Cidades

MADRUGADA NA CAPITAL

Roubo à joalheria termina em morte no Centro de Campo Grande

Criminosos invadiram comércio de um ourives de 70 anos, agrediram gravemente o proprietário e, antes de virem à óbito, trio suspeito chegou a ser socorrido para Santa Casa

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Ainda durante as primeiras horas deste domingo (02), uma ocorrência de roubo e cárcere em um comércio de joias no centro de Campo Grande, terminou com três indivíduos - acusados de roubo e cárcere - mortos e um idoso, vítima do trio, gravemente ferido. 

Conforme esclarecido no início da tarde, pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, acionados durante a madrugada, a ocorrência começou quando identificado um princípio de confusão em comércio de joias. 

Ao chegarem no estabelecimento, em contato com o idoso de 70 anos que seria o ourives dono do local, foi possível constatar um caso cárcere privado seguido de roubo. 

Esse idoso, com várias lesões pelo corpo e necessidade de atendimento médico urgente, relatou estar sob a mira de criminosos, que começaram uma fuga ao notarem a chegada dos policiais. 

Como o local só possui uma única escada de acesso, que serve como entrada e saída do estabelecimento, o trio suspeito (que seriam dois homens e uma mulher) começou uma fuga pelos telhados. 

Contra bandos

Crimes envolvendo roubos de joias são recorrentes em Campo Grande, como o "limpa" feito em joalheria a 50 metros de delegacia, há 1 ano e 4 meses na Capital, ou mesmo o bando que levou R$ 600 mil em uma única ação no shopping Norte Sul Plaza. 

Nesse segundo caso, o bando foi identificado graças às imagens do circuito interno do estabelecimento, que levou à prisão dos indivíduos há cerca de dois meses, como acompanhou o Correio do Estado na ocasião. 

Roubo termina em morte

Junto dos policiais que começaram o atendimento, agentes do Batalhão de Choque passaram a vistoriar os telhados, que pertencem às demais lojas que compõe o centro comercial de Campo Grande. 

Quando viram os suspeitos entrando pelos fundos do que seria uma loja de malhas, os policiais se muniram de lanternas para tentar localizar o trio no meio da escuridão, momento em que notaram as armas de fogo. 

Conforme o Batalhão de Choque, "diante da injusta e iminente agressão ofertada aos policiais", o emprego da força letal foi "necessário" para impedir também que algum policial saísse ferido ou morto da ocorrências. 

"Importante registrar que os policiais, antes de qualquer emprego letal, verbalizaram de forma concisa determinando a imediata rendição dos envolvidos, porém, ao contrário do esperado, foram gravemente afrontados com as armas em riste prontas para serem utilizadas", complementa o Choque em nota. 

Com o caso registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Integrado De Polícia Especializada (Depac/Cepol) de Campo Grande, ainda não há a identificação das vítimas letais. 

Cabe esclarecer que, semelhante ao idoso vítima inicial levado à Santa Casa, os agressores atingidos pelos disparos policiais foram imediatamente socorridos à mesma unidade, porém não resistiram aos ferimentos. 


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Greve

Sem ônibus, idosos enfrentam dificuldade com carros de aplicativo

Ao procurar atendimento médico no Centro Especializado Municipal, em Campo Grande, idosos enfrentam alto custo e confusão na hora de solicitar o serviço por aplicativo

16/12/2025 17h15

Crédito: Pagu / Correio do Estado

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Com a greve dos motoristas de ônibus, idosos que tinham consultas marcadas enfrentaram dificuldades para chamar veículos por aplicativo na tarde desta terça-feira (16), na saída do Centro Especializado Municipal, em Campo Grande.

Na ausência de pessoas para ajudar, a reportagem foi abordada pelo auxiliar de pedreiro Davi Soares, de 60 anos, que tentava voltar para casa, mas não conseguia auxílio.

O idoso relatou que iria de ônibus, mas, devido à greve do transporte público, teve de recorrer ao serviço por aplicativo. Ele compareceu ao Cem para uma consulta com o dentista, pois está em processo de confecção de uma prótese dentária.

Morador do Jardim Noroeste, Davi passou pela consulta, e o retorno está previsto para fevereiro de 2026. No entanto, ele enfrentava dificuldades para entender o funcionamento do aplicativo.

“Eu tô com dificuldade para chamar um carro e voltar para casa, né?”, disse.

Davi Soares, tentando entender o aplicativo / Crédito: Pagu / Correio do Estado

Além da mudança na forma de transporte, como noticiou o Correio do Estado, a greve dos ônibus aumentou em 140% as viagens por veículos de aplicativo.

Com isso, idosos que não podem perder consultas estão desembolsando valores mais altos. É o caso da artesã Shirley Aparecida Dias, de 64 anos, que levou a mãe para uma consulta.

“A corrida [quando o ônibus não está em greve] fica, em média, uns R$ 17 ou R$ 18, e hoje deu R$ 24”, informou Shirley, em uma situação em que a mãe dela aguardou um ano e meio para passar pela consulta com um médico entomologista.

Greve

Com o transporte parado pelo segundo dia consecutivo e a paralisação sem previsão de término, esta é a maior greve que a Capital enfrenta nos últimos 31 anos.

Hoje, mais uma vez, os terminais Morenão, Julio de Castilho, Bandeirantes, Nova Bahia, Moreninhas, Aero Rancho, Guaicurus, General Osório e Hércules Maymone amanheceram fechados sem nenhuma "alma viva".

Em contrapartida, as garagens amanheceram lotadas de ônibus estacionados. A greve foi alertada antecipadamente, estava prevista e não pegou passageiros de surpresa.

Por conta da chuva, ficou mais difícil recorrer a alternativas nesta terça-feira (16), sendo impossível chegar de bicicleta ao trabalho e complicado pagar o preço sugerido pelos transportes por aplicativo.

A greve ocorre por falta de pagamento. Com isso, os motoristas reivindicam por:

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

** Colaborou: Naiara Camargo

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Cidades

Em meio à crise do transporte, comércio antecipa folga de funcionários

Na falta de clientes nas lojas da região central, empresas liberam colaboradores enquanto aguardam a resolução da greve de ônibus

16/12/2025 16h45

Crédito: Pagu / Correio do Estado

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O comércio da região central, que esperava aumentar o volume de vendas a oito dias do Natal, está tendo de antecipar a folga dos funcionários devido ao esvaziamento da região em decorrência da greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande.

A reportagem percorreu o entorno da Praça Ary Coelho, onde os pontos de ônibus estão servindo de local de espera para trabalhadores ou consumidores que se aventuraram e aguardavam um veículo por aplicativo.

Na Rua 14 de Julho, vendedores de lojas se ocupam organizando o estoque, formando filas à espera de um ou outro cliente, mas o cenário de incerteza marca a época do ano em que os lojistas esperam faturar mais.

Alguns estabelecimentos estão optando por antecipar a folga dos funcionários, já que, com a ausência da população que acessa o centro por meio do transporte coletivo, o movimento praticamente desapareceu.

É o caso de uma loja de calçados Anita, cuja gerente da unidade, Rayssa Dias dos Santos, relatou à reportagem que, na segunda-feira (15), quando a greve teve início, a loja ainda manteve um movimento tímido.

“Hoje a gente antecipou algumas folgas, primeiro porque o movimento fica mais calmo e, segundo, por ser menos um gasto para ter que trazer o funcionário de Uber.”

Nem a caravana de Natal da Coca-Cola deixa o setor confiante, uma vez que grande parte da população que costuma ir ao local, inclusive para aproveitar as atrações da Praça Ary Coelho, depende do transporte coletivo.

“Hoje vai ter a passeata da Coca-Cola, e eu acredito que muita gente precisa do ônibus para vir até o centro. Então, acredito que a paralisação do transporte público dá uma desequilibrada”, explicou Rayssa, e completou:

“A gente fica preocupada porque, querendo ou não, muita gente depende desse meio de transporte.”

Do outro lado da rua, na loja do Boticário, a gerente Suelen Benites Vieira, de 31 anos, explicou que a alternativa para enfrentar a falta de clientes tem sido a entrega em domicílio, serviço oferecido pela rede.

Entretanto, a greve dos motoristas de ônibus diminuiu de forma significativa o número de clientes no estabelecimento.

14 de Julho vazia, em horário que costuma ter fluxo de pessoas / Crédito: Pagu / Correio do Estado

“Realmente, seria o dobro, porque esta semana e a próxima são decisivas. Estamos vendendo muito para quem possui veículo, porque os que dependem de ônibus não estão vindo”, disse Suelen.

Na loja de vestuário, o gerente da Damyller, Cesar de Araújo, de 23 anos, recebeu a reportagem em um espaço que normalmente teria fluxo intenso de clientes, mas que, devido à chuva e ao custo do transporte por aplicativo, acabou tendo o cenário alterado.

“A greve de ônibus está impactando bastante não só a gente, mas também os outros comerciantes. Por exemplo, fui pegar uma marmita e ouvi reclamações. Isso está afetando tanto a rotina dos funcionários quanto o movimento do centro, e a gente percebe claramente essa diferença no fluxo”, pontuou Cesar.

Além disso, os funcionários só não estão sendo mais afetados e conseguem ir trabalhar porque as empresas se comprometeram a custear o transporte por aplicativo.

“A empresa está dando todo o suporte. Os funcionários pedem Uber e a gente ressarce o valor”, explicou Cleber, iniciativa que outros estabelecimentos também tiveram de adotar para não perder o efetivo.

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