A Prefeitura de Campo Grande reajustou em 4,2% para o consumidor o valor da tarifa do transporte público coletivo, que foi de R$ 4,75 para R$ 4,95. O aumento passou a valer já nesta sexta-feira (24).
Um levantamento, realizado pelo Correio do Estado, aponta que o aumento de R$ 0,20 colocou Campo Grande entre as 10 capitais com maior valor do passe de ônibus do país.
A capital sul-mato-grossense está a frente de cidades como Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE); e "empata" com Cuiabá (MT), que cobra R$ 4,95 pela passagem.
Rio Branco, no Acre, é a capital com a menor tarifa, que é de R$ 3,50. Não é feito reajuste no valor desde 2021.
Já Florianópolis, em Santa Catarina, tem o passe de ônibus mais caro do Brasil, de R$ 5,75. Quando comprado em dinheiro ou QRCode, o valor da tarifa chega a R$ 6,90.
Confira o levantamento:
Algumas capitais possuem alternativas para "amenizar" o valor da passagem, como Maceió (AL), onde a tarifa é de R$ 3,49 para quem usa o cartão do passe; Belo Horizonte (MG), que tem passagem a R$ 2,75 em linhas curtas; Vitória (ES), que oferece desconto de R$ 0,60 aos domingos; e São Luís (MA), que cobra R$ 3,70 por viagens em linhas integradas.
Reajuste
O aumento de R$ 0,20 no passe de ônibus da Capital teve sua homologação publicada em edição extra do Diário Oficial do Município da última quinta-feira (23), já passando a valer a partir desta sexta-feira (24).
Em nota, a prefeitura afirmou que o reajuste foi feito por obrigação imposta em uma decisão judicial, e que "reflete apenas a recomposição da inflação do último ano".
O juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazendas Públicas e de Registros Públicos deu o prazo de 15 dias para que a Prefeitura de Campo Grande fizesse o reajuste, que deveria ter ocorrido em outubro do ano passado, sob pena de multa diária de R$ 50 mil até que fosse efetivado. A decisão é do dia 9 de janeiro, mas o prazo começou a contar no dia 20, quando a prefeitura foi intimada.
83,5% da população reprova o transporte público da capital
Uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR) em parceria com o Correio do Estado mostrou que 83,5% da população classifica o serviço oferecido pelo Consórcio Guaicurus com notas baixas. Outros 11,65% deram notas consideradas "neutras" e apenas 4,85% deram notas boas.
Foram entrevistadas 412 pessoas, entre os dias 20 e 22 de janeiro.
Colaborou: Glaucea Vaccari e Daiany Albuquerque.