Cidades

Defecho Positivo

Sesau regulariza compra de dietas especiais para crianças PCDs em Campo Grande

Na tarde desta quarta-feira (16), a Secretaria Municipal de Saúde informou que garantiu um estoque de alimentação para pelo menos um ano

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A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou nesta quarta-feira (16) que adquiriu um lote de alimentação especial para crianças com deficiência (PCDs) em Campo Grande.

Divulgação Sesau

A Sesau garantiu que o fornecimento das dietas especiais está em processo de regularização e, na sequência, seguirá para a fase de distribuição.

Ainda, pontuou que a entrega ocorreu de forma pontual após a conclusão do processo de Atas de Registro de Preços.

Deste modo, a pasta garantiu que haverá continuidade no abastecimento das dietas por pelo menos um ano.

“Como parte desse processo, a Ata de Registro de Preços nº 091/2024, em vigor desde 19 de setembro de 2024, na qual já foram investidos R$ 980 mil, garantiu a entrega inicial de fórmulas como Ketokal e Infatrini, que estão sendo distribuídas para atender a 22 pacientes. Em 16 de outubro de 2024, foram recebidos novos lotes com fórmulas adicionais, como Pregomin Pepti, Neoadvance, Aptamil Soja e Alfamino, ampliando o atendimento para 83 pacientes no total”, diz a nota.

Também foram incluídos os seguintes itens:

  • Fórmulas na Ata nº 098/2024 (publicada em 15 de outubro de 2024).
  • Fraldas, conforme a Ata nº 062/2024 (com investimento superior a R$ 1,1 milhão, assegurando a distribuição contínua desse item essencial).

“A Secretaria reafirma seu compromisso com a transparência e a eficiência na gestão dos recursos públicos, trabalhando para que o fornecimento de dietas especiais e fraldas ocorra sem interrupções e com a qualidade necessária para o atendimento da população.”

Entenda

Com liminares concedidas pela Justiça famílias atípicas estavam pleiteando a alimentação dos filhos quando em julho chegaram a protestar na Câmara Municipal de Campo Grande durante uma audiência pública

Após terem sido acolhidas foram convidadas para ir até a sessão conversar com outros vereadores, no mesmo dia que Adriane estava presente para acompanhar a votação do projeto de lei que garantiria o concurso público na educação, que previa 10,2 mil vagas em Campo Grande. 

Na ocasião, a prefeita Adriane Lopes, assumiu o compromisso com as mães e garantiu que a situação seria resolvida. Após dois encontros no gabinete entre algumas famílias atípicas, a Prefeitura Municipal de Campo Grande levantou os itens essenciais.

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ultima ratio

Lobista que supostamente atuava no TJMS é preso em Cuiabá

Andreson Gonçalves, que tinha forte ligação com o desembargador Marcos Brito, afastado desde 24 de outubro, foi preso por ordem do STF

26/11/2024 12h41

A prisão de Andreson Gonçalves ocorreu no âmbito de operação no judiciário de Mato Grosso, mas também foi alvo da operação Ultima Ratio

A prisão de Andreson Gonçalves ocorreu no âmbito de operação no judiciário de Mato Grosso, mas também foi alvo da operação Ultima Ratio

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Alvo da operação Ultima Ratio, que em 24 de outubro resultou no afastamento de cinco desembargadores e de um juiz do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, o empresário e lobista Andreson de Olviera Gonçalves foi preso na manhã desta terça-feira em Cuiabá. 

A prisão, por determinação do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Trtibunal Federal, ocorreu no âmbito da Operação Sisamnes, que apura suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. 

Porém, o mesmo ministro também é o responsável pela operação Ultima Ratio, ocorrida no dia 24 de outubro em Mato Grosso do Sul. E nesta operação o lobista já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão em endereços nas cidades de Cuiabá e Brasília. 

Andreson, segundo a Polícia Federal, atuava na venda de influências sobre ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), além de negociar decisões antecipadas de processos. A operação desta terça-feira também mira assessores de ministros do STJ, incluindo chefes de gabinete de ministros. Mas, não existe confirmação de que algum ministro do STJ esteja sendo investigado

As investigações indicam que Gonçalves, empresário e lobista, teria acesso privilegiado a decisões antecipadas de ministros do STJ e, por meio desse acesso, vendia sua influência para garantir decisões favoráveis a clientes que pagavam por esses serviços.

Ele se apresentava como advogado, embora não tenha registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Sua esposa, porém, é advogada ele seguidas vezes fala em seu nome, mostra a investigação da PF.

A investigação ganhou força após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido no fim de 2023, em Cuiabá, quando o celular da vítima foi apreendido pelo Ministério Público 

Durante a apuração do crime, foram encontrados diálogos comprometedores nos quais Zampieri, conhecido por sua atuação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, trocava informações com Andreson sobre a venda de decisões judiciais.

Os diálogos indicam que o lobista compartilhava minutas antecipadas de decisões do STJ e mencionava ter influência direta sobre assessores dos ministros, como Gallotti e Og Fernandes.

O ESQUEMA

O esquema investigado envolvia uma rede de advogados, lobistas, assessores de ministros, chefes de gabinete e até desembargadores. Andreson de Oliveira Gonçalves, o principal operador do grupo, atuava como intermediário, obtendo informações privilegiadas sobre decisões judiciais ainda não publicadas e utilizando sua rede de contatos no Judiciário para garantir resultados favoráveis a seus clientes.

Gonçalves compartilhava com seus interlocutores as minutas das decisões antecipadas de ministros do STJ e negociava sua influência para que essas decisões fossem direcionadas de acordo com os interesses dos envolvidos, mediante pagamento de vantagens financeiras.

Além das prisões preventivas e das buscas e apreensões realizadas em Mato Grosso, Pernambuco e Distrito Federal, a operação resultou em medidas cautelares, como o afastamento de funções públicas de servidores envolvidos, o monitoramento eletrônico de suspeitos e o bloqueio de bens e valores.
 

ANDRESON EM MS

Na operação Ultima Ratio, o lobista aparece principalmente por conta de suas ligações com o advogado Félix Jayme Nunes da Cunha, para o qual repassou em torno de R$ 1 milhão de reais, por meio da empresa Florais Transportes. 

O advogado Félix, por sua vez, apurou a PF, sacou praticamente todo o dinheiro na boca do caixa e a suspeita da PF é de que tenha sido destinado ao pagamento de decisões judiciais que ele tenha comprado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. 

Além disso, Andreson aparece na investigação da PF por conta das trocas de mensagens com o desembargador Marcos Brito, um dos cinco afastados no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. 

Embora Marcos Brito não estivesse diretamente envolvido no processo, eles trocaram informações sobre uma série de ações milionárias. “Em consulta ao site do TJMS, verifica-se que tais ações fazem parte de um conjunto de processos com valor da causa de mais de R$ 64 milhões”, escreve o delegado Marcos Damato, responsável pela investigação em Mato Grosso do Sul. 

“Considerando que ANDRESON envia os extratos dos processos a MARCOS BRITO e que ele proferiu decisão em pelo menos um processo relacionado a eles, somado à proximidade entre eles e demais elementos que serão expostos, além das altas movimentações do primeiro com FELIX JAYME, entendemos haver fortes indícios de que tal desembargador estivesse recebendo propina de ANDRESON”, diz o relatório da PF. 

A investigação da PF também revela que Andreson e Marcos Brito trocaram dezenas de mensagens de texto e de áudio ao longo do ano passado. Andreson fazia parte, inclusive, de um grupo de watsapp criado pelo desemgargador afastado. 
 

CIDADE BRANCA

PF mira 'Papai Urso' do tráfico em operação no interior de MS

Durante cumprimento de mandados de busca e apreensão uma pessoa apontada como revendedora de droga vinda da Bolívia foi presa preventivamente

26/11/2024 12h29

Vara Federal de Corumbá foi responsável por expedir os três mandados  de buscas e apreensão totais que foram cumpridos pela PF na manhã de hoje (26). 

Vara Federal de Corumbá foi responsável por expedir os três mandados  de buscas e apreensão totais que foram cumpridos pela PF na manhã de hoje (26).  Reprodução/CS.SRMS

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Durante operação deflagrada na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Federal brasileira mira combater o tráfico de drogas internacional executado pela quadrilha do homem conhecido como "Papai Urso". 

Atuando no transporte de substâncias ilícitas, que vão desde maconha e também porções de cocaína, que vinham diretamente da Bolívia para ser "pulverizada" em território brasileiro, a quadrilha usa justamente a região fronteiriça de Corumbá para facilitar a logística. 

Distante aproximadamente 427 km da Capital de Mato Grosso do Sul, a Vara Federal de Corumbá foi responsável por expedir os três mandados  de buscas e apreensão totais que foram cumpridos pela PF na manhã de hoje (26). 

Ainda, como bem evidencia a Polícia Federal em nota, durante a ação "foi dado cumprimento a um mandado de prisão preventiva em desfavor de um dos investigados".

Investigações dos setores especializados da PF indicam que, essa droga que era trazida pelo grupo não ficava concentrada apenas na Cidade Branca, sendo transportada também para diversas cidades brasileiras. 

Além disso, a PF aponta que os mandados renderam como "frutos" a apreensão de mídias, que possuíam uma série de conteúdos digitais, provas essas que serão devidamente periciadas em análise e devem orientar os próximos passos das investigações. 

Isso porque, segundo a Polícia Federal, esses materiais apreendidos podem identificar não somente os demais envolvidos na rede criminosa de distribuição, como também os alvos de compra e venda dos entorpecentes. 

Importante explicar que, a operação batizada de "Urso" só recebe esse nome graças ao principal investigado, que é conhecido pela alcunha de "Papá Oso" que em tradução livre para o português significa "Papai Urso". 

Fronteira sensível

Sendo uma área de fronteira seca, uma das ligações do território boliviano com o brasileiro se dá através da conhecida "Ruta 4" - uma rodovia boliviana com 1657 km de extensão que percorre o País vizinho de oeste a leste - que é sequenciada pela BR-262 em Corumbá.

Ainda em meados deste ano, o Correio do Estado bem abordou como a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), depois de dominar a fronteira com o Paraguai passou a se basear em território boliviano, a partir da cidade de Santa Cruz de la Sierra, distante pouco mais de 600km de Corumbá, o que reflete em aumento da criminalidade local. 

Diante desse cenário, torna-se necessário um cuidado redobrado por parte das autoridades policiais, não só brasileiras como também bolivianas, com ações para impedir maior avanço desse tráfico transnacional. 

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), sobre apreensões de cocaína, mostram o crescente volume registrado desde antes da pandemia, quando em 2019 foram apreendidos 3.761 kg da substância. 

Desde então os valores anotados, em kg, das apreensões anuais de cocaína na faixa de fronteira em Corumbá foram: 

  • 2020: 35.154 
  • 2021: 189.149 
  • 2022: 652.614 
  • 2023: 998.931 
  • *2024: 227.10 
      **Cabe apontar que os dados de 2024 estão incompletos, com compilado até o mês de novembro

Diante do aumento notado também no transporte de maconha, as policiais de MS e da Bolívia, como bem acomapanhou o Correio do Estado, traçaram estratégias para fechar o cerco contra o tráfico de drogas transnacional da região.  

Vara Federal de Corumbá foi responsável por expedir os três mandados  de buscas e apreensão totais que foram cumpridos pela PF na manhã de hoje (26). Maconha apreendida na faixa de fronteira Corumbá/Sejusp

Se lançado olhar para as apreensões dessa substância, o salto anual é expressivo principalmente na passagem entre o ano passado e o total apreendido até então em 2024 na faixa de fronteira de Corumbá, como é possível conferir no recorte do Portal Estatístico da Sejusp. 

Se no Brasil há apreensões feitas pela Polícia Rodoviária Federal; Militar; Exércio e até Receita Federal, no País vizinho a Força Especial e Luta contra o Narcotráfico (Felcn) é quem fica responsável pela intensificação das medidas de combate às facções. 

 

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