Correio B

gastronomia

No Dia Mundial do Queijo, conheça a história e confira receitas com a iguaria láctea

Além de ser dedicado a São Sebastião, o 20 de janeiro também é o Dia Mundial do Queijo; conheça melhor a história, prepare receitas e celebre a iguaria láctea que precisa de dez litros de leite para ser produzida

Continue lendo...

20 de janeiro é Dia de São Sebastião, do farmacêutico e até do Fusca. Mas é também o Dia Mundial do Queijo. Para comemorar, nada melhor do que conhecer um pouco mais sobre o alimento feito com leite (muito leite!), além, naturalmente, de se comer o queijo.

De preferência, trazendo novidades para o seu cardápio e para o paladar dos convidados que podem ter o privilégio de saborear o seu desempenho com as duas sugestões para a sua aventura do sabor deste fim de semana.

As batatas com fonduta de queijo, nome pomposo para as cobiçadas batatas gratinadas, ou o fondue, que muita gente não dispensa nem mesmo com o calorão que anda fazendo em MS, são os dois itens que vão dar combustível para o seu desafio do avental na data, talvez, mais cremosa, macia e láctea da culinária universal. Acompanhe, antes, outras curiosidades, como de onde veio o queijo.

ORIGEM

A domesticação de bovinos, ovinos e caprinos levou à necessidade de se conservar o leite produzido pelos animais há mais de 8.000 anos antes de Cristo, no período em que o homem passava da condição de caçador para criador de rebanhos.

Basicamente foi assim que o queijo surgiu para tomar conta do planeta. Chega-se a especular, embora também se conteste o número, que existam mais de 10 mil variações desse tipo de alimento.

BRASIL

O queijo brasileiro, por exemplo, içado por Minas Gerais, que responde por 40% da produção nacional, tem avançado a largas braçadas no cenário internacional, ganhando reconhecimento em competições de porte, como o World Cheese Awards, e até desbancando o top europeu, como ocorreu no site dos EUA Taste Atlas, que elegeu o queijo canastra artesanal de Minas como o número 1 no ranking dos 50 melhores queijos do mundo.

A Serra da Canastra (MG), a Serra da Mantiqueira, entre São Paulo e Minas, e a Serra da Bocaina, entre São Paulo e Rio de Janeiro, estão entre as regiões do País que não param de fazer bonito quando o assunto é a oferta de queijos de qualidade. 

A LENDA E O SANTO

Uma lenda – ou seja, não se pode comprovar a veracidade – espalhou a possibilidade de o queijo ter surgido acidentalmente. Um mercador árabe teria saído para cavalgar, em um daqueles dias de sol a pino, levando leite no cantil. Ao beber, horas depois, ele percebeu que o cantil tinha um líquido esbranquiçado mais fino que o leite (soro?) e uma parte sólida, que seria o queijo.

Conhecido pela devoção religiosa e por seu apego a uma vida simples, o italiano São Lúcio de Cavargna, nascido próximo à fronteira com a Suíça entre os séculos 12 e 13, passou a ser venerado como padroeiro dos queijos desde a sua canonização pela Igreja Católica.

Pastor de ovelhas desde a juventude, São Lúcio também se tornou conhecido como um queijeiro de mão cheia. A ele se atribui o florescimento da produção na região do Lago de Como.

O PAÍS DO QUEIJO

O fato é que, com uma produção anual de mais de 200.000 mil toneladas (dados de 2022), a Suíça é internacionalmente considerada o país do queijo. Pelo menos um terço dessa quantidade é exportada, principalmente para os países europeus, e a Alemanha é o maior comprador de queijos do país vizinho. 

Com terras pouco agricultáveis, não restou muita alternativa à Suíça do que a vocação para ser um imenso pasto. Quase metade do leite produzido no país é processado para virar queijo.

Os queijos mais produzidos na terra do queijo são o gruyère, o mussarela e o emmental. O mais apreciado no exterior é o terceiro tipo.

Já o primeiro, além de ser o mais saboroso para os próprios suíços, é o queijo preferido do inventor Wallace, que faz dupla com seu cão Gromit, também fanático pela iguaria láctea, na famosa série de animação de bonecos de massinha do britânico Nick Park. Mas o que não falta por lá é queijo diferente.

Existem mais 450 queijos suíços: queijo de consistência dura, queijo de pasta mole, queijo fresco, queijo alpino, queijo caseiro… Fora outros mais chiques, como o sbrinz, o appenzeller, o raclette e o tête de moine.

O queijo suíço digno do nome tem de ser necessariamente um produto natural, que dispensa o uso de conservantes, corantes ou intensificadores de sabor. Todo o processo começa com o capim que as vacas comem e termina no modo como o queijo é servido.

“Aquecer o leite, mexer, prensar, virar, banhar e... esperar. A produção do queijo é uma arte sofisticada”, poetiza um portal especializado. Em sua maior parte, o queijo suíço é produzido com leite não pasteurizado, exigindo um rápido processamento.

Durante os meses de verão, quando as vacas estão pastando nos Alpes, os pastores produzem o queijo alpino no próprio local. Para cada quilo, são necessários 10 litros de leite.

“Caseus helveticus”, o queijo dos helvéticos, que ocupavam o território da atual Suíça. Assim é citado pela primeira vez, no século 1, o queijo suíço, menção atribuída ao historiador romano Plínio, o Velho, que, aliás, assim como São Lúcio, nasceu na região de Como, norte da Itália. Agora, ao trabalho e bom apetite!

Escreva a legenda aqui

Correio B+

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

Continue Lendo...

Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

Continue Lendo...

Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).