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Economia

Setor público consolidado tem déficit primário de R$ 19,552 bilhões em junho

Trata-se do pior resultado histórico para o mês

Exame

28/07/2017 - 12h00
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O déficit primário registrado no setor público consolidado ficou em R$ 19,552 bilhões em junho, conforme o Banco Central. Trata-se do pior resultado histórico para o mês, com o rombo em 12 meses subindo a 2,62% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em junho, a dívida líquida ficou equivalente a 48,7% do Produto Interno Bruto (PIB), contra projeção de analistas de 48,5% . Já a dívida bruta ficou em 73,1 por cento do PIB.O déficit primário registrado no setor público consolidado ficou em R$ 19,552 bilhões em junho, conforme o Banco Central. Trata-se do pior resultado histórico para o mês. Em 12 meses o rombo chegou a R$ 167,198 bilhões; equivalente a 2,62% do Produto Interno Bruto (PIB). Este porcentual é o maior desde setembro de 2016 (3,04%).

O BC leva em conta, em suas projeções, as previsões do governo para a área fiscal contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de déficit de R$ 143,1 bilhões para 2017. Essa projeção considera um rombo de R$ 139,0 bilhões para o Governo Central em 2017.

O déficit fiscal nos 12 meses encerrados em junho pode ser atribuído ao rombo de R$ 180,247 bilhões do Governo Central (2,82% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram superávit de R$ 12,363 bilhões (0,19% do PIB) em 12 meses até junho. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 11,260 bilhões, os municípios tiveram um saldo positivo de R$ 1,102 bilhão.

As empresas estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras,registraram resultado positivo de R$ 686 milhões no período.

Déficit nominal

O setor público consolidado registrou déficit nominal deR$ 51,063 bilhões em junho. Em maio, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 66,989 bilhões e, em junho de 2016, negativo em R$ 32,174 bilhões.

No mês passado, o Governo Central registrou déficit nominal de R$ 48,075 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 2,717 bilhões, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 272 milhões.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o déficit nominal no primeiro semestre de 2017 foi de 7,60%, uma soma de R$ 241,767 bilhões. Em 12 meses até o mês passado, o déficit nominal correspondeu a 9,50% do PIB, com saldo negativo de R$ 607,495 bilhões.

Gasto com juros

O setor público consolidado teve gasto de R$ 31,511 bilhões com juros em junho, após esta despesa ter atingido R$ 36,252 bilhões em maio, informou o Banco Central.

O Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve no mês passado despesas na conta de juros de R$ 28,138 bilhões. Já os governos regionais registraram gasto de R$ 2,956 bilhões e as empresas estatais, de R$ 417 milhões.

No ano, o gasto com juros subiu de R$ 175,073 bilhões até maio para R$ 206,584 bilhões até junho (6,49% do PIB). Em 12 meses, as despesas com juros subiram de R$ 430,898 bilhões para R$ 440,297 bilhões até junho (6,89% do PIB).

Dívida Líquida

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) subiu para 48,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em junho, ante 48,1% em maio. Em dezembro de 2016, estava em 46,2% do PIB. A dívida do Governo Central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 3,113 trilhões. O Banco Central previa que a relação da DLSP com o PIB chegaria a 48,5% em junho.

Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 4,675 trilhões, o que representou 73,1% do PIB. É o maior porcentual da série iniciada em dezembro de 2006. Em maio, essa relação estava em 72,54% e a previsão do BC para o resultado do mês passado era de uma taxa de 73,1%. No melhor momento da série histórica, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,54% do PIB.

A dívida bruta do governo é uma das principais referências para avaliação, por parte das agências globais de rating, da capacidade de solvência do País.

 

DESENVOLVIMENTO

Megafabrica de celulose está mais perto do túnel de R$ 8 milhões para hexatrens

Governo do Estado de Mato Grosso do Sul anuncia a vencedora da licitação para contrução da passagem inferior que deve abastar a estrutura da Suzano de eucalipto

26/12/2024 09h30

Suzano usa os chamados hexatrens, carretas, que possuem seis semirreboques acoplados e circulam apenas em estradas secundárias

Suzano usa os chamados hexatrens, carretas, que possuem seis semirreboques acoplados e circulam apenas em estradas secundárias Reprodução/Suzano

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Através da edição "pós-Natal", do Diário Oficial desta quinta-feira (26), o Governo do Mato Grosso do Sul anunciou a vencedora da licitação de R$ 8 milhões, que coloca a Mega fábrica de celulose do interior mais perto de seu túnel para fluxo de hexatrens. 

Apesar dos termos complicados, o fato de que a empresa Vale do Rio Novo Engenharia e Construções Ltda. - empresa construtora de estradas com sede em Avaré (SP) -, é que saiu vencedora da licitação que fazia parte do pacote de R$ 88 milhões lançado três dias após as eleições

Vale lembrar que, esse "pacote" de cinco licitações da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), leva iniciativas para três municípios diferentes de Mato Grosso do Sul: 

  1.  Fátima do Sul
  2.  Dourados
  3.  Ribas do Rio Pardo

Com isso, pelo valor total de R$ 8.772.176,13, fica encarregada pela construção da passagem inferior, um verdadeiro túnel para a travessia dos hexatrens que abastecem a fábrica da Suzano com eucaliptos. 

Entenda

Considerada a a maior fábrica em linha única de celulose do mundo, após meados de 2024, com o final de junho, a unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo botava para funcionar sua capacidade instalada de mais de 2,5 milhões de toneladas anuais de celulose de eucalipto. 

Ainda enquanto estava sendo instalado, o empreendimento movimentou a mão de obra de dez mil pessoas, sendo que pelo menos três mil desses devem integrar um quadro permanente de trabalho. 

Sendo que a Suzano em Mato Grosso do Sul conta ainda com a unidade que fica em Três Lagoas, essas fábricas precisam ser abastecidas com eucalipto, que vem por exemplo dos 600 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul. 

Só do viveiro que fica localizado em Ribas do Rio Pardo, por exemplo - como já abordado pelo Correio do Estado -, são produzidas em torno de 35 milhões de mudas por ano.

Como essas cargas precisam de um transporte único e específico, a Suzano usa os chamados hexatrens, carretas, que possuem seis semirreboques acoplados e circulam apenas em estradas secundárias, devido à baixa velocidade necessária e incompatível com as demais pistas asfaltadas. 

Como a Suzano possui cerca de 16 desses hexatrens em operação - o que se traduz em 50 caminhões a menos trafegando por rodovias estaduais -, é aí que entra a necessidade da construção de um percurso próprio para esse tipo de veículos e finalidade. 

 

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CAMPO GRANDE

Unidades para crianças como Sophia saem do chão em 2025

Focado em proteger pessoas vulneráveis, vítimas de abusos, Centro de Proteção à Criança e ao Adolescente e Fórum da Mulher estão previstos para o ano que vem

26/12/2024 09h00

No centro da imagem, Sérgio Martins, presidente do TJMS, e Eduardo Riedel, governador de MS

No centro da imagem, Sérgio Martins, presidente do TJMS, e Eduardo Riedel, governador de MS Foto: Bruno Rezende / Divulgação

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O Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente e o Fórum da Mulher, Infância, Adolescência e do Idoso em Campo Grande, projetos criados para atender crianças como Sophia Ocampos, que sofrem violência, devem sair do papel no primeiro semestre de 2025.

Ambos os órgãos receberam da União os terrenos para construção das unidades. O Centro Integrado e o Fórum serão construídos nas áreas desocupadas que ficam atrás e na frente da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande.

Para o Correio do Estado, o titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira, explicou como está o andamento dos trâmites das unidades, que vão reforçar a rede de proteção à criança e ao adolescente.

“O Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente terá mil metros quadrados. Essa obra está orçada em mais de R$ 10 milhões e se encontra em fase de atualização de planilha de construção e de detalhes nas alterações de aparelhos”, declarou o secretário.

No local, haverá atendimentos por triagem, apoio psicossocial, registro de ocorrência, exames de corpo de delito, com um aparato interno de um núcleo do Instituto Médico Legal (IML), e encaminhamentos imediatos das vítimas de violência para os órgãos de proteção, quando necessário.

O Centro Integrado tem como objetivo melhorar o atendimento a crianças e adolescentes que sofrem violência em Mato Grosso do Sul, com a implementação de programas e serviços voltados para o público condizentes ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A criação do centro foi um pedido da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), após uma audiência pública que propunha a construção de uma unidade que pudesse atender casos de violência ou de testemunhas de violência contra crianças. Essa audiência foi realizada semanas após a morte da Sophia Ocampos, de dois anos.

Em processo de ajustes na planilha de construção, não há uma data para início das obras do Centro Integrado, já que a obra que será conduzida pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) ainda passará por processo licitatório. Porém, existe uma previsão que as máquinas possam trabalhar no terreno doado no primeiro semestre de 2025, segundo o secretário.

FÓRUM DA INFÂNCIA

A mesma etapa de processo licitatório ainda será realizada no caso do Fórum da Mulher, Infância, Adolescência e do Idoso, que foi destinado para o Poder Judiciário.

Porém, antes de se abrir a licitação, o governo do Estado, por meio da Sejusp, passará via convênio R$ 10 milhões para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) realizar a construção do local, que terá os mesmos moldes do edifício do Fórum de Maracaju, que está em construção.

O termo de cooperação foi assinado na segunda-feira em cerimônia que contou com a presença de Videira, do presidente do TJMS, desembargador Sérgio Martins, e do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB). 

Em maio, o desembargador Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJMS, assinou junto do superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul, Tiago Resende Botelho, e do titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira, a documentação relativa à doação da área que era da União e será destinada à construção do Fórum da Mulher, da Infância, Adolescência e do Idoso. 

O local será construído em um espaço total de 5.440 metros quadrados e deverá abrigar as varas da violência doméstica e familiar contra a mulher de Campo Grande e serviços judiciais da infância e adolescência.

MELHORIAS NA PROTEÇÃO

A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para elencar o que foi feito de melhorias na proteção da criança e do adolescente após a repercussão do caso Sophia, que demonstrou a falta de políticas públicas que garantissem o devido atendimento em casos de violência contra a criança na Capital.

Em resposta, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) informou que “no âmbito da Assistência Social, os investimentos, serviços e atividades são continuados, para o trabalho com a proteção social e a garantia de direitos das crianças e adolescentes dentro da integração de um sistema protetivo e de cuidados, onde todos os atores precisam atender a especificidades da infância”. 

Conforme o informado pela prefeitura, neste ano, a rede de assistência social do município reforçou o atendimento às crianças que sofrem violações de direitos, com a criação do 6º Conselho Tutelar (Anhanduizinho), do 7º Conselho Tutelar (Prosa) e do 8º Conselho Tutelar (Imbirussu).

As unidades contemplam uma média de 360 mil pessoas residentes em um total de 23 bairros, além do Distrito de Anhanduí. Para dar suporte aos Conselhos Tutelares, a SAS implantou o Núcleo de Apoio aos Conselhos Tutelares, que trabalha para agilizar as demandas e realizar a interlocução com os conselheiros tutelares, buscando otimizar as respostas.

Outra ação informada pela prefeitura foi a mudança de prédio da Unidade de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Uaica 3 – Feminino) para um imóvel mais amplo no Bairro Amambaí, oferecendo maior privacidade às adolescentes acolhidas.

O prédio também recebeu o Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, que utilizava uma sala na sede da SAS e necessitava ampliar o espaço.

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