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Quase um ano depois, exibição de 'Serbian Film' é liberada no Brasil

Quase um ano depois, exibição de 'Serbian Film' é liberada no Brasil

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06/07/2012 - 13h30
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Em agosto de 2011, a exibição de "A Serbian Film - Terror Sem Limites" foi proibida em todo o território nacional por uma liminar da Justiça Federal de Minas Gerais. Nesta quinta-feira (05), exatamente 11 meses depois, a Petrini Filmes, responsável pela distribuição do longa-metragem sérvio no país, foi comunicada de que o filme pode, enfim, chegar aos cinemas.

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A decisão foi proferida pelo juiz Ricardo Machado Rabelo, o mesmo que havia determinado a suspensão da estreia. Na época, o magistrado atendeu a um pedido do Ministério Público Federal, que afirmava que o filme continha trechos simulando a participação de um recém-nascido e menores de idade em "cenas de sexo explícito e pornografia" e outros com "barbárie, selvageria e crueldade".

Em sua sentença, Rabelo afirma que a Polícia Federal não detectou nenhuma infração do filme em relação ao Estatuto da Criança e do Adolescente e que, portanto, não haveria mais "razões de natureza jurídica" para impedir sua exibição. Além disso, o juiz conta que finalmente assistiu ao filme.

"Se é arte eu não sei", escreve o magistrado. "Pode ser para alguns, para outros não. O que sei, contudo, é que se estivesse no cinema teria me levantado e ido embora. No entanto, como juiz, não posso ser o seu censor no território nacional, como me diz a Constituição Federal. Aliás, o que me garante a Carta Constitucional – não apenas a mim, mas a todo brasileiro – é o direito de me indignar, de recusar a vê-lo ou até mesmo o direito de me levantar e deixar a sala."

"Serbian Film" segue um ex-ator pornô que interrompe a aposentadoria para fazer um filme pornográfico com intenções artísticas. O responsável pela produção, no entanto, é um maníaco que promove um show de horrores: tortura, sexo e violência dão o tom, envolvendo, inclusive, necrofilia, pedofilia e o estupro de um recém-nascido – o conteúdo, porém, não é explícito.

Raffaele Petrini comentou que "Serbian Film" só foi exibido em festivais de cinema fantástico em Porto Alegre, São Luís e estreou comercialmente numa única sala em Campinas. Conforme o distribuidor, a ideia agora é projetar o filme novamente em festivais, para na sequência "estudar o modo de lançar nos cinemas e depois em DVD e Blu-ray".

"Me surpreendi com a decisão, mas sabia que o filme não era ilegal e confiava na justiça brasileira", disse Petrini.

BODAS DE CIPRESTE

Casal de MS completa 76 anos de casamento e revela segredo para relação durar

Idosos formaram uma família gigantesca ao logo de sete décadas de amor: são 12 filhos (9 vivos e 3 mortos), 20 netos, 10 bisnetos e 4 tataranetos

04/10/2024 12h00

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anos

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anos MARCELO VICTOR

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Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos completaram 76 anos de casados, bodas de Cipreste, na última quarta-feira (3).

São pouco mais de sete décadas de amor, companheirismo, união, carinho, paciência, amizade, paixão e o mais importante de tudo: muito respeito.

Ao longo de sete décadas, ambos formaram uma família gigantesca: são 12 filhos (9 vivos e 3 mortos), 20 netos, 10 bisnetos e 4 tataranetos.

Eles se conheceram em setembro de 1948, na Fazenda Várzea Alegre, em Nioaque, município localizado a 183 quilômetros de Campo Grande. Ela tinha 15 anos e ele 17. 

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anosSr. e Sra. Sacamota. Foto: Marcelo Victor

Dona Lídia nasceu em 3 agosto de 1933 e Seu Gabriel nasceu em 18 de março de 1930, ambos em Nioaque. Lídia morava na fazenda e Gabriel trabalhava como cozinheiro no local.

Foi amor à primeira vista: o primeiro beijo aconteceu na fazenda. Não demorou muito para se apaixonarem e muito menos se casarem: surpreendentemente, um mês depois, juntaram as escovas de dente.

Anos depois, se mudaram para a Aldeia Limão Verde, em Aquidauana. Em seguida, vieram para Campo Grande, onde moraram no Piratininga e atualmente moram na Moreninhas III, com três filhos. Desde então, nunca mais se largaram e estão juntos até hoje.

Questionada pela reportagem o que dona Lídia viu nele, ela respondeu "é um homem trabalhador, cozinhava para os peões da fazenda". Já seu Gabriel respondeu que se interessou por ela porque era "novinha". 

Vivem em harmonia e são unidos, a ponto de um tirar a comida do prato para dar para o outro, mas, como todo casal, dão “choque” as vezes, principalmente quando um puxa a coberta na cama à noite.

São unidos até na escolha do cardápio do almoço: arroz, carne, feijão, salada e verdura. “Gostamos de comida forte, que sustenta”, ressaltou dona Lídia.

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anosRegistro da festa de Bodas de Vinho, 70 anos de casados. Foto: Marcelo Victor

Eles ainda revelaram, à reportagem, qual é o segredo e a receita para manter um casamento duradouro: compreensão.

“O segredo é a compreensão, um entender o outro, entender o companheiro, eu entender ele e ele me entender. É por isso a gente está junto até hoje”, revelou. O respeito sempre foi a base do casamento do senhor e senhora Sacamota.

O hobby preferido do casal é dormir e assistir televisão juntinhos. Ambos não gostam de sair de casa, mas adoram receber visitas.

Nesses 76 anos de casados, a matriarca deixou uma declaração para o amado. “Eu quero dizer que eu amo ele e desejo muitos anos de casados para nós”, disse a snehora, emocionada.

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anosCasal só começou a usar alicanças aos 70 anos de casados. Foto: Marcelo Victor

O casal só passou a usar alianças aos 70 anos de casados, quando os filhos se reuniram para comprar os anéis aos pais.

A primeira e única festa para comemorar aniversário do casal ocorreu aos 70 anos, bodas de vinho, com direito a missa, churrasco e bolo para 100 pessoas. O próximo festão acontecerá nas bodas de Carvalho, quando completarem 80 anos de casados.

Filhos, netos, bisnetos e tataranetos estão espalhados pelo Brasil (Curitiba [PR], São Paulo [SP] e São José do Rio Preto [SP], Costa Rica [MS] e Campo Grande [MS]), mas, no fim do ano, todos se reúnem para comemorar as festividades com a matriarca e patriarca da família.

A filha, Adelaide Sacamoto, parabenizou os pais pelas bodas de Cipreste. “Que Deus abençoe e prolongue essa união que é tão linda, que hoje tá tão raro de se ver. Parabéns, felicidade para eles, que passem de 100 anos de casados. É um exemplo para todos nós”, disse.

Sr e Sra Sacamota: que nem a morte os separe.

Lídia da Silva Sacamota, de 91 anos e Gabriel Sacamota, de 93 anos são casados há 76 anosFilha do casal, Adelaide Sacamota. Foto: Marcelo Victor

AGENDA CULTURAL

Longa de animação, show de blues, single e clipe de artistas de MS estão na programação

Longa de animação, com enredo no interior de Minas Gerais, apresenta uma androide que conquista o direito de adotar duas crianças; show de blues, single e clipe de artistas de MS também são destaques

04/10/2024 10h00

O desenho animado do diretor mineiro Igor Bastos discute, de forma leve e bem humorada, inteligência, família e outros temas; classificação indicativa: 10 anos

O desenho animado do diretor mineiro Igor Bastos discute, de forma leve e bem humorada, inteligência, família e outros temas; classificação indicativa: 10 anos Foto: Divulgação

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Como a inteligência artificial vai afetar a forma como nos organizamos enquanto sociedade? Como a nossa família mudou e ainda vai mudar no decorrer do tempo? E como isso afetará as nossas relações? São perguntas que atravessam o enredo do longa-metragem de animação “Placa-Mãe”, uma das estreias da semana no circuito exibidor de Campo Grande.

No enredo, que se passa em um futuro próximo, no interior de Minas Gerais, Nadi, uma androide com cidadania brasileira, conquista o direito de adotar duas crianças, David e Lina.

Selecionado para festivais dentro e fora do Brasil, e premiado em Havana (Cuba) e em Nova York (EUA), o filme do diretor Igor Bastos, embora tenha seu público-alvo dentro da faixa etária de 9 anos a 12 anos, tem força – não somente temática, mas também pelo envolvimento da narrativa – para agradar pessoas de várias idades, misturando ficção científica e fantasia com melodrama em seu argumento. Milton Nascimento, Caetano Veloso, Leo Henkin, The Coaster, Nico Nicolaiewsky e Caxambus.

“Eu defino o filme carinhosamente como sci-fi da roça. Queria pensar em uma Minas Gerais do futuro, algo que a gente não tem imageticamente definido. Isso representou um desafio, porque a ideia de futuro está sempre ligada a algo meio apocalíptico ou oriental, com aquele tanto de LED”, diz Igor Bastos, que fez questão de convocar crianças mineiras para elenco de vozes, com o objetivo de literalmente reforçar o sotaque local de seu trabalho.

SILVEIRA

“Eu Quis Lutar Contra o Amor”, novo single e clipe do cantor e compositor sul-mato-grossense Silveira, já está disponível em todas as plataformas digitais. O clipe é resultado do projeto contemplado pela Lei Paulo Gustavo e aprofunda o resgate da ancestralidade do artista. A faixa traz a força da soul music com uma sonoridade que dialoga com artistas como Liniker, influências do samba, como Martinho da Vila e Alcione, e a mistura com o R&B que apresenta a particular identidade musical de Silveira.

O clipe, carregado de simbologia e referências, foi gravado na Casa do Artesão, tem coreografia assinada pela artista da dança Rose Mendonça, que também dança na obra. A direção é de Manu Komiyama. O lançamento integra o projeto AfroAfetos.

A jornada musical de Silveira começa em 2019, quando suas composições começam a ganhar os palcos e resultam em seu primeiro projeto autoral, gravado em 2022, ao vivo, na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas. Intitulado “Silveira Ao Vivo no Som da Concha”, o álbum contém oito faixas inéditas que foram disponibilizadas em todas as plataformas de música nesta semana.

LECA

Quem também está lançando material novo é Leca Harper & A Cozinha Cabeluda. O single “Sem Lados”, com participação de Karina Marques e General R3, é “um grito por tolerância em tempos de polarização”, como diz Leca. “Queremos lembrar que, apesar de nossos diferentes pontos de vista, é essencial praticar o respeito e a tolerância. Não precisamos escolher lados, podemos construir um caminho de união”, declara Leca. Adilson Big Fernandes (BCompany Studio) assina a gravação e a finalização.

LUIS AVILA 

A Choperia Canalhas (Rua Oceano Atlântico, nº 99, Chácara Cachoeira) recebe amanhã, a partir das 19h, o bluesman de MS radicado em Londres Luis Avila, com o show “Mato Grosso do Blues”, um dos destaques do 10º Bonito Blues e Jazz Festival, realizado em 2023. Os ingressos podem ser comprados por R$ 15 no Sympla e na entrada do evento. A renda será revertida ao tratamento de Rosângelo Nascimento, mais conhecido como Nasci Rock, que sofre de uma doença degenerativa na coluna que o impede de andar.

O show também marca o lançamento digital do álbum “Blues e Sonhos no Rio dos Tuiuiús”, de José Boaventura, primeiro disco de blues da música sul-mato-grossense, produzido em 2002. O músico faleceu em 2005 e a obra ainda não tinha sido lançada nas plataformas digitais.

“O rock e o blues de Mato Grosso do Sul têm uma consciência e se destacam por estabelecer essa relação de parceria com os fãs. O Nasci já ajudou muito esse universo e agora é uma forma de gratidão ajudá-lo por tudo que ele vem passando”, reforça Avila.

Jerry Espíndola, Marcelo Rezende (Bêbados Habilidosos), Clayton Sales, Rodrigo Mr. Blues, Leca Harper, General R3, Adilson Big Fernandes, João Ricardo e Renan Heimbach vão fazer participações especiais. Já a banda principal é formada por Luis Avila na guitarra e vocal, Luciano de Sá no contrabaixo, Zé Fiuza na bateria, Felipe de Castro no piano e teclados e Anderson Rocha na guitarra.

COMÉDIA FÍSICA

O Sesc Teatro Prosa apresenta hoje (às 19h) e amanhã (às 16h), com entrada franca, o circo-espetáculo “Herolino, o Faxineiro”, por Erickson Almeida (SP). Trata-se de uma comédia física, sem o uso da palavra, em que toda a construção cênica passa pelo olhar do palhaço.

“De forma lúdica, cômica e genuína, convida o público a se conectar com o estado do brincar e a embarcar nessa história que mostra quão interessante e divertida pode ser a vida quando ressignificamos o nosso olhar sobre o cotidiano”, diz a sinopse.

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