Correio B

CORUMBÁ

Estrada-Parque: turismo de natureza em família

Pantanal da Nhecolândia, em Corumbá, é uma das regiões do bioma com maior biodiversidade e integrada ao viver tradicional do homem pantaneiro

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Rios piscosos, fauna e flora em renovação depois do ciclo das águas, boas estradas e uma rede de atendimento formada por hotéis, pousadas, pesqueiros e áreas de camping. Um convite para conhecer o Pantanal da Nhecolândia, em Corumbá, uma das regiões do bioma com maior biodiversidade, integrada ao viver tradicional do homem pantaneiro. Um passeio ideal em família, sem pressa pela Estrada-Parque, observando o espetáculo da natureza.

Depois da cheia, que este ano não foi intensa, a ponto de inundar a região e interromper o acesso, a vegetação se transforma em uma imensidão de cores, realçando os ipês amarelados e roxos, e os animais e aves se procriam, com os tuiuiús, ave-símbolo desse lugar, ensaiando uma dança em círculo nas alturas para se acasalar. Época propícia para avistamento da rica fauna, com grande chance de encontrar um casal de onças-pintadas andando pelas savanas.

A boa conservação da Estrada-Parque, de terra, permite o tráfego de veículos pequenos, em toda a sua extensão. 

Antiga estrada boiadeira, aberta no tempo das expedições do sertanista Cândido Mariano Rondon, é interligada pelas MS-184 e MS-228, em conexão com a BR-262 nos dois extremos. Cruza a planície até Corumbá, mas o trecho atrativo (60 km) compreende o trevo com a BR-262, a 100 km de Miranda, até o Rio Paraguai, no Porto da Manga.

Pesca de piranha

No caminho, dezenas de pontes estreitas de madeira conhecidas como vazantes – por elas escoam as águas das cheias em direção ao Paraguai. 

Parada obrigatória para observar jacarés, lontras, tuiuiús, garças, gaviões e, claro, capivaras. E também pescar, sentindo a emoção de fisgar uma piranha, que se prolifera por aquelas águas mansas e transparentes. Uma boiada passando por ali, com seus peões e cavalos bem arreados, completa o dia do visitante.

Os atrativos e as opções de lazer se multiplicam ao longo da estrada. Ao sair da BR-262, no trevo conhecido como Buraco da Piranha, um percurso de 8 km e se chega ao Passo do Lontra, uma comunidade formada por pescadores e catadores de iscas, com boa estrutura de hospedagem e pesqueiros, na beira do Rio Miranda. Para quem gosta de aventura, acampar é um programa que atrai muitos jovens. As áreas de camping abrigam até 150 pessoas, com diária de R$ 30.

Pássaros

Para quem busca conforto, comodidade, sossego e atendimento diferenciado, o Passo do Lontra Parque Hotel é uma estrutura de madeira sobre palafitas ideal para grupos em família. Construído na beira do rio, cercado por uma mata de grandes árvores nativas, seus aposentos são em estilo chalé, interligados por passarelas, de onde se observam cardume, quando o Miranda transborda, e voos de mutuns, gaviões, garças, curicacas e biguás.

O hotel tem estrutura para a pesca esportiva, com barcos, motores e guias locais bilíngues. Os passeios ecológicos incluem safári fotográfico terrestre e aquático para observação de aves e animais – macacos bugios, jacarés, tucanos e, com uma dose de sorte, a onça-pintada, cuja conservação tem o apoio dos fazendeiros e do trade turístico local. Para pescar não precisa ir longe: as plataformas flutuantes do complexo são uma diversão para as crianças.

“Estamos na alta temporada da pesca, mas grande parte dos nossos clientes é de famílias, que buscam locais de maior concentração de fauna e flora e encontram aqui uma região preservada”, afirma a empresária Marju Azambuja. 

Segundo ela, a sustentabilidade da atividade permite um ambiente em harmonia com a natureza, com espaço, inclusive, para uma caminhada ecológica pela passarela flutuante de 2 km, ouvindo o cantarolar dos pássaros.

GASTRONOMIA

A gastronomia na região também é um atrativo pela sua variedade e sabor bem pantaneiro. Um prato de filé de pintado frito, com arroz e salada, custa R$ 50 para três pessoas. No caminho para o Porto da Manga, são mais 40 km e muitas pontes. 

Serviços de emergência somente na Curva do Leque (entroncamento da MS-184 e da MS-228), onde funciona uma borracharia e restaurante. O Porta da Manga tem estrutura para pesca e opções de hospedagem.

Carretas da magia

Caravana de Natal da Coca-Cola passa por Dourados e Itaporã nesta quarta; veja o trajeto

Caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d'água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel

17/12/2025 10h15

Carretas natalinas da Coca Cola

Carretas natalinas da Coca Cola DIVULGAÇÃO/Coca Cola

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Falta uma semana para o Natal e a tradição de sair às ruas para acompanhar a passagem das carretas natalinas da Coca-Cola está de volta.

Caravana Iluminada percorre ruas e avenidas de Dourados e Itaporã nesta quarta-feira (17). 

Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

É possível acompanhar ao vivo o lugar que a carreta está neste site.

Confira os trajetos e horários:

DOURADOS - 17 DE DEZEMBRO - 20H30MIN

  • INÍCIO - 20h30min - rua Sete de Setembro
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Delfino Garrido
  • Avenida Weimar Gonçalves Torres
  • Rua Paissandú
  • Rua Monte Alegre
  • Rua Rangel Torres
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Itamarati
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Mozart Calheiros
  • Rua Raul Frost
  • Rua Docelina Mattos Freitas
  • Rua Seiti Fukui
  • Rua Josué Garcia Pires
  • Rua Hayel Bon Faker
  • Rua Manoel Rasselem
  • Rua Projetada Onze
  • Rua General Osório
  • Avenida Marcelino Pires
  • Rua Mato Grosso
  • Rua Olinda Pires de Almeida
  • Rua João Cândido da Câmara
  • FIM - Rua Manoel Santiago

Carretas natalinas da Coca Cola

 ITAPORà- 17 DE DEZEMBRO - 17H30MIN

  • INÍCIO - Rotatória de entrada/saída da cidade
  • Avenida José Chaves da Silva
  • Avenida Estefano Gonella
  • Rua José Edson Bezerra
  • Rua Aral Moreira
  • Rua Duque de Caxias
  • FIM - Rotatória de entrada/saída da cidade

Carretas natalinas da Coca Cola

ARTES VISUAIS

Floripa de novo!

Após temporada de sucesso, Lúcia Martins Coelho Barbosa inaugura mais uma exposição em Florianópolis:"Do Pantanal para a Ilha 2" permanece em cartaz até 3 de janeiro e apresenta 20 telas, 6 delas inéditas, com elementos da fauna e flora sul-mato-grossense

17/12/2025 10h00

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês Divulgação

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A artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa apresenta em Florianópolis uma seleção de obras que celebram a potência estética e simbólica do Pantanal.

Reconhecida internacionalmente, especialmente pelas pinturas de onças-pintadas, sua marca registrada, Lúcia construiu uma trajetória sólida ao longo de mais de quatro décadas nas artes visuais, marcada por pesquisa, identidade regional e profunda relação com a fauna brasileira.

Após uma temporada de sucesso em agosto, “Do Pantanal para a Ilha” retorna a Florianópolis, agora em novo local, na Sala Open Cultura, em exposição até o dia 3 de janeiro.

A mostra é composta por 20 telas, seis delas inéditas e outras peças de sucesso do acervo de Lúcia, que já expôs em sete países e quatro estados brasileiros.

“O nome ‘Do Pantanal para a Ilha’ veio da ideia de apresentar o Pantanal para um novo público que está conhecendo meu trabalho, e para isso coloquei nas telas elementos como as flores de aguapé, as árvores do Cerrado e as onças, que são meu carro-chefe”, apresenta Lúcia.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra "A procura da caça", de Lúcia Martins

LEGADO DE MS

Outro elemento regional incorporado nos quadros é a renda nhanduti, um bordado artesanal tradicional do Paraguai cujo nome significa “teia de aranha” em guarani, uma referência à sua aparência delicada e intrincada, utilizada normalmente em peças decorativas e roupas.

Ao todo, foram vários meses de preparação para a exposição, em um longo processo de produção e ressignificação de obras, utilizando as técnicas pastel sobre papel e acrílico sobre tela.

As obras que compõem essa exposição vão refletindo lugares, flores e animais, que talvez não despertem a atenção das pessoas no dia a dia, mas que, de algum modo, acabam fugindo do lugar comum.

Elas são um resumo do que Lúcia vê, vivencia e considera como mais “importante” enquanto legado da natureza de Mato Grosso do Sul para o Brasil e para o mundo.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mês“Onça que Chora”, um dos trabalhos inéditos da nova exposição

ESPANTO

A mostra reúne, assim, trabalhos figurativos que retratam, por exemplo, a onça-pintada como símbolo de força, ancestralidade e preservação, convidando o visitante a mergulhar no imaginário pantaneiro e, ao mesmo tempo, nas camadas poéticas que permeiam a trajetória da artista.

Para Lúcia, a arte é como um portão de entrada para um novo mundo, nesse caso o Pantanal sul-mato-grossense.

“O Pantanal não é margem. É centro de novas narrativas. É daqui que falamos ao mundo. O que eu gostaria que essa minha exposição causasse é até um certo espanto ao se ver que aqui também tem gente que faz arte. E nada melhor do que se apresentar quando alguém já tem curiosidade de lhe conhecer”, afirma a mestra das cores e texturas.

“Eu vivo para a arte, se eu não tivesse essa profissão, esse dom de colocar nas telas minhas emoções, meus sentimentos, talvez eu não tivesse nenhuma utilidade para a sociedade. A arte é, acima de tudo, questionadora. O que eu sinto como artista plástica há mais de 45 anos é que estamos ainda abrindo caminho para os artistas que virão. Gostaria muito que o artista fosse respeitado, fosse aceito, fosse útil, pois a arte alimenta a alma”, diz a artista.

PERFIL

Lúcia Martins Coelho Barbosa vive e trabalha em Campo Grande. Formou-se em história pelas Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMAT). Fez pós-graduação em Comunicação, na área de imagem e som pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Atua na área de artes plásticas, em Campo Grande, há mais de 40 anos e já mostrou suas obras em Portugal, Itália, França, EUA, Japão e Paraguai.

A artista com suas obras durante inauguração da mostra no dia 3 deste mêsReprodução obra Florescer no Pântano, de Lúcia Martins

Com o projeto Peretá – “Caminho” na língua tupi-guarani – , a artista exibiu o grafismo indígena e instalações em quatro capitais brasileiras – Brasília, Goiânia, São Paulo e Campo Grande.

Reconhecida por diversas premiações e homenagens, a artista segue expondo seu trabalho em coletivas e individuais. 

Em 2016, Lúcia criou o Múltiplo Ateliê, onde desenvolve trabalhos com artistas e pesquisadores, incluindo gastronomia, educação somática, dança contemporânea, yoga e audiovisual. Como afirma, é “fiel à sua missão de operária da arte”.

>> Serviço

A exposição “Do Pantanal para a Ilha 2”, da artista plástica sul-mato-grossense Lúcia Martins Coelho Barbosa, foi inaugurada em 03 de dezembro e está aberta para visitação até 03 de janeiro de 2026, na Sala Open Cultura, do open mall (shopping aberto) Jurerê Open. Av. Búzios, 1.800), Florianópolis (SC). Das 10h às 22h.

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