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Com custo milionário, até garoa põe semáforos em pane

Calógeras, Avenida Salgado Filho, Avenida das Bandeiras, são alguns pontos onde os sinaleiros estão fora do ar causando tumulto no trânsito de Campo Grande nesta sexta-feira (20)

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Enquanto a empresa responsável pelos semáforos em Campo Grande ganha quase R$70 mil por dia, chuva fraca em áreas isoladas conseguiram dar pane em mais de 10 semáforos na cidade. Devido a este fato, na manhã desta sexta-feira (20), houve tumulto no trânsito, incluindo ruas e avenidas importantes do município. 

O Correio do Estado foi atrás e observou que nas ruas Juruena - próximo a avenida Bandeirantes, Santa Adélia, Cubatão, Tatuí, Marco Pólo e Calógeras, foram flagradas sem sinalização nesta sexta. 

Outros locais da cidade como a  Avenida Fábio Zahran, Avenida das Bandeiras, Avenida Salgado Filho e Calógeras, também foram vítimas da garoa campo-grandense e amanheceram com pane nos semáforos da região. Em alguns pontos, o trânsito foi intenso, com muita paralisação e reclamações da população. 

A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande, para saber a quantidade total de regiões sem sinalização e se haverá reparo ainda hoje, mas, até a publicação desta matéria, não retornaram.

Custo milionário

Diferente do tempo que durou a "novela", encerrada há três meses quando o Executivo de Campo Grande trocou a empresa de gestão dos semáforos da Capital, os pedestres campo-grandenses têm cinco segundos para atravessar uma movimentada avenida na Cidade Morena.

Vale lembrar que, ainda em 11 de setembro o Executivo Municipal passou a gestão dos serviços técnicos de manutenção da sinalização das mãos do Consórcio CAM para a Empresa ARC, em uma processo de licitação milionária que saiu por exatos R$ 23.200.359,81.

Como bem acompanha o Correio do Estado, o Consórcio CAM comandou os serviços desde 2018, tendo renovações sem licitações, em contrato que chegou a render R$ 51,8 milhões. 

Cabe citar que, à época, os valores iniciais foram registrados em R$ 31,7 milhões e, durante o tempo que comandou a gestão dos serviços, o contrato do Consórcio CAM foi acrescido em 63,01% no período de cinco anos. 

Houveram denúncias contra esse contrato e, entre as suspeitas, os reajustes segundo contrato deveriam obedecer ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que corresponde a 5,36% no período. 

Porém, um cálculo rápido do IPCA-E entre 2018 a 2023 mostra que, considerada somente inflação mais reajuste, o aumento do período deveria ser de R$ 41,69 milhões, diferença de mais de R$ 10 milhões que aparentemente à época não foi justificado. 

Previsão do tempo

Neste sábado, dia 21 de dezembro, ocorre o solstício de verão, fenômeno que marca a mudança de estações. Nesta data, o hemisfério sul do planeta Terra está mais inclinado ao sol, e por isso ela é conhecida como "o dia mais longo do ano", com maior tempo de exposição ao sol.

O verão já chega com chuvas em Mato Grosso do Sul. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de perigo de tempestade para todo o estado nesta sexta-feira (20) que precede o início da nova estação. A chuva deve se manter durante o fim de semana, sendo mais pontual em algumas regiões. 

Há probabilidade de chuva entre 30 e 60 milímetros por hora ou 50 a 100 milímetros por dia. Os ventos podem atingir 100 quilômetros por hora. Tais fatores aumentam o risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos.

Entre sexta e sábado (20 e 21 de dezembro), há possibilidade de chuvas de intensidade fraca a moderada, e, pontualmente, podem ocorrer chuvas de intensidade forte e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento.

Em relação às temperaturas, estão previstas mínimas entre 21-23°C e máximas entre 27-32°C para as regiões sul, leste e sudeste do estado. Nas regiões pantaneira e sudoeste esperam-se mínimas entre 24-26°C e máximas entre 29-34°C. Já nas regiões do bolsão e norte são esperadas mínimas entre 22-24°C e máximas entre 30-33°C.

Em Campo Grande, mínimas entre 22-24°C e máximas entre 28-31°C.

Domingo

No domingo (22) a previsão indica sol, seguido por aumento de nebulosidade e possibilidade para chuvas. Com o avanço da frente fria, ainda podem ocorrer chuvas de intensidade fraca a moderada.

Devido ao aquecimento diurno, pontualmente, podem ocorrer tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento.

Os maiores acumulados de chuva no domingo devem ocorrer nas regiões centro-oeste, sudoeste, norte e noroeste do estado devido a atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai.

Em relação às temperaturas, estão previstas mínimas entre 21-23°C e máximas entre 29-32°C para as regiões sul, leste e sudeste do estado. Nas regiões pantaneira e sudoeste esperam-se mínimas entre 24-26°C e máximas entre 29-33°C. Já nas regiões do bolsão e norte são esperadas mínimas entre 22-24°C e máximas entre 29-31°C.

Em Campo Grande, mínimas entre 21-23°C e máximas entre 27-29°C.

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Motoristas de Uber terão que pagar exame toxicológico ao renovar CNH

Além dos motoristas de aplicativo, o projeto de lei também incluiu jovens que estão tirando a carteira de motorista pela primeira vez

20/12/2024 17h45

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O Senado Federal aprovou o projeto de lei (PL 3965/2021), que torna obrigatório o exame toxicológico para motoristas de aplicativo, que terão que custear o exame, já que as empresas ficam isentas, conforme o texto da emenda.

O PL, de autoria do deputado federal José Guimarães (PT-CE), passou pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e inicialmente tratava do uso de parte das multas de trânsito para custear a CNH Social para pessoas em vulnerabilidade social inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

No Senado, o PL recebeu emendas que estabeleceram a obrigatoriedade do exame toxicológico tanto para quem for tirar a primeira carteira de motorista quanto para motoristas de aplicativo.

Atualmente, a legislação de trânsito tornou obrigatória, desde 2016, a realização do exame para motoristas das categorias C, D e E. Com a emenda, o PL determina que as empresas de transporte por aplicativo cobrem os exames dos motoristas cadastrados. Caso o projeto passe pela Câmara dos Deputados, os motoristas deverão pagar do próprio bolso o valor do exame.

Ainda, ficou determinado que os testes devem ser realizados nas mesmas clínicas em que os motoristas fazem os exames psicotécnicos, desde que possuam laboratório devidamente credenciado.

A emenda de autoria do senador Carlos Portinho (PL-RJ) isentou as empresas de custear o exame, uma vez que os trabalhadores não possuem vínculo empregatício e prestam serviço de maneira autônoma.

“Ocorre que a relação entre as empresas de transporte por aplicativo e motoristas não apresenta a continuidade característica de um vínculo empregatício, uma vez que os trabalhadores podem iniciar ou interromper suas atividades a qualquer momento, conforme sua conveniência. Assim, tampouco faz sentido tratar o preenchimento das condições legais para o exercício da atividade como se estivessem no âmbito de um exame admissional ou demissional”, pontuou o senador.

Deste modo, o pagamento ficou a cargo dos motoristas de aplicativo, que devem realizá-lo no momento em que forem renovar a CNH.

“A solução proposta é explicitar que esses motoristas estão obrigados a apresentar o exame, realizado previamente ao início de suas atividades e por conta própria, de maneira análoga ao que já se exige no art. 11-B da Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana para a apresentação de certidão negativa de antecedentes criminais.”

O custo médio do exame toxicológico, com base em dados da Associação Brasileira de Toxicologia (Abtox), é de R$ 135.

Com a incorporação das emendas, o texto retorna para a Câmara dos Deputados.

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Multada em R$ 2 mi por rompimento de barragem, Nasa Park ainda pode recorrer à Justiça

Imasul disse que o processo segue em trâmite administrativo e conforme o procedimento legal

20/12/2024 17h30

Barragem rompeu no dia 20 de agosto, dentro do loteamento do condomínio de luxo da empresa

Barragem rompeu no dia 20 de agosto, dentro do loteamento do condomínio de luxo da empresa Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Multada em R$ 2 milhões pelo rompimento de uma barragem privada em agosto último, a empresa Nasa Park Empreendimentos Ltda, se defende há três meses na Justiça e, segundo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), "as multas, que somam R$ 2,15 milhões (R$ 2,05 milhões pelo rompimento da represa e R$ 100 mil por violação de normas ambientais), seguem em trâmite administrativo, conforme o procedimento legal."

Conforme o Instituto, após análise e julgamento administrativo em primeira instância, a empresa terá novo prazo para apresentação de recurso em segunda instância, caso "opte por utilizá-lo.", processo que será submetido a nova análise e julgamento, que antecede a decisão final da Justiça.

"Somente após o esgotamento dessas etapas no âmbito administrativo é que será possível exigir o pagamento da multa ou encaminhá-la para cobrança judicial.", frisou o Imasul. De acordo com a pasta, o prazo final dependerá dos recursos administrativos ou, eventualmente, judiciais em trâmites no processo.

Tragédia

A barragem rompeu no dia 20 de agosto, dentro do loteamento do condomínio de luxo da empresa, localizado em Jaraguari, próximo ao km 500 da BR-163, e a cerca de 31 km de Campo Grande.

Na ocasião, a rodovia federal mais importante do Estado, que fica a cerca de 8 km de onde a barragem rompeu, foi rapidamente alcançada pela água e está interditada.

Notificações

Segundo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), o condomínio já havia sido notificado duas vezes por falta de manutenção no local.

Conforme o Imasul, a primeira notificação por falta de manutenção na barragem do condomínio ocorreu em 2019 e não há comprovação, segundo a pasta, de que a irregularidade tenha sido sanada, já que, no ano passado, nova vistoria verificou acúmulo de mato nas saídas da represa, o que indicava falta de cuidado. "A notificação especificava quatro itens que o responsável pela barragem deveria cumprir.

O primeiro era a regularização ambiental, que incluía a obtenção da outorga para a barragem. O segundo item envolvia a realização de manutenção na barragem, como a limpeza e a remoção do excesso de vegetação.O terceiro exigia a apresentação do plano de segurança da barragem.

E o quarto item pedia a elaboração do plano de ação de emergência, para ser aplicado em caso de acidente", informou o Imasul, por meio de sua assessoria de imprensa.

Autuações aplicadas

Entre as autuações, a empresa recebeu uma multa no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por violar o Art. 66 do Decreto Federal n.º 6.514/2008 - que proíbe a construção, reforma, ampliação, instalação ou operação de estabelecimentos, atividades, obras ou serviços que utilizem recursos ambientais sem a devida licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, em desacordo com a licença obtida ou contrárias às normas legais e regulamentos pertinentes.

Já o proprietário terá de pagar um total de R$ 2.050.000,00 (dois milhões e cinquenta mil reais), distribuídos da seguinte forma:

 

  • Art. 24 do Decreto Estadual n.º 13.990/2014 : Multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por utilizar recursos hídricos sem a outorga de direito de uso concedida pelo IMASUL.
  • Art. 80 do Decreto Federal n.º 6.514/2008: Multa de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) por deixar de atender a exigências legais ou regulamentares quando notificado pela autoridade ambiental competente para regularização, correção ou adoção de medidas de controle para cessar a degradação ambiental.
  • Art. 61 do Decreto Federal n.º 6.514/2008: Multa de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) por causar poluição em níveis que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, mortalidade de animais ou destruição significativa da biodiversidade.
  • Para a definição do valor das multas, foram consideradas as circunstâncias agravantes previstas no Art. 15 da Lei n.º 9.605/1998, que incluem:
  • Exposição grave à saúde pública ou ao meio ambiente.
  • Danos à propriedade alheia.
  • Impactos em áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas a regime especial de uso determinado pelo Poder Público.

A empresa também foi notificada a regularizar o licenciamento ambiental dos loteamentos Nasa Park I e II e pausar todas as atividades até a obtenção de nova Licença de Operação.

"O proprietário da barragem foi instruído a regularizar todos os barramentos existentes, apresentar um laudo técnico sobre as causas do rompimento e implementar um Programa de Recuperação das Áreas Degradadas", informou a nota.

Por fim, será monitorada continuamente a qualidade das águas e do solo afetados para garantir a recuperação dos ecossistemas.

Indenização

Passadas as audiências de custódias com os afetados pelo deslizamento, fruto do rompimento da barragem do lago administrado pela A&A Empreendimentos, o Nasa Park ofereceu cerca de R$ 1,3 milhão para apenas sete famílias, das 11 afetadas pelo ocorrido.  

Os proprietários da Fazenda Estaca, por exemplo, recusaram o acordo que previa um pagamento parcelado de cerca de R$ 550 mil. 

Segundo o Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a reunião do último dia 11, envolveu as 11 famílias vitimadas e advogadas dos proprietários.

Os investigados concordaram com a indenização integral de sete das 11 famílias, em um valor global de R$ 1.350.000,00, com contraproposta para as demais.

*Colaborou Léo Ribeiro

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