Economia

BALANÇA COMERCIAL

Em dez meses, Estado exportou quase o total registrado em todo o ano passado

Soja em grão figura como o principal produto enviado ao exterior, com 31,87% de participação

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Mato Grosso do Sul exportou US$ 5,050 bilhões nos dez meses de 2020, o que representa 97% do total enviado ao exterior em todo o ano passado, quando foram negociados US$ 5,217 bilhões. 

De janeiro a outubro de 2019, o Estado havia exportado US$ 4,502, ou seja, foram US$ 548 milhões (ou R$ 2,964 bilhões) a mais neste ano, mesmo diante da pandemia da Covid-19.

Em dez meses, a balança comercial de MS alcançou superavit de US$ 3,492 bilhões, montante 33,14% superior ao mesmo período de 2019, quando a diferença entre exportações e importações chegou a US$ 2,622 bilhões. 

As informações foram publicadas ontem na Carta de Conjuntura do Setor Externo.  

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), o resultado é consequência da valorização do dólar e da ampliação das exportações estaduais.

 “A moeda brasileira acumula desvalorização de 37% em um ano e esse é o principal motivo para a expansão das exportações do Brasil, claro que somado à demanda pelos nossos produtos. Em Mato Grosso do Sul, os grãos, as carnes, a celulose, açúcar e ferro são itens com alta nas exportações”, explica o titular da Semagro, Jaime Verruck.

Produtos

Com relação aos principais produtos exportados, a soja em grão apareceu como primeiro produto na pauta de exportações, com 31,87% do total exportado em termos de valor e aumento de 54,88% em relação ao mesmo período no ano passado. 

De janeiro a outubro foram US$ 1,609 bilhão em envios ao exterior, ante os US$ 1,039 bilhão negociados no mesmo período do ano passado.  

Em relação ao volume, houve aumento de 60,49%. Em 2020 foram enviadas 4,7 milhões de toneladas de soja ao exterior, ante 2,9 milhões em 2019; o que significa que praticamente 40% da safra do grão, que atingiu recorde de 11,3 milhões de toneladas, foi destinada ao mercado externo.  

O segundo produto da pauta de exportações foi a celulose, com 28,33% de participação.

 Em termos de valor, foi registrada queda de 15,84%. Em 2019 foram US$ 1,7 bilhão em negócios, e em 2020 foram US$ 1,4 bilhão no mesmo período. Já em relação ao volume exportado, houve aumento de 7,34%, passando de 3,5 milhões de toneladas para 3,8 milhões de toneladas. 

A redução no montante negociado, segundo o documento da Semagro, foi principalmente em decorrência da queda de preço do produto.  

Ainda conforme o documento, as exportações de carne bovina se mantiveram estáveis; as de carne de aves cresceram 10,3% neste ano. 

Os destaques dos 10 primeiros meses de 2020 são para os óleos e gorduras vegetais e animais, que tiveram aumento de 149% nas exportações; o açúcar, que aumentou em 317% os envios para o exterior; e o ferro-gusa, que registra crescimento de 377%. O algodão também tem aumento de 41% em 2020 comparado a 2019.

Nos dez meses de 2020, as importações somaram US$ 1,558 bilhão, queda de 17% em comparação aos US$ 1,879 bilhão negociados no mesmo período do ano passado. 

Apesar de queda de 11% no volume negociado, o gás natural segue como o principal produto das importações de Mato Grosso do Sul. Em 2020, foram US$ 813,128 milhões na compra do produto, enquanto em 2019 foram investidos US$ 913,958 milhões.

De acordo com o especialista em comércio exterior Aldo Barrigosse, apesar da redução nos preços da celulose, que poderia pesar no desempenho de MS, a valorização de outros produtos da pauta mantém o aumento das exportações.

 “As commodities valorizaram no mercado internacional, em decorrência da valorização cambial. A soja registrou crescimento de 54% e participação de 31%, além da celulose e carnes, que foram os principais produtos exportados”, disse, ressaltando ainda que a tendência é continuar em expansão.

“A expectativa é manter o ritmo forte nas vendas até o fim do ano. O Brasil é líder em vendas de alimentos para o mundo. E Mato Grosso do Sul é um grande fornecedor”, destaca Barrigosse.

Escoamento

Os portos de Santos e Paranaguá seguem sendo os principais pontos de escoamento da produção, mas, mesmo com a seca histórica em 2020, as exportações pelo porto de Porto Murtinho tiveram aumento de 57%.

“Os números mostram o quanto Mato Grosso do Sul é competitivo no mercado internacional e a necessidade de investirmos em logística para tornar o Estado ainda mais forte lá fora. Dentro disso, lembramos da Rota Bioceânica em andamento e que deve contribuir grandemente para que possamos acessar mercados asiáticos, tão importantes para o Estado”, destaca o secretário Jaime Verruck.

Entre os municípios, Três Lagoas continua figurando como o maior exportador de Mato Grosso do Sul, com 41,63% dos valores exportados, com composição baseada sobretudo nas exportações na indústria de papel e celulose. Ele é seguido de Dourados, com 13,11% de participação, e Campo Grande, com 8,93% .

Passivo bilionário

Frigoríficos acumulam dívida de mais de R$ 1 bilhão em Mato Grosso do Sul

Levantamento aponta que 16 estabelecimentos do segmento estão entre os 100 maiores devedores para o Fisco estadual

12/04/2025 09h00

Em Mato Grosso do Sul, frigoríficos são os maiores devedores do Fisco

Em Mato Grosso do Sul, frigoríficos são os maiores devedores do Fisco Arquivo

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Os frigoríficos são os maiores devedores ao Fisco de Mato Grosso do Sul. Conforme levantamento da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), considerando o recorte dos 100 maiores inadimplentes, 16 estabelecimentos do segmento juntos devem R$ 1,096 bilhão aos cofres estaduais. 

O Correio do Estado publicou a mesma pesquisa em 2023, e naquele período foram identificados 12 frigoríficos que deviam mais de R$ 550,489 milhões aos cofres estaduais. Ou seja, alta de 33% no número de empresas e quase o dobro (99%) de aumento no montante devido no período analisado. 

De acordo com o Atlas da Dívida dos Estados Brasileiros – estudo conhecido como Barões da Dívida –, somente os 10 maiores inadimplentes com o governo do Estado devem R$ 1,618 milhão.

Quando considerado o recorte dos 100 maiores, conforme o site Barões da Dívida, esse montante salta para 
R$ 4,389 bilhões. Ainda de acordo com a listagem da plataforma, quando listados os 500 maiores inadimplentes, o valor devido chega a R$ 6,610 bilhões. 

No recorte analisado pelo Correio do Estado, os valores devidos pelos frigoríficos se destacam na lista de grandes devedores, com montantes que chegam a ultrapassar a casa dos R$ 100 milhões.

O Frigorífico Bxb Ltda., que tem sede em Nioaque e é focado no abate de bovinos, lidera o ranking como o maior devedor do Estado. A dívida ativa acumulada é de R$ 442,344 milhões. 

O quinto maior devedor de Mato Grosso do Sul entre os 100 é o frigorífico River Alimentos, sediado na cidade de Coxim. A dívida ativa do comércio chega a R$ 138,009 milhões, conforme os dados divulgados pela Fenafisco. 

Na 17ª posição está o Frigorífico Vale Verde, que deve ao Fisco estadual R$ 68,519 milhões e é sediado no município sul-mato-grossense Rio Verde de Mato Grosso. 

O Frigotel (18º), da cidade de Três Lagoas, tem dívidas que somam R$ 66,613 milhões. Já o Frigo Bras, com endereço registrado em Campo Grande, aparece na 25ª posição, com débito de R$ 48,467 milhões.

O frigorífico Margen, por sua vez, com sede em Paranaíba, acumula dívidas de R$ 44,696 milhões. O nome da empresa aparece na listagem na 27ª posição.

Na 32ª posição entre os 100 analisados, o frigorífico Campo Grande deve R$ 38,020 milhões, seguido pelo frigorífico Pedra Bonita, que ocupa o 35º lugar da lista, com dívida de R$ 33,421 milhões. 

Em Mato Grosso do Sul, frigoríficos são os maiores devedores do Fisco

INADIMPLÊNCIA

Conforme publicado pelo Correio do Estado, na edição de sexta-feira, a lista das empresas que devem cifras milionárias em impostos ao Estado é vasta e inclui diversos tipos de empreendimentos. Levantamento da Fenafisco aponta que, no total, a dívida ativa é de mais de R$ 15,4 bilhões. O valor equivale a quase 80% da arrecadação anual.

O auditor fiscal e presidente da Fenafisco, Francelino Valença, disse em entrevista ao Correio do Estado que, assim como a arrecadação é liderada pelo Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), os débitos seguem a mesma linha. 

“Em Mato Grosso do Sul, a arrecadação de ICMS corresponde, em média, a 85%. Então, nós podemos dizer que grande parte, a maior parte ou um porcentual aproximado disso corresponde ao ICMS. Quer dizer, a dívida ativa, predominantemente, é do não pagamento desse tributo”, explica.

De acordo com a Fenafisco, a dívida ativa é o conjunto de débitos tributários de empresas e pessoas físicas que não foram pagos dentro do prazo legal de pagamento ou por decisão final em processo administrativo. Inclui impostos, multas e outras obrigações devidas ao governo.

Os dados usados para o estudo são referentes a 2023, mas foram divulgados neste mês. Conforme a análise da federação, os R$ 15,4 bilhões em dívida ativa registrados em 2023 equivalem a 79,55% da arrecadação anual daquele ano, que foi de R$ 19,3 bilhões.

“Ter uma dívida ativa que corresponda a quase 80% da arrecadação anual é o equivalente a 10 meses da arrecadação. A pergunta que nós poderíamos nos fazer seria: o que o Estado poderia fazer com 10 meses de arrecadação em investimentos em programas sociais ou em obras? Ou seja, o Estado está sendo privado de investir ou de trazer benefício à população com recursos significativos em decorrência dessa elevada dívida ativa”, reitera Valença. 

O auditor indica como uma das soluções para reduzir a dívida ativa e buscar esses recursos devidos a redução do estímulo ao pagamento nos refinanciamentos das dívidas, os famosos Refis.

“É necessário que mudemos a nossa visão em relação ao tributo em atraso, até porque isso é recurso da população, da sociedade, não é uma verba privada”, indica Valença. Ainda de acordo com o presidente da Fenafisco, outro ponto importante seria o combate efetivo à sonegação. 

“Dotando as administrações tributárias de instrumentos mais eficazes, sem contar também a legislação mais forte, mais contundente e menos parcimoniosa em relação à sonegação fiscal. Nós vivemos em uma sociedade em que temos tolerância ao crime de sonegação fiscal. É preciso, por exemplo, que nós mudemos a legislação, fazendo com que a sonegação, de fato, seja um crime punível, inclusive com penas mais duras”, finaliza o presidente da Fenafisco.

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LOTERIA

Resultado da Lotofácil de ontem, concurso 3366, sexta-feira (11/04): veja o rateio

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

12/04/2025 08h20

Resultado da Lotofácil

Resultado da Lotofácil Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3366 da Lotofácil na noite desta sexta-feira, 11 de abril de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1 milhões. Quatro apostas dividiram o prêmio máximo.

  • 15 acertos - 4 apostas ganhadoras (R$ 466.360,54 cada);
  • 14 acertos - 463 apostas ganhadoras (R$ 1.206,85 cada);
  • 13 acertos - 11.223 apostas ganhadoras (R$ 30,00 cada);
  • 12 acertos - 117.264 apostas ganhadoras (R$ 12,00 cada);
  • 11 acertos - 615.287 apostas ganhadoras (R$ 6,00 cada);

Nove apostas de MS acertaram 14 números.

Confira o resultado da Lotofácil de ontem!

Os números da Lotofácil 3367 são:

  • 18 - 24 - 25 - 14 - 22 - 08 - 06 - 19 - 03 - 16 - 15 - 02 - 11 - 05 - 21

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3368

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 12 de abril, a partir das 20 horas, pelo concurso 3368. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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