Economia

Logística

Escoamento por hidrovia é recorde, mas demanda ainda castiga rodovias

Em Mato Grosso do Sul, somente na BR-262, o fluxo diário é de cerca de 800 caminhões

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O transporte hidroviário registrou aumento de 52% no volume de escoamento da produção neste ano, conforme aponta boletim da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para os primeiros cinco meses. Foram transportadas 3,3 milhões de toneladas, o equivalente a 661 mil toneladas por mês.

Volume, inclusive, considerado recorde. Anteriormente, em 2014, o registro foi de 596 mil mensais, quando aquele ano fechou com 7,15 milhões de toneladas. Mesmo com os números apontados pelo boletim, 
a sobrecarga nas rodovias continua intensa.

A BR-262 é a principal rota para saída de produtos como minério de ferro e manganês. Por conta da carga pesada e do fluxo diário de caminhões ser intenso, a rodovia acaba sendo castigada.

“Esse volume disparou nos últimos anos na BR-262, passando de cerca de 300 para uma média diária de 800 [caminhões]”, explica a superintendente estadual do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Joanice Lube Battilani.

Em maio, foram despachadas 920,1 mil toneladas da produção sul-mato-grossense pela hidrovia, volume recorde para um único mês desde quando a agência começou a disponibilizar os dados, em 2010.

Esses números foram justificados pelo retorno do calado do Rio Paraguai, que amargava escassez hídrica nos últimos anos. Conforme medição da régua de monitoramento da Marinha de Ladário, em junho, o rio atingiu o maior nível em cinco anos, com registro de 4,02 metros de altura.

Até então, o maior nível de água ocorreu em 2019, quando chegou a 3,92 metros em julho daquele ano, segundo dados da Marinha. Em oposição aos anos seguintes, a principal bacia hidrográfica do Pantanal registrou níveis abaixo do esperado: em 2020 não passou nem sequer de 2,10 metros.

Já neste ano, porém, o Rio Paraguai voltou a subir, com destaque para abril, quando a régua de marcação ultrapassou 3 metros de altura. No primeiro semestre, o rio acumulou 3,70 metros, com as cheias influenciadas pelos volumes chuvosos deste ano.

PRODUTOS

Os principais produtos escoados por meio da navegação fluvial são o minério de ferro e a soja. Conforme dados da Antaq, somente em maio foram 611 mil toneladas de minério de ferro, o que possibilitou a retirada de cerca de 12 mil carretas das estradas estaduais.

Também foram transportadas naquele mês 293 mil toneladas de soja, saindo principalmente de Porto Murtinho. Levando em conta essa quantidade, seriam necessárias 5,8 mil carretas bitrem, as quais deixaram de sobrecarregar as rodovias por conta do uso do modal aquaviário.

O aumento do envio da produção estadual também foi registrado nas exportações. Mato Grosso do sul mais que dobrou o volume de exportação de minério de ferro, conforme aponta a Carta de Conjuntura da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

Foram exportados um total de 2,321 milhões de toneladas entre janeiro e junho, totalizando US$ 102,25 milhões. No mesmo período do ano passado, o volume identificado foi de 1,396 milhão de toneladas, garantindo um recebimento de US$ 63,07 milhões.

“A grande operação da hidrovia mostra que o projeto que o Estado desenvolveu no passado, que é o Proex [Programa de Estímulo à Exportação], tem funcionado”, destaca Jaime Verruck, titular da Semadesc.

REESTRUTURAÇÃO

O transporte rodoviário é responsável por 80% do escoamento de tudo que é produzido no Estado, segundo estudo da Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL) do governo federal.

A alternativa para diminuir a sobrecarga nas BRs seria a reestruturação das características do transporte de mercadorias e produtos. O estudo aponta um investimento de R$ 49,42 bilhões até 2035 para solucionar o gargalo logístico.

Ainda, o processo inicial de reorganização das rodovias demandaria cerca de R$ 18,10 bilhões em 103 projetos rodoviários, totalizando 5.800 km.

“O aumento expressivo no fluxo de caminhões na BR é o principal gargalo. Nós temos um elevado nível de acidentes e deterioração da pista”, analisa Verruck.

Outro ponto crucial para melhorar a logística estadual é a reativação e remodelação da malha ferroviária. O projeto mais avançado é a recomposição da Malha Oeste, que corta MS de leste a oeste. Para tanto, uma das possibilidades é de que grandes players ajudem a reconstruir trechos em uma espécie de consórcio.

Ainda segundo o secretário, com a retomada do transporte ferroviário, a meta é mudar o perfil logístico estadual, saindo de 80% da rodovia para 50%. Já os 50% restantes ficariam entre ferrovia e hidrovia.
Os recursos a serem investidos na ferrovia, por exemplo, devem superar R$ 30 bilhões, segundo cálculos da EPL.

LOTERIA

Resultado da Quina de hoje, concurso 6560, quinta-feira (17/10)

A Quina realiza seis sorteios semanais, de segunda-feira a sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

17/10/2024 19h02

Confira o resultado da Quina

Confira o resultado da Quina Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 6560 da Quina na noite desta quinta-feira, 17 de outubro, de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 3 milhões.

Confira o resultado da Quina de hoje!

Os números da Quina 6560 são:

  • 29 - 37 - 60 - 05 - 66

O sorteio da Quina é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Quina 6561

Como a Quina seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sexta-feira, 18 de outubro, a partir das 20 horas, pelo concurso 6561. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Quina é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 5 dentre as 80 dezenas disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 2, 3, 4 ou 5 números.

Como apostar na Quina

A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Ganham prêmios os acertadores de 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas cinco dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,50 a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda segundo a Caixa.

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A nível nacional

MS tem 14 municípios entre os 100 mais ricos do agronegócio

Estado é o segundo do país com o maior número de municípios no ranking, atrás apenas do vizinho Mato Grosso

17/10/2024 11h30

Gerson Oliveira/Arquivo Correio do Estado

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O  Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Secretaria de Política Agrícola (Mapa/SPA), mapeou os 100 municípios mais ricos do Brasil no agronegócio em 2023, baseado nos dados da pesquisa anual do IBGE sobre a Produção Agrícola Municipal (PAM).

Segundo o levantamento, no ano passado a produção agrícola brasileira alcançou um valor total de R$ 814,5 bilhões, sendo que os 100 municípios mais produtivos contribuíram com 31,9% desse montante, totalizando R$ 260 bilhões.

A análise mostra que Mato Grosso do Sul tem 14 municípios na lista, são eles:

Além de MS, estão na lista municípios de outras 13 unidades da federação: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantis.

O estado aparece em segundo lugar no ranking de estados com maior número de municípios no "Top 100", atrás apenas do vizinho Mato Grosso, que se destaca com 36 dos municípios mais produtivos do país.

Os 10 melhores

O ranking foi liderado por Sorriso, no Mato Grosso, com produção de R$ 8,3 bilhões, seguido por São Desidério, na Bahia, com R$ 7,7 bilhões. Veja o "top 10" brasileiro: 

Análise do MAPA

Os 100 municípios mais ricos em valor de produção ocupam uma área colhida de 33,1 milhões de hectares, representando 34,5% da área total de 95,8 milhões de hectares do Brasil. A base das informações abrange 70 produtos das lavouras temporárias e permanentes produzidas nos 5.563 municípios brasileiros, e a classificação dos 100 municípios é fundamentada no valor da produção.

Entre os produtos, a soja permanece no topo, representando R$ 348,6 bilhões, ou 42,8% do valor total da produção agrícola. O milho também apresentou resultados significativos, com R$ 101,8 bilhões, seguido pela cana-de-açúcar, com R$ 101,9 bilhões. Culturas como algodão, café e laranja também tiveram grande importância, demonstrando a diversidade da produção agrícola brasileira.

A participação dos cinco principais municípios produtores em culturas específicas é notável. Sapezal (MT) e São Desidério (BA) respondem por mais de 30% da produção de algodão. Já na produção de arroz, o Rio Grande do Sul lidera com Santa Vitória do Palmar, responsável por 5,6% da produção nacional.

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