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Sem atingir meta, Saúde quer ajuda da Educação para ampliar vacinação

Segundo o secretário de saúde de Campo Grande, Sandro Benites, um dos motivos da baixa procura pelas doses é a descrença na eficácia dos imunizantes

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Em busca de melhorar a cobertura vacinal infantil, a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) estuda a realização de uma ação de vacinação nas escolas de Campo Grande.

Segundo o histórico de cobertura vacinal da Capital, no ano passado, apenas duas das nove vacinas disponíveis para o público infantil atingiram a meta estabelecida de vacinação.

A aplicação da vacina da poliomielite, pneumocócica 10-valente conjugada (VPC-10), meningocócica, pentavalente, febre amarela e rotavírus não atingiram as metas que variam de 90% a 100% do público infantil imunizado no município.

Apenas as vacinas da tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba), com 97,71% do público vacinado, e da BCG, com 105%, atingiram a meta de imunização, em Campo Grande.

Em entrevista para o Correio do Estado, o secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, informou que em 2023 a Sesau deve procurar métodos mais ativos, como campanhas, para aumentar o número de doses aplicadas.

“Quando eu era moleque, eu lembro que eu recebia a vacina na escola, era uma logística fácil. Fazendo uma convergência entre Secretaria Municipal de Educação e Sesau, daria para estudar esta possibilidade”, declarou o secretário.

A Superintendente de Vigilância Sanitária, Veruska Lahdo, acrescentou que, com a efetivação desta ação nas escolas, deve ser feito todo um trabalho de orientação para os pais, responsáveis pelos estudantes da rede municipal.

“Na época que a Sesau fazia esta ação, a escola fixava na agenda da criança qual era a data do dia da vacinação e encaminhava o atestado para os pais assinarem”, disse Veruska durante ao Correio do Estado.

A reportagem entrou em contato com a Sesau, que confirmou o início das tratativas entre Sesau e Semed para a campanha de vacinação nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande (Reme).

Não há até o momento uma definição sobre o começo da campanha ativa de vacinação nas escolas, já que os alunos ainda passam pelo período de férias de janeiro, apenas que ela será realizada no ano letivo de 2023.

MÉTODO ESTADUAL

Como o próprio secretário Sandro Benites citou em entrevista ao Correio do Estado, o método de vacinação infantil realizado nas escolas não é uma ideia nova, e, recentemente, foi introduzido na rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul.

A Secretaria de Estado de Educação (SED) lançou em novembro de 2021 a campanha Estudante Inteligente Confia na Ciência – Vacine-se, que visava realizar uma busca ativa de alunos com de 12 anos ou mais, das redes públicas e privadas de ensino, dos 79 municípios do Estado, para tomarem a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

Para a realização dessa campanha, cada um dos municípios indicou uma ou mais escolas que funcionaram como polo base para a imunização dos adolescentes contra a Covid-19, com a disponibilidade de equipes para aplicar a vacinação.

Em Campo Grande, a Escola Estadual Joaquim Murtinho foi o ponto focal para a imunização dos adolescentes das redes privadas e públicas de ensino. 

Além do Joaquim Murtinho, as escolas Lino Villachá e Waldemir de Barros também receberam a ação.

A Campanha contou com 82 postos de vacinação situados em unidades escolares da Rede Estadual de Ensino.

IMUNIZANTE DA COVID-19

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a vacinação infantil contra a Covid-19 é dividida por faixas etárias.

“No público de crianças de três a quatro anos de idade, apenas 13,7%, ou seja, 3.553 crianças tomaram, pelo menos, a primeira dose da vacina, quando se trata da segunda dose, a cobertura cai para 6,3%”, informou a Sesau em nota.

Quanto ao público de cinco a 11 anos, receberam pelo menos uma dose, o que corresponde a 48.267 crianças vacinadas.

A cobertura com a segunda dose, assim como informou a Sesau, também está baixa, uma vez que somente 33,4% do público estimado concluiu o ciclo vacinal.

A secretaria ainda declarou que quando se trata do público de seis meses a dois anos de idade, não é possível estipular a cobertura por causa de um laudo que os responsáveis por esta faixa etária devem entregar no ato da vacinação, que comprove alguma comorbidade da criança. (Colaborou Ketlen Gomes)

Saiba: Mais de 100 mil crianças foram vacinadas com os nove imunizantes disponibilizados pela Secretaria de Saúde em 2022, nas Unidades Básicas de Saúde do município.

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Gaeco

Quadrilha de PMs que agiam como agiotas tinha integrante em MS

Gaeco de Rondônia deflagrou a operação contra a organização criminosa formada por policiais, com integrantes em seis estados

07/02/2025 18h30

Durante a operação, foram apreendidas armas e documentos, entre outros

Durante a operação, foram apreendidas armas e documentos, entre outros Foto: Reprodução

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O Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou, nesta sexta-feira (7), operação contra policiais e outros servidores envolvidos em esquema de agiotagem, extorsão, lavagem de dinheiro e outros crimes. Um dos mandados foi cumprido em Chapadão do Sul.

A operação é resultado de uma sindicância instaurada pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar de Rondônia, que apurou desvios disciplinares e possíveis crimes praticados por policiais militares, como agiotagem, extorsão e expropriação.

Com base na sindicância, o Ministério Público deflagou a operação Soldados da Usura, com objetivo de desmantelar a organização criminosa que agia com o objetivo de obter vantagens financeiras a partir da realização de empréstimos ilegais (usura) e que praticou, no mesmo contexto, os crimes de extorsão, lavagem de dinheiro, estelionato, falsidades ideológicas, dentre outros em apuração.

Foram cumpridos 9 mandados de prisão preventiva e 42 de busca e apreensão em em Porto Velho (RO), Distrito de Três Coqueiros (RO), São Paulo (SP), Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Diamantino (MT), Chapadão do Sul (MS) e Rio Branco (AC).

O nome dos alvos não foi divulgado.

Também foi decretada a indisponibilidade de valores, imóveis, cotas sociais de empresas, veículos de luxo, dentre outros, que totalizam R$ 73.655.246,00, todas deferidas pelo Poder Judiciário da Comarca de Porto Velho.

Dentre as apreensões estão celulares, pen drives, notas promissórias, notebooks, cerca de 20 veículos, nova máquinas caça-níqueis e diversos documentos.

Modo de agir

Segundo o promotor de Justiça e coordenador do Gaeco rondoniense, Anderson Batista de Oliveira, a ação visa instruir o procedimento investigatório criminal iniciado em 2022.

"[A investigação] constatou indícios de que alguns policiais militares estivessem envolvidos na prática de crimes de usura e extorsão. A usura é popularmente conhecida como agiotagem, cobrança e empréstimo de dinheiro a juros exorbitantes", explicou o promotor.

"A evolução na investigação constatou que na verdade se tratava de uma organização criminosa que havia, ao todo, seis policiais militares envolvidos e mais de uma dezena de outras pessoas que não eram da corporação policial militar e que eles realmente praticavam centenas de empréstimos a juros exorbitantes, e aquelas pessoas que tinham dificuldades ou atrasavam o pagamento das dívidas eram ameaçadas, constrangidas e agredidas fisicamente para realizarem os pagamentos. Quando não conseguiam realizar o pagamento, eram expropriadas do patrimônio", acrescentou o promotor.

Conforme o MPRO, a quadrilha era composta por uma rede de pessoas que tinham as funções de captar “clientes”, fazer empréstimos com juros ilegais e fazer as cobranças com o uso de violência e grave ameaça, inclusive com uso de armas de fogo.

A quadrilha também agia na expropriação patrimonial, já que, em relação a diversas vítimas, os investigados se apossaram de valores e bens que lhes pertenciam, acumulando e movimentando expressivas cifras em dinheiro e bens móveis e imóveis.

Na sequência, os investigados praticavam crimes visando ocultar e dissimular a origem, disposição e localização de bens e valores, movimentando todo o patrimônio ilicitamente angariado em nome de empresas fantasmas constituídas em nome de “laranjas”, com documentos ideologicamente falsos,

Para converter ativos ilícitos em lícitos, faziam relevantes investimentos na compra de veículos, imóveis e até na construção de uma draga de extração de ouro no Rio Madeira.

A promotora de Justiça Luciana Nicolau de Almeida explicou que, no curso das investigaçõs, foram pedidas algumas cautelares ao Judiciário, como quebra de sigilo bancário, quebra de sigilo fiscal, quebra de sigilo telefônico e interceptações telefônicas.

"Foi possível haver um aprofundamento nessas investigações e ter um resultado realmente bastante contundente a respeito da atuação dessa organização criminosa", disse.

As prisões foram decretadas para manter a ordem pública, pois muitos dos agentes já tinham antecedentes criminais.

"A atuação da Corregedoria-geral reflete um dos eixos prioritários da instituição, que é a intolerância ao crime violento e ao desvio de conduta, bem como o compromisso de proteger o cidadão e garantir que a atuação dos policiais militares esteja alinhada com os princípios da legalidade e moralidade", disse a PMRO, em nota.

As investigações identificaram várias vítimas da organização criminosa, mas o Gaeco ressalta que podem haver mais pessoas lesadas. 

Desse modo, o Ministério Público disponibiliza abaixo link em seu site, contendo formulário para identificação e colheita de reclamações de outras possíveis vítimas da quadrilha investigada.

O nome atribuído à operação é referência ao modus operandi adotado pelos investigados, que empregavam força, ameaças com armas de fogo, violência física, comportando-se como uma legião de saqueadores, explorando e expropriando as vítimas para obter e acumular muita riqueza às custas do patrimônio alheio.

Confusão

Justiça concede medida protetiva contra policial federal que agrediu criança em condomínio

Agressão ocorreu após briga entre criança e filho do servidor público em partida de futebol

07/02/2025 17h20

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família Foto: Reprodução

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Um mês após a justiça conceder uma medida protetiva contra o policial federal que agrediu uma criança de 12 anos em um condomínio localizado no Jardim São Lourenço, o pai do garoto agredido, policial rodoviário federal, foi à Delegacia de Proteção à Criança e o Adolescente (DPCA) nesta quarta-feira (5), desta vez contra a esposa do agressor, que segundo o boletim de ocorrência, estaria difamando ele e seu filho entre os moradores do condomínio em que vivem. 

Iniciada no dia 10 de janeiro deste ano, a discussão começou após uma briga em uma partida de futebol entre a criança agredida e o filho do policial federal, de 11 anos, que vive no mesmo condomínio. 

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Nas imagens cedidas ao Correio do Estado, é possível identificar que os garotos se desentendem durante a partida de futebol, contudo, a confusão foi levada até o policial federal, que saiu de sua casa e, segundo o boletim de ocorrência, apertou o braço esquerdo do menor, que estava acompanhado de uma funcionária da família, que assistia a partida entre os jovens.

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Ao ver o policial puxar o braço do garoto, a mulher pede para que ele pare com a agressão, entretanto, é possível identificar que o agressor também puxa o braço da mulher, que reclamou do fato. Conforme apurado pela reportagem, tanto a mãe, quanto o pai do garoto agredido não estavam em casa durante o ocorrido. Seguranças do local acalmaram o caso. 

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Medida protetiva 

Cabe destacar que a medida protetiva contra o policial federal foi concedida um dia após a agressão, pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira.

Em sua justificativa, o juiz determinou que o policial federal fosse afastado de qualquer convívio com a criança, além de estar proibido de se aproximar do garoto, familiares e testemunhas, por qualquer meio de comunicação, por pelo menos 100 metros de distância.

Novo pedido

Mesmo com o cumprimento da medida por parte do policial federal, o pai do garoto agredido esteve na DPCA, e alegou que a esposa do funcionário público tem pedido para que as demais crianças parem de brincar com seu filho.

Na ocasião, segundo a ocorrência, ela teria dito que o seu filho é quem teria sido agredido e pediu para que a criança saísse “da influência desses marginais", diz o boletim de ocorrência. Segundo contou o pai do garoto agredido, ela teria dito que ele é usuário de drogas e o chamado de “maconheiro”, ocorrência atendida pelo delegado Pablo Gabriel da Silva. O caso segue em segredo de justiça. 

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