública contra a Clínica Carandá, em Campo Grande, exigindo adequações de acessibilidade nas dependências da unidade de saúde. 

A ação, ajuizada pela promotora Paula Volpe, da 67ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, tem como foco obrigar a clínica a realizar uma série de obras estruturais para garantir o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Entre os pedidos feitos à Justiça, o MP solicita a concessão de uma tutela antecipada para que as obras sejam iniciadas imediatamente. Caso a decisão seja descumprida, a Promotoria requer a aplicação de multa diária de R$ 10 mil até que todas as medidas sejam cumpridas. 

As obras exigidas incluem a adequação de vagas de estacionamento, instalação de piso tátil, adaptação de rampas e escadas, ajustes em sanitários, refeitório, lanchonete e piscina, entre outras intervenções apontadas em vistoria da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur).

Além das adequações físicas, o MP também pede a condenação da Clínica Carandá ao pagamento de R$ 547,5 mil por danos morais coletivos. 

Segundo a Promotoria, o valor é baseado no número estimado de pacientes atendidos e no tempo de omissão da clínica, desde 2022, quanto ao cumprimento das normas de acessibilidade. 

O montante, se acolhido pela Justiça, deverá ser revertido ao Fundo Estadual de Apoio aos Direitos das Pessoas com Deficiência (FEAD-PCD/MS) ou, alternativamente, ao Fundo de Defesa de Interesses Difusos do Estado.

De acordo com o MPMS, as exigências seguem a legislação federal, como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) e a Lei de Acessibilidade (Lei nº 10.098/2000). Os documentos apresentados no processo mostram que a clínica foi notificada e teve prazos sucessivos para regularização, mas não apresentou comprovação de nenhuma medida efetiva para sanar as irregularidades.

O Ministério Público argumenta que a situação atual configura violação aos direitos fundamentais das pessoas com deficiência, afetando diretamente pacientes, trabalhadores e visitantes. Para a Promotoria, a conduta da clínica representa uma omissão que reforça barreiras arquitetônicas e sociais, impedindo o pleno exercício da cidadania por parte de pessoas com mobilidade reduzida.

A ação aguarda decisão da Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande.

Veja a lista das obras solicitadas: 

- Imediatamente: 

  • 1) Adequar as vagas de estacionamento para idosos e para pessoas com deficiência e idosos sem placa vertical;
  • 2) Fazer a rota acessível entre o estacionamento e os demais ambientes; 
  • 3) Garantir o acesso à administração sem degraus, instalando piso tátil e corrimão, bem como rampa com piso tátil de alerta no início e no fim desta;
  • 4) Reservar e identificar assentos para uso preferencial na recepção, bem como de Módulo de Referência (M.R.);  
  • 5) Instalar porta-copos próximo ao bebedouro;  
  • 6) Adequar o acesso à lanchonete retirando o degrau ou instalando rampa, bem como instalar na rampa o piso tátil faltante e o corrimão nos degraus;  
  • 7) Reservar mesas na lanchonete para uso preferencial;
  • 8) Adequar a mesa da sala da gerência a fim de que permita a aproximação, bem como retirar cadeiras que obstruem m a passagem;
  • 9) Instalar piso tátil nos patamares das escadas de acesso ao piso superior sem piso tátil nos patamares e corrimão duplo;  
  • 10) Adequar a porta de acesso à área externa, retirando o trilho sobre o piso;
  • 11) Adequar a inclinação da rampa externa e instalar piso tátil;
  • 13) Adequar a altura mínima mesas do refeitório permitindo a aproximação de cadeirantes;  
  • 14) Adequar os sanitários dos quartos às regras de acessibilidade;
  • 15) Adequar o acesso à piscina, removendo degraus, instalando piso tátil e corrimão duplo

Ao fim da ação: 

  • 1) Adequar as vagas de estacionamento para idosos e para pessoas com deficiência e idosos sem placa vertical;
  • 2) Fazer a rota acessível entre o estacionamento e os demais ambientes;
  • 3) Garantir o acesso à administração sem degraus, instalando piso tátil e corrimão, bem como rampa com piso tátil de alerta no início e no fim desta;  
  • 4) Reservar e identificar assentos para uso preferencial na recepção, bem como de Módulo de Referência (M.R.);  
  • 5) Instalar porta-copos próximo ao bebedouro;  
  • 6) Adequar o acesso à lanchonete retirando o degrau ou instalando rampa, bem como instalar na rampa o piso tátil faltante e o corrimão nos degraus;  
  • 7) Reservar mesas na lanchonete para uso preferencial;
  • 8) Adequar a mesa da sala da gerência a fim de que permita a aproximação, bem como retirar cadeiras que obstruem a passagem;
  • 9) Instalar piso tátil nos patamares das escadas de acesso ao piso superior sem piso tátil nos patamares e corrimão duplo;  
  • 10) Adequar a porta de acesso à área externa, retirando o trilho sobre o piso;
  • 11) Adequar a inclinação da rampa externa e instalar piso tátil;  
  • 12) Adequar a altura mínima mesas do refeitório permitindo a aproximação de cadeirantes;  
  • 13) Adequar os sanitários dos quartos às regras de acessibilidade;
  • 14) Adequar o acesso à piscina, removendo degraus, instalando piso tátil e corrimão duplo)
  •  

Assine o Correio do Estado

Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (9) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Com manhã fria, tempo esquenta ao longo do dia

09/07/2025 04h30

Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

Nesta quarta-feira (9) a previsão indica tempo firme, com predomínio de sol e variação de nebulosidade em Mato Grosso do Sul. Essa condição está associada à atuação de um sistema de alta pressão atmosférica, que inibe a formação de nuvens e a ocorrência de chuvas, mantendo o tempo estável em todo o estado.

A presença do ar seco favorece elevadas amplitudes térmicas — ou seja, grande diferença entre a temperatura mínima e máxima do dia —, podendo atingir variações de até 20°C.

Além disso, são esperados baixos índices de umidade relativa do ar, variando entre 20% e 40%, especialmente durante a tarde. Nos próximos dias, não há indicativos de chuva significativa sobre o estado. 

Os ventos atuam do quadrante leste com valores entre 30 km/h e 50 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 50 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 16°C e máxima de 26°C. 
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 16°C e 28°C. 
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 16°C e a máxima de 30°C. 
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 14°C e máxima de 28°C. 
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 13°C e 27°C. 
  • Anaurilândia terá mínima de 12°C e máxima de 25°C. 
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 11°C e máxima de 25°C. 
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 12°C e 24°C. 
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 10°C e máxima de 25°C. 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Anac criará critério mínimo para voo comercial de balão; acidente em Santa Catarina matou 8

Expectativa é de que a diretoria do órgão decida ainda neste semestre os próximos passos para o novo regramento

08/07/2025 21h00

Divulgação

Continue Lendo...

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai estabelecer critérios mínimos para que empresas ofertem comercialmente voos de balão. As novas regras preveem um período de transição e normas a longo prazo para a atividade.

A expectativa é de que a diretoria do órgão decida ainda neste semestre os próximos passos para o novo regramento.

A reformulação das regras sobre balonismo ocorre após o registro de dois acidentes de balão com mortes nas últimas semanas. No mês passado, um balão caiu em Praia Grande, Santa Catarina, com oito vítimas. Outro acidente ocorreu no interior de São Paulo e uma mulher morreu.

Os episódios expuseram as lacunas nas regras para a atuação do setor. Logo após o acidente em Santa Catarina, a Anac chegou a dizer que voos de balão eram "atividade de alto risco", que ocorriam "por conta e risco dos envolvidos".

Atualmente, a operação de balões ocorre de duas maneiras: de forma esportiva, onde os operadores assumem os riscos para si, ou de maneira certificada, onde pilotos e o próprio balão devem ser certificados.

Até o momento, não há operadores certificados no país. Apenas quatro empresas deram entrada nesse processo junto à Anac. Segundo a agência, os pedidos estão em momentos distintos de tramitação, mas "muito em breve" o país terão sua primeira atividade certificada.

Segundo a Anac, o piloto do balão que caiu em Santa Catarina no dia 21, Elves de Bem Crescêncio, não tem licença válida para realizar voos comerciais. A defesa do piloto, por sua vez, diz que o piloto tem cadastro vigente de aerodesportista junto à Anac.

Em nota divulgada nesta terça-feira, 8, a Anac explicou que o novo regramento será implementado por etapas, como citado a seguir.

Medidas a curto prazo e médio prazo

Serão criadas restrições para que a atividade seja classificada como esportiva.

Operações que não sejam esportivas devem seguir critérios mínimos de segurança, que serão definidos após consulta pública, conforme uma regra de transição.

Medidas a longo prazo

Será definida uma regulação permanente para todos que quiserem explorar o balonismo de forma comercial.

"Cabe ressaltar que processos de certificação seguem padrões internacionais de segurança, e os operadores, uma vez certificados, são submetidos à fiscalização de suas operações conforme os requisitos requeridos", diz nota da agência.

Conforme a Anac, desde 2020 houve redução significativa nos custos para certificação, a partir do programa "Voo Simples". Com isso, a Taxa de Fiscalização da Aviação Civil (TFAC) passou de R$ 900 mil para R$ 20 mil.

Informalidade, desconhecimento das normas e falta de fiscalização estão entre os principais problemas para o turismo de aventura no País, segundo Luiz Del Vigna, diretor-executivo da Abeta, associação brasileira de empresas do setor.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).