Cidades

MORTE DE VEREADOR

Revolta e comoção em audiência

Revolta e comoção em audiência

Vânya Santos

15/12/2010 - 00h00
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Cerca de 40 pessoas manifestaram pacificamente em frente ao Fórum de Campo Grande e pediram Justiça no caso que apura o assassinato do presidente da Câmara Municipal de Alcinópolis, vereador Carlos Antônio Costa Carneiro (PDT), ocorrido na manhã de 26 de outubro deste ano. Parentes e amigos se dirigiram ao local vestidos com camisetas e segurando faixas para acompanhar a audiência com testemunhas de acusação, que prestaram depoimento das 14h às 16h40min de ontem.

A esperança de Ailton Fernandes, tio da vítima, era de que Irineu Maciel, 37 anos, e Aparecido Souza Fernandes, 34, – apontados como autores do crime – e Valdemir Valsan, indicado como intermediador do homicídio, revelassem para o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, Aluízio Pereira dos Santos, o nome do mandante da execução. "Estamos reforçando o pedido de Justiça porque a população de Alcinópolis está inconformada em não saber quem é o mandante do assassinato", garantiu o ex-prefeito do município, Ildomar Carneiro Fernandes.

"Pelas investigações a gente percebe que o mandante é de Alcinópolis, tanto é que a exigência era para que a execução fosse na cidade. O criminoso achou difícil fugir do município e chegou a desistir do crime, mas não tinha como devolver os R$ 3 mil que recebeu de sinal do mandante e teve que fazer o serviço", revelou o irmão do vereador, Helder Costa Carneiro.

Durante a manifestação, a esposa de Carlos Carneiro, a professora Nara Simone Silva Carneiro, frisou que "o criminoso esteve em Alcinópolis vários dias, conheceu minha família e ainda assim teve coragem de matar meu marido. Um ser humano desse não tem família porque destruiu a minha".

Revolta

Após permaneceram algum tempo em frente ao Fórum, manifestantes entraram no prédio para acompanhar a chegada dos réus na sala de audiência. Familiares e amigos da vítima ficaram agitados quando da entrada dos acusados. Aparecido, que estava algemado ao comparsa Irineu, chegou à sala chorando. Já Valdemir usava muletas porque quebrou uma das pernas durante acidente de trânsito envolvendo uma viatura da polícia que o levava para entrevista coletiva um dia após a morte da vítima.

Revoltados com a situação, parentes do vereador questionaram a emoção de Aparecido e o agrediram verbalmente. Além do pai da vítima, o vice-prefeito Alcino Fernandes Carneiro (PDT), outros familiares se emocionaram quando se depararam com os indiciados. Pelo menos seis policiais militares da Companhia de Guarda e Escolta impediram que os manifestantes se aproximassem dos acusados.

Cidades

Acidente na BR-060 deixa uma mulher morta e duas feridas

Um dos veículos envolvidos na colisão transportava produtos contrabandeados

17/01/2025 10h15

Reprodução: redes sociais

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Um acidente na noite da última quinta-feira (16) deixou uma mulher morta e duas feridas na BR-060, entre Campo Grande e Sidrolândia. A colisão aconteceu no km-402 da rodovia, próximo à Fazenda Piana, ponto turístico bastante conhecido em Mato Grosso do Sul.

A vítima foi identificada como Cristialine Marucy da Silva, de 42 anos, estava no banco do passageiro de um veículo Volkswagen Gol branco, que seguia sentido Sidrolândia. O carro era conduzido pela filha da vítima, de 19 anos, que foi socorrida com escoriações e levada para o hospital de Sidrolândia.

No outro veículo, um Fiat Uno, havia apenas uma mulher, que também ficou ferida. Ela foi encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande com hemorragia e fratura no nariz. No carro, foram encontrados diversos produtos provenientes de contrabando, como maços de cigarro, bebidas e alho.

Os itens foram recolhidos pela Polícia Rodoviária Federal. Contatada pela reportagem, a PRF não deu retorno sobre a quantidade de produtos apreendidos.

Não há atualizações sobre o estado de saúde das socorridas. A polícia ainda investiga a dinâmica do acidente.

Segundo em rodovias federais

O acidente na BR-060 foi o segunda com vítima fatal em rodovias federais de MS na última quinta-feira (16).

Durante a tarde, uma colisão entre duas carretas deixou um caminhoneiro morto na BR-163, no km 31 da ponte do Rio Iguatemi. A vítima foi identificada como Rudinei Rigo, de 40 anos. O acidente foi causado após um caminhoneiro, que vinha no sentido contrário, e tentar desviar de um buraco na pista.

Rudinei percebeu a tentativa de desvio do outro caminhoneiro, e jogou sua carreta contra o guard rail, com o intuito de evitar a colisão. No entanto, o segundo semirreboque do outro veículo teria atingido em cheio a parte frontal da carreta, causando o óbito do caminhoneiro.

O condutor da Scania foi submetido ao teste do bafômetro, que não constatou nenhum teor alcoólico.

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EDUCAÇÃO

Proibidos em salas de aula de MS, celulares deverão ficar nas mochilas

Estudantes que descumprirem a nova determinação poderão sofrer punições, como suspensão ou até mesmo ter o aparelho confiscado pelo professor

17/01/2025 09h30

Alunos do Estado deverão manter os celulares dentro das mochilas enquanto estiverem na escola

Alunos do Estado deverão manter os celulares dentro das mochilas enquanto estiverem na escola Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com os celulares restritos em todas as salas de aula de Mato Grosso do Sul já a partir do início de fevereiro, o novo “lar” dos aparelhos será, ao máximo, a mochila dos próprios alunos. É o que aponta a resolução a ser anunciada pela Secretaria de Estado de Educação (SED) na primeira semana do mês que vem.

Quem tentar burlar a medida, a qual abrange todas as etapas da Educação Básica, poderá ter o aparelho pessoal confiscado pela direção da própria instituição de ensino.

A medida se estenderá durante as aulas, os intervalos e o período de recreio, sob a justificativa de “salvaguardar a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes”.

“Os alunos que não cumprirem podem sofrer as punições já previstas no próprio regimento das escolas – não criaremos nenhuma regra nova. Advertências, suspensão e, em último caso, a escola poderá recolher esse bem, o que é um problema, pois é um bem privado”, afirmou ao Correio do Estado o titular da SED, Hélio Daher.

O secretário destacou que a medida vai alterar uma cultura vigente, visto que o uso do aparelho celular se tornou cada vez mais proeminente, sobretudo entre os mais jovens.

O líder da Pasta disse que a manutenção do aparelho celular por parte do aluno é uma questão de segurança para os jovens, uma vez que, segundo ele, as orientações terão cunho pedagógico, “sobretudo no sentido de orientar os professores e as famílias dos alunos”.

Além do caráter pedagógico, os alunos poderão recorrer ao uso dos aparelhos celulares somente em casos de aviso prévio e sob o aval dos professores em sala de aula. Com a mudança, os contatos de urgência deverão, de acordo com Daher, ocorrer à moda antiga.

“Com a mudança, é claro que vamos gerar atrito entre os alunos, temos problemas com 
o vício de tela, mas antigamente os comunicados eram realizados diretamente com a escola, então não será uma coisa nova”, frisou.

Atualmente, a lei passa pela sua regulamentação, que deve acontecer no Conselho Nacional de Educação (CNE) e no Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul (CEE-MS).

Sancionado na terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Projeto de Lei nº 4.932/2024 deverá ser aderido pelas 27 unidades da Federação, medida que abarca estudantes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

A Pasta espera concluir essa regulamentação até o fim deste mês, uma vez que no dia 3 de fevereiro tem início a formação dos professores da Rede Estadual de Ensino (REE), momento em que eles deverão ser orientados sobre cada ponto da nova lei e de como cumpri-la.

No caso das escolas municipais de Mato Grosso do Sul e das instituições de ensino particulares, a regulamentação necessária será realizada pelo CEE-MS.

A LEI

Formulada em 2015, a lei é de autoria do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) e define como sala de aula todos os espaços escolares nos quais são desenvolvidas atividades pedagógicas sob a orientação de profissionais de educação.

Apesar da proibição, a lei terá exceção em casos em que os alunos necessitem da tecnologia para o desenvolvimento, a inclusão e a evolução pedagógica.

“Será permitido o uso de aparelhos eletrônicos portáteis por estudantes da Educação Básica, dentro ou fora da sala de aula, quando se destine a garantir a acessibilidade, a inclusão e os direitos fundamentais, bem como para atender às condições de saúde dos estudantes”, diz trecho da lei.

Em contrapartida, caberá às instituições de ensino e às escolas elaborarem estratégias para tratar ao que o texto do projeto classificou como “sofrimento psíquico e da saúde mental dos estudantes” e oferecer treinamentos periódicos para a detecção, a prevenção e a abordagem de sinais sugestivos de sofrimento psíquico e mental e de efeitos do uso dos aparelhos celulares de forma indiscriminada por parte dos alunos.

No mesmo sentido, o ambiente escolar será responsável por disponibilizar espaços de escuta e acolhimento para receberem estudantes ou funcionários que estejam em sofrimento psíquico e mental 

“decorrente principalmente do uso imoderado de telas” e em função da nomofobia – termo utilizado para designar aqueles que sofrem de ansiedade ou medo pela falta do uso dos celulares.

O projeto frisa que o uso desregulado de celulares e aparelhos eletrônicos pode estar relacionado a distúrbios de ansiedade, transtornos alimentares e depressão, “especialmente com o uso de redes sociais”.

Conforme o projeto de lei, as restrições devem estimular a produção humana, a criatividade e o pensamento crítico, valorizar a prática esportiva presencial, incentivar a fruição e a participação nas manifestações artísticas e culturais e, sobretudo, abrir oportunidades de convívio e de interação olho no olho, essenciais para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.

“É uma medida necessária. O uso do celular da forma que estava era descontrolado, tira a atenção do aluno e prejudica uma das principais funções da escola: a socialização com colegas e com um grupo heterogêneo”, classificou Daher.

SAIBA

Os alunos que não cumprirem as orientações previstas em lei poderão ter seus celulares apreendidos, sofrer advertências ou até mesmo ser suspenso da unidade de ensino.

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