Economia

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Com dívida de R$ 12 milhões, shopping do Indubrasil segue abandonado

Uma das empresas responsáveis pelo empreendimento está em recuperação judicial; as sócias Rivercom e Inova Mall e Retail são acusadas de não pagar a construtora responsável pela obra

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Obra localizada no núcleo industrial Indubrasil, apresentada como um outlet em Campo Grande e posteriormente como o primeiro shopping do agronegócio do País, continua abandonada. Uma das empresas responsáveis pelo empreendimento, a Rivercom Construção Civil e Participações Ltda., pediu recuperação judicial por não poder arcar com obrigações econômicas.

O regime é utilizado para possibilitar a reestruturação das empresas economicamente viáveis que estejam passando por dificuldades financeiras. A companhia sediada em São Paulo é sócia da Inova Mall e Retail, as duas são as idealizadoras do projeto do shopping outlet de roupas de marcas internacionais que deveria ter sido inaugurado em 2015.

A construção, iniciada em abril de 2014, contou com R$ 30 milhões de investimento inicial e só foi concluída em outubro de 2017. Somente após a conclusão das obras, o plano foi alterado para abrigar um shopping do agronegócio, o primeiro do tipo no País, com espaço para 115 lojas. 

 Entre as justificativas para os adiamentos, como primeiro motivo, foi alegado instabilidade político-econômica vivida em meados de 2015 e 2016. Outro fator que ajuda a arrastar o adiamento é a dívida com a construtora.

Conforme publicado na edição do Correio do Estado de 30 de setembro de 2019, a construtora Haddad Engenheiros Associados cobrava na Justiça R$ 10.058.533,33 pela obra. Após a vistoria técnica realizada a pedido da Justiça, os valores ficaram acertados em R$ 7 milhões, considerando o ano em que a construção foi entregue.

A Rivercom contestou a alegação de falta de pagamento da obra. Conforme publicado na reportagem de 2019, o pedido da Haddad era o impeditivo para que o empreendimento funcionasse. O então advogado da construtora disse na época que o shopping só poderia ser aberto depois de quitadas as dívidas com a empresa.

De acordo com o advogado que representa a Haddad engenheiros, Rodrigo Moreira, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) usa o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) como indexador. Sem considerar os juros e multas, somente corrigido pelo índice acumulado, a dívida passa de R$ 12,6 milhões neste ano.

Como atual representante da contratada, Rodrigo Moreira diz que a recuperação judicial da Rivercom não muda nada o processo que os clientes movem. Segundo ele, as donas do investimento terão até dois anos para se reestruturarem, já para a Haddad é preciso que o processo que a empresa move seja finalizado.

“O processo ainda está tramitando, não temos uma condenação em primeiro grau. A Recuperação Judicial não interfere na operação e pode demorar de um a dois anos”, explica.

“É preciso esperar a condenação agora. Não foi emitida nenhuma sentença ainda. Há uma audiência marcada para o começo de 2023. Pelo laudo pericial, a Rivercom devia pouco mais de R$ 7 milhões em junho 2016”, reitera o advogado.

Conforme Moreira, não é possível prever o que será feito com o espaço abandonado. “Depende da Rivercom e qual a destinação que ela dará para o terreno. O que temos de concreto, por agora, é que dia 28 de fevereiro está marcada a audiência para ouvir uma testemunha indicada pela Rivercom”.

HISTÓRICO

Em 2013, o então governador do Estado, André Puccinelli, assinou o termo de doação de uma área de 120 mil metros quadrados. Foram construídos 31,240 m² ainda sem utilização no espaço.

Com a promessa de gerar 700 empregos diretos e 1,5 mil indiretos, para oferecer ao público produtos de grifes de abrangência nacional e internacional por preços até 70% menores que os praticados no varejo tradicional, o shopping outlet de Campo Grande acabou se transformando no meio do caminho.

A pedra fundamental do outlet de Campo Grande foi lançada em abril de 2014. A previsão inicial era de que a inauguração fosse realizada em novembro daquele ano.

Em razão da não conclusão da obra da rotatória (de responsabilidade do governo do Estado), foi adiada para o primeiro trimestre de 2015 e, depois, para o segundo semestre de 2016. O investimento inicial no empreendimento foi de R$ 30 milhões.

As obras foram concluídas em 2017. No mesmo ano, em outubro, o grupo empresarial responsável reformulou a proposta, e as 115 lojas passariam a comercializar produtos agropecuários, estabelecendo-se como o primeiro shopping rural do País.

Em 2019, o administrador da Inova Mall e Retail, Antônio Mascarenhas, disse ao Correio do Estado que o projeto de outlet de marcas de roupa internacionais seria substituído por um shopping do agronegócio. A justificativa, segundo ele, era de que o a indústria da moda estava “sem expansão” na época, e que a opção feita foi de redesenhar o projeto e transformá-lo em algo novo.

O centro comercial deveria abrigar lojas que comercializariam produtos voltados para o produtor rural. “Dizemos que a ideia é comercializar desde semente a aeronaves agrícolas”, disse Mascarenhas na época.

No local, ainda haveria um recinto para leilões de gado. A rotatória prometida pela gestão pública foi construída, mas o prédio segue abandonado. 


 

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EM 2024

MS teve produção recorde de carne bovina em 2024

Volume recorde produzido no ano passado ultrapassou 1 milhão de toneladas

11/02/2025 08h30

Em 2023, o Estado abateu 3,5 milhões de cabeças de bovinos; já em 2024, o número foi de 3,9 milhões

Em 2023, o Estado abateu 3,5 milhões de cabeças de bovinos; já em 2024, o número foi de 3,9 milhões Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Com um abate recorde de 3,9 milhões de cabeças de bovinos, Mato Grosso do Sul fechou 2024 com uma produção de 1,068 milhão de toneladas, superando em 12,37% as 951,3 mil toneladas registradas pelas indústrias frigoríficas em 2023. Os números são da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

Em 2023, o Estado abateu 3,5 milhões de cabeças de bovinos. Em relação a 2024, o crescimento de abates em MS foi de 12%, com um aumento de 6,5% no abate de fêmeas, que respondeu por 46% dos animais abatidos nos 12 meses do ano passado.

Para Rogério Beretta, secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc, o crescimento na produção é creditado ao aumento da tecnologia utilizada no campo, proporcionando a redução da idade do abate e, com isso, levando ao crescimento também da taxa de desfrute na atividade pecuária, que é um indicador de eficiência.

“Como exemplo, temos um aumento de 15% no abate de animais dente de leite”, explica.

ABATE PRECOCE

Em 2024, segundo informações da Semadesc, do total de animais abatidos no Estado, 1,534 milhão foi classificado como novilho precoce. Desses, 1,211 milhão recebeu R$ 117,5 milhões em incentivos do programa governamental Precoce MS. A diferença entre animais abatidos e animais incentivados é que um porcentual foi desclassificado por falta de idade, peso ou acabamento de gordura.

“O alto volume de animais que recebeu o incentivo – de 79% – demonstra a seriedade do programa”, avalia Beretta.

Para ele, o grande beneficiado com isso é a indústria do segmento, que recebe de forma garantida animais jovens, com bom acabamento de carcaça e uma cobertura ideal de gordura, a fim de atender ao mercado consumidor.

O volume de carne produzida dentro do Precoce MS em 2024 – 338 mil toneladas – representou 31,6% do total produzido e cresceu 11,5% em relação ao ano anterior. O programa, que ganhou alterações em dezembro de 2023, busca valorizar a produção de animais com qualidade de carcaça superior e o uso de boas práticas agropecuárias. Passou, desde então, a avaliar a propriedade e o produto para concessão do benefício fiscal.

Em 2023, essa proporção numérica de animais classificados como precoce era de 31% do total de animais abatidos. Naquele ano, o abate na categoria chegou a 1,087 milhão de cabeças, com uma produção de 303,46 mil toneladas e com os produtores recebendo R$ 116,9 milhões em benefícios.

EXPORTAÇÕES DE CARNE

No ano passado, o agronegócio de Mato Grosso do Sul exportou US$ 9,5 bilhões, com a China na dianteira, respondendo por 47,1% do faturamento com as exportações.

A participação do agronegócio representou 95,5% em relação a tudo que o Estado exportou. A das carnes, por sua vez, foi de 17,9% (US$ 1,71 bilhão), representando um crescimento de 24% de 2023 para o ano seguinte. Os números são do Boletim Casa Rural, elaborado pelo Sistema Famasul.

De acordo com informações da Carta de Conjuntura da Semadesc, de janeiro a dezembro do ano passado, o Estado exportou 257 mil toneladas de carne bovina fresca, um aumento de 33,6% em relação a 2023, que fechou com 192,7 mil toneladas.

Pelo volume de carne bovina exportada, MS faturou 8,6% a mais em 2024 e fechou o ano com US$ 1,223 bilhão, contra US$ 915 milhões em 2023. 

A China sozinha, conforme a Semadesc, foi o destino de 24,18% de toda a carne bovina exportada por MS em 2024, seguida pelos Estados Unidos (18,42%) e pelo Chile (14,58%). O Estado exporta carne bovina para quase 70 países.

Acompanhamento evita perdas de R$ 500 por animal

A alta do dólar no fim de 2024 deve pressionar os custos da pecuária, mas a produção de carne bovina no Brasil segue firme, ainda que em ritmo mais moderado, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP).

Nesse cenário, a eficiência produtiva se torna essencial para manter a rentabilidade no campo – o quanto mais ajustada for a gestão, melhores serão os resultados. Uma ferramenta que pode auxiliar nisso é o acompanhamento técnico no abate, que auxilia os produtores a entenderem melhor seus números e ajustarem a produção.

Por meio de gráficos e planilhas detalhadas, os pecuaristas conseguem visualizar índices como rendimento de carcaça, dentição e espessura de gordura, identificando onde podem melhorar – e esses dados fazem a diferença no bolso.

Como explica o veterinário Wender Oshiro, que assessora a produtora Clarice Barbosa Iudice, uma novilha pode perder até R$ 500 em valorização por não atingir o peso ou a cobertura de gordura ideais no momento do abate.

“A consultoria nos mostrou que 98% dos mais de 900 animais abatidos em 2023 atenderam ao padrão da associação, garantindo total bonificação. Conseguimos enxergar com precisão se é necessário investir em mais terminação, melhorar a alimentação ou ajustar a estratégia de venda”, afirma.

Coordenador técnico da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores de Novilho Precoce (Novilho Precoce MS), Eduardo Moura reforça que o acompanhamento do abate é um processo que exige atenção aos detalhes.

“O maior desafio é garantir que todo o trabalho feito no campo resulte em um produto de qualidade no frigorífico. Pequenos ajustes podem evitar perdas indesejadas. Estamos atentos a cada detalhe, para que o pecuarista tenha segurança nos números e maximize seus ganhos. No fim, somos os olhos do associado dentro do abate”, destaca.

Além do acompanhamento técnico, os pecuaristas da Novilho Precoce MS têm acesso a uma balança exclusiva da associação, garantindo mais transparência e maior controle sobre o peso real dos animais comercializados.

“Muitos produtores não têm acesso a essas informações de forma organizada e acabam perdendo dinheiro sem perceber. Com os dados detalhados do abate, conseguimos direcionar melhor as decisões do associado dentro da fazenda, garantindo um gado mais bem-acabado e um retorno financeiro maior”, cita o superintendente da associação, Alexandre Guimarães.

Colaborou Súzan Benites

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LOTERIA

Resultado da Lotofácil de ontem, concurso 3316, segunda-feira (10/02): veja o rateio

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

11/02/2025 08h30

Confira o resultado da Lotofácil

Confira o resultado da Lotofácil Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3316 da Lotofácil na noite desta segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1,7 milhão. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 5 milhões.

  • 15 acertos - Não houve acertador;
  • 14 acertos - 221 apostas ganhadoras (R$ 1.787,61 cada);
  • 13 acertos - 8.352 apostas ganhadoras (R$ 30,00 cada):
  • 12 acertos - 109.065 apostas ganhadoras (R$ 12,00 cada);
  • 11 acertos - 627.224 apostas ganhadoras (R$ 6,00 cada);

Duas apostas de Campo Grande acertaram 14 números.

Confira o resultado da Lotofácil de ontem!

Os números da Lotofácil 3316 são:

  • 10 - 21 - 11 - 16 - 14 - 22 - 03 - 18 - 07 - 17 - 02 - 20 - 25 - 23 - 15

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3317

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 11 de fevereiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3317. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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