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Secretário diz que não tem policiais para ficar em postos de saúde

Secretário diz que não tem policiais para ficar em postos de saúde

KARINE CORTEZ

28/01/2010 - 22h24
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O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, informou ontem que a Polícia Militar não tem efetivo para atender solicitação da prefeitura de policiamento permanente nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), até mesmo porque seriam necessários 32 policiais de plantão. Ele apenas determinou que seja implantado um canal direto de comunicação entre os administradores dos nove postos de saúde 24 horas e das duas UPAs com os comandantes da base policial da área. “Os administradores das u n idades de saúde terão número do celular dos comandantes e ligarão direto para eles quando houver necessidade. Desta forma, esperamos dar mais agilidade ao atendimento policial”, disse. A declaração foi feita durante reunião, na sede da secretaria de segurança, com o prefeito Nelsinho Trad, o secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o chefe do Estado-Maior da PM, Luis Carlos Garcia Gomes. Wantuir Jacini alegou que não foi informado de que as UPAs da Vila Almeida e do Bairro Coronel Antonino exigiam a presença de policiais militares, conforme portaria baixada pelo Ministério da Saúde. “Recebi hoje do prefeito um ofício solicitando policiamento nesses locais e é claro que não tenho esse efetivo de pronto. O Ministério da Saúde, que autorizou a construção das UPAs, não poderia ter nos dado missão sem nos dar os meios”, enfatizou. A demora no atendimento aos pacientes que vão aos postos, aliada à falta de paciência de familiares, tem resultado em bate-bocas e agressão a médicos e enfermeiros que atuam nas unidades de saúde e isso foi o que motivou a prefeitura a cobrar segurança nos postos. Na semana passada, por exemplo, revoltados com a demora, cerca de 20 homens invadiram a Unidade de Pronto Atendimento da Vila Almeida, encurralaram médicos e só não houve quebra-quebra porque integrantes da Guarda Municipal conseguiram apaziguar os ânimos. Na chegada para a reunião, Nelsinho disse que, sem segurança não iria contratar mais médicos. “Quem é que gostaria de trabalhar sob ameaça e com medo. Sem segurança, não dá”, salientou. Mas ao final o prefeito saiu e não quis falar com a imprensa sobre o posicionamento da Sejusp. Wantuir Jacini explicou que apenas para uma UPA seria necessária equipe com 16 policiais e, somando as duas, daria 32 homens. “Além dos policiais em si, ainda teríamos que ter pelo menos quatro viaturas novas e não temos”. Essas unidades são diferentes dos 24 horas porque permitem que o paciente permaneça internado no local por até 72 horas e, por conta disso, são levados para lá pacientes vítimas de violência. “Esses pacientes vítimas de violência são baleados, esfaqueados ou até atropelados que vêm de situações adversas, exigindo um certo cuidado por parte dos médicos até mesmo com os acompanhantes. Por isso, as UPAs precisam de mais segurança”, explicou o secretário de Saúde. Carnaval O secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, se comprometeu com a prefeitura em reforçar o policiamento nas unidades de saúde 24 horas e nas UPAs durante os dias de carnaval. “A PM vai estar fazendo ronda nas proximidades dos postos durante o carnaval, porque nesse período ainda existe o agravante da ingestão de bebida alcoólica, o que leva as pessoas a perder a calma e partirem para agressão”, salientou Luiz Mandetta. O secretário de Saúde disse que a prefeitura está contratando novos médicos de forma gradativa. “Não temos como dizer quantos vamos ou podemos contratar. Isso vai depender dos médicos que forem saindo para fazer residência ou servir no Exército”, salientou. Ontem, 11 médicos, sendo seis plantonistas e cinco ambulatoriais, foram contratados, conforme publicação do Diário Oficial.

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Polícia confirma identidade de caseiro morto por onça em MS

Caso aconteceu no dia 21 de abril; investigação agora procura entender o que levou à violência desse felino, já que apesar de dividirem o mesmo ecossistema os ataques aos humanos não são comuns

23/04/2025 10h15

Polícia confirma identidade de caseiro morto por onça em MS

Polícia confirma identidade de caseiro morto por onça em MS Divulgação

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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul confirmou na manhã desta quarta-feira (23), a identidade do homem encontrado morto nas proximidades do Pesqueiro Touro Morto, localizado na zona rural do município de Aquidauana. Trata-se de Jorge Ávalo, de 60 anos, identificado por meio de exame necropapiloscópico realizado pelo Núcleo de Identificação de Aquidauana

O caso aconteceu no dia 21 de abril, quando Jorge foi visto pela última vez de madrugada, com registro de atividade em aplicativo de mensagens por volta das 5h30min. Por volta das 6h30min, um piloteiro local se deparou com uma cena que indicava a possível ocorrência de um ataque por animal silvestre. O fato foi comunicado à Polícia Militar Ambiental, que acionou a Polícia Civil.

As primeiras informações que chegaram para a PMA era que Jorge teria sido atacado por uma onça-pintada e sido morto nesse ataque. Contudo, as autoridades ainda precisaram averiguar o caso e as evidências. 

Essa suspeita de ataque de onça-pintada foi feita porque turistas e caseiros que passaram no local viram várias pegadas que sugerem a presença do animal. Essa região tem presença comum de onças, inclusive já houve averiguação de autoridades para o crime de "ceva", que é o oferecimento de alimento para animais selvagens. 

No dia seguinte, 22 de abril, novas partes do corpo foram localizadas nas proximidades do pesqueiro, em área de difícil acesso. Durante a retirada dos restos mortais, um dos participantes das buscas foi atacado por uma onça, confirmando a presença do animal na região.

A Polícia Militar Ambiental (PMA) trabalha agora com quatro hipóteses para tentar justificar o que, de fato, motivou a investida fatal do felino.

Foi indicado em nota, que os restos mortais de "Seu Jorge" foram encontrados cerca de 280 metros do rancho, confirmando que o caseiro foi atacado por um felino de grande porte, nesse caso uma onça-pintada. 

Como o caso ainda segue sendo investigado, a intenção das autoridades é tentar precisar o que levou à violência desse felino, já que apesar de dividirem o mesmo ecossistema os ataques aos humanos não são comuns.

Entre as quatro principais hipóteses levantadas, a PMA considera possível: 

  • Escassez de alimento; 
  • Comportamento defensivo do animal;
  • Período reprodutivo ou
  • Atitude involuntária da vítima 
  • Importante explicar que, o período reprodutivo foi levantado entre as hipóteses já que nessa etapa da procriação há uma competição ecológica, em que costumeiramente o macho se torna mais agressivo. 

Já a atitude involuntária da vítima também é considerada, uma vez que foi levantada a possibilidade de que Jorge seguia pela plataforma com mel nas mãos. 

A polícia explica que havia câmeras no local, já que a propriedade contava com sistema de monitoramento de segurança, mas indica que os equipamentos não estavam funcionando corretamente no momento do ocorrido. 

Como a prática de "ceva", ou seja, fornecer alimentos aos animais selvagens, já foi alvo de investigação das autoridades na região, a PMA reforça que há leis específicas que proíbem tal ação. 

Além da  Lei Federal nº 9.605/1998 (que trata de Crimes Ambientais) e a nº 5.673, de 8 de junho de 2021 (sobre a Proteção à Fauna no Estado de Mato Grosso do Sul), há ainda uma resolução (nº 08 de 2015) da Secretaria Municipal de Administração (Semad) proibindo a ceva. 

A Polícia lembra que estimular essa aproximação é perigoso, já que os animais selvagens podem associar a presença de seres humanos à oferta de alimento. 

**Colaborou Léo Ribeiro e Rodolfo César** 

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Motoentregadores terão ponto de 'apoio' em Campo Grande

Local contará com banheiros, áreas de descanso e bebedouros com água potável

23/04/2025 09h45

Motoentregadores terão ponto de 'apoio' em Campo Grande

Motoentregadores terão ponto de 'apoio' em Campo Grande Gerson Oliveira

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), sancionou, nesta quarta-feira (23), a lei que autoriza a criação de pontos de apoio para motoentregadores em Campo Grande. A iniciativa tem como objetivo proporcionar melhores condições de trabalho e bem-estar aos profissionais que atuam na entrega de alimentos e produtos pelas plataformas iFood, Loggi, Rappi, Uber Eats, Cornershop, 99 Food e qualquer outra que opere neste município, seja por meio de cooperativas, aplicativos ou iniciativa privada.

Os pontos de apoio devem contar obrigatoriamente, com a seguinte infraestrutura: 

  • I - banheiros com instalações adequadas;
  • II - tomadas para recarga de dispositivos eletrônicos;
  • III - áreas de descanso equipadas com assentos e cobertura;
  • IV - bebedouros com água potável;
  • V - espaço para estacionar bicicletas e motocicletas.

Também será da obrigação das empresas de aplicativos, de entregas e de transporte individual privado, manter, no mínimo, um ponto de apoio em áreas estratégicas definidas pela empresa, com livre acesso aos seus entregadores, motoristas e demais colaboradores.

Em pontos de apoio criados e mantidos pela Prefeitura não serão autorizadas a exploração comercial e/ou cobrança de valores para uso do espaço assim como fica proibida a venda, o fornecimento e o consumo de bebidas alcoólicas nas paradas.

Já a localização dos pontos de apoio será definida pelo Poder Executivo, considerando a demanda e a circulação de motoentregadores nas regiões da cidade.

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