Cidades

CAMPO GRANDE

Tarifa do transporte público passará a custar R$ 4,65 a partir do dia 1º de março

Tarifa ficará R$ 0,25 mais cara do que o valor cobrado anteriormente, de R$ 4,40

Continue lendo...

A partir do dia 1º de março, a tarifa do ônibus em Campo Grande passará a custar R$ 4,65. O anúncio foi feito pela prefeita Adriane Lopes, durante coletiva realizada no Paço Municipal na tarde desta terça-feira (14).

Tarifa ficará R$ 0,25 mais cara do que o valor cobrado anteriormente, de R$ 4,40.

O valor foi anunciado após o encaminhamento do projeto de lei que garante a isenção do Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) ao Consórcio Guaicurus, aprovado pelos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande na manhã desta terça-feira, a fim de evitar que a cobrança fosse repassada aos usuários, o que representaria um aumento significativo na tarifa.

Conforme a proposta de isenção, de autoria do Poder Executivo Municipal, a isenção do ISSQN incidente sobre a prestação de serviços do transporte coletivo de pessoas deverá ser integralmente repassada ao preço da tarifa, devendo ser comprovada por planilha de estruturação tarifária.

Ainda segundo mensagem encaminhada na proposta, é alegado que "caso o Poder Público não conceda tal benefício, consequentemente haverá necessidade de repassar ao usuário os custos de uma futura revisão tarifária”.

Devido a esse fato, os vereadores afirmaram que aprovariam, mas cobraram melhorias nos ônibus e terminais.

Durante todo o ano, o caixa do Consórcio Guaicurus ainda receberá pelo menos R$ 23 milhões em subsídio do poder público: R$ 10 milhões do Estado e mais R$ 13 milhões da prefeitura. 

Para garantir um preço mais justo na tarifa, a prefeita informou que está buscando, ainda, subsídio do Governo Federal.

"Nós estamos buscando subsídio do governo estadual, municipal, e agora também do Governo Federal, para que a gente chegue em um consenso (...) Essas parcerias, hoje, nos trouxeram essa realidade, do consenso no valor e o menor impacto para a população", afirmou Adriane Lopes, durante coletiva de imprensa.

SUBSÍDIOS

Na manhã da última segunda-feira (13), após dois meses de espera, foi realizada uma reunião entre Adriane Lopes e o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), para definir o valor a ser subsidiado pelo Estado, único “detalhe” que faltava para o anúncio do valor da nova tarifa. 

A Prefeitura de Campo Grande já mantém, desde o ano passado, R$ 13 milhões anuais como subsídio ao transporte coletivo, valor que não foi reajustado para este ano. A quantia é destinada às gratuidades de alunos da Rede Municipal de Ensino, idosos e pessoas com deficiência. 

O valor subsidiado pelo Estado (R$ 10.017.180,00) será utilizado para arcar com os custos dos alunos da Rede Estadual de Ensino.

“Tivemos uma reunião com a prefeita, onde fechamos o valor de repasse do Governo do Estado em R$ 10 milhões, que é o cálculo feito em cima dos alunos da Rede Estadual de Ensino que utilizam o transporte público na Capital. Ficamos muito satisfeitos em colaborar, neste pleito que é justo”, afirmou o governador Eduardo Riedel.

O apoio do Governo nas gratuidades de alunos da rede estadual foi iniciado ainda no ano passado, quando o transporte coletivo da cidade enfrentou uma crise e a prefeitura pediu ajuda para o Estado. Diante disso, foi firmado convênio em 29 de junho, com duração até 31 de dezembro, no valor de R$ 7,2 milhões.

Ainda há a expectativa de que a União anuncie, ainda neste ano, alguma forma de subsídio ao transporte coletivo. No ano passado, foram transferidos recursos para pagar por parte da gratuidade aos idosos, prevista em lei. 
 

REAJUSTE SALARIAL

A partir do dia 1º de março, também passa a valer o reajuste de 8% no salário dos motoristas do transporte público, que será somado a mais 1% em junho e 1% em setembro, para totalizar os 10% prometidos pelo Consórcio Guaicurus.

O acordo aconteceu após a paralisação do transporte, realizada no dia 18 de janeiro. Com ameaça de uma nova greve, o Consórcio e o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STTCU-CG) se reuniram no dia 21 de janeiro para discutir um acordo.

A proposta, apresentada pelo Consórcio, foi aceita. Para Demétrio Freitas, presidente do sindicato, diante da situação, as melhorias para a categoria foram suficientes para não seguir com a greve. 

“Não foi o que a gente esperava, mas, dentro da realidade que estamos vivendo, não ficou ruim. Tivemos melhorias no ticket alimentação de 37%, tivemos 20% no plano de saúde, além dos 10% no salário, mantivemos o vale-gás, dentro da conjuntura, e com isso cancelamos a assembleia”.

Na ocasião, o diretor-executivo do Consórcio, Robson Strengari, afirmou que o valor ideal para a tarifa seria de R$ 7,79 (sem considerar o aporte do subsídio).

“Hoje, os R$ 5,80 (valor da tarifa sem o subsídio) não cobrem os custos. Como você compra um ônibus novo? Um ônibus custa R$ 600 mil, tudo subiu”, reclamou. 

INSEGURANÇA FINANCEIRA

O Consórcio Guaicurus alega que o valor da tarifa não é suficiente para manter o transporte coletivo da Capital.

No entanto, conforme noticiado anteriormente com exclusividade, pelo Correio do Estado, o instituto de perícia designado pelo Poder Judiciário apontou que não há necessidade de estabelecer reequilíbrio econômico-financeiro no contrato de concessão do transporte coletivo de Campo Grande. 

A conclusão foi da empresa Vinícius Coutinho Consultoria e Perícia, designada pela 1ª Vara de Fazenda Pública da Capital, em processo movido pelo Consórcio Guaicurus para produção antecipada de provas, cujo objetivo era ingressar com um possível pedido de reequilíbrio do contrato.

Mesmo com uma receita bruta inferior à projetada, a taxa de retorno do investimento (calculada sobre o patrimônio líquido do concessionário) foi de 21,75%, porcentual ainda muito superior à projeção de 12,24% estabelecida no contrato de 2012, indicou a perícia. 

Os números de 2019, ano da propositura da ação, mostram que as reclamações do Consórcio Guaicurus alegadas na petição inicial para produção antecipada de provas eram bem mais enfáticas que a realidade em si. 

A perícia, porém, reconhece a queda de renda do Consórcio Guaicurus na operação entre os anos de 2012 (início da concessão) e 2019 (ano em que a ação foi ajuizada). Esta queda, porém, não foi suficiente para fazer com que a renda auferida pelo Consórcio Guaicurus ficasse aquém da taxa de retorno prevista em contrato. 

OUTRO LADO

Em entrevista ao Correio do Estado na última segunda-feira, André Borges, advogado do Consórcio Guaicurus, informou que a perícia avaliou apenas um aspecto do contrato de concessão: a taxa interna de retorno (TIR).

“No parecer do assistente técnico, que logo apresentaremos, demonstraremos que a avaliação precisa ser ampliada, para apanhar o efetivo prejuízo da concessionária”, afirmou o advogado. 

“O consórcio não busca nada que seja ilegal ou abusado. Apenas uma abordagem técnica e juridicamente adequada do contrato de concessão, que está defasado, bastante, no aspecto econômico. O que, por exemplo, impede investimentos”, concluiu.

PESQUISA

Conforme noticiado anteriormente, um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Resultado (IPR), a pedido do Correio do Estado, apontou que o custo da passagem é o principal problema do transporte público de Campo Grande.

A insatisfação do usuário do transporte coletivo com o custo da passagem de ônibus urbano em Campo Grande veio à tona nesta semana, pouco antes do anúncio da nova tarifa. 

De acordo com o levantamento, 37,56% dos moradores de Campo Grande com mais de 16 anos consideram o custo da passagem o principal problema no transporte público da cidade. A superlotação vem logo em seguida, com 33,08%. 

A lentidão é o terceiro maior problema do transporte coletivo da Capital, conforme a pesquisa IPR: o problema foi apontado por 6,47% dos entrevistados. 

Em seguida aparecem desconforto (2,49%), motoristas mal-educados (1,49%), assédio sexual dentro dos ônibus (0,5%), insegurança (0,25%) e mudar a gestão do transporte público (0,25%).

Uma parcela dos entrevistados (9,7%) disse que todos os quesitos citados são problemas do sistema de transporte coletivo da Capital. Os que não quiseram ou não souberam responder representam 8,21%.

A pesquisa IPR/Correio do Estado foi realizada entre os dias 24 e 28 de janeiro, com 402 entrevistados. A margem de erro é de 4,9 pontos porcentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%.

 

Colaborou: Eduardo Miranda, Glaucea Vaccari

ABASTECIMENTO

Rompimento de tubulação leva lama às casas do Rita Vieira, em Campo Grande

Moradores registraram uma água de coloração marrom saindo das torneiras; Rede de fornecimento de água informou que a tubulação foi danificada por terceiros

24/11/2024 17h30

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água.

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água. Foto: Arquivo

Continue Lendo...

Um vazamento em uma tubulação de água deixou diversos moradores do bairro Rita Vieira sem água potável neste fim de semana em Campo Grande (MS). Segundo registros, a água no encanamento das casas chegou a sair com coloração marrom devido à presença de terra. 

Conforme Alexandre Cavalcanti, um dos moradores afetados pelo problema na tubulação, a água estava “parecendo a do Rio Aquidauana”, com coloração escura e presença de terra. De acordo com o morador, um filtro de água da casa acabou entupindo com o barro e a caixa d'água da casa ficou suja.

Em outro caso, Aparecida Yamaciro, também moradora do bairro, relatou que percebeu a coloração estranha ainda pela manhã deste domingo (24), enquanto regava as plantas da casa. Apesar do susto, afirmou não ter sofrido grandes danos. 

“Só percebi que algo estava acontecendo quando fui molhar as plantas hoje de manhã. A água saiu da mangueira bem turva. Felizmente, a minha caixa d’água estava cheia e o dano foi bem menor”, explicou. 

De acordo com a Águas Guariroba, concessionária responsável pelo fornecimento de água na cidade, o problema foi causado devido a uma quebra na tubulação, causada por terceiros. A concessionária também informou que o fornecimento será normalizado até o fim da tarde deste domingo. 

Confira:

“Águas Guariroba informa que neste sábado uma tubulação da rede de água da região do Rita Vieira foi danificada por terceiros. Com isso, a água da região apresentou coloração. Ainda na noite de sábado as equipes da concessionária realizaram o reparo da rede de abastecimento.

Neste domingo, a concessionária está na região realizando "descargas" na rede, para que a água com coloração seja descartada.

A Águas Guariroba agradece a compreensão dos moradores da região e reforça que qualquer ocorrência que necessite de intervenção da empresa deve ser registrada nos canais oficiais: 0800 642 0115 (SAC e WhatsApp), site www.aguasguariroba.com.br e aplicativo Águas.”

Abastecimento

Em outro episódio recente, em outubro, moradores de algumas regiões de Campo Grande tiveram lidar com a falta de água. Em alguns locais, moradores relataram  sofrer com o desabastecimento desde o fim de agosto.

Na época, a concessionária Águas Guariroba informou, em nota, que uma oscilação de energia elétrica afetou o abastecimento de água na Capital.

"Diante do tempo que o sistema de abastecimento da concessionária de água leva para retomar a distribuição, pode ocorrer baixa pressão[...]. É recomendado que os moradores pratiquem consumo consciente", explicou a concessionária.

Assine o Correio do Estado

 

SEGURANÇA

Policia Penal de MS transfere 29 detentos em operação contra comunicação ilícita

A ação ocorre em todo o âmbito nacional com objetivo de realizar revistas minuciosas nos pavilhões e celas das cadeias

24/11/2024 17h00

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios Foto: Divulgação / Comunicação Agepen

Continue Lendo...

Durante a Operação Mute, a Policia Penal de Mato Grosso do Sul transferiu 29 detentos com objetivo de desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios impedindo a comunicação ilícita entre os envolvidos.

A ação ocorreu durante a 6ª fase da operação, que está sendo feita em âmbito nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em Mato Grosso do Sul, a operação, realizada ao longo de três dias, concentrou esforços em quatro unidades prisionais de Campo Grande: o Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Máxima), o Instituto Penal de Campo Grande, o Presídio de Trânsito e o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Segundo a Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 210 policiais penais estiveram envolvidos em MS, vistoriando 32 celas e resultando nesta transferência de 29 internos para outras unidades.

De forma simultânea em todo o país, as equipes conduziram revistas minuciosas nos pavilhões e celas, com foco na localização de aparelhos celulares e outros meios utilizados por organizações criminosas para planejar e executar crimes além das muralhas dos presídios.

No estado, as ações foram coordenadas pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), com participação de operacionais do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e supervisão de um representante da Senappen.

Realizada em 27 estados e no Distrito Federal, a operação tem como principal objetivo desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios e, com isso, reduzir os índices de violência no país.

OCORRÊNCIA

Tentativa de infiltrar celular em presídio falha, e Policia Militar apreende drone e aparelho celular que seria lançado pelo equipamento para dentro do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), localizado no bairro Noroeste, no mês de setembro.

De acordo com as informações da Policia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), a guarnição do 9º Batalhão da Policia Militar foi acionada para apreender um drone e um celular, na estacão de tratamento de águas, localizado na BR 262.

O equipamento estaria sobrevoando a região em direção ao estabelecimento prisional do Instituto Penal de Campo Grande, quando devido a uma falha técnica, o drone que carregava o celular caiu nas proximidades do presídio.

Depois da Policia Penal interceptar em flagrante, no mês de maio,  um drone com baterias e fone de ouvido para celulares, que sobrevoava o Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) começou a se empenhar no combate ao uso de aparelhos celulares por detentos nas unidades prisionais do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).