Correio B

GASTRONOMIA

Arroz para todos os gostos: carreteiro e risoto de camarão

O arroz permanece como uma boa pedida em todas as regiões, e neste fim de semana você pode curtir o sabor de 2 combinações irresistíveis com cereal branco

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Não tem jeito. Na hora H, quando bate a fome e não se encontra nada na geladeira, o “nada” muitas vezes vira uma ponta de esperança naquele restinho de arroz que sobrou da última refeição. 

O “branquinho” que salva é um dos cereais mais cultivados do mundo – perdendo apenas para o milho e o trigo –, com a “responsa” de alimentar mais da metade da população do planeta.

Embora seja dominada por países asiáticos, a produção brasileira figura como a nona do ranking em termos de volume – na casa de 10 ou 11 milhões de toneladas anuais.

 Mesmo assim, com o alto consumo diário, o Brasil também é uma das nações que mais importam arroz. Na média, cada habitante consome 60 quilos por ano.

Mas, para as receitas deste fim de semana, você vai precisar de bem menos que isso. 

Com apenas um quilo de arroz, é possível preparar duas receitas irresistíveis e descomplicadas, que representam um pouco da diversidade e do sabor que o “branquinho” oferece à culinária nacional: o arroz carreteiro e o arroz com camarão.

BRANQUINHO

“Branquinho” bem entre aspas, pelo menos para os praticantes da cozinha natural, que são grandes adeptos do arroz integral.

Essa variedade diferencia-se do arroz branco apenas por apresentar normalmente uma cor castanha, já que dela se retira apenas a casca mais externa. 

Por isso, o integral requer um pouco mais de tempo de cozimento. Na verdade, tanto um quanto o outro pertencem, na nomenclatura científica, ao mesmo gênero de espécies – o Oryza.

ORIGEM

A origem do arroz carreteiro está no Rio Grande do Sul e antecede o período republicano. 

Ou seja, antes de 1889, os comerciantes (tropeiros) que mercavam por toda a geografia gaúcha tinham de percorrer longas distâncias, em carroças de tração animal, com alimentos não perecíveis ou que pudessem suportar o tempo de duração das viagens.

O feijão-tropeiro também decorre dessa experiência exploratória que, além de gerar renda aos mascates, funcionou como um importante motor de ocupação do território.

Nos primórdios, o arroz, o charque e a banha formavam a base do prato. O carreteiro foi, aos poucos, recebendo novos ingredientes e passou a ocupar o cardápio de outras regiões, a exemplo de Minas Gerais, até se tornar uma preferência nacional.

CARNE DE SOL

As adaptações são inúmeras, mas a principal, talvez, seja a introdução da carne de sol no lugar do charque. Aliás, aí está uma mudança no preparo do prato que costuma calar fundo no paladar sul-mato-grossense. 

Seja qual for o tipo de carne utilizada, você não vai gastar tanto tempo nem dinheiro para providenciar o seu próprio carreteiro.

TEMPO E DINHEIRO

Já o arroz com camarão, para casar com o bolso de quem quiser prepará-lo, pode ser agendado para o dia do pagamento. 

Em Campo Grande, o preço médio do marisco com cabeça e casca gira em torno de R$ 60. 

No Rio de Janeiro, durante a maior alta do preço nos últimos anos, o quilo do produto chegou a atingir quase R$ 300. O tempo de preparo também é bem maior. Mas quem disse que você não merece esse privilégio?

E, se achar que facilita, substitua o caldo com as cabeças e as cascas dos camarões por um caldo de peixe. Depois, é só ser feliz. Um bom apetite!

Arroz carreteiro

Ingredientes

> 500 gramas de charque;

> 400 gramas de arroz;

> 3 tomates;

> 2 cebolas;

> 1 pimentão verde;

> 2 dentes de alho;

> 1 colher (sopa) de salsa picada;

> Sal.

MODO DE FAZER

Corte o charque em tiras ou desfie-o cuidadosamente. Coloque-o de molho em bastante água fria na noite anterior. Enxague, escorra e seque com um pano.

Salteie a carne, em fogo alto, em uma panela grande com três colheres (sopa) de óleo, mexendo sempre até que fique dourada. 

Diminua o fogo, acrescente o pimentão, sem sementes e picado, as cebolas e os dentes de alho picados bem miudinhos. 

Refogue, sem deixar de mexer, até que também fiquem dourados. Adicione os tomates sem pele, sem sementes e picados e refogue durante 10 minutos em fogo baixo.

Junte o arroz, salteie durante 2 minutos e adicione duas medidas de água fervente para cada medida de arroz. Tempere e, quando ferver, diminua o fogo. Tampe e cozinhe por aproximadamente 16 minutos.

Retire do fogo, polvilhe com a salsa picada e sirva, imediatamente, na própria panela.

Arroz com camarões 

Ingredientes

> 800 gramas de camarões;

> 500 gramas de arroz;

> 2 tomates maduros;

> 1 cebola;

> 1 colher (sopa) de banha de porco ou óleo;

> 1 colher (sopa) de coentro picado;

> Sal.

MODO DE FAZER

Descasque os camarões, retire as cabeças e as cascas e coloque-as em uma panela com 2 litros de água, deixando cozinhar durante uma hora. 

Coe o caldo e passe para uma outra panela. Salteie a cebola picada em uma panela grande, em fogo baixo, com uma colher de banha de porco derretida ou de óleo. Mexa até que doure (cerca de 5 minutos). 

Acrescente os tomates descascados, sem sementes e picados, o coentro, uma xícara do caldo das cascas do camarão e sal. Tampe e deixe cozinhando, durante 15 minutos, em fogo baixo. 

Junte o arroz, refogue durante 1 minuto e acrescente duas medidas do caldo das cascas para cada medida de arroz. Tempere, deixe ferver, tampe a panela, diminua o fogo ao mínimo e cozinhe por aproximadamente 15 minutos. Acrescente os camarões e mexa para misturá-los ao arroz. Cozinhe por mais 4 minutos. Sirva ainda bem quente.

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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GASTRONOMIA

Confira 10 sugestões, entre pratos principais e sobremesas, para o fim do ano

Apesar da comoção religiosa e da expectativa dos presentes, a ceia permanece como o grande momento do Natal para a maioria das pessoas; confira 10 sugestões, entre pratos principais e sobremesas, que podem abrilhantar o seu banquet

20/12/2025 10h00

A ceia é uma tradição que se fortalece a cada ano, pois combina sabores diferentes do menu usual ao encontro com quem se gosta

A ceia é uma tradição que se fortalece a cada ano, pois combina sabores diferentes do menu usual ao encontro com quem se gosta Divulgação

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Tem as orações, tem as cantatas, tem os presentes, tem os figurinos. Mas, para a maioria das pessoas, o que importa mesmo na celebração do Natal é a comilanç…, quer dizer, a ceia.

O cardápio vem repleto de itens tradicionais, que muitas vezes degustamos somente nesta época, fazendo do encontro à mesa um momento bastante singular, pois, além de saborearmos um monte de delícias, a ideia é que se faça isso ao lado de quem se gosta.

Preparar cada receita para a celebração pode ser mais prático do que parece. O importante é planejar, para evitar o corre-corre de última hora, gastar menos e não ser apanhado por imprevistos, como a falta de gás, alguma especiaria ou mesmo de um item básico como o sal.

Você pode inovar, sim. Mas manter a tradição – peru assado, arroz à grega, salpicão, farofa – não é nenhum pecado. Sobremesa também não pode faltar. Dê uma olhada nas sugestões do Correio B e confira também a receita de um biscoito natalino maravilhoso.

ARROZ

Um dos pratos para ceia de Natal é o arroz, também conhecido como arroz com passas. Nessa receita está liberado adicionar mais ingredientes para deixar o arroz o mais colorido possível.

Dica: Misture ervilhas, cenoura, cheiro-verde e faça a receita completa para sua ceia nota 10.

FAROFA

Sendo essencial para acompanhar o peru, a farofa está sempre presente em meio às comidas de Natal. Algumas pessoas preferem uma farofa mais leve, com amêndoas e frutas secas.

No entanto, muitos cozinheiros também gostam de incorporar pedaços de bacon ou miúdos do próprio peru (ou de frango) nessa mistura. As duas estão valendo. Ambas ficam deliciosas.

CHESTER

O peru é importante, sim, no Natal, mas o chester é concorrente há tempos. Ele é um tipo de frango que tem o peito e as coxas mais carnudas, não é muito gorduroso e perfeito para alimentar toda a família. As chamadas aves natalinas têm o mesmo sabor.

SALPICÃO

A maionese é a base do salpicão, enquanto vários outros alimentos, como milho, frango desfiado e batata palha, são misturados. Além de ser uma receita muito saborosa, ela pode ser servida fria e dar aquele toque leve e refrescante no paladar.

TENDER

O tender é um tipo de presunto geralmente servido espetado por cravos. Trata-se de uma ótima opção para quem quer comidas da Natal mais práticas, já que é simples de assar e fica ótimo quando acompanhado de pratos básicos, como arroz e farofa. 

RABANADA

Também conhecida como fatia dourada, fatia de ovo ou fatia de parida, a rabanada é um doce feito de pão de trigo em robustas fatias molhadas em leite, vinho ou calda de açúcar. Aliás, elas também são passadas nos ovos e podem ser fritas ou assadas e finalizadas com açúcar e canela.

PAVÊ

O pavê de chocolate, além de ser uma opção maravilhosa para adoçar a mesa de Natal, ainda é uma opção de fácil preparo. Alterne as camadas do doce entre o creme de chocolate e biscoitos e cubra com pedaços de chocolate ou morangos.

FRUTAS

Além de servirem de acompanhamento nos pratos principais, as frutas são uma ótima pedida como sobremesa na mesa e ainda funcionam como decoração. Uvas, maçãs, melancia, pêssegos e melão estão entre as mais populares para a ceia.

TRONCO

Tipicamente natalino e pouco conhecido no Brasil, o tronco natalino possui formato parecido com um tronco de árvore. Trata-se de um rocambole recheado com creme de nozes e coberto com ganache.

BISCOITOS

Da tradição alemã para o mundo, os biscoitos de Natal com baunilha e cobertura de limão são mais uma tentação imperdível no cardápio deste período. E muitas famílias servem a iguaria ao longo de todo o mês de dezembro, especialmente, nos domingos de advento (que antecedem a noite da ceia).

RECEITA Biscoito de Natal

A ceia é uma tradição que se fortalece a cada ano, pois combina sabores diferentes do menu usual ao encontro com quem se gosta

Ingredientes

500 g de farinha de trigo;
150 g de manteiga em ponto de pasta;
250 g de açúcar;
3 ovos;
1 colher (chá) de fermento químico em pó;
1/2 colher (chá) de essência de baunilha.

Cobertura

1 unidade de clara de ovo;
1 colher (sopa) de suco de limão;
150 g de açúcar de confeiteiro;
Corantes alimentícios.

Modo de Preparo

Misture a farinha de trigo peneirada e o fermento em um recipiente;
Adicione o açúcar e misture;
Acrescente a manteiga, misturando com as mãos até que se forme uma espécie de farofa;
Adicione os ovos, porém, um de cada vez, amassando a mistura até que a massa vá soltando das suas mãos;
Acrescente mais farinha se notar que é necessário;
Acrescente a essência de baunilha, continuando a misturar;
Depois de finalizar a mistura, enfarinhe uma superfície lisa, abrindo a massa com um rolo;
Na hora de recortar a massa, use o formato desejado e pode aproveitar a criatividade para deixá-los nas formas mais natalinas;
Coloque-os no forno, em temperatura média de 180ºC até dourar.

Cobertura

Bata a clara na batedeira até que ela fique firme;
Em seguida, insira o suco de limão, batendo com as claras para misturar;
Siga adicionando o açúcar de confeiteiro e bata bem. Se achar necessário, pode colocar mais açúcar na receita;
Divida a mistura em alguns potes e adicione gotas de corantes para proporcionar cores diferentes;
Por fim, é só colocar a cobertura em um daqueles saquinhos de confeitar e decorar os biscoitos de forma criativa.

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