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TCE libera intervenções emergenciais em estradas no Pantanal

O Tribunal também deu prazo de 120 dias para que a Agesul apresente estudos e licenças ambientais

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O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) voltou atrás e revogou a medida cautelar que suspendia as obras nas estradas não pavimentadas, na região do Pantanal. Cabe destacar, que a autorização libera somente ‘intervenções emergenciais’, tendo em vista o período de chuvas que se aproxima.  A decisão está publicada em edição extra n. 3524, no Diário Oficial Eletrônico do TCE-MS, desta sexta-feira (25).

Conforme apurado anteriormente pelo Correio do Estado, a falta e deficiência de Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTA) e das licenças ambientais adequadas mencionadas no Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima) haviam pesado na decisão do TCE-MS para o embargo da implantação de revestimento primário na MS-228, no coração do Pantanal Sul-Mato-Grossense. 

No entanto, a nova decisão libera a implantação em revestimento primário, de rodovia não pavimentada, relacionadas nos processos TC/MS 494/2023, 796/2023, 19410/2022, 6762/2023, 10196/2023, 837/2022 e 9663/2021.

Apesar da flexibilização, o presidente do TCE-MS, conselheiro Jerson Domingos, reiterou o compromisso constitucional com a defesa do meio ambiente e do interesse público. Sendo assim, deu um prazo de 120 dias para que a Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul), apresente estudos e licenças ambientais. 

“Temos um compromisso inalienável com o desenvolvimento sustentável. É preciso pavimentar o caminho social aliado ao respeito com o meio ambiente. Isso não exclui, de modo algum, a eventual responsabilidade ambiental por eventuais danos já configurados e nem exime gestores e executores quanto à imprescindível apresentação de estudos ambientais e obtenção de respectivas licenças perante os órgãos competentes para a continuidade das obras definitivas”, ponderou o presidente.

Por sua vez, a Agesul afirmou que "os processos de licenciamento ambiental de todas as obras já foram iniciados e devem ser concluídos em um prazo de até 120 dias. Conforme as licenças forem sendo liberadas, as obras serão retomadas", diz a nota enviada ao Correio do Estado. 

Além disso, a própria Agência havia entregue ao TCE-MS um plano de trabalho para providenciar intervenções emergenciais a serem realizadas durante o período de paralisação das obras (até que as licenças ambientais fossem emitidas). "O plano de trabalho, aprovado pelo TCE, prevê ações como aplicação de drenagem e execução de revestimento primário nos trechos onde já há terraplenagem", reforçou a Agesul.

Ainda de acordo com a decisão, foram consideradas a natureza dos serviços previstos para as obras de preparação, e a urgência no início dos trabalhos, por conta dos períodos de chuvas que estão próximos, e que foram mencionados no plano de ação apresentados pela Agência.

Suspensão das Obras

Após a repercussão da emblemática -MS 228, notícia foi veiculada em primeira mão pelo Correio do Estado, a implantação de revestimento primário em parte da MS-228, em trecho operado pela empreiteira AL do Santos, do empresário André Luiz dos Santos, o André Patrola, havia sido suspensa pela própria Agesul. 

Por sua vez, a equipe de técnicos do Tribunal de Contas destacou os danos encontrados desta forma: “a utilização de insumos de qualidade aparentemente inadequada para aplicação em rodovias, o carreamento de sedimentos oriundos do aterro do corpo estradal para área de preservação ambiental, a ausência de estabilidade dos taludes do corpo estradal e a ausência de estruturas de drenagem para transposição das vazantes através do corpo estradal”.

Ainda conforme apurado pelo Correio do Estado, o conselheiro Osmar Jeronymo apontou que o embargado da obra custou R$ 34,7 milhões aos cofres públicos. Além disso, havia vários lotes de licitação na construção da rodovia Transpantaneira, em trechos que integram as rodovias MS-228, MS-423 e MS-214. 

Por atravessar todo o Bioma e não prever o impacto no ciclo das águas e no deslocamento da fauna, o projeto é fortemente criticado por ambientalistas. 

Leia a integra da decisão aqui
 

Hou hou hou

Neves 'nasce de novo' para viver como Papai Noel em Campo Grande

O primeiro paciente em Mato Grosso do Sul a ser entubado em 2020, contaminado pela Covid-19, saiu do hospital para incorporar o 'Bom Velhinho'

04/12/2024 16h15

Imagem Divulgação

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Certamente, há alguns anos, se alguém comentasse ao fotógrafo e cinegrafista Edgar das Neves Pereira, de 55 anos, que ele seria o Bom Velhinho, isso geraria boas risadas.

Embora possua várias referências como “Neves” no sobrenome e o fato de ter nascido no dia 25 de dezembro, curiosamente, o destino deu a pista de que ele veio ao mundo para representar o Bom Velhinho.

"Nunca tive intenção de ser o Papai Noel, sabe? Nem gostava muito. Acho que isso talvez tenha vindo da época em que era criança e tinha aquela imagem de ganhar apenas um presente. Na verdade, isso aconteceu a convite de um amigo, que me emprestou a roupa. Mas nunca tinha pensado nisso, nunca tinha querido ser o Papai Noel."

O campo-grandense lembra, de quando era criança, como muitas pessoas nascidas no final do ano, que não gostava. A única festa de aniversário feita pela mãe foi quando Edgar tinha apenas 1 ano. Ou seja, ele não lembra da comemoração.

"Olha, para uma criança não é bom fazer aniversário no dia 25 de dezembro, primeiro porque ela só ganha um presente, né? Em casa somos seis irmãos e só eu ganhava um presente. Meus irmãos ganhavam no dia do aniversário deles e depois do Natal. E eu não tinha festa de aniversário nem que fosse um bolo, porque 25 de dezembro é Natal, é aquela comemoração, então assim era chato", contou Edgar.

A surpresa veio por volta dos 30 anos de idade, quando a professora Deanie Ortiz Pereira, esposa de Edgar, compensou a falta de comemorações adequadas ao organizar com os amigos da igreja a tão esperada festa de aniversário.

“Me vendaram, cheguei lá, todo mundo com balão e chapéuzinho, colocaram na minha cabeça chapéuzinho de aniversário. Então, assim foi legal, mas realmente para uma criança não é legal comemorar aniversário nessa data.”

Imagem Divulgação

Convite inesperado


O fotógrafo comenta que, em certa ocasião, deixou a barba crescer e, por volta dos 40 anos, apesar de ser jovem, branqueou muito cedo. O que veio a calhar, já que um amigo, proprietário de uma produtora, estava à procura do Papai Noel.

“Ele precisava de um Papai Noel para uma propaganda de uma loja e ele me convidou. Falou que estava difícil de achar, eu já estava de barba, se ofereceu para comprar a roupa e perguntou se eu topava. Disse que sim”, comentou Edgar.

As primeiras filmagens foram de madrugada na loja, e outros takes foram feitos durante o dia para a alegria da criançada, inclusive adultos parando para tirar fotos.

Não é que a barba rendeu? Certa vez, recebeu o convite para fotografar a festa de Natal com familiares de um cliente, com a condição de que fosse trajado de Papai Noel.

“Eu te contrato com a condição de você ir vestido de Papai Noel, porque a minha tia, ela tem 74 anos, tem um sonho de receber o presente do Papai Noel, um desejo que tem desde criança e nunca teve essa oportunidade por morar em uma chácara.”

Das Neves entrou no clima, e após fazer o registro, começou a distribuir os presentes para a criançada da família. Por fim, ficou a senhora, que foi presenteada com uma boneca.

“A irmã dela comprou uma boneca que entreguei e até a peguei no colo, como se fosse uma criança. Levantei e ela, com o presente na mão, ria muito, festejou muito, foi um sonho realizado”, destacou Edgar.

Nasceu de novo


Edgar das Neves Pereira ficou conhecido em todo o Estado por, em 2020, ter sido infectado com a cepa mais agressiva da Covid-19, sendo o primeiro paciente a ser entubado

A ferocidade do vírus fez com que ficasse em coma por cerca de 21 dias.

“Eu fiquei 40 dias no Regional, fui o primeiro caso grave a sair vivo. Até dei muitas entrevistas na época. O primeiro Natal que passei após receber alta, passei em casa com a minha família. Fiquei fechado por conta da contaminação, mas sou muito grato a Deus por ter me permitido passar por essa experiência. Fiquei muito mal, na verdade foi um milagre. Eu caí e levantei da morte.”

 

 

 

A recuperação durou quatro meses e, posteriormente, a pessoa que nunca imaginou se caracterizar como Papai Noel, com o convite do amigo, passou a fazer trabalhos em escolas.

Mesmo com roupas do dia a dia, em uma situação em que estava na escola, uma criança se aproximou perguntando se ele era o Papai Noel por conta da barba. A resposta não podia ter sido diferente:

“Sou o Papai Noel, mas é segredo, não conta para ninguém, tá? Estou disfarçado.”

Na ocasião, a criança, em sua inocência, queria pedir a troca de presente, dizendo que escreveu algo na cartinha, mas havia mudado de ideia.

Agora, Edgar é avô. Dezembro entrou no calendário e, na próxima Feira do Panamá, estará na praça recebendo doações, tirando fotos e acolhendo crianças.

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Dourados

Foragido da Justiça morre após confronto com Batalhão de Choque

Rodrigo César Ferreira da Silva, de 28 anos, morreu em uma área de atuação de facções criminosas no município de Dourados. Ele tinha uma extensa ficha de antecedentes criminais

04/12/2024 16h00

Casa onde 'Galo Cego' estava escondido

Casa onde 'Galo Cego' estava escondido Foto: Sidnei Bronka/Ligado Na Notícia

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Rodrigo César Ferreira da Silva, de 28 anos, conhecido como Galo Cego, morreu nesta quarta-feira (4) após trocar tiros com policiais do Batalhão de Choque em Dourados, a 221 quilômetros de Campo Grande. Ele estava foragido da Justiça.

Segundo informações da polícia, o foragido estava escondido em uma residência na Rua do Trabalhador, no bairro Altos do Alvorada, área de forte atuação de facções criminosas no município. Ele foi localizado às 11h por equipes do Batalhão de Choque, onde ocorreu o confronto policial.

De acordo com informações apuradas pelo site Ligados na Notícia, Rodrigo seria integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital). Segundo apurações da reportagem do Correio do Estado, ele tinha antecedentes criminais por receptação, lesão corporal, violência doméstica, porte ilegal de arma de fogo e homicídio.

Segundo informações da polícia, aos 19 anos, Rodrigo foi preso no município acusado de assassinar a golpes de faca Aparecido Juan Ramos, o 'Chapolin'. O crime ocorreu em Glória de Dourados, em junho de 2016.

 

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