Cidades

PANDEMIA

Saiba o que é imunidade de rebanho e quando Mato Grosso do Sul deve atingi-la

Melhor maneira de atingir imunidade de rebanho é por meio da vacinação

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A chamada 'imunidade de rebanho' é o termo usado para definir o cálculo que determina o percentual da população que deve estar protegida para frear o contágio por um vírus ou bactéria, interrompendo a cadeia de transmissão.

A infectologista Mariana Croda explica ao Correio do Estado que alguns estudos dizem que, para atingir a imunidade de rebanho, é necessário que 70% da população tenha tomado a vacina, mas que isso depende das variantes.

O infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Júlio Croda, também afirma ao Correio do Estado que imunidade de rebanho depende da variante em circulação. 

"A variante mais transmissível precisa de mais pessoas vacinadas. Varia de 70% a 90% [de pessoas vacinadas]".

De acordo com Croda, Mato Grosso do Sul deve atingir a imunidade de rebanho contra o vírus da Covid-19 até dezembro, com 70% da população imunizada.

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A projeção que determina a quantidade de pessoas que tem que se contaminar para atingir a imunidade de rebanho não é indicada, pois muitas pessoas precisariam morrer. 

A maneira mais indicada de se atingir a imunidade de rebanho é por meio da vacinação.

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, diz que Mato Grosso do Sul pode atingir a imunidade de rebanho entre o fim deste mês e o começo de agosto.

A previsão de Resende era para setembro, mas o prazo diminuiu para meados de agosto com o avanço da imunização contra Covid-19. De acordo com o secretário, 70% a 80% da população sul-mato-grossense deve estar vacinada até agosto.

"Nós temos setembro como marco de terminar o processo de imunização em cerca de 70, 80% da população, mas acho que vamos conquistar isso muito mais precoce", disse Resende.

"Eu acredito que no final de julho, começo de agosto, com certeza nós poderemos ter de 70 a 80% da população que, pelo menos, tomou a primeira dose e, mais de 50 a 60% que tomou a segunda dose”, complementa. 

Ritmo da vacinação

De acordo com dados do vacinômetro disponibilizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), Mato Grosso do Sul tem 48,91% de pessoas vacinadas e 24,48% imunizados contra Covid-19 desde o início da campanha de vacinação, que começou em 18 de janeiro de 2021.

Isso representa 1.221.197 sul-mato-grossenses que receberam a primeira dose, 534.643 que receberam a segunda dose e 153.008 que receberam a dose única. Mato Grosso do Sul totaliza 2.062.695 doses recebidas do imunizante.

Segundo dados do vacinômetro disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Campo Grande tem 43,01% de vacinados e 23,32% de imunizados.

Este número representa 389.750 campo-grandenses que tomaram uma dose da vacina e 236.671 pessoas que tomaram as duas doses ou dose única.

Mato Grosso do Sul é o primeiro estado do país no ranking de aplicação da primeira dose e segunda dose, de acordo com dados do vacinômetro disponibilizado pelo Ministério da Saúde.

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Segurança

Corumbá solicita medidas urgentes para segurança no trânsito fronteiriço

Em reunião com a Secretaria Nacional de Trânsito, em Brasília, o município apresentou propostas para melhorar a segurança no trânsito da cidade.

06/12/2024 15h30

Imagens/ Diário Corumbaense

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A Agência Municipal de Trânsito e Transporte (Agetrat) de Corumbá, localizada a 427 quilômetros de Campo Grande, apresentou um ofício ao secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, solicitando mais segurança no trânsito. A medida foi tomada após o aumento considerável no fluxo de veículos na região que atravessa a fronteira entre Brasil e Bolívia nos últimos dias.

O encontro, realizado em Brasília (DF), teve como objetivo identificar soluções para aprimorar a infraestrutura e a legislação de trânsito em regiões de intensa movimentação internacional, como é o caso da fronteira entre Brasil e Bolívia.

De acordo com o relatório do órgão, cerca de 8 mil veículos atravessam a fronteira diariamente. O fluxo intenso de veículos e carga na linha internacional tem contribuído para a redução da segurança na região.

Em entrevista ao jornal Diário Corumbaense, o especialista em trânsito e servidor da Agetrat (Agência Municipal de Trânsito e Transporte), Jeferson Braga, confirmou que entregou um documento ao secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, propondo medidas para melhorar a segurança na cidade.

"Corumbá tem características únicas, com um fluxo elevado de veículos e um grande movimento devido a sua proximidade com a Bolívia. A segurança no trânsito precisa de uma abordagem mais específica, que leve em consideração essas peculiaridades locais", afirmou Braga.

Ainda segundo Braga, o objetivo do relatório é iniciar uma discussão e propor modificações para melhorar a infraestrutura do trânsito em Corumbá.

Entre as sugestões entregues ao secretário estão a revisão da legislação de trânsito, a adequação das normas para o transporte de cargas pesadas e a implementação de campanhas educativas voltadas para os motoristas da região.

Para o secretário Nacional de Trânsito, as ações apresentadas são necessárias, devem ser analisadas e, em breve, colocadas em prática.

 "Entendemos que as cidades de fronteira enfrentam realidades únicas, e por isso é fundamental que as políticas de trânsito sejam adaptadas a essas especificidades", afirmou Adrualdo Catão.

De acordo com Adrualdo, os pedidos serão analisados pela União para estudos de viabilidade de implementação.

 

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Mato Grosso do Sul

Campo Grande: Acesso ao saneamento melhora a saúde de recém-nascidos, diz estudo da FGV

O levantamento foi realizado com base nos dados fornecidos pela Águas Guariroba, referentes ao programa Sanear Morena, que ampliou a rede de esgoto na cidade entre 2005 e 2019

06/12/2024 14h55

Estudo indicou melhora no saneamento básico da Capital

Estudo indicou melhora no saneamento básico da Capital Divulgação

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A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou resultados parciais de um estudo que avalia os efeitos do saneamento básico na saúde neonatal em Campo Grande. O levantamento foi realizado com base nos dados fornecidos pela Águas Guariroba, referentes ao programa Sanear Morena, que ampliou a rede de esgoto na cidade entre 2005 e 2019.

O estudo, intitulado Saneamento e Saúde Neonatal: Evidências do Brasil, foi conduzido pelos pesquisadores Pedro Oliveira, Daniel da Mata e Fernanda Batolla, da Escola de Economia de São Paulo da FGV. 

A pesquisa mostrou que o acesso ao saneamento básico está diretamente relacionado ao aumento do peso dos recém-nascidos e à redução de nascimentos com peso abaixo de dois quilos, diminuindo o tempo de internação em UTIs neonatais.

Entre os destaques, a pesquisa identificou que, a cada mês de acesso ao saneamento durante a gestação, o peso do bebê aumenta em média 20 gramas. Esse impacto é mais significativo quando o saneamento é acessado nos dois primeiros trimestres de gravidez. 

“O que acontece ainda na barriga da mãe terá efeitos permanentes na vida da criança”, explicou Fernanda Batolla, uma das autoras do estudo, durante uma live de divulgação.

Cobertura

Durante o período analisado, a cobertura de esgoto em Campo Grande avançou de 22%, em 2005, para 83%, em 2019. Atualmente, o índice chega a 93%, superando as metas estipuladas pelo Marco Legal do Saneamento Básico, que exige 90% de cobertura até 2033. A Águas Guariroba, responsável pela rede, destacou que 95% das famílias têm aderido ao serviço quando ele é disponibilizado.

Francis Faustino, diretora-executiva da concessionária, enfatizou a importância dos resultados.  

“O estudo reforça nosso compromisso com a população e mostra os frutos do trabalho realizado ao longo dos anos. Continuamos investindo na ampliação da Tarifa Social, que hoje beneficia mais de 65 mil pessoas, garantindo que cada vez mais famílias tenham acesso ao saneamento”, afirmou a diretora.

A pesquisa também destacou disparidades no acesso ao saneamento, com maiores benefícios observados entre mães com melhor escolaridade e renda.

Para mitigar essa desigualdade, a Águas Guariroba vem intensificando ações de conscientização e investindo em infraestrutura, como os 500 quilômetros de rede implantados nos últimos dois anos, dentro do programa Campo Grande Saneada.

O estudo da FGV será publicado integralmente em breve e integrará a tese de doutorado de Pedro Oliveira, um dos autores, com financiamento da Fapesp.

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