Correio B

CLÁSSICOS BAILADOS

Concertos musicais na Capital vão homenagear Piazzolla e Vivaldi

Encontro com a música clássica chega à décima quarta edição celebrando Villa-Lobos e Bach com a presença de Everton Gloeden, Alejandro Brittes e solistas

Continue lendo...

O compositor argentino Astor Piazzolla (1921-1992) é o grande homenageado do Encontro com a Música Clássica, que chega à décima quarta edição em 2021 e promove uma maratona de apresentações e de outras atividades, em formato híbrido, a partir deste domingo até quarta-feira (27). 

Artistas locais vão se juntar a colegas de outros estados e países para celebrar o centenário de Piazzolla e também a obra de outros mestres da música de concerto, como o italiano Vivaldi (1678-1741), o brasileiro Villa-Lobos (1887-1959) e o alemão Bach (1685-1750).

Piazzolla nasceu em 11 de março de 1921, e o seu centenário vem sendo comemorado em todo o mundo após o tributo realizado no Teatro Colón, em Buenos Aires, no mês de aniversário do compositor, que fez do tango, além de muito popular ao redor do planeta, um sucesso nas salas de concerto. 

“Ele pegou o tango tradicional e colocou elementos da música de concerto, do jazz, e conseguiu eternizar esse estilo do novo tango, semelhante ao que a gente fez com a bossa nova ou com o choro”, comenta o violonista Jardel Tartari, diretor-executivo do evento.

O encontro é uma realização da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), por meio de uma parceria da Sinfônica de Campo Grande com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). 

Os concertos estão programados para as 20h, nas quatro datas de evento, no Teatro Glauce Rocha, com entrada gratuita até a lotação máxima de 300 pessoas – capacidade reduzida por conta dos protocolos contra a Covid-19. Os canais da TV UFMS e da Sectur no YouTube vão transmitir as apresentações em tempo real.

Do argentino, o maestro Eduardo Martinelli, diretor artístico do evento, escolheu as “Quatro Estações Portenhas”, criação de Piazzolla que dialoga com “As Quatro Estações”, de Vivaldi, clássico absoluto composto no século 18 e bastante revisitado desde então por outros compositores.  

“O Piazzolla se baseou no Vivaldi, então resolvemos fazer essa casada com um arranjo que a gente providenciou, as duas são obras para violino solista e orquestra de cordas”, diz Tartari. Gleison Ferreira e o jovem Caio Fortunato, instrumentistas de destaque da cena de Campo Grande, vão se alternar como solistas junto à Sinfônica de CG, que será conduzida pelo maestro Martinelli.

ACORDEON

Além da prata da casa, o Encontro com a Música Clássica contará com a participação, entre outros nomes, do argentino Alejandro Brittes (acordeon) e do paulista Everton Gloeden (violão). Brittes se apresenta no domingo, ao lado da Sinfônica, e, além de temas de Piazzolla, vai executar composições próprias. 

O experiente músico argentino há três décadas divulga o chamamé pelo mundo e é um pioneiro na fusão do gênero com o rock e com outros estilos.

Em uma apresentação solo e em outra com a Sinfônica, Gloeden vai trabalhar com o repertório de Villa-Lobos. 

“É uma referência no violão brasileiro, inclusive já ganhou o Grammy e tocou pelo mundo inteiro; ele, inclusive, vai trazer um violão bastante inusitado de oito cordas, de formato diferente, que ele toca de modo semelhante a um violoncelo, mais deitado no ombro”, informa Tartari, que também destaca a presença da Orquestra Indígena no encontro deste ano.

ORQUESTRA INDÍGENA

“O projeto da Orquestra Indígena iniciou com dois objetivos: dar oportunidade para eles conhecerem os instrumentos da orquestra e ter uma atividade no contraturno escolar que possibilitasse uma convivência social com os colegas”, explica o músico, ressaltando o resgate cultural e de autoestima por meio da música. 

“O maestro Martinelli trabalha a música indígena com os instrumentos da orquestra; falo resgate mesmo porque há uma quebra total da cultura, principalmente na geração deles, crianças e adolescentes Terena, que perderam quase todo o contato e acabam tendo orgulho quando apresentam o repertório deles”, completa.

Paralelamente à programação artística, que envolve os concertos noturnos, ocorre no festival a programação didática, que promove o intercâmbio cultural dos estudantes de música de nossa cidade com os artistas convidados. Mais informações da programação podem ser encontradas no site.

Assine o Correio do Estado

DIVERSÃO

5 aplicativos para fazer revelação de amigo da onça

Chegou a época das festas de fim de ano e com ela a tradicional brincadeira do amigo secreto. Conheça os melhores apps para organizar e tornar a revelação ainda mais divertida

12/12/2025 13h37

Continue Lendo...

A brincadeira do amigo oculto, também conhecida como amigo da onça ou amigo secreto, é uma tradição que reúne famílias, amigos e colegas de trabalho durante as festas de fim de ano.

Com a tecnologia cada vez mais presente no nosso dia a dia, surgiram diversas ferramentas digitais para facilitar a organização e tornar o momento da revelação ainda mais especial.

1. Amigo secreto (My Secret Santa)

Considerado um dos mais completos do mercado, o aplicativo Amigo Secreto permite criar grupos, sortear participantes automaticamente e enviar notificações para todos os envolvidos.

O diferencial está na função de revelação gradual, onde dicas sobre quem é o amigo secreto são liberadas aos poucos, aumentando a expectativa e a diversão.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

2. Sorteio fácil

Com interface intuitiva e design moderno, o Sorteio Fácil se destaca pela simplicidade. O app permite definir valores mínimo e máximo para os presentes, criar listas de desejos e fazer o sorteio mesmo sem que todos os participantes tenham o aplicativo instalado. Na hora da revelação, oferece recursos de animação que tornam o momento mais emocionante.

Baixe no Google Play para Android

Versão não disponível para IOS

3. Secret Santa

Popular em vários países, o Secret Santa traz recursos de chat integrado para que os participantes possam interagir anonimamente antes da revelação. O aplicativo também permite fazer enquetes sobre local e data do encontro, facilitando a organização do evento.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store pra Iphone

4. DrawNames

O DrawNames é ideal para grupos grandes e famílias numerosas. Além do sorteio tradicional, permite criar exclusões (para evitar que casais ou irmãos tirem um ao outro) e possui uma ferramenta de revelação ao vivo, onde todos podem participar simultaneamente através de videochamada integrada.

Baixe no Google Play para Android

Baixe na App Store para Iphone

Site oficial também disponível

5. Amigo oculto online

Gratuito e sem necessidade de cadastro, o Amigo Oculto Online funciona diretamente pelo navegador. Perfeito para quem prefere praticidade, o app envia o resultado por e-mail ou WhatsApp e oferece templates personalizáveis para a revelação, com temas natalinos e de fim de ano.

Baixe no Google Play para Android

Dica Extra:

Independente do aplicativo escolhido, o mais importante é o espírito de confraternização que a brincadeira proporciona.

Os apps são apenas ferramentas para facilitar a organização e adicionar um toque de modernidade a essa tradição tão querida pelos brasileiros.

AGENDA CULTURAL

Fim de semana tem ópera afro-brasileira, música e cinema

À frente da banda O Capuz Negro, cantor e multi-instrumentista Jorge Aluvaiá lança ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás"; Simona e Vozmecê agitam Praça Bolívia; Rose Mendonça estreia solo de dança e, em Corumbá, tem "Moinho In Concert"

12/12/2025 09h00

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira

Ao lado da banda O Capuz Negro, o multi-instrumentista (ao centro) estreia a ópera afro-brasileira "Crônica sob o Céu Lilás", amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco Divulgação

Continue Lendo...

O irrequieto multiartista Jorge Aluvaiá está fechando este ano com um ambicioso projeto. À frente da banda O Capuz Negro, ele estreia amanhã, às 19h, no Teatral Grupo de Risco (Rua Trindade, nº 401, Jardim Paulista), o show “Crônica sob o Céu Lilás”, que o próprio músico define como uma “ópera espacial afro-brasileira, um concerto surrealista que envolve tradição oral e retoma as raízes afro-brasileiras, com música, poesia e imaginação”.

No palco, com os seis parceiros do Capuz, Aluvaiá vai mostrar as 18 faixas que dão vida ao enredo do novo trabalho. As composições acompanham, com “muita mística”, a jornada de um viajante imaginário, o Mensageiro Rubro, considerado pelo band leader uma “entidade cósmica”, que vive uma epopeia ao aportar no Brasil do século 19, quando perde a capacidade de voar.

Para tentar superar sua condição, Rubro acaba hibernando nas águas do Rio Paraguai e, nessa nova realidade, inicia uma intensa trajetória de “brasilidade”, ritmos diversos, performances e ensinamentos ancestrais.

“A gente conta essa história através de um espetáculo musical, um concerto, e me utilizo também de linguagens da arte, como poesia declamada, para dar vida a essa proposta, para trazer a potência e as possibilidades do fantástico, que é a pulsão de vida, da criatividade, da imaginação”, viaja Aluvaiá.

Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla, por R$ 20. A produção do evento anuncia também uma campanha de “apadrinhamento de ingressos” para contemplar jovens de instituições beneficentes, com cada entrada ao custo de R$ 18.

PRAÇA BOLÍVIA

A última edição deste ano da feira cultural Praça Bolívia, neste domingo, das 9h às 14 horas, será embalada por seis atrações musicais: o veterano Simona, o duo Vozmecê, Dandaras, Menos Pausa, Sangre Latino e Nobres. O evento conta com estandes de arte e artesanato, moda, pratos típicos e antiguidades. Endereço: Rua da Garças com Rua Aníbal de Mendonça, Bairro Santa Fé.

ROSE NA DOBRA

A dançarina Rose Mendonça estreia hoje o solo de dança “Dobra no Tempo”, às 19h, na Estação Cultural Teatro do Mundo. Uma segunda apresentação está agendada para amanhã, na sede da Central Única das Favelas (Cufa), na Rua Livino Godói, nº 710, Jardim São Conrado, às 16h. Os ingressos estão disponíveis gratuitamente na plataforma Sympla.

O solo integra o projeto Corpo-Território, que envolve ainda a realização de a oficina de house dance Tessituras Dançadas, amanhã, das 9h às 11h, no Centro Cultural José Octávio Guizzo.

O projeto busca democratizar o acesso a produções artísticas, contribuir para a visibilidade das danças negras na cidade, ampliar as discussões e estimular reflexões sobre a dança na sociedade, fortalecer a memória da arte contemporânea negra local e oportunizar um espaço seguro para debates acerca das questões raciais e de gênero.

Com direção artística de Simone Vieira, “Dobra no Tempo” se coloca como “um ritual” de movimento e som para despertar a potência do corpo e da presença, em que cada movimento é um gesto de afirmação e cada som é uma vibração capaz de ressoar no indivíduo.

“Com a intensidade da música house, seu fluxo único e mistura poderosa, no solo exploro a relação entre o meu corpo, o espaço e o tempo em um jogo de improviso, com os passos básicos e complexos da house dance e as corporeidades das danças afro-brasileiras”, afirma Rose, que, para realizar o projeto, contou com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), do governo federal e do Ministério da Cultura, sob operação da Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande (Fundac).

“Dobra no Tempo” tem produção-geral de Ariane Nogueira, produção executiva de Marcos Mattos, Livia Lopes como social media, design gráfico de Leonardo Sales, produção audiovisual de Kaique Andrade, Jessé Macedo e Karem Martins como intérpretes de Libras, criação e confecção de figurino de Jéssika Rabello (Ajuberô Ateliê) e assessoria de imprensa por Isabela Ferreira (Reconta). As apresentações contarão com a participação da artista Aline Serzedello Vilaça.

“MOINHO IN CONCERT”

O Moinho Cultural realiza, neste sábado e no domingo, mais uma edição do “Moinho In Concert”. Sob a direção geral de Márcia Rolon, o espetáculo foi anunciado como “uma travessia que mistura memória, sonho e ancestralidade”, conduzindo o público pelos caminhos do Peabirú, a antiga rota sagrada dos povos originários, com música, dança e imagens.

A montagem reúne mais de 500 artistas, entre orquestra, coral, bailarinos, crianças, adolescentes e jovens atendidos pela ONG, tornando-se uma das maiores produções culturais da região.

O mergulho no imaginário da rota é acessado por jogos de amarelinha, explorando símbolos como o caracol e a cruzada para construir uma narrativa que convida o público a refletir sobre travessias internas, pertencimento e superação.

“Estamos alinhavando um novo Peabirú, como o sonho e o jogo de amarelinha, com a intenção de levar todos para o seu próprio céu”, diz Márcia Rolon. As apresentações serão às 19h30min, na sede do Moinho, em Corumbá.

A equipe de criação reúne pesquisa de linguagem e concepção coreográfica de Fernando Martins, a coreógrafa e ex-primeira bailarina do Stuttgart Ballet Beatriz Almeida, o ator Arce Correia, coralistas, músicos e o artista Leoni Antequera, da Bolívia.

A trilha sonora, com arranjos assinados por ex-alunos do Moinho, é inspirada no barroco sul-americano. Os figurinos foram confeccionados, dentro da instituição, por mães de participantes, retomando uma tradição afetiva que aproxima famílias do processo artístico.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).